Palavras memoráveis
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Tenho aqueles dias em que o meu cérebro precisa de desligar, em que precisa de receber uma estimulação mais passiva. No fundo, preciso de estar a fazer algo que não me obrigue a pensar muito, nem que me leve por reflexões intermináveis. Nestes momentos, apostar num filme de comédia é garantia de sucesso para o descanso cerebral.
Foi precisamente num desses dias que decidi apostar no filme Um dia de mãe. Fui bem sucedida na escolha. Um filme divertido e com um tom bem-disposto que me ajudou a desligar do mundo. É um filme focado em diferentes relações humanas: relações de casal (heterossexual e homossexual); relações entre pais e filhos(as); relações entre ex-casais; e, relações entre irmãos.
Luto e preconceito são duas temáticas presentes no filme. Não foram abordadas de forma pesada, não me incomodaram, nem me chocaram. Senti que o tom positivo e descontraído conferido a estas situações ao longo do filme, não as minimizou aos meus olhos, nem lhes retirou importância. Foram abordadas de uma forma que ajuda a pensar no impacto das mesmas nas relações humanas, mas há espaço para a mudanças e para que a resiliência prevaleça.
O divórcio é outra temática que figura na linha narrativa deste filme. Foi muito engraçado assistir a este núcleo de personagens. A forma como a família se organizou deixou espaço para explorar emoções menos prazerosas, ao mesmo tempo que deixou espaço para o desenvolvimento de relações saudáveis e onde as crianças e a sua proteção assumiu o maior interesse das crianças.
Um dia de mãe é um excelente filme para um momento descontraído em família e para que as pessoas se possam inspirar em forma de relacionamento menos tóxicas e mais protetoras das pessoas com quem nos relacionamos.
Desde 2021 que escolho começar o meu ano literário com um livro de Deborah Smith. É uma escolha consciente, uma vez que o meu objetivo é ter uma leitura com um final feliz e que esteja envolvida em positividade. Pegar num livro desta escritora é uma aposta segura. É uma escritora que segue fórmulas, por isso é mais ou menos expectável o tipo de história que vamos encontrar.
Milagre correspondeu àquilo que eu esperava. Uma história de amor, muito drama e onde a resiliência parece ser o segredo para fazer face às coisas menos boas que a vida nos dá. Há alguém rico e alguém pobre (como em todos os livros que já li desta escritora), há um romance que parece impossível e histórias familiares complexas e que dão o tom certo de drama.
É óbvio que ler vários livros deste género num curto espaço de tempo, me fazem sentir aborrecida e deixam um certo tom de aversão a quem os escreve. No entanto, ler um por ano parece ser a dose certa para manter o encanto e a vontade de me perder netas histórias.
Neste livro, os destinos de Sebastien cruzam-se com os de Amy e o amor acontece. Tirando a previsibilidade deste romance, há elementos mais interessantes, nomeadamente a história da família de Sebastien. Há uma tonalidade dramática diferente e intensa que daria um bom livro. Gostei de conhecer esta família e do tom negro que a acompanha. Este drama acaba por contaminar o desenvolvimento emocional do Sebastien, fazendo dele uma personagem interessante e com a complexidade certa.
Amy também tem uma história de vida dura, mas a sua personalidade e o seu desenvolvimento emocional conseguiram desprender-se da negatividade que circulava à sua volta. Resiliência é a melhor forma de caracterizar esta personagem, o que não deixou de ser inspirador para mim.
De tudo o que já li da Deborah Smith, este foi um dos livros que menos gostei. Senti que algumas partes mereciam menos páginas e houve alguns aspetos que atrasaram a história que não considero necessário à compreensão da narrativa. Também não me senti tão conectada às personagens como em livros anteriores. Fui uma leitura mais distante e menos vinculada a tudo o que aconteceu.
No entanto, foi um livro que gostei, que deixou em mim um rasto de positividade e considero que foi uma excelente forma de iniciar o meu ano literário de 2023.
Classificação
Na minha estante, habitam livros com mais de 500 páginas que estão à espera de ser lidos há muito tempo. Estive a analisar melhor o que tenho aqui disponível e escolhi cinco desses livros para ler em 2023. São eles:
1. A Filha do Barão (Célia Correia Loureiro) - 580 páginas
2. O Historiador (Elizabeth Kostova) - 596 páginas
3. O Filho de Thor (Juliet Marillier) - 560 páginas
4. De Amor e Sangue (Lesley Pearse) - 664 páginas
5. O tempo entre costuras (Maria Dueñas) - 632 páginas
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