Céu baixo, grosso, cinzento e uma luz vaga pelo ar chama-me ao gosto de estar reduzido ao fermento ... do que em mim a levedar é este estranho tormento de me estar tudo a contento, em todo o meu pensamento ser pensar a dormitar.
Mas que há para lá do sonhar? Vergílio Ferreira, in 'Conta-Corrente 1'
Os caminhos fáceis nem sempre são os melhores. Achamos que são, mas repare nas pessoas que respeita nesta vida e veja se não são geralmente as que se realizam no meio de dificuldades, as que sobreviveram e amadurecem com o sofrimentos. As que têm vida fácil não são lá grande coisa. São as outras, as que sobem às montanhas, levando a cabeça cheia de arranhões e com as canelas esfoladas, que vale a pena conhecermos.
Para elas, é uma maldição; para os vizinhos é apenas algo estranho; nós chamamos-lhe magia...
Magia, sensações, mistério, amor, paixão... Estes são os principais ingredientes de um romance fresco e com cheiro a Verão. É uma leitura agradável que nos vai mantendo agarrados ao mistério que vai sendo construído ao longo do livro.
Todo o mistério gira em torno de uma família de mulheres, as Waverley e o seu jardim cheio de plantas comestíveis mágicas usadas para diferentes efeitos. Deste jardim faz parte uma macieira que encerra em si diferentes mitos narrados pela população da aldeia. Todos estes mitos, todo este mistério e magia que foi criada em torno da família das Waverley faz com que as pessoas se afastem delas. Assim, Claire, para não sofrer, sempre fugiu do amor não estabelecendo laços afetivos com ninguém exterior à família. Contudo, um vizinho que não conhece as estórias dos habitantes da aldeia acerca desta família encanta-se por Claire e arrebata-lhe o coração.
Sydney e Claire são irmão e, ao longo do livro, vão acertando as agulhas do seu relacionamento. Um relacionamento que nem sempre foi pacífico, com muitos desentendimentos, como muitas palavras que ficaram por dizer, por muitos momentos que ficaram por viverem, por diferentes formas de aceitar os mitos que iam sendo criados em torno desta família.
Cada uma das senhoras pertencentes à família Waverley tem um dom, uma característica especial. Gosto principalmente da tia de Claire e Sydney que tinha de oferecer presentes às pessoas e que mais tarde lhes iriam ser úteis em alguma coisa.
Na minha opinião, é um livro extremamente sensorial. Era frequente, à medida que a autora mergulhava em belíssimas descrições pelo jardim, sentir o cheiro das floras e os aromas que preenchiam o ar assim como sentir a brisa do vento a passar por nós como se nos beijasse. Considero que este poder sensorial do livro é um dos grande pontos fortes. É igualmente positivo a construção e desenvolvimento das personagens e os movimentos que elas vão fazendo ao longo do desenrolar da narrativa. Por outro lado, acho que a autora deveria ter desenvolvido mais alguns aspectos, nomeadamente: a infância de Sydney e Claire, os romance de Claire, o casamento falhado de Sydney e o final das personagens. Acho que a melhoria destes pontos traria mais colorido ao livro.
Este foi o meu primeiro contacto com Sarah Allen. Convenceu-me e espero ler, em breve novas narrativas desta autora.
2. Preferes quente ou frio? Os dois dependendo da situação, por exemplo, gosto do frio do Inverno, mas adoro um chá bem quentinho.
3. O porquê da escolha do nome do teu blogue? Os livros são compostos por palavras. Cada palavra carrega um significado. Como eu gosto sempre de analisar o que está por detrás das palavras que leio, das palavras que me transmitem, porque estou sempre à procura do significado para além das palavras achei que este título seria o mais adequado aos objectivos que tracei para o blog.
4. Acreditas ainda no teu País? Não sei... Devia acreditar (dizem que há profecias que se auto-cumprem e que se não acreditarmos com muita força as coisas acontecem), mas a evolução das coisas levam-nos por caminhos minados e não sabemos quando é que isto tudo vai pelos ares.
5. O que mais detestas? Injustiças, infelizmente temos de aprender a lidar com elas. E em paralelo as desigualdades sociais, que muitas vezes são o resultado das injustiças.
É daqueles músicas que preenche a nossa mente e nosso coração de recordações. Leva-nos numa viagem pelo tempo. Refresca as memórias passadas, faz-nos sonhar com um futuro num presente pautado pela esperança! Desfrutem!!!
Sábado à noite não sou tão só Somente só A sós contigo assim E sei dos teus erros Os meus e os teus Os teus e os meus amores que não conheci
Parasse a vida Um passo atrás Quis-me capaz Dos erros renascer em ti
E se inventado, o teu sorriso for Fui inventor Criei um paraíso assim
Algo me diz que há mais amor aqui Lá fora só menti Eu já fui de cool por aí Somente só, só minto só Hei-de te amar, ou então hei-de chorar por ti Mesmo assim, quero ver te sorrir... E se perder vou tentar esquecer-me de vez, conto até três Se quiser ser feliz...
Se há tulipas No teu jardim Serei o chão e a água que da chuva cai Para te fazer crescer em flor, tão viva a cor Meu amor eu sou tudo aqui...
Sábado à noite não sou tão só Somente só A sós contigo assim Não sou tão só, somente só
Algumas pessoas não sabem como apaixonar-se, como por exemplo quando não sabemos nadar. A principio entram em pânico quando saltam para a água. Depois acabam por perceber o que fazer para se manter à tona.
Está nas nossas mãos transformar coisas simples em algo capaz de impressionar os outros. Quem diria que o processo de fazer algodão-doce dava este espectáculo?