Compreendo que o amor e a tragédia andam a par, porque não podem existir um sem o outro, mas mesmo assim dou por mim a perguntar se a troca será justa. Um homem devia morrer como viveu, acho eu; nos seus últimos momentos, devia estar rodeado e confortado por aqueles que sempre amou.
Gostava do mistério que ela acrescentava à minha vida. Gostava do ocasional silêncio que se instalava entre nós, porque era um silêncio confortável. Era um silêncio apaixonado, que tinha as suas raízes no conforto e no desejo.
Uma das tarefas mais difíceis para um ser humano é aceitar que aquilo que nos acontece é uma viagem que temos de fazer. Se errarmos, não devemos aumentar o nosso fardo de forma desnecessária. O fracasso é suficiente. Também não devemos tentar evitar as coisas boas que vêm ter connosco como obra do acaso, mesmo quando as suas razões não são óbvias.
A pessoa não devia poder vasculhar o passado, como se fosse uma arca de brinquedos colocada ali para seu prazer.
Para quem leu este post (aqui) viu que a minha intenção de leitura para o mês passado era ler Sónia Louro.
Eu comecei o livro e ainda li 174 páginas, porém a forma como a história estava estrutura e escrita não me convenceu ao ponto de investir mais tempo na leitura. Senti falta de tanta coisa neste livro. Falta acção, articulação entre os acontecimentos, articulação entre passado e presente... Perdoem-me a expressão, mas estava a levar com uma valente seca e nesta altura da minha vida já não me sinto capaz de levar com ela. E acreditem que sou uma pessoa persistente e que não desiste de um livro só porque sim. Até costumo insistir nas leituras.
Bem, como o mês já ia avançado e eu cheia de prazos a cumprir, recorri aos contos.
Desta forma, a autora do mês de Abril foi a autora Olinda Gil e o conto escolhido foi Piano Surdo.
O conto já está lido e assim que me seja possível deixarei aqui a minha opinião. Para quem quiser ler, este conto está disponível, gratuitamente, no site da Smashwords.
Dos meus leitores, quem é que já leu Olinda Gil? O que acham?
Eis que me chegou a casa mais um livro enviado pela Denise do blog Quando se abre um livro para o nosso projecto conjunto.
E o livro é....
A ilha dos desencontros de Anita Shreve
Não tenho qualquer expectativa em relação a este livro, porque a minha relação da autora não é das melhores. Já li um livro dela e não gostei muito, por isso vamos ver se é desta que faço as pazes com a autora e me deixo encantar pelas suas histórias e palavras.
P.S. Estado do blog
O blog tem sobrevivido de post agendados que eu cá vou deixando. Neste momento serão só post de frases memoráveis. Não tenho lido muito, a minha vontade de escrever também não é muita, por isso tem estado mais parado. Espero ainda este mês fazer outro tipo de posts para deixar agendados e que façam o blog sobreviver. Caso contrário, por este andar vai acabar por ficar pelo caminho.