Tanta coisa que se passa nesta massa pequena. Pensamentos, ideias, músicas, desejos, poesia, ira, ódio. As pessoas falam muito no coração, Tenente, mas é o cérebro que contém toda a magia e mistérios da espécie humana. É ele que nos eleva, nos diferencia e nos define como indivíduos. E os segredos que esconde! Bem, é dubitável que alguma vez conseguiremos descobri-los a todos.
"Veio para Nova Iorque para ser polícia pois acreditava na ordem. Precisava dela para sobreviver. Tinha tornado as rédeas da sua vida, transformara-se na pessoa que um assistente social anónimo chamava de Eve Dallas..."
A lua-de-mel de Eve e Roarke é interrompida pelo estranho suicídio de um dos jovens engenheiros das empresas Roarke. Ao regressarem a casa, Eve é confrontada com outros casos de suicídio que usam diferentes métodos, mas todos partilham o mesmo sorriso desconcertante no rosto da vítima. Descobre que não se trata de mera coincidência e alguém está a planear a morte destas pessoas. Mas quando Eve se apercebe de que um dos alvos é o seu marido, a sua própria felicidade é ameaçada.
Num romance cheio de mistério, suspense e violência, a tenente Eve Dallas é atraída para o mundo da realidade virtual onde a mente se tornan num instrumento letal de destruição...
Opinião Estou completamente rendida a esta séria... Embora não tenha lido os livros desde o início é muito fácil perceber a estória... Mesmo assim quero ver se consigo dos dois volumes anteriores e lê-los.
São livros muito? fáceis de ler. Bons diálogos. Acção. E muita imaginação, uma vez que os acontecimentos se passam em 2058... São livros que nos estimulam a imaginação.
Depois temos umas personagens apaixonantes. Adoro a Eve e o Roarke. Ao longo da leitura dos livros vamos conhecendo-os cada vez mais e é quase como se os conhecêssemos em carne e osso.
Seria engraçado criar uma série televisiva baseada nesta séria literária. Contudo, acho muito difícil encontrar actores que se encaixam no perfil de Eve e de Roarke... Eu sinceramente não consigo pensar em nenhum...
São polícias que eu aconselho a leitura... Irão passar bons momentos... Neste quase que acertava no assassino... Foi apenas um bocadinho ao lado :).
Este novo romance de Nicholas Sparks conta a história emocionante de Amanda e Dawson, dois adolescentes envolvidos na mágica experiência do primeiro amor.
Separados por classes sociais distintas, a paixão que sentem um pelo outro fá-los acreditar que aquele sentimento durará para sempre e terá força para superar todos os obstáculos. Vinte e cinco anos mais tarde, ambos são chamados à cidade natal, por altura da morte do único homem que os protegera. Amanda e Dawson tinham seguido caminhos diferentes. E se para ambos o amor de outrora se revela intacto, não podem evitar confrontar-se com dolorosas recordações e mais ainda com as escolhas que tinham feito perante as circunstâncias que o seu juvenil amor não pudera alterar. Que sentido dar agora a um amor que nunca poderia mudar o passado?
Opinião
Antes de começar a escrever sobre as impressões que o livro me causou quero agradecer à pessoa que me proporcionou esta leitura!! Este livro foi um presente da LILIANA LAVADO! POR ISSO, OBRIGADA LILIANA!
Relativamente à minha opinião acerca deste livro tenho a dizer que segue aquilo a que Sparks já nos habituou... Romance, dilemas, tragédias, amor... A novidade é a violência, que aparece na sua forma mais dura, com descrições um pouco sangrentas que prendem os nossos olhos às palavras que se alinham na página. Esta veia violenta de Sparks já tinha surgido em A melodia do adeus, embora de uma forma menos sangrenta!
De uma forma geral gostei bastante do livro... Contudo sinto que faltou qualquer coisa... faltou algo que nos agarrasse mais às personagens! Já que toquei na questão das personagens, acho que faltou um bocadinho mais de garra e personalidade à Amanda. Porém, a personagem que mais gostei foi de Tuck. Com ele, aprendemos o valor do silêncio e no poder da nossa mente... Ele conseguiu sobreviver à perda do seu grande amor, Clara, acreditando na presença dela, recordando-a nos seus intermináveis silêncios.
Aquilo que, na minha opinião, faltou a esta narrativa foi: uma descrição mais pormenorizada da relação de Dawson e Amanda enquanto adolescentes... Sparks brindou-nos com poucos momentos da relação contribuindo para uma fraca ligação entre o leitor e as personagens... Outro aspecto menos positivo são os diálogos entre Amanda e Dawson após 25 anos, no momento do reencontro... Faltou calor, intensidade, amor... Estes aspectos foram um bocadinho mais salientes apenas no último dia em que estiverem juntos e isso fez sobressair uma relação um tanto ou quanto fria entre eles. Em suma, parece que falta química a estes dois.
O final é um final à Nicholas Sparks, com uma morte um pouco previsível... Já sabemos que com eles os finais felizes estão um pouco condicionados...
Por fim, gostaria de destacar a mensagem que vai emergindo ao longo do livro e que dá o titulo ao livro: quando gostamos de alguém procuramos dar o melhor de nós aqueles a quem nos sentimos ligados! Confesso que adoro as mensagens que estão por detrás dos livros deste autor. No fundo, são estas mensagens que, também, nos fazem gostar tanto dos livros dele.
Algo inspirador.... Aqui está o espírito de alguém que não baixou os braços... Usou a sua criatividade e conseguiu!! Vejam e deixam a vossa criatividade contagiar-se :)
Soneto Ao Luís Vaz, recordando o convívio da nossa mocidade. Não pode Amor por mais que as falas mude exprimir quanto pesa ou quanto mede. Se acaso a comoção concede é tão mesquinho o tom que o desilude.
Busca no rosto a cor que mais o ajude, magoado parecer os olhos pede, pois quando a fala a tudo o mais excede não pode ser Amor com tal virtude.
Também eu das palavras me arredeio, também sofro do mal sem saber onde busque a expressão maior do meu anseio.
E acaso perde, o Amor que a fala esconde, em verdade, em beleza, em doce enleio? Olha bem os meus olhos, e responde.
António Gedeão in Colóquio Letras, nº55, Maio de 1980
Conta a lenda que, uma manhã, no bazar do palácio, assim que a viu, os olhos lhe ficaram nela. Era muito bonita como uma imagem de uma miniatura persa. Estava sentada atrás do seu balcão, rodeada de sedas e de contas de colares quando um príncipe de aproximou. Perguntou-lhe quanto custava um cristal talhado que brilhava no meio de um monte de pedras. "Isso?... Não tens dinheiro para comprar! É um diamante", respondeu ela. Conta a lenda que Sha Jehan lhe entregou então dez mil rupias, que era uma quantia exorbitante, deixando a rapariga de boca aberta. Talvez tivesse sido a desfaçatez dela ou a sua beleza: qualquer coisa nela o havia seduzido. Fez-lhe a corte durante meses e por fim conseguiu casar com ela. Chamou-lhe Mumtaz Mahal, "A eleita do palácio"... Tornou-se imperatriz e conselheira dele. Conquistou o coração do povo porque intercedia sempre pelos mais pobres. Os poetas diziam que a Lua se escondia de vergonha diante da presença da imperatriz. Ele comentava todos os assuntos de Estado com ela e, quando os documentos oficiais estavam finalmente redigidos, mandava-os ao harém para que ela lhe estampasse o selo real.
(...)
Os imperadores podem ter todas as mulheres que quiserem, mas há sempre uma que lhes rouba o coração. Ao fim de dezanove anos de casados, ela morre de parto, ao dar à luz o décimo quarto filho. Tinha trinta e quatro anos. Dizem que durante dois anos o imperador andou de luto rigoroso, sem usar jóias nem trajos sumptuosos, sem participar em festas nem banquetes e sem sequer ouvir música. Para ele a vida tinha deixado de ter sentido. Cedeu o comando das campanhas militares aos filhos, e dedicou-se de corpo e alma à construção do mausoléu à memória da mulher. Chama-se Taj Mahal, uma abreviação do nome da imperatriz. Dizem que ela, no leito da morte, lhe teria sussurrado a ideia de erigir um monumento "à felicidade partilhada". Agora estão juntos numa cripta sob a cúpula branca.
Não deixava de ser paradoxal que no monumento considerado no mundo inteiro símbolo supremo do amor entre um homem e uma mulher tivesse sido concebido e executado por um homem cuja religião o autorizava a partilhar o amor com várias mulheres.
Em Janeiro de 1908, Anita Delgado, de 17 anos, sentada num elefante luxosamente ajaezado, faz a sua entrada numa pequena cidade do norte da Índia. Todo o povo está na rua, rendendo homenagem à nova princesa, de tez tão branca como as neves dos Himalaias. Poderia parecer um conto de fadas, mas foi assim a boda da bailarina andaluza com o riquíssimo marajá de Kapurthala. E o começo de uma grande história de amor - e traição - que se desenrolou durante quase duas décadas no coração de uma Índia preste a extingui-se. Uma história que nos transporta para o fabuloso mundo dos marajás, como os seus haréns dignos das Mil e Uma Noites, os seus bacanais eróticos, a paixão pelas jóias, os palácios, e as caçadas de tigre.
A providência criou os marajás para oferecer um espectáculo ao mundo.
Rudyard Kipling, cit. in Uma Paixão Indiana
As crianças de ambos os sexos devem ser levadas à caça uma vez por semana sem falta, e quando forem adultas devem, em regra, passar pelo menos duas semanas por ano na caça ao tigre.
Notas sobre a educação de um governante (Marajá de Gwalior, General Policy Durbar, 1925) cit. in Uma Paixão Indiana
Vale tudo, porque a paixão nos espera.
Kamasutra 2.3.2., cit. in Uma Paixão Indiana?
Opinião
Confesso que este livro não foi de encontro as minhas expectativas! Quando o vi na prateleira dos destaques na biblioteca fui logo atraída pelo título... Eu gosto muito de conhecer os aspectos culturais dos diferentes cantos do mundo, a Índia em particular. Algo que atraí neste país, embora eu não tenha uma explicação lógica para tal facto (bem... posso sempre recorrer às interpretações desta cultura e dizer que, numa vida passada, pertenci a alguma casta indiana e neste momento estou só a seguir a roda das encarnações :P). Outro aspecto que tornou o livro tão apelativo aos meus olhos foi o carácter verídico da estória...
Considero que em termos de investigação sobre os aspectos culturais, sobre as pessoas que são descritas no livro, o autor fez um brilhante trabalho... Consegui torná-las bem reais aos nossos olhos, transportando-nos, facilmente, para os acontecimentos que se passaram à vários anos atrás. Sentimos os cheiros das especiarias e dos lugares luxuosos em contraste com o cheiro das ruas desorganizadas e dos rituais funerários no rio Ganges, visualizamos a intensidade das cores fortes e quentes que caracterizam o universo da cultura indiana.... As jóias, a riqueza, os palácios, a pobreza, as ruas cheias de moribundos, as planícies... tudo isto são aspectos da cultura deste país.
Por outro lado, nos momentos em que o autor narra os acontecimentos da vida de Anita Delgado não consegue criar uma forte ligação com leitoras. Torna a narrativa muito massuda, principalmente na segunda parte do livro em que descreve a vida do marajá que casou com Anita. Contudo, nas duas últimas partes somos envolvidos num desenrolar de acontecimentos que facilmente nos ligam um pouco ao livro.
Gostei muito quando o autor, na parte final do livro, conta o que aconteceu a outras pessoas com quem Anita Delgado se cruzou ao longo da vida na Índia e na Europa. Anita vivência momentos muito diversificados... É confrontada com aspectos culturais muito diferentes daqueles a que estava acostumada. É um choque de realidades que ela aprende a gerir e a retirar o melhor proveito possível durante algum tempo... Mas a felicidade que ela tanto ansiava chega de uma forma que condiciona o seu futuro.
Um júbilo amarelo irradiava dela. Quando estamos felizes por nós mesmos, esse júbilo preenche-nos. Quando estamos felizes pelos outros, extravasa de nós. Era quase brilhante de mais para contemplar.