2013 está mesmo aí a bater-nos à porta... Acredito que por todas as cabecinhas deste mundo passe tudo aquilo que gostariam de ver concretizado em 2013.
A aproximação do novo ano conduz a reflexões, desejos, sonhos, metas a atingir... Um sem número de coisas que nos ajudam a ter esperança nos 365 dias que aí se aproximam.
Pessoalmente, 2012 teve os seus momentos bons e os seus momentos menos bons. Passei por períodos complicados, principalmente neste último trimestre de 2012. O lado profissional foi-se deteriorando ao longo de todo ano culminando numa situação insustentável levando-me ao desemprego.
Em 2013 quero encontrar um trabalho (onde não se aproveitem da minha boa vontade), passar bons momentos com aqueles que mais gosto, continuar a ler, continuar a publicar as minhas opiniões e ver crescer este espaço que me tem ajudado a suportar parte do tempo disponível que todos os dias me desorganiza o espírito. No fundo, ajuda-me a sentir útil.
Para vocês, que muito atenciosamente se vão entretendo com as minhas palavras ,desejo que 2013 sejam 365 dias de boas oportunidades, com muitos sonhos realizados, com muito tempo partilhado com aqueles que mais gostam, tempo esse traduzido em bons momentos que oferecem a 2013 um carácter único e especial.
Este será o último desafio a que me proponho para o próximo ano. Já vi este desafio em muitos dos blogs que sigo e como posso aproveitar outros livros que vou ler para outros desafios posso sempre tentar completar este.
No fundo, este desafio consiste em ler livros cujo nome do autor comece por uma determinada letra do abecedário. Para tornar o desafio mais aliciante, será apenas o apelido do autor que deverá começar por cada uma das 26 letras do abecedário. Por exemplo: Lesley Pearse apenas se encaixará na letra P.
Qualquer um de vocês pode aderir a este desafio e levar a imagem que eu criei. (a imagem original foi retirada do google, apenas fiz algumas alterações)
Descobri este desafio no blog da Mónica, A Thousand lives e achei um desafio muito interessante! Apenas gostaria de mencionar que este desafio é originalmente proposto pelo blog Reading Romances e consiste, como o nome indica, em ler romances. Mas, o objectivo do desafio não é ler a maior quantidade, mas sim a maior variedade! Pretende-se, pois, que os participantes leiam diferentes subgéneros e livros que normalmente não leriam.
Podemo-nos propor a ler por quantidade total de livros (eu vou ficar pelo nível 4 [12 livros]) ou por livros a ler por mês (eu vou ler 1 por mês [nível Romance Reader]).
Mas existem categorias temáticas que devem ser cumpridas:
Janeiro: Marry me? – Livros com um casamento por conveniência, forçado ou arranjado, que acaba em amor.
Fevereiro: Foreigners do it better! – Livros de autores “estrangeiros”. Neste caso estão proibidos os autores ingleses ou norte-americanos.
Março: The Avengers! – O protagonista masculino utiliza a protagonista feminina para extorsão, vingança, rapta-a, seduz, etc… OUMay the Games Begin! – duas pessoas a lutar pelo mesmo prémio/objetivo e apenas um pode vencer.
Abril: Beauty and the Beast – um dos protagonistas tem uma limitação física ou é emocionalmente torturado.
Maio: Summer Lovin’ – o casal está isolado do resto do mundo de alguma forma e esta intimidade forçada leva a algo mais. OUNursing Back to Health – o herói/heroína está ferido ou quase a morrer e o outro salva a sua vida.
Junho: Who do you think you are? – Um dos protagonistas não é aquilo que aparenta ser ou está a fingir ser outra pessoa.
Julho: I’m BACK for good! – Amantes reencontrados. Uma estória de uma segunda oportunidade para o amor.
Agosto: Traditional or not! – Uma estória com viagens no tempo ou um livro com um triângulo amoroso.
Setembro: Bad Boys, whatcha gonna do? – Os opostos atraem-se. Também pode ser uma estória com uma bad girl/good boy.
Outubro: In Love with my Best Friend – Uma amizade leva a algo mais. OU Beta Male Fest! – um romance com um beta ougama male.
Novembro: Romeo and Juliet – Uma diferença de classes separa um casal.
Dezembro: Cinderella – De pobre para rico ou de rico para pobre.
Em relação à minha lista, como estou um pouco condicionada pois a grande parte dos livros que leio são da bilioteca, esta vai sendo actualizada à medida que vou descobrindo os livros. Os meus leitores podem acompanhar este desafio através da página Desafios 2012 que encontram no cabeçalho do blog. Aceito sugestões! Se conhecerem algum livro que se enquadre em alguma destas categorias e que gostassem de ver aqui a minha opinião podem deixar a sugestão!
Keira marcou pela sua determinação: descobrir o esqueleto do mais velho ser humano que habitou a terra. Este seu objectivo fez com que ela corresse perigos, visitasse locais nunca antes vistos e reencontrar o seu grande amor. É admirável a sua força e a sua personalidade bem vincada e obstinada.
Esta criança, com uma visão própria do mundo que a rodeia, marca qualquer leitor que seja sensível. A sua paixão pela leitura leva-a a roubar livros, numa busca incessante pelas palavras e por aquilo que elas possam transmitir. É uma crianças como uma enorme criatividade (vejamos os presentes originais que ela ofereceu ao seu Max). Liesel protagonizou acontecimentos terríveis, emocionalmente dolorosos e sobreviveu à guerra. Apenas tive pena que Morta, a nossa simpática narradora, não nos tenha brindado com os acontecimentos relativos à vida adulta de Liesel.
A Paxton conseguiu emocionar-me com a sua coragem. A dor provocada por uma perda muito importante para ela, leva-a até ao cenário da guerra do Vietname. Uma jovem corajosa que vive amores que nem sempre terminaram em finais felizes. A sua cena final é muito bonita e transmite a mensagem que nunca devemos deixar de acreditar que as coisas mais impossíveis podem acontecer!
Josie é a personagem com características psicológicas mais bem delineadas pela escritora. A forma como ela decidiu levar a sua vida condicionou o seu carácter. Sofreu e tornou-se rancorosa. A sede de vingança alimentou grande parte dos seus comportamentos Foi uma personagem muito bem conseguida por parte de Lesley Pearse e que é capaz de nos emocionar quer pela positiva quer pela negativa. Em certos momentos, Josie provoca no leitor sentimentos de compaixão, mas noutros deixava o leitor com raiva e nojo dela. É uma personagem complexa e que nos faz pensar nas nossas próprias escolhas. Será que não devemos fazer tudo, sem olhar a meios, para realizar os nossos sonhos?
Adorei esta Lia!!! Ri-me com ela, identifiquei-me com ela... A Lia marcou-me porque algumas das características psicológicas da Lia são as minhas, nomeadamente: a objectividade com que olha para as coisas que lhe acontecem, a simplicidade na forma de viver e a sua visão sobre o amor.
E desse lado, quais as personagens femininas que deixaram uma marca no vosso consciente?
Este é, na minha perspectiva, daquelas personagens masculinas que nos fazem suspirar. Aquilo que mais admiro nele é a sua forte sensibilidade para com Eve. Trata-a de uma forma incrível... É romântico, cuidadoso, carinhoso. É fantástico!
Em Dean admiro o seu lado profissional (não fosse ele colega de profissão). Acho que é um bom psicólogo, gostei do desempenho dele no desenrolar do caso. Outro aspecto positivo de Dean é a forma como ele consegue lidar e resolver as suas crises familiares.?
Max, o pugilista judeu, foi capaz de me levar às lágrimas. Teve a infelicidade de viver numa época em que judeus não eram aceites. Protagoniza, na minha opinião, um dos grandes momentos do livro. É daqueles passagens que ficamos em suspenso na cena e com a visão toldada pelas lágrimas. ?
Adrian um cientista apaixonante. Justamente com Keira embarca numa aventura fantástica. Adorei o desempenho dele e foi capaz de me proporcionar bons momentos misturados com diferentes emoções. O seu lado idealista e sonhador apaixona qualquer um, assim como o seu amor pela Keira.?
Do David, ficou-me na memória a sua obstinação pelas coisas e o amor que tinha por Lady Christiana Fitzwaryn. Admirei muitas das suas atitudes e gostei particularmente da sua forte personalidade.
E desse lado, digam-me que personagens masculinas ficaram na vossa memória!?
Para mim é impossível olhar para estes dois livros separadamente. Dependem um do outro e foram, sem grandes dúvidas uma das melhores surpresas de 2012. Marc Levy parte de temas interessantes, prendendo o leitor a momentos de acção, romance, descoberta... São dois livros que recomendo. ?
Mensagem do Vietname (Danielle Steel)
Danielle Steel entrou no meu mundo literário como todos os outros livros, por caso. Antes da criação do blog desconhecia o mundo literário que por aqui existia, por isso ia à biblioteca e trazia os livros que me saltavam à vista. Este livro foi sugestão do bibliotecário (por acaso os primeiros que aqui aparecem na lista foi também por recomendação deste simpático senhor) que me disse que, para ele, tinha sido o melhor livro de Danielle Steel. De facto não me desiludiu e foi o meu preferido até ler o Um longo caminho para casa. A história é muito comovente, os cenários de guerra muito bem descritos. É uma montanha russa de emoções.
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A Rapariga que roubava livros (Markus Zusac)
A rapariga que roubava livros é um livro denso, com uma mensagem muito forte. Desde já, o cenário (2ª Guerra Mundial) que serve de palco a toda a narrativa é capaz de prender qualquer leitor. Depois, qualquer ser humano é incapaz de ficar indiferente a vida de uma criança que se vai cruzando com as injustiças e maldades provocadas por outros seres humanos. Considero este um bom livro para reflexão.?
Um longo caminho para casa (Danielle Steel)
Um longo caminho para casa brinda o leitor com uma enorme carga emocional logo desde as primeiras páginas. Uma criança, vítima de maus tratos traça um caminho vitorioso. As cenas de violência são muito bem escritas e são capazes de provocar as mais diversas emoções. Adorei este livro e, para mim, até ao momento é o melhor livro de Danielle Steel.
Procuro-te (Lesley Pearse)
Lesley Pearse é outras das minhas autoras com um lugar especial nas minhas preferência. Neste livro ela brinda-nos com descrições fantásticas e uma narrativa muito cativante. Não é a história principal (a procura da mãe biológica por parte de Daisy) que torna este livro um dos meus preferidos, mas sim tudo aquilo que nos é apresentado da família biológica de Daisy e da relação controversa entre duas irmãs (mãe e tia de Daisy). Não é o meu livro preferido da autora, contudo foi uma das minhas melhores leituras de 2012.
Esta é apenas a minha visão... Aliás todas as minhas opiniões são baseadas na minha visão sobre aquilo que vou lendo. Não é, de todo, a mais correcta. Apenas quero que as pessoas que aqui vêm encontrem uma visão do livro e da narrativa do que um simples resumo da história.
Começo por assumir o fracasso relativamente ao número de livros lidos em 2012. Tinha estabelecido como meta ler 45 livros, infelizmente fiquei pelos 36 livros. Confesso que a nível pessoal e profissional foi um ano extremamente complicado e que condicionou o meu ritmo de leitura e a minha disponibilidade mental para ler.
Em 2013 quero que este número seja ultrapassado.
Assim, traduzindo os livros de 2012 em números temos:
36 livros lidos;
11804 páginas desfolhadas;
Inverno das Sombras foi o livro mais longo que li (600 páginas)
As autoras mais lidas em 2012 foram Liliana Lavado e Danielle Steel ambas com 3 livros lidos.
De todos os livros, apenas 4 foram de autores portugueses (algo terá de mudar em 2013)
Nestes últimos dias que antecedem a viragem do ano ainda quero apresentar:
Elizabeth tem trinta e quatro anos e vive numa casa que ela adora e paga com o dinheiro que ganha no seu bem-sucedido negócio de designer de interiores. É o seu pequeno refúgio, onde pode isolar-se e sentir-se segura. A vida não lhe foi fácil. Desde que a mãe se fartara precocemente do sossego idílico da adorável vila, cujo nome irlandês significa Vila dos Corações, e partira, deixando Elizabeth com o encargo de acabar de se criar a si própria, enquanto criava também a irmã, Saoirse, e cuidava do pai. Aos dezasseis anos Saoirse, um verdadeiro tornado ruivo, engravidara por pura distracção. E agora Elizabeth tem o pequeno Luke para criar, uma criança que Elizabeth teme que também venha a ser problemática, uma vez que tem um amigo imaginário. Mesmo assim Elizabeth controla tudo na perfeição. Mas agora que Ivan apareceu na sua vida, vai mudá-la de forma que ela nunca podia ter imaginado... Uma história romântica, comovente e luminosa, com um toque subtilmente mágico como um conto de fadas moderno, da autora de P.S .- Eu amo-te, um dos mais notáveis bestsellers do ano de 2004, que inaugurou esta colecção.
Opinião
Tenho uma certa dificuldade em descrever como é a minha relação com os livros da Cecelia Ahern. Neste livro em particular houve certas passagens que me entusiasmavam para a leitura enquanto outras levavam-me a arrastar-me pelas páginas com pouca motivação para continuar. Apesar de achar a ideia de partida para a construção da narrativa muito original e engraçada, acho que a autora se perdeu nos meandros da história deixando muitas pontas soltas. Considero que ela pegou nos temas e não os conclui... Por vezes, parece que caem de pára-quedas no meio da narrativa e ali ficam sem uma estruturação clara e coerente. Por exemplo, acho que a explicação da "empresa" dos amigos imaginários deveria ser mais explorada (se era um mundo de fantasia e sonho que a autora queria passar deveria tê-lo criado e estruturado de modo a não parecer tão abstracto o reduzido para o leitor).
O livro apresenta algumas partes um pouco confusas e com uma escrita pouco estrutura. Isto fez com que uma página, por vezes, tivesse de ser lida mais do que uma vez. Infelizmente, este pouco cuidado na forma como o livro é escrito torna-o aborrecido e pouco cativante, o que é injusto perante a ideia que está na base da narrativa.
Em relação às personagens, considero que todas elas carecem de uma melhor apresentação. Elas chegam ao leitor apresentadas de forma superficial dificultando a criação de uma ligação entre o leitor e as personagens.
Precisávamos de saber mais sobre Elizabeth e sobre a sua infância. Gostava de ter lido mais sobre a relação dela com Mark e todos os elementos precipitantes que conduziram ao fim da relação.
Queria mais sobre Saoirse... Como é que ela cresceu, como é que ela engravidou, como e para onde é que ela desapareceu... Pois é que no fim do livro fiquei sem perceber o que lhe aconteceu.
Ficou um vazio muito grande em relação ao relacionamento de Opal (uma amiga imaginária) e um ser humano. Achei muito alguns dos poucos pormenores que nos foram oferecidos.
Agora o que gostei no livro. Os momentos de libertação de Elizabeth, principalmente o episódio do Jinny Joes. Achei positiva a evolução dela ao longo da história (apesar de continuar com a sensação de que faltava ali mais qualquer coisa).
Gostei muito do Ivan... Mas queria mais. É uma boa personagem, algo complexa mas que merecia mais páginas do livro. Achei muita piada ao falar ao contrário dele. Fiquei surpresa quando percebi a essência do nome do local onde ele vivia: Rezaf Ratiderca.
Em suma, é um livro morno com um ideia que tinha tudo para o tornar quente e arrebatador. Dá a sensação que a autora deixou-se levar pela superficialidade das coisas não esmiuçando a mensagem que está por detrás de todas estas páginas. Isto deixa-me insatisfeita e triste porque queria mais.
E desse lado, já lerem este livro? Partilhem a vossa opinião e deixem-se invadir pelas palavras.
- Não te afastes. Não te feches em ti própria. Não me escorraces. Não me castigues. Não te castigues.
- Tens de ir embora. Estão à espera que saias.
- Não interessa. Esperei durante sete anos.
- Pelo quê? - perguntou ela irritada.- O que esperaste, Dean? Que o Jack morresse?
As palavras magoavam, como ela saberia que aconteceria. Dissera-as deliberadamente para o magoar e para o provocar, mas ele morreria antes que se permitisse qualquer das reacções. Contendo a cólera que sentia, e mantendo a voz calma, disse:
- Esperei poder estar assim tão perto de ti.
- E depois, o que esperavas que acontecesse? Que eu caísse nos teus braços? Que me esquecesse de tudo o que sucedeu e...
Quando ela se interrompeu, ele arqueou uma sobrancelha numa expressão interrogadora.
- E o quê, Paris? E amar-me? Era isso que ias dizer? É isso que tens tanto medo? De que talvez nos tivéssemos amado então e que continuemos a amar-nos?
Ela recusou-se a responder. Dirigi-se num passo determinado para a porta da frente, abrindo-a.
Com os agentes da polícia de vigia, ele não tinha alternativa que não fosse partir.
Naquela altura, a água que saía do chuveiro já estava fria, mas continuava a sentir o corpo febril com um desejo ardente de saber - caso tivesse conseguido arrancá-la dela - qual teria sido a resposta à sua pergunta.
Poema de Natal Para isso fomos feitos: Para lembrar e ser lembrados Para chorar e fazer chorar Para enterrar os nossos mortos — Por isso temos braços longos para os adeuses Mãos para colher o que foi dado Dedos para cavar a terra. Assim será nossa vida: Uma tarde sempre a esquecer Uma estrela a se apagar na treva Um caminho entre dois túmulos — Por isso precisamos velar Falar baixo, pisar leve, ver A noite dormir em silêncio. Não há muito o que dizer: Uma canção sobre um berço Um verso, talvez de amor Uma prece por quem se vai — Mas que essa hora não esqueça E por ela os nossos corações Se deixem, graves e simples. Pois para isso fomos feitos: Para a esperança no milagre Para a participação da poesia Para ver a face da morte — De repente nunca mais esperaremos... Hoje a noite é jovem; da morte, apenas Nascemos, imensamente.
Vinicius de Moraes
UM FELIZ NATAL A TODOS AQUELES QUE POR AQUI PASSAM DEIXANDO UM BOCADINHO DE SI PRÓPRIOS!