Dos novos autores que descobriram, qual gostaram mais?
Nesta maratona descobri 3 novos autores, mas aquela que me deixou com mais vontade de ler foi a autora Anna Casanovas.
Balanço
Como já não vou ler mais para esta maratona, vou aproveitar e fazer o balanço. Não consegui cumprir o plano inicialmente proposto (aqui), mas andei lá perto, só me faltaram cerca de 100 páginas para terminar o último livro.
Assim as minhas leituras foram as seguintes:
A Rapariga que inventou um sonho (Haruki Murakami) - 151 páginas (livro que já estava iniciado e que terminei)
Amor em Lume Brando (Anna Casanovas) - 303 páginas (livro iniciado e terminado)
O passado que seremos (Inês Botelho) - 80 páginas (livro iniciado, mas não concluído)
Total: 534 páginas
Para uma primeira maratona do ano e visto que tenho andado com pouca vontade de ler, fiquei bastante contente com o resultado.
Apresenta-nos a personagem principal do livro que estás a ler. Se o livro fosse adaptado ao cinema que actor/actriz poderia ficar com o papel.
Personagem Emma do livro Amor em Lume Brando de Anna Casanovas
Jovem, de cabelos ruivos desalinhados como se eles fossem o espelho daquilo que vai na sua alma. Emma aprisionou o seu coração, para assim conseguir fugir ao sofrimentos que um amor pode provocar. Tem prioridades na vida, mas ao longo do livro vai descobrir que devemos aproveitar as oportunidades que surgem na nossa vida de forma inesperada e agarrar a felicidade quando ela decidi bater a nossa porta.
Adorei este Emma, adorei os seus conflitos internos. Adorei a forma como ela acaba por expressar o seu amor por Guillermo.
Um romance delicioso. Até agora a minha melhor leitura de 2014.
Se o livro fosse adaptado ao cinema esta seria a actriz...
Autor:Patrick Süskind Ano: 2006 Editora: Editorial Presença Número de páginas: 276 páginas Classificação: 2 Estrelas
Sinopse
Esta estranha história passa-se no século XVIII e é fruto de um extraordinário trabalho de reconstituição histórica que consegue captar plenamente os ambientes da época tal como as mentalidades. O protagonista é um artesão especializado no ofício de perfumista, e essa arte constitui para ele – nascido no meio dos nauseabundos odores de um mercado de rua – uma alquímica busca do Absoluto. O perfume supremo será para ele uma forma de alcançar o Belo e, nessa demanda nada o detém, nem mesmo os crimes mais hediondos, que fazem dele um ser monstruoso aos nossos olhos. Jean-Baptiste Grenouille possui no entanto uma incorrupta pureza que exerce um forte fascínio sobre o leitor. O Perfume, publicado em 1985, de um autor então quase desconhecido, foi considerado um dos mais importantes romances da década e nunca mais deixou de ser reeditado desde então, totalizando os 4 milhões de exemplares vendidos, só na Alemanha, e 15 milhões em países estrangeiros. Foi traduzido em 42 línguas. Este fenómeno transformou-o num dos mais importantes livros de culto de sempre. Em 2006, O Perfume passa a ser uma longa-metragem inspirada no romance de Patrick Süskind.
Opinião
Sei que este livro conquistou muita gente e li imensas críticas positivas acerca dele. Porém, tal não aconteceu comigo. Aliás, este foi um livro que me fez ver até que ponto as expectativas podem arruinar uma leitura.
O que é que eu esperava do livro? Bem pelo título e pela sinopse esperava assistir a uma história em que as cenas de crimes me dessem volta ao estômago. Esperava um assassino em série com uma personalidade maquiavélica. Contudo, aquilo com que me deparei está um pouco longe daquilo que eu tinha idealizado.
Começando pelos aspectos mais relacionados com o crime, eles existem mas carecem de detalhes, assim como falta maior complexidade nas intenções do nosso criminoso. Elas acabam por estar presentes, mas um pouco camufladas. Apelando um pouco à nossa imaginação, nós conseguimos criar algo mais complexo e psicopatológico, mas na minha opinião torna o livro pobre. Senti falta de situações mais intensas, de teorias mais rebuscadas...Senti falta de uma narrativa mais cativante e envolvente.
Reconheço a originalidade nos pontos chave do livro e às várias coisas ligadas aos odores. Contudo, a forma como estes aspectos foram desenvolvidos não me convenceu.
É um livro em que a narrativa evolui de forma muito lenta. Penso que o autor se perdeu em dar informações que não acrescentam nada ao livro, nem à história em si.
Existe um aspecto entre as relações pai-filha, filha esta que é a última vítima de Grenoille que me causou uma certa repulsa. Dá a entender os desejos incestuosos do pai e isso marcou-me pela negativa.
Aqueles que gostaram do livro, que aspectos positivos têm para descrever este livro?
A dor era uma coisa mais estranha. Tinha várias formas e feitios, muitas variedades, e perguntei-me se alguém as teria identificado a todas e lhes teria dado nomes pomposos.
Publica uma foto do livro que estás a ler no momento e aquilo que usas para marcar a tua leitura
Em primeiro lugar peço desculpa pela qualidade da imagem, mas tive de tirar fotografia ao marcador com a câmara do pc. Como a imagem com o livro ainda ficou pior decidi fazer uma montagem.
Não dá para perceber, mas este marcador está muito gasto. Uso-o há mais de seis anos consecutivos.
Quanto ao livro ainda não posso dizer nada visto que vou começá-lo mais tarde. Terminei ontem o "Amor em Lume Brando" e andei a ressacar da Emma e do Guillermo durante o dia... Vai ser difícil partir para uma nova leitura depois desta anterior.
Está será a minha primeira leitura em português (oficial, visto já ter betado um livro da Carina Rosa) de 2014.
Apresentem-nos um dos novos autores que decidiram “conhecer” nesta maratona.
Uma das autoras que decidi conhecer nesta maratona é a escritora espanhola Anna Casanovas. Nunca tinha ouvido falar dela e trouxe o livro da biblioteca por acaso. Já tem vários livros publicados, entre eles uma série de romances históricos. O livro que estou a ler pertence, também, a uma série "Los hermanos Martí", e estou simplesmente a adorar o livro. A autora tem uma escrita muito fluída, cativante e romântica. Sem dúvida que vou procurar mais livros dela para conhecer em especial esta série em que comecei pelo segundo.
Esta semana há a oportunidade de escolher entre dois temas:
Top Ten de mundos onde nunca viveríamos
Top Ten de Personagens com que nunca trocaria de lugar
A minha recolha recaí no segundo ponto, porque não leio muitos livros com mundos paralelos e diferentes - quem por aqui vai passando, sabe que eu não tenho um gosto muito grande por livros de fantasia. Neste sentido, é mais fácil eleger as minhas dez personagens com que jamais trocaria de lugar.
Cá ficam elas, sem qualquer ordem específica.
1. Abby do livro Antes de te esquecer da Melissa Hill (Opinião aqui)
Eu gostei muito da Abby, mas jamais trocaria de lugar com ela por causa do problema que ela passou. Ela sofreu um acidente e perdeu a memória (assim em traços mais gerais para não spoilar nada) e se há algo que para mim é importante e faz parte de mim são as minhas memórias. Tenho pouco hábito de tirar fotografias e de registar os melhores acontecimentos porque tenho uma memória muito boa... Lembro-me de todas as coisas boas e más pelas qual passei, raramente esqueço um rosto. E se, por qualquer motivo, perdesse esta minha "ferramenta" não sei como seria. Deve ser horrível perder a consciência de nós próprios e daquilo que nos rodeia e, por esta razão, tenho um enorme respeito por pessoas que se vêm nesta situação.
2. Alli do livro Diário da Nossa Paixão de Nicholas Sparks
Um bocadinho pelas mesmas razões da personagem anterior. Apesar de Alli ter vivido um amor lindo, o sofrimento dos últimos anos deixa-me incapaz de pensar em trocar de lugar com ela. Tenho muito medo da doença de Alzheimer, e muito respeito e admiração por todas as pessoas que diariamente cuidam destas pessoas.
3. Peterdo livro Dezanove Minutos de Jodi Picoult (Opinião aqui)
Para quem lê a sinopse Peter é o mau da fita, mas o Peter é muito mais do que isso. É das personagens literárias que mais me marcou e eu gosto dele. Sofri imenso com ele, e por conseguir imaginar na perfeição aquilo que ele passou é que não trocaria de lugar com ele.
Uma leitura que recomendo, sem qualquer dúvida.
4. Paxton do livro Mensagem do Vietname de Danielle Steel (Opinião aqui)
Mensagem do Vietname é um dos livros de Danielle Steel que mais gostei. Admiro a Paxton assim como a enorme coragem que ela tem, mas seria incapaz de, como ela, partir para o meio da guerra.
5. Dasha do livro O grande amor da minha vida (Opinião aqui)
Muitas foras as pessoas que se derreteram com o amor da Tatiana e do Alexander sem nunca questionar o papel de Dasha nesta história toda. Dasha está longe de ser uma mulher burra e claro que se apercebeu da ligação emocional entre aqueles dois, mas preferiu fechar os olhos. Apesar de não aparecer essas referências no livro, penso que ela também tenha sofrido muito com todas as vivências, e ser a outra não é fácil. Por este motivo não gostaria de trocar de lugar com ela.
6. Cat Delaney do livro Obsessão de Sandra Brown (Opinião aqui)
Primeiro, não trocaria com a Cat de lugar por ela ser uma estrela da televisão. Passo a explicar: sou muito tímida e não me via a ser famosa através de um programa de televisão. Assusta-me imenso a falta de privacidade. A este aspecto junta-se ainda o facto de ela ter problemas de coração, ter recuperado a vida através de um transplante e depois andar cheia de medo porque poderá ser uma das próximas vítimas do assassino.
7. Sookie Stackhouse da série Sangue Fresco de Charlaine Harris (Opiniões aqui)
Eu odeio esta personagem. É das personagens mais irritantes com que já me cruzei. Acho que lhe falta assertividade, inteligência e atitude. Para pior ainda tem de levar com aquela amostra de vampiro que é o Bill. Decididamente, eu nunca seria a Sookie.
8. Emma do livro Um dia de David Nicholls (Opinião aqui)
Adoro a personagem, adoro o nome que lhe foi atribuído, adoro o livro. A Emma é uma personagem especial para mim, mas seria muito difícil trocar de lugar com ela e viver uma vida em que teve que guardar o amor pelo melhor amigo. E depois a forma como terminou é frustrante.
9. Claire do livro A mulher do viajante no tempo de Audrey Niffenegger
Ter um marido que está constantemente a ausentar-se não deve ser fácil. Eu não gostava de ter um marido que se ausentasse com frequência.
10. Nancy do livro A Siciliana de Sveva Casati Modignani (Opinião aqui) Eu adoro as personagens femininas da Sveva. Admiro esta em particular por mil e uma razões relacionadas com livro, todas elas situações de belíssimos spoilers (mas eu quero vocês leiam o livro por isso não vou dar nenhum). Porém, ela faz coisas que eu jamais me viria a fazer e, como cereja no topo do bolo, é o marido dela. Este marido é das personagens mais bem construídas com quem já me cruzei, vocês são vão entender este meu ódio por ele quando chegarem ao fim do livro.
Pega no livro que estás a ler e abre-no numa página à sorte e partilhem connosco uma frase dessa página.
Naturalmente que, à sua maneira, também ele experimentou na pele um sentimento de perda, mas, ao mesmo tempo, também se apercebeu de que, a páginas tantas, há sempre uma fase na vida de uma pessoa em que ela tem de seguir o próprio caminho.
(Haruki Murakami, A rapariga que inventou um sonho, pág.228)