A lua é uma fonte inspiradora para muitas estórias. Este elemento da natureza encerra em si uma boa dose de mistério, magia, sedução, poder... A sua beleza enfeitiça aqueles que a olham, e torna as noites menos escuras e tenebrosas.
Confesso que espera mais deste livro. Fui arrastada por uma sinopse que se revelou um tanto ou quanto insuficiente acerca das palavras que as páginas deste livro encerravam.
Foi o primeiro livro que li da autora e não fiquei muito convencida. Acho que a base da estória é boa, contudo a autora quando a construiu não o fez de modo a agarrar o leitor. Simplesmente as palavras não são capazes de nos amarrar a atenção por longos períodos de tempo. É uma narração lenta e pouco dinâmica.
Esperava mais da personagem principal, Sydney. Esperava que a autora tivesse descrito, com mais pormenor e oferecesse a esta personagem mais carisma e a descrevesse de modo a que os leitores se identificassem com ela. Eu não me senti ligada a esta personagem. Gostei de algumas passagens do livro protagonizadas por ela, contudo era muito parada, sem características marcantes.
O triângulo amoroso que se formou com o desenrolar da estória, também se revelou pouco credível. As páginas dedicadas a esta fase da narrativa não revelaram a intensidade necessária que me fizesse sentir amor, carinho e admiração entre aqueles personagem. Parecia algo frio, tal como o cenário da casa da Praia que ia sendo descrito. Por estranho que possa parecer, enquanto lia o livro e as descrições da casa e da paria não conseguia sentir aqueles calor agradável que normalmente estas descrições me fazer sentir, por outro lado imaginava sempre um lugar frio, sem sol, mesmo no pico de Verão. Acho que isto é uma boa metáfora para a minha relação com o livro. Penso que estas sensações estão relacionadas com o fato de não me sentir cativada pelo livro.
Embora a minha opinião sobre o livro não tenha sido muito calorosa, considero que existe pontos positivos e que para grande infelicidade minha, não foram corretamente agarrados pela autora. Um deles é o nível intelectual baixo da jovem que Sydney vai tomar conta no Verão e da relação de extrema proteção que os pais assumem nesta jovem. Esta proteção não permite que a jovem partilhe as suas ideias e vai-se mostrando uma personagem reservada e misteriosa ao longo do livro. Não consegui perceber muito bem quais as reais dificuldades da jovem e em que medida isso a afetava. Daquilo que percebi não me pareceu nada significativo. Apenas não conseguia atingir os elevados patamares que os pais tinham para ela. A autora deveria ter sido mais clara nesta situação, até porque permitiria uma maior compreensão da extrema proteção que os pais exibiam.
A homossexualidade foi outros dos temas abordados no livro e que considerei bastante positivo. Neste caso, a autora desenvolveu mais o tema tornando-o mais esclarecedor.
A sensação que fica no final da leitura é uma sensação de que falta qualquer coisa que faça atribuir algum sentimento a este livro. Falta-lhe algo que o faça permanecer na nossa memória por tempo indeterminado. Falta-lhe aquele "tempero" que o torne memorável.
Mais um bonito selo enviado pela Margarida do blog http://ospedacosdeamor.blogspot.pt. Mais uma vez obrigada, Margarida. É sempre bom receber estes pequenos miminhos, pois significa que existem pessoas que gostas de ler as nossas insiginficantes palavras.
Como é óbvio este selo vem acompanhado de um desafio. É o seguinte:
1- Dizer 7 factos sobre mim dos quais 3 são mentira.
2- Desafiar os seguidores a descobrir quais os 3 que são falsos.
3- Fazer um post uns dias depois a contar quais são mentira.
4- Passar o desafio e o selinho a 5 seguidores que considere merecedores.
Auto-retrato Espáduas brancas palpitantes: asas no exílio dum corpo. Os braços calhas cintilantes para o comboio da alma. E os olhos emigrantes no navio da pálpebra encalhado em renúncia ou cobardia. Por vezes fêmea. Por vezes monja. ... Conforme a noite. Conforme o dia. Molusco. Esponja embebida num filtro de magia. Aranha de ouro presa na teia dos seus ardis. E aos pés um coração de louça quebrado em jogos infantis.
Não se pode fazer as coisas «outra vez» nesta vida, é impossível repetir o que já aconteceu. Essas coisas [apaixonarmo-nos] só acontecem uma vez na vida.
Este foi o segundo livro do desafio Leitor Beta, lançado pela fantástica escrito Liliana Lavado.
É um livro fantástico, com um enredo viciante e personagens que conquistam o leitor pelas suas personalidades tão bem descritas ao longo do livro.
Ao longo destas páginas somos levados por uma viagem marcada pelo misticismo, por criaturas estranhas... Somos levados aos locais mais sombrios de Paris, locais habitados por seres estranhos e sentimo-nos a passear pelas diferentes ruas de Lisboa.
Existe uma caixa que todos procuram. Uma caixa muito bem guardada que empurra Danton numa busca obsessiva em que não conhece os limites. Contudo, os sentimentos traem-no e ele vê-se obrigado a mudar as suas estratégias.
São muitas as revelações que vão sendo desvendadas... As personagens evoluem e o leitor vê-se arrastado por uma corrente de acontecimentos que nos prendem cada vez mais às palavras, à estória, aos acontecimentos...
As personagens vão-se movendo em diferentes caminhos, pois o desenrolar dos acontecimentos e as descobertas que vão sendo feitas obrigam-nas a assumir novos papeis e novas relações.
Confesso que no início tive alguma dificuldade em entrar na estória. Alguma dificuldade em apreender os diferentes conceitos e acontecimentos relacionados com a magia. Na minha opinião, a a parte inicial do livro, em que as personagens nos são apresentadas, poderia ser mais enriquecida com pormenores que facilitem ao leitor o conhecimento do sub-mundo da escuridão.
Liliana demonstra, com este livro, um qualidade e criatividade espantosas. Cria cenários, personagens e enredos complexos. E, em comparação com o livro anteriormente lido, demonstra mais cuidados na construção da narrativa e das personagens, sendo mais rico em pormenores.
É um livro de fantasia urbana que merece um lugar numa livraria próxima de nós. E, claro, um lugar na minha estante. Acho que a criatividade, empenho e trabalho da Liliana deverão ser reconhecidos.
Autor: Elizabeth Adler Ano: 2010 Editora: Quinta Essência Número de Páginas: 292 Classificação: 5/6
Sinopse
A americana Lola Laforêt pensava que tinha tudo: um casamento estável com Patrick, um francês muito encantador, e o Hotel Riviera, um espaço mágico voltado para o azul do Mediterrâneo, a sua grande paixão. Até que um dia Patrick desaparece misteriosamente sem deixar rasto… Seis meses depois, Jack Farrar, um americano que passeia pelo mundo a bordo do seu barco, lança âncora na enseada do Hotel Riviera e vai mostrar a Lola o verdadeiro significado do amor. A atracção entre ambos é imediata, mas, após o que aconteceu com Patrick, Lola receia envolver-se novamente. Será Jack um homem de confiança? Quando a polícia a questiona acerca do paradeiro do marido e, em seguida, várias pessoas suspeitas reivindicam a posse do Hotel Riviera, Lola recorre à ajuda de Jack para encontrar o misterioso Patrick e resolver, de uma vez por todas, o seu futuro.
Opinião
Mais uma vez, Elisabeth Adler brinda-nos com um romance com cheiro a Verão, praia e leveza...
Lola encantou-se facilmente por Patrick, um mulherengo sem cura possível. Casa-se com ele e toma conta de um fantástico hotel em França com uma vista privilegiada para o Mediterrâneo. Esta fraqueza de Patrick pelas mulheres, faz com que desapareça dando origem a um mistério que Lola terá de resolver.
Durante os seis meses de ausência de Patrick Lola vivência sentimentos muito diferentes, para no fim restar uma profunda mágoa, pincelada pela raiva, pelo facto de Patrick a ter abandonado deixando completamente desamparada. Depois aparece Jack E Lola vê-se de novo envolvida pelos laços da paixão...
É um romance leve, envolto com algum mistério e ilustrado por fantásticas descrições. Em relação às personagens principais, acho que a autora deveria construí-las mais em termos de descrições dos seus sentimentos e reacções às diferentes situações. Por exemplo, acho que a história de vida da Lola deveria ter sido mais elaborada para que a ligação entre leitor-personagem se tornasse mais forte.
Uma das personagens que me irritou um bocadinho ao longo do livro foi a Sra. N. Embora considere que ele deteve um papel fundamental no desenrolar do mistério que envolvia o desaparecimento de Patrick, por vezes a estória arrastava-se, criando momentos muito parados no livro.
Sempre me interroguei se a beleza não será a simples tentativa de captar algo que nunca se possuiu ou se não será algo que tivemos na infância e queremos recuperar. O deslumbramento ou a magnifiência.
Os animais são extraordinários. Conseguem dar-nos verdadeiras lições de vida, transmitir-nos sentimentos, promover uma mudança na forma como olhamos o mundo.
Por tudo isto, devemos, SEMPRE, respeitá-los e amá-los de uma forma incondicional!?