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Por detrás das palavras

Por entre mundos diversos (2)



Vergonhosamente, nunca mais peguei nesta rubrica (assim como ainda tenho várias para iniciar). Como tinha dito no mês passado, esta seria um momento mais generalista aqui no blog. Neste sentido, aproveitando uma discussão que tem surgido aqui na blogoesfera decidi encaixá-la aqui. 

Estas semanas que passaram surgiu em em diversos canais e blogs literários uma discussão sobre opiniões negativas aos livros. Assim, decidi deixar aqui aquilo que eu penso acerca deste ponto, que por vezes é demasiado sensível para muitas pessoas. 

Esta discussão foi iniciada pela Tati no seu canal no youtube, depois de ser criticada por ter criticado negativamente alguns livros. Nesse video, a Tati falou sobre a sua posição no que respeita às críticas negativas de livros e deixou três questões que irei responder aqui.


De comprar sim, de lê-lo não. Como em muitas coisas da nossa vida, a subjectividade é um amigo constante no que toca às leituras. É ela que, no fundo, nos faz cometer algumas incongruências. Tenho quase a certeza que muitos dos livros que gostei no passado, se os lesse hoje talvez o meu entusiasmo seria diferente. Ou mesmo a altura em que lemos determinado livro influência a opinião que construímos acerca dele. 
Assim, se eu ler ou ver uma opinião negativa acerca de um livro vinda de uma pessoa que tem gostos semelhantes aos meus eu não compro o livro, mas se tiver a oportunidade de o lê através de empréstimo ou requisitado na biblioteca não deixo de o ler. Este aspecto está muito relacionado com um aspecto pessoal, eu sou muito curiosa em termos de adquirir conhecimentos, sou curiosa no que toca à aprendizagem e encaro os livros muito da perspectiva da minha curiosidade. Ou seja, se alguém não gostou eu gosto de ler o livro para ver o que de facto funcionou mal naquela história e tentar identificar o que desagradou às outras pessoas. Posso vir a não gostar do livro, mas não encaro isso como tempo perdido, muito pelo contrário.

No que toca a compras, prefiro não arriscar (sim, sou um pouco "agarrada" ao dinheiro e prefiro gastá-lo com livros que tenho 90% de certezas de que vou gostar e como ele também não abunda, não me posso dar a estes luxos de comprara todos os livros que vejo). Caso o livro tenha poucas opiniões negativas, e eu esteja mesmo interessada, aí ainda considero a compra. Mas se, houver muitas opiniões negativas e estas vierem de pessoas que têm gostos muito semelhantes aos meus, aí não compro de certeza. 


Se há coisa que gosto na blogoesfera e na troca de opiniões sobre livros quer no blog, quer no facebook, é a possibilidade de ver diferentes visões acerca de um mesmo livro. Cada um constrói a sua visão da leitura e ambos até podemos gostar do livro, mas tenho a certeza que cada um identificou pontos diferentes para o facto de ter gostado. Por isso, acho que acontece o mesmo com as opiniões negativas. Gosto de ver o outro lado, gosto de ver o que é que falhou para as outras pessoas. E, muitas vezes, me vejo a pôr em causa o meu gosto em relação ao livro. Tudo isto depende (adoro esta palavras) de inúmeros factores. 
Em conclusão, nunca descarto a opinião de ninguém. Cada opinião tem a sua validade e o seu valor. E para que as coisas sejam melhores para toda a gente, e encararmos a  discussão literária como um mundo de aprendizagem devemos ter a mente aberta ao mundo dos outros. Ao conhecermos muitos "mundos" tornamos o nosso mais rico. Desta forma, devemos aceitar a opinião negativa/positiva dos outros, podemos "discutir" os aspectos que nos levou a gostar/desgostar do livro respeitando cada um na sua individualidade, sem ataques e sem ofensas (sinceramente, ainda não percebi o que é que as pessoas ganham entrando em conflito umas com as outras só porque se falou mal do livros que idolatramos). 


Todos os livros que leio têm direito a uma opinião, mesmo que esta seja negativa. Penso que, ao fazer uma selecção, era como se me estivesse a censurar a mim própria. Acho que temos o direito a exprimir a nossa opinião, seja ela positiva ou negativa, não temos é o direito de ser mal educados quando o fazemos (agredir verbalmente o autor, utilização de vocabulário impróprio). Isto leva-me para a segunda parte da questão sobre se meço ou as palavras quando faço uma opinião negativa e confesso que é algo que tenho dificuldades em me classificar. Por natureza, eu uso as palavras da melhor forma possível e sinto que consigo passar as minhas mensagens sem que seja necessário recorrer a palavras ou expressões pouco educadas. Não gosto de ofender e penso que podemos ser sinceros usando palavras menos desadequadas. Para quem já fiz leituras betas, pode dizê-lo sobre a minha forma de lhes transmitir os meus desagrados. Consigo dizer o que não gostei ou que me fez menos sentido, sem ser mal educada. Agora não sei posso dizer que esta minha forma de agir é uma forma de medir as palavras.

Acima de tudo, penso que temos de ter respeito pelo trabalho dos outros. E não é a ofender que conseguimos fazer valer as nossas opiniões. Temos que ter em atenção que o ser humano é subjectivo e que tem gostos diversificados. Aliás, este mundo seria uma chatice se toda a gente gostasse das mesmas coisas.

E vocês, como lidam com os livros para os quais têm de fazer uma opinião negativa? E como lidam com os "possíveis ataques" a essa opinião?

TAG | Era uma vez... a Primavera

Esta tag foi criada pela Catarina S. do blog Little House of Books, dedicada a esta nova estação do ano. 


1. Olha para a janela. Como está o tempo hoje?
Neste momento já anoiteceu, mas o dia amanheceu primaveril. Sol e uma temperatura agradável brindaram-nos  durante algumas horas. Mas ao inicio da tarde, o cinzento começou a tomar conta do azul do céu e um brisa deixou o ambiente mais frio. Neste momento, está um noite fria que não rivaliza com muitas das noites de Inverno a que a região norte já nos habituou. 

2. Em que local costumas ler durante esta estação?
Os locais são os mesmos do costume. No quarto, no sofá da sala... e quando está sol gosto de ir para as escadas que dão acesso a uma das entradas da casa. Um entrada pouco usada e por isso dada ao sossego. 
Quando saio de casa levo comigo um livro para ler nas salas de espera ou quando tenho um tempo livro. Caso use transportes públicos também leio.
Quando está muito calor gosto de ler deitada no chão, por cima de um tapete ou directamente por cima da tijoleira. 

3. E qual seria o lugar perfeito para ler um livro na Primavera?
Seria aqui:
(imagem retirada daqui)
É um lugar muito bonito. É nos jardins da Quinta das Lágrimas em Coimbra. Um lugar calmo, fresco e agradável à vista. 

4. Quando pensas em Primavera qual é a primeira coisa que te vem à cabeça?
Flores.

5. Encontra um livro com aquilo que te veio à cabeça na questão anterior na capa!
Dias de Ouro de Jude Deveraux



6. Encontra algo primaveril que não seja um livro na tua estante.
Este saquinho foi-me oferecido por uma pessoa especial. É verde, cor que lembra a primavera, e tem no seu interior Alfazema. Cheira muito bem!!
(Desculpem a má qualidade da imagem mas tive de tirar a fotografia com a câmara do computador e local onde estou não tem a melhor luminosidade)

7. Qual o livro que achas que vais mesmo comprar durante estes meses?
Sem hesitação alguma, o livro que pretendo comprar brevemente é Tatiana de Paullina Simons. Finalmente, saiu a continuação do meu livro preferido. É um livro que aguardo há muito tempo e que sai já na terça-feira. (Até dá para pensar que é mentira)

8. Recomenda um livro (que já tenhas lido) ideal para ler nesta época do ano.
Eu não associo muito livros a épocas do ano, mas pelo que tenho lido as pessoas preferem ler livros com uma narrativa mais ligeira. 
Vou sugerir um livro diferente daqueles que passo a vida a falar aqui no blog (desculpem se sou repetitiva, mas quando gosto de alguma coisa estou sempre a falar nela).

A Ilha dos Encantos de Mary Nickson

É um livro muito leve cheio de descrições fantásticas das ilhas gregas. Um romance que gostei muito. (Opinião aqui)

[Opinião] O Filho das Sombras (Sevenwaters #2)


O Filho das Sombras (Trilogia de Sevenwaters, #2)

Autor: Juliet Marillier
Ano: 2002
Editora: Bertrand
Número de páginas: 462 páginas
Classificação: 5 Estrelas

Sinopse
As florestas de Sevenwaters lançaram o seu feitiço sobre Liadan, a filha de Sorcha, que herdou os talentos da mãe para curar e penetrar no mundo espiritual. Os espíritos da floresta avisam-na de que, para que as ilhas sagradas sejam reconquistadas aos Bretões, Liadan deverá permanecer em Sevenwaters.
A Irlanda está agora em guerra, e as suas costas são assoladas por atacantes. Entre os inimigos há um que se destaca: o Homem Pintado, que granjeou uma reputação terrível de mercenário feroz e astuto, e que espalha o terror por onde quer que passe.
Ao regressar a casa, Liadan é capturada pelo Homem Pintado. Porém, este acaba por se revelar bem diferente da lenda, e apesar da antiga profecia que a obrigava a permanecer em Sevenwaters, a jovem sente-se atraída por ele. Mas poderá ela viver o seu amor sem que a maldição recaia sobre Sevenwaters?

Opinião
Parti para a leitura deste livro com grandes expectativas. Após a leitura d' A Filha da Floresta estava muito curiosa por saber qual o rumo daquelas personagens tão encantadoras. 

Em comparação com o primeiro livro da série, este encantou-me logo desde o início. A narrativa evolui de uma forma mais dinâmica, criando, desde cedo, pontos de ruptura que ajudam a manter a curiosidade aguçada. O que eu não esperava era um salto temporal tão grande do primeiro para este segundo volume. E, dadas as características em que este terminou espero que o terceiro volume não seja narrado passado muito tempo desde segundo volume. 

A narradora d' O Filho das Sombras É Liadam, filha de Sorcha. Logo na forma como as coisas são narradas que sobressai uma enorme parecença entre mãe e filha. Liadam herdou tudo aquilo que a sua mãe tem de bom, algo que foi completado com um espírito, uma determinação e uma capacidade de olhar e interferir com o mundo ainda mais notórias do que em Sorcha.

Niamh e Sean são os irmão de Liadam, sendo que Sean é seu irmão gémeo. Entre eles estabelece-se uma relação muito especial. Sean e Liadam patilham uma relação em muito semelhante à que Sorcha partilhava com Finbar mas, segundo a minha interpretação, menos especial e profunda.

A forma como julgaram Niamh devido a um determinado acontecimento não fez muito sentido para mim. O pai, o irmão e o seu tio Liam tomaram uma decisão que não vai de encontro à personalidade à personalidade de cada um deles, com a excepção de Liam que é capaz desta e mesmo de piores decisões. Liam tomou uma decisão de acordo com aquilo a que já estamos habituados a ver nele, mas Red (o pai) não. O que ainda agravou a minha confusão foi a forma mais branda com que trataram Liadam. Sei que, apesar de o acontecimento ter sido semelhante, implicava coisas diferentes, mas acho que foram mais radicais com Niamh e demasiado benevolentes com Liadam. É claro que com o avançar da leitura fui compreendendo estas atitudes, mas continuaram a fazer-me alguma "comichão cerebral".

Brian e Cairan são duas personagens muito importantes para toda a histórias. Cada um deles com um passado que não é indiferente às outras personagens. Para mim, foi fácil descobrir as fantasmas que habitavam os seus passados, mas fiquei surpreendida com alguns aspectos, principalmente no que toca a Brian, o Homem Pintado.

[INÍCIO SPOILER LIVRO ANTERIOR]
Uma das coisas que mais gostei no livro foi de ler sobre Sorcha e Red. O amor reciproco que os une é muito bom de ler. Eles mantêm uma relação muito bonita e a forma como cada um cuida do outro é fantástica e deliciosa. Só fiquei com pena de não ter acesso a mais informação e a mais momentos entre os dois.
[FIM SPOILER LIVRO ANTERIOR]

Ao longo do livro somos, tal como no anterior, presenteados com histórias paralelas contadas pelos personagens. Gostei muito das histórias, assim como do facto de elas serem metáforas daquilo que pode acontecer no livro. Só fiquei sem perceber o que é que aconteceu ao Corvo Fiacha! Estava tão focada nos acontecimentos das outras personagens e na forma como aquilo iria terminar que este aspecto me passou ao lado.

Em conclusão posso dizer que fiquei completamente fascinada pela série. O facto de ser fantasia não me deixou desgostar do livro e da narrativa cativante que se vai tecendo muito para além dos aspectos mais fantasiosos. Gostei muito das lendas, mitos e profecias que aparecem quer no primeiro quer no segundo livro. Espero, em breve, ler o último volume! Talvez este seja o género de fantasia que preenche as minhas medidas literárias.

Boas leituras e deixem-se invadir pelas palavras.

Palavras Memoráveis

(retirada daqui)

- Ele não conseguiu dizer as palavras certas para lhe dizer adeus. Hesitou. Magoara-a ao falar na dor da sua alma. Jurara que não a magoaria, mas magoou. Ter-lhe-ia dito… ter-lhe-ia dito, não interessa se estás aqui, ou ali, porque, para mim, estás sempre presente, a cada momento. Vejo-te na luz da água, no abanar das árvores jovens ao vento da Primavera. Vejo-te nas sombras dos grandes carvalhos, ouço a tua voz no chamamento da coruja, à noite. Tu és o sangue nas minhas veias e no bater do meu coração. Tu és o meu primeiro pensamento, ao acordar e o meu último suspiro antes de adormecer. Tu és… tu és carne da minha carne, sangue do meu sangue.
Juliet Marillier, A Filha da Floresta 

Monday Madness #1

Vi esta rubrica no blog da Eu e o Bam e achei-a tão engraçada que pensei ser uma boa ideia começar a fazê-la aqui no blog também. Só me resta esperar que gostem.
Devem, também, espreitar as respostas da Nádia que estão muito engraçadas. 

1. Escreve sobre um dia que queres esquecer.
Já tive vários dias para esquecer... Mas como gosto de cumprir as coisas à regra já estão esquecidos e enterrados num passado que não é para ser recordado. Sendo, assim, não tenho nada para escrever aqui. 

2. Que personagem de um livro gostarias de conhecer e porquê?
Só uma é complicado. São tantas as personagens que ficamos a "conhecer" no glorioso mundo da literatura que aquilo que mais queríamos é que se tornassem reais para podermos falar e interagir com elas.
Sendo assim, como só posso escolher uma, escolheria (e para variar um bocadinho) a Sorcha dos livros A filha da floresta e O filho das sombras de Juliet Marillier e assim aprender com ela os misteriosos segredos das plantas e das florestas. Admirei a Sorcha! É uma personagem feminina forte e que me inspira serenidade e sabedoria. Tenho a certeza que iria passar bons momentos com ela.

3. Acordas numa cama de hospital, sozinha, impotente e confusa, com mais nada à tua volta - nada de postais, flores, nada que diga o porquê de estares no hospital - excepto um espelho. Atrever-te-ias a olhar-te no espelho?
Pessoalmente, não gosto muito de espelhos. E, por estranho que pareça, evito-os. Mas, estando nestas condições olharia no espelho para ver em que estado estava. 

4. Ao brincar no corredor um dia, os teus filhos sem querer vão contra o relógio do teu avô, que está na família há anos. Ao cair no chão, encontras uma nota dentro, escrita pelo teu bisavô, que morreu dois meses depois de teres nascido. Estranhamente, a nota é endereçada a ti.

Para a minha primeira bisneta.

Querida bisneta,

Nunca quis morrer sem ter oportunidade de conhecer a minha primeira bisneta. Felizmente, cumpriram com os meus desejos e há pouco mais de um mês tive a oportunidade de olhar para ti. Uma bebé cheia de força de viver. Senti-me realizado e foi como se um pouco da tua vida viesse ao meu encontro e me desse forças para aguentar esta fase final da minha vida.
Não sei em que altura da tua vida poderás estar a ler isto (até te pode parecer algo estranho), mas qualquer que seja a altura, espero que a felicidade tenha sido uma amiga constante na tua vida. Escrevo-te para te falar deste relógio. É um objecto com um valor sentimental muito grande para mim. Foi uma prenda da tua bisavó, o grande amor da minha vida. Quero que o guardes com carinho e que aprecies a passagem do tempo da melhor forma possível. És tudo que decides o que queres fazer da tua vida, és tu que tens o poder de mexer no teu destino à medida que as horas sucedem a dias, os dias sucedem a meses, e os meses sucedem a anos. Olha para este relógio como o símbolo do amor, da felicidade e da vida. Guarda-o com todo o amor. Não te sei dizer porquê, mas tenho a certeza que tu serás a única a dar o devido valor a este objecto.

Muitos beijinhos e até um dia, 
Do teu bisavô Edgar. 


5. Imagina que te recordas dos momentos logo após o teu nascimento, e descreve o que vês usando o presente.
É Outubro e despertei para o mundo. Olho para todos os lados e só vejo coisas demasiado estranhas à minha volta. Estava à espera que o mundo fosse mais luminoso. Será isto o que vou ver daqui por diante. Ainda sinto o meu rabo a arder da palmada que aquele extraterrestre me deu... Só me apetece voltar para o sossego da barriga da minha mãe. E por falar em  mãe, onde é que ele está. Ah! Está ali deitada, a dormir... A dormir?!! Como é que pode ser... Eu tenho fome, quem me vai dar de comer? Decididamente, este mundo é demasiado estranho. Mãaaaaeeeeee, será que é possível acordares e arranjares-me de novo um espacinho aí dentro?

[Opinião] Uma luz na escuridão (Kendrick/Coulter/Harrigan #1)


Uma Luz na Escuridão

Autor: Catherine Anderson
Ano: 2008
Editora: Ulisseia
Número de páginas: 350 páginas
Classificação: 5 Estrelas

Sinopse
Poucos autores escrevem histórias comoventes e de inesgotável ternura como Catherine Anderson. As suas personagens partilham com o leitor a esperança de encontrar o amor perfeito de uma vida inteira.No intuito de por a salvo a sua vida e a do seu bebé, das mãos de um padrasto violento Maggie Stanley, arrisca tudo numa fuga desesperada passando de um perigo para outro ainda maior. Desde a trágica morte da mulher e dos filhos, Rafe tornou-se num pobre vagabundo que lentamente afoga as suas mágoas no álcool. Assim que conhece Maggie, Rafe pressente que vão envolver-se em problemas. E quando Maggie é subitamente atacada por um grupo de vagabundos, Rafe, por compaixão, decide salvar a jovem mãe e o seu filho. Maggie está simultaneamente grata e preocupada com o seu novo protector. Na extrema solidão, na fase mais sombria que jamais viveu, a compaixão de um desconhecido, muito atraente mas pobre como ela, surge como uma luz na escuridão e proporciona-lhe o conforto e o carinho que sempre desejou e nunca teve. Rafe é bem mais do que aquilo que parece. É um homem enigmático e secreto, que poderia dar a Maggie o céu e a terra, não fora a circunstância de ter jurado a si próprio viver sozinho o resto da sua vida.Para sua surpresa, também Rafe descobre que pela primeira vez, desde há muito tempo, alguém necessita da sua ajuda e está determinado em não os desapontar. É que às vezes o amor surge sem aviso prévio e transforma o mundo mais frio e desapiedado num verdadeiro paraíso. E um homem a quem quase tudo foi roubado, uma mulher que perdeu até mesmo a capacidade de sonhar, e a criança desprotegida que de ambos necessita, podem tornar-se a mais improvável e a mais fabulosa das criações: uma família.

Opinião
Há momentos do nosso passado que nos assombram de uma forma inexplicável. E as emoções negativas que esses fantasmas do passado nos provocam ficam enraizadas no coração, até que uma luz entre em nós e ilumine a alma. Maggie estava terrivelmente assombrada, mas Rafe tornou-se a sua luz. Não foi fácil iluminar o espírito de Maggie, mas também foi essa dificuldade que tornou a persistência e dedicação de Rafe mais especial para mim enquanto leitora. 

Podemos considerar que um dos temas que serve de pano de fundo a toda a história é bastante pesado, mas a forma como a autora o desenvolveu não aborrece o leitor, pelo contrário conduz-lo por uma viagem literária fantástica, apelando aos sentidos e às emoções.
A autora faz-nos querer saltar para o livro para conhecer Maggie, Rafe e todas as outras personagens secundárias que dão corpo à história. São personagens apaixonantes e muito divertidas. Ri imenso com as intervenções de Rafe, com a forma como ele lidava com o seu irmão e com a sua restante família. Suspirei como a forma terna que ele usava nos cuidados de Jamie, filho de Maggie, e com a própria Maggie. Rafe é uma personagem que representa a superação da dor, uma superação que por vezes nos leva por caminhos mais tenebrosos antes de nos reconciliarmos connosco próprios. É um homem integro, leal, divertido, que não deixa os leitores indiferentes. Maggie é uma personagem extremamente bem construída tendo em conta todo o seu passado. A autora consegue dar-lhe uma profundidade sentimental enorme, uma rigidez de pensamento e um nível de desconfiança muito característicos das pessoas que têm essas vivências. Ao mesmo tempo que sentimos uma empatia profunda por Maggie, admiramos o modo corajoso como ela enfrentou cada barreira que se impunha no seu caminho.

Adorei o livro e apesar de estar à espera de um final dentro daquilo que aconteceu, não me senti desiludida. Isto talvez se deve ao facto da forma cativante e cheia de suspense com que a autora pautou esses momentos finais.

Top Ten Tuesday #18 | Lista de livros para ler na Primavera de 2014

 

 

O Top Ten Tuesday desta semana é dedicado à nossa lista de livros para ler na Primavera. Eu não sou muito de listas, porque sai-me sempre tudo ao lado. Gosto de ir lendo à mediada da minha disposição e inclinação para os meus apetites literários. 
 
Apesar de tudo, há alguns livros que gostaria de ler ainda durante a próxima estação. Fica aqui a lista (não assumo a responsabilidade de a cumprir. Gosto da liberdade de escolha e da arbitrariedade). 
 
Os livros que quero ler durante a Primavera de 2014
 
Ana Karenina
Leão Tolstoi
 
Esta será a minha primeira leitura conjunta. Estou curiosa em relação ao livro (acho que estou com as expectativas um bocadinho elevadas) e em relação à forma como se vai desenvolver esta leitura.
 
Mil Noites de Paixão
Madeline Hunter
 
Já algum tempo que não leio Madeline Hunter. Não é das minhas escritoras de eleição, mas gosto da leveza narrativa dos seus livros, assim como das épocas em que as acções dos livros decorrem.
 
Orgulho e Preconceito
Jane Austen
 
Já tenho o livro cá em casa e estou ansiosa por lhe pegar. Mais um livro em que as expectativas estão bastante elevadas. Já vi o filme e adorei. 
 
Porto Seguro
Danielle Steel
 
Geralmente, gosto muito dos livros de Danielle Steel. Já tenho este aqui em casa há algum tempo. Foi-me emprestado e está na altura de ser livro e entregue a quem mo emprestou.
 
A pousada do fim do rio
Nora Roberts
A Pousada no Fim do Rio
 
A culpa de querer ler este livro é da minha prima. Terminou-o na semana passada e andou-me a fazer "salivar" por ele. Tornámos-nos fãs de Nora Roberts mais ou menos na mesma altura. Mas a minha prima já me venceu nas leituras dos livros da autora.
 
A filha da profecia 
Juliet Marillier
 
Assumo, fiquei incondicionalmente enfeitiçada pelos encantos da floresta de Sevenwaters. Finalmente, uma série de fantasia que me consegue encantar na totalidade. Em breve disponibilizarei a minha opinião ao segundo volume, mas posso adiantar que adorei e não vejo a hora de "mergulhar" de novo naquelas florestas encantadas. 
 
Nunca digas Adeus
Lesley Pearse
Nunca Digas Adeus
 
Este é mais um livro emprestado que já está cá em casa há algum tempo. Já tenho saudades de ler uma que é das minhas autoras preferidas.
 
A cabana
William Paul Young
A Cabana
 
Este livro foi-me oferecido no Natal de 2009, mas nunca tive coragem para o ler. Tenho andado a fugir dele e não sei bem porquê. Não me sinto cativada para pegar nele e lê-lo. Mas quero ver se o leio agora, penso que chegou a hora certa.
 
Dias de Ouro
Jude Deverax
Dias de Ouro (Edilean, #2)
 
Esta série é demasiado bonita para continuar na estante à espera de ser lida. 
 
Pensa num número
John Verdon
Pensa num Núm3ro
 
Ando com imensas saudades de ler um bom policial. Espero que este livro venha preencher estas saudades.

[Opinião] Vidas Cruzadas

Autor: Danielle Steel 
Ano: 2011
Editora: Círculo de Leitores
Número de páginas: 376 páginas
Classificação: 3 Estrelas

Sinopse
Sarah é a esposa ideal, Melanie uma jovem estrela de rock e Maggie uma freira empenhada nas suas causas e projectos. Sem nada em comum, cruzam-se num evento social no dia em que um violento tremor de terra arrasa São Francisco. Também nas suas vidas a destruição é geral: Sarah descobre as traições do marido, Melanie escapa por uns dias às garras da mãe, descobrindo que gostaria de ser enfermeira, e Maggie, a mais forte das três, terá de se confrontar com os seus próprios sentimentos de mulher apaixonada. Um poderoso romance sobre a vida, a esperança e o recomeço.

Opinião
Vidas Cruzadas dá-nos a conhecer a vida de três mulheres muito diferentes, mas que vêem a sua vida dar uma reviravolta. Em pleno mês de Maio, e depois de um terrível terramoto, Sarah, Maggie e Melani deparam-se com diferentes interrogações e problemas que irão pôr-las à prova. 
Estas três mulheres acabam por se cruzar num período difícil e aproximam-se. Se para Maggie e Melanie o terramoto ofereceu-lhes coisas positivas e deu um alento novo e fresco às suas vidas, para Sarah as coisas tornaram a sua vida num verdadeiro buraco negro.

Este é o livro mais pobrezinho que leio de Danielle Steel. A história não se revela tão intensa como aquelas que já li anteriormente. As próprias personagens não são tão carismáticas como a de outros livros. De todas estas personagens destaco Maggie, essa sim, será uma personagens que vou guardar com bastante carinho na minha memória. Uma mulher com uma personalidade muito profunda e um coração enorme.

Não há nada de especial que eu possa escrever sobre este livro. Nem aspectos muito bons, nem aspectos muito maus. Posso apenas partilhar com vocês que é um livro mediano que nos proporciona bons momentos de leitura, mas que não mexe connosco. Não nos arrebata, mas também não irrita nem nos deixa em estado de frustração. Simplesmente vamos lendo a história sem nos sentirmos envolvidos pelo cenário e pelas personagens.

Para quem já leu muitas obras de Danielle Steel (como eu), nota que neste livro falta um certo toque de surpresa, de complexidade de acontecimentos e de emoções. Apesar desta leitura morna, para mim sabe-me sempre bem ler um livro de Danielle Steel.

Boas leituras e deixem-se invadir pelas palavras. 

TAG | Breaking The Spine

Hoje trago-vos uma que foi traduzida pela Daniela do blog Danii Reads. E foi-me passada pela Catarina R. do blog Sonhar de Olhos Abertos

É uma TAG muito simples...o único objecto é o de responder a 5 perguntas relacionadas com as lombadas dos livros.

1. Vincas/dobras as lombadas ou preferes manter o livro como novo?
Eu tento manusear o livro de forma a danificá-lo o menos possível. Mas há certos livros que devido ao seu tamanho e/ou à forma como estão encadernados que é impossível evitar as dobras. 

2. Para quem não gosta de lombadas dobradas, já o fizeram acidentalmente?
Sim, há livros que é mesmo impossível evitar as dobras.

3. Se comprares um livro usado em que a lombada venha dobrada, como te sentes?
Pessoalmente as dobras nas lombadas não me afectam. Actualmente tenho-me virado para as compras em segunda mão ou trocas, mas não me preocupo com o estado das lombadas. Atento mais ao estado geral do livro. Odeio ver as páginas sujas ou danificadas (sinto-me particularmente triste quando vejo os livros da biblioteca com as páginas machadas, acho que como é um bem de todos devíamos ainda ter mais cuidado).

4.Concordas ou discordas que um livro com a lombada estragada é um livro amado?
Discordo. Mais uma vez (e vou-me repetir) realço que as lombadas são devido às características físicas dos livros do ao facto de o usarmos mais ou menos vezes.

5. Como as lombadas nos hardbacks são mais difíceis de estragar ou nota-se menos, preferes comprar hardbacks ou paperbacks?
É-me indiferente. Gosto de hardbacks, mas também há paperbacks muito bonitas, por isso não estou muito atenta a estas questões. 

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