No passado dia 25 de Novembro, assinalou-se o Dia Internacional para a Eliminação da Violência Contra as Mulheres.
Não é um fenómeno os dias de hoje... É um fantasma que assombra a vida de muitas mulheres... Fantasma este que assume diferentes formas, ferindo de diferentes maneiras, deixando diferentes marcas, conduzindo a caminhos diversos...
São situações difíceis, mas em que a mulher deverá ter um papel activo, deverá ser a responsável por banir o fantasma que a assombra, saltar a barreira do medo, deixando para trás uma vida de sofrimento e recebendo de braços abertos as coisas boas que a nova vida tem para lhe oferecer...
Este livro conduz-nos por uma envolvente viagem por Paris e enlaça-nos na vida de personagens carregadas de estórias, amor, traição, tristeza e fragilidade...
Lara Lewis, com 45 anos, vê o seu casamento a desmoronar-se. O marido Bill, trai-a com uma assistente e ela começa a questionar todos estes anos de casamento... Procura na sua mente, vagueando ao pelas suas memórias em busca de momentos felizes, de dificuldades ultrapassadas, de companheirismo... Contudo, aquilo que encontra nesta busca pela sua própria identidade traz-lhe um sabor amargo. Em paralelo com esta procura, Lara Lewis apaixona-se por Dan com quem passa belos momentos a re-descobrir os fantásticos lugares franceses.
A leitura deste livro revela-se bastante agradável com o desfolhar de folha após folha... Não nos leva às lágrimas, mas deixa-nos entrar na mente de alguém que tem de superar uma traição. As fantásticas descrições que a autora faz das paisagens, monumentos, casas, castelos e vilas franceses absorvem a nossa atenção, fazendo com que, por breves momentos, a nossa imaginação transporte o nosso ser para esses mesmo locais. Por este motivo, destaco este aspecto como o grande ponto positivo deste enredo.
Porém, nem tudo neste livro sossegou a minha mente inquieta.... Houve algo que a perturbou, deixando-me um pouco aborrecida com a personagem de Lara. Os momentos de descoberta que ela ia fazendo, por vezes, não deixava com que ela evolui-se psicologicamente. Não permitia que ela se começasse a valorizar enquanto pessoa, enquanto ser humano independente, com vontade própria, capaz de ultrapassar os seus obstáculos de cabeça levantada... No fundo, Lara só se sentia valorizada na presença de uma figura masculina, neste caso de Dan que veio substituir o marido traidor Bill. Para mim, assume-se como o ponto negativo do livro.
Este foi o primeiro livro que li desta autora e que despertou a minha curiosidade para a leitura de outras obras por ela escritas. Sedutor, é uma palavra que descreve bem este livro, uma vez que seduz o leitor para a descoberta da intensa paixão que vai desabrochando entre Dan e Lara em paralelo com todos os dramas que esta vai vivênciando ao longo do livro.
Obrigada pelas recordações foi o primeiro livro que li da autora Cecelia Ahern, desta forma parti para a leitura do livro sem expectativas criadas pela leitura de livros anteriores. É um livro com estória marcada por momentos de reflexão, momentos cómicos, momentos de romance, momentos de tristeza... É um livro que nos leva numa viagem pelas emoções do seu humano, mesmo aquelas que nos são estranhas e para as quais não obtemos nenhuma explicação.
Confesso que foi um livro que não me cativou no inicio... Aliás, demorei muito tempo a lê-lo porque os primeiros capítulos eram um pouco aborrecidos e a temática que servia de base a todo o desenvolvimento da narrativa, não fazia nenhum sentido para mim.
Joyce é uma jovem mulher que sofre um queda e perde o seu bebé. Na sequência deste pequeno acidente, recebe uma transfusão de sangue que muda radicalmente a sua vida! Passa a ter os conhecimentos da pessoa que doou o sangue, assim como passou a ter os gostos alimentares desta pessoa que ela não conhece, mas desde a primeira vez que a vê se sente fortemente atraída por ela. Esta pessoa é Justin um senhor que é responsável pelos grandes momentos cómicos que aparecem ao longo do livro.
Apesar de não acreditar nada neste tipo de possibilidades devo considerar que foi um tema original e foi muito bem estruturado pela autora. Na minha opinião, este é o grande ponto positivo da história. Contudo, Joyce irá demorar demasiado tempo para ter o tão aguardado encontro com Justin. Foi este pequeno pormenor que me fez arrastar a leitura do livro... Por várias vezes estiveram quase a enfrentarem-se, mas tal só acontece muito no final do livro o que não possibilitou, um desenvolvimento do relacionamento entre eles. Acho que a narrativa ficaria mais completa se o relacionamento de Justin e Joyce tivesse um desenvolvimento. Assim sendo, considero este aspecto como o ponto menos positivo. Não o classifico como negativo, porque a autora poderá desenvolver esta história num livro seguinte ou para deixar a mente e a imaginação do leitor divagar para o futuro das personagens.