Vai ser muito difícil para mim falar deste filme. Queria dizer tanta coisa, mas ao mesmo tempo sinto que não tenho palavras que sejam suficientes para descrever aquilo que senti ao vê-lo.
Para começar, quero realçar o brilhantismo do actor que desempenho o papel de Christy Brown. A forma como ele interpretou o papel revela muitas horas de pesquisa e observação. Foi perfeita a forma como ele lidou com as limitações físicas de uma pessoa com paralisia cerebral, as emoções que foi demonstrando ao longo do decorrer da história e a força com que tentou passar a mensagem de que ele conseguia chegar a onde muitos não acreditavam que ele iria chegar e conquistar.
No início do filme, somos deparados com a reacção paterna a deficiência de um filho e o luto que tem de ser feito pela ausência de um filho idealizado como perfeito. O pai deste filme esteve à altura do desafio conseguindo, por um lado, demonstrar o seu luto ao mesmo tempo que foi ganhando confiança e orgulho no seu filho. Mas, como bom exemplo do estereótipo masculino em relação à demonstração de afecto, não o verbalizava. Enquanto espectadores, vamos inferindo os seus sentimentos pelo seu comportamento.
A mãe uma verdadeira mãe... Cheia de filhos para cuidar, mas que sempre teve uma atenção especial para com Christy.
Enquanto assistimos ao crescimento de Christy somos confrontados com um conjunto de aspectos que nos revelam o quanto uma pessoa com paralisia cerebral é normal e do quão se aproxima dos irmão e dos jovens da sua idade, enquanto uma pessoa que sente, que pensa e que revela uma inteligência especial e sensitiva.
Apesar da informação que existe hoje em dia, ainda há pessoas que desvalorizam o potencial daqueles que sofrem paralisia cerebral. É uma doença em que a inteligência e a capacidade de raciocínio se mantêm intactos, a parte motora é que é afectada. Estas características foram bem visíveis ao longo do filme.
Assim, conhecemos um Christy que sofre de uma doença, mas que é capaz de a superar com toda a sua força e energia. É alguém capaz de pintar, escrever, pensar, sentir e se apaixonar. Uma homem com sentido de humor e que sofre com a rejeição daqueles de quem gosta.
Eu emocionei-me bastante com este filme, porque aqui se vê até que ponto o ser humano pode ir mais além e lutar contra as suas limitações. E nós, simples e normais mortais, vivemos muitas vezes na lamentação e quando olhamos para o lado, conhecemos sujeitos inspirados como o Christy que nos fazem sentir pequeninos.
Para este mês eu e a Marta decidimos debruçar-nos sobre as nossas manhãs. Vamos passar à frente as questões de higiene e vamos focar-nos nas coisas que fazemos logo ao início da manhã.
Espero que gostem.
No meu caso depende dos dias, mas geralmente há certas coisas que não dispenso fazer logo de manhã.
1. Ligar o telemóvel
Eu durmo com o telemóvel desligado. É uma forma de poupar bateria, e não me faz muita diferença, porque se ele estivesse ligado havia 99% de certezas que eu não acordaria uma vez que tenho o sono muito pesado.
2. Comer
Não consigo sair de casa sem comer. O pequeno-almoço é a refeição que mais gosto e a que me faz mais falta.
3. Acerta o despertador para o dia seguinte
Como nem sempre me levanto à mesma hora, e por vezes à noite o sono é tanto, mal paro o despertado do dia, vou logo programá-lo para o dia seguinte caso necessite de acordar a uma hora diferente.
4. Consultar o e-mail
Mais uma das primeiras coisas que faço logo de manhã para saber se há alguma coisa importante. Se não houver nada de importante nem me preocupo e sigo com a minha vida.
5. Preparar as coisas para usar durante o dia
Depois da minha higiene e da minha alimentação gosto de organizar aquilo que tenho para fazer durante o dia. Obriga-me a estruturar as actividades, a eliminar tempos mortos e reduzir a minha ansiedade nos dias em que me sinto mais inútil.
Autora: Dorothy Koomson Ano: 2011 Número de páginas: 409 páginas Classificação: 5 Estrelas Editora: Porto Editora Sinopse:Aqui
Opinião
Já me tinha esquecido do quanto é bom ler esta autora. Amor e Chocolate é um livro com um toque de humor que faz com que os nossos dias cinzentos tenham alguma luz. Foi o que se passou comigo com esta leitura! Tenho andado um pouco "cinzenta" e soube muito bem ler este livro.
A grande base desta história é o romance entre Greg e Amber. Ambos mantinham uma boa amizade desde à 3 anos e quase sem querer a paixão surgiu. Primeiro do lado do Greg e depois do lado de Amber.
Adorei a Amber! Uma personagem com muitas camadas e que nos conquista com o seu sentido de humor. Muitas vezes dei por mim a ler sobre a Amber e a rever-me nas suas atitudes, nos seus pensamentos, nas suas opiniões... Será uma personagem especial para mim e de quem me vou recordar durante muito tempo.
O Greg também é fantástico!! Depois de deixar a sua vida de doidivanas em prol da Amber, tornou-se num homem mais interessante e cativante e que me ia surpreendendo a cada página lida. Também me ri bastante com ele e com os seus diálogos mais leves e descontraídos com Amber.
A autora conseguiu aqui um casal bastante interessante. Conseguiu que eles transmitissem sentimentos e sensibilidade sem se tornarem lamechas. Deu-lhe o toque certo de drama, romance e humor. Pronto, fiquei irrevogavelmente rendida a estes dois.
Ainda existem mais duas personagem que ajudam "à festa" dos acontecimentos. A Jen, melhor amiga de Amber, e o seu namorado Matt, que é o melhor amigo do Greg. Estas são mais duas personagens com alguns segredos que, quando revelados, se tornam fundamentais para o desenvolvimento dos acontecimentos. Por muitas coisas positivas que Amber contasse de Jen eu nunca simpatizei muito com ela. A autora construiu uma personagem mimada, pouco sensível e incapaz de ser altruísta e compreensiva para com as dificuldades dos outros. Para mim, consegui sentir isto desde o início. Quanto ao Matt, posso dizer que era um sacana frio, incapaz de demonstrar atitudes de amor, amizade e carinho genuínas para com os outros.
Obviamente, adorei o final. Gostei tanto ao ponto de já estar com saudades do Greg e da Amber.
Autora: Ellen Sussman Ano: 2012 Número de páginas: 240 páginas Classificação: 2 Estrelas Editora: Noites Brancas Sinopse:Aqui
Opinião
Amar em Francês é o segundo livro que leio para o projecto Empréstimo Surpresa. Mais uma vez estou com muita pena de dizer à Denise que não gostei assim muito do livro. Aliás, de tudo, aquilo que gostei foi a possibilidade de "viajar" por uma cidade que desde sempre despertou o meu interesse que é: Paris!
Paris é uma cidade que respira romance. Vários dos seus pontos estão bastante bem descritos ao longo do livro. É fácil reproduzir imagens mentais dos locais por onde as personagens vão passando. Neste sentido, posso dizer que a autora fez boas descrições ao mesmo tempo que vai captando muita da essência de Paris.
Infelizmente este foi o único ponto que gostei da história. Tanto as personagens como o enredo são aspectos pouco profundos no livro.
Eu não consigo imaginar nenhum das personagens como uma pessoa da realidade. Acho que as suas atitudes são estranhas e pouco fundamentadas por parte da autora. É tudo demasiado leviano e impulsivo. Apaixonam-se quase de forma instantânea pelas coisas/pessoas, mesmo quando as estão a ver pela primeira vez. Senti falta de conteúdo ao longo da narrativa. Assim como senti uma frustração enorme por ver as personagens com atitudes de adolescentes. É neste pacote dos adolescentes inconsequentes que encaixo Riley e Philippe. Phillipe não me espanta, porque a visão que a autora nos dá dele logo no início é de um conquistador barato que se mete com qualquer mulher que lhe apareça à frente. Agora da Riley esperava outro tipo de maturidade. Acho que os problemas no casamento não a deviam levar a uma atitude tão drástica e que, na minha opinião, revela uma enorme falta de amor próprio.
Jeremy e Josie foram mais dois alunos para além da Riley. Josie vinha de uma história bastante complicada, mas não consegui ter sentimentos de compaixão por ela. No fundo, ela sabia de alguns perigos de se envolver com um homem casado. E, também, a forma instantânea como se envolveram foi, para mim, um pouco estranha. É um facto, até sentir que me provem o contrário, eu não acredito em amores à primeira vista.
Para além de Phillipe ainda temos como professores o Nico e a Chantal. Quando a relação deles com os seus respectivos alunos também é algo que nem a mim me diz nada e que achei que estão desenquadrados da realidade. Porém, no que toca à interacção entre Chantal e Nico fiquei frustrada pela a autora não agarrar nela e escrever o livro em volta deles. Do meu ponto de vista, o triângulo entre Phillipe, Chantal e Nico era suficiente para escrever um livro de qualidade. Não havia necessidade de pegarmos em histórias paralelas dos alunos.
E assim, no seguimento desta minha visão, sento falta de um final mais explorado.
Faço lista à praticamente um ano e como poder ver por aqui ainda não consegui terminar nenhuma. As mais completas são as duas últimas... Como o tempo é escasso poderia não fazer esta lista, mas fiquei viciada em listas, assim como já estava com saudades de fazer o Top Ten.
Cá segue a minha lista:
A Pianista (Elfriede Jelinek)
A felicidade de Kati (Jane Vejjajjiva)
Antes de nos encontramos (Maggie O'Farrell)
A Floresta (Sophia de Mello Breyner Andresen)
Cem anos de solidão (Gabriel García Márquez)
História de uma Gaivota e do Gato que a ensinou a voar (Luís Sepúlveda)
Foi das primeiras vezes em que dei por mim a olhar para a estante sem saber o que lhe havia de enviar. Porém, eis que este livro me chega a casa depois de o ter emprestado. E EUREKA!! É mesmo este o livro que lhe vou enviar.
E, assim, o livro escolhido foi Ligação de Soraia Pereira.
Motivos:
É uma autora portuguesa, e a Denise está a acompanhar o meu desafio conjunto com a Marta do blog I only have.
O tempo para ler não tem sido muito e a disposição também não. Por isso, tal como fiz em Fevereiro, andei à procura de um livro pequenino e de leitura mais simples. Depois de alguma pesquisa, decidi-me pela autora Alice Vieira.
Nunca me tinha cruzado com os livros da autora. Enquanto crianças/adolescente o meu acesso aos livros era algo limitado. Lia o que tinha em casa (que era muito pouco). Durante o ensino primário ainda conseguia ler através da biblioteca itinerante, mas a partir do momento em que passei para o 2º ciclo só li os livros de leitura obrigatória e aqueles que me iam oferecendo.
Depois, já no secundário e com mais autonomia passei a frequentar a biblioteca Municipal. Com esta idade comecei já por ler livros mais para adultos. E assim, perdi a oportunidade de contactar com mais livros infantis/juvenis.
Mas nunca é tarde para se voltar a eles. Por isso, este mês escolhi para leitura do desafio Rosa, minha irmã Rosa.
Acho que, tal como as nossas feridas derivam quase sempre de relacionamento, o mesmo acontece com as nossas curas; e sei que essa bênção raramente faz sentido para quem olha de fora.
Por vezes, a vida é dura, mas eu tenho muita coisa para agradecer.
Faz bem à alma deixar que as águas que curam rolem de vez enquanto.
O amor deixa sempre uma marca significativa.
Viver sem ser amado é como cortar as asas de um pássaro e retirar-lhe a capacidade de voar.
A dor tem a capacidade de cortar as nossas asas, impedindo-nos de voar. E, se essa situação persistir por muito tempo sem resolução, quase podes esquecer que foste criado para voar.
Sabes que, por vezes, os sonhos são importantes. Podem ser uma forma de abrir a janela para deixar que o ar poluído saia.
Uma criança é protegida porque é amada e não porque tem o direito de ser protegida.
A imaginação é um talento poderoso! É um poder que, só por si, te torna muito parecido connosco. No entanto, sem sabedoria, a imaginação é uma professora cruel.
(...) as emoções são as cores da alma. São espectaculares e incríveis. Quando não sentes, o mundo fica opaco e sem cor.