Foi através do facebook que descobri que hoje era o dia do blog!
Este é o meu único blog até ao momento. Nunca criei outro nem nunca desisti deste (mas já esteve abandonado por diversas vezes ao ponto de ganhar teias de aranha).
A criação do blog surgiu numa altura em que estava a precisar de ocupar o meu tempo com outras coisas. Foi numa fase em que voltei às leituras e comecei a explorar os blogs sobre livros. E foi assim que surgiu a vontade de criar um blog onde eu pudesse partilhar as minhas leituras.
90% deste blog é preenchido por conteúdos relacionados com livros, mas ao longo destes quase 4 anos procurei inovar e trazer outras coisas. Nem sempre fui bem sucedida, é um facto.
Eu gostava de trazer coisas novas para o blog... Mas 2015 está a ser um ano difícil e a imaginação e criatividade não têm abundado para estes lados.
Por isso, apelo aos meus leitores! Se houver alguma coisa que gostassem de ver melhorada ou abordada aqui pelo blog deixem as vossas sugestões em comentário.
Agora deixo aqui uma lista de alguns blogs que gosto de ir acompanhando:
Existem outros tantos... Que sempre que vejo que foi publicado algo de novo procuro ler o que por lá escrevem.
Deixei para o fim algo que, para mim, é o mais importante.
Já várias vezes publiquei aqui o quanto os blogs me aproximaram de outras pessoas que têm sido fantásticas. Os blogs permitiram-me "conhecer" pessoas de quem eu guardo um grande carinho e por quem tenho o maior respeito. Tenho pena de serem poucas aquelas que eu conheço pessoalmente!
Não vou mencionar nomes, porque essas pessoas sabem quem são. A elas o meu enorme obrigada pelo apoio nos momentos mais complicados... Obrigada pelas conversas no skype, no facebook, no chat do gmail... Obrigada pelos empréstimos de livros que me têm permito descobrir outros mundos.
Autora: E. L. James Ano: 2012 Número de páginas: 576 páginas Classificação: 1 Estrelas Sinopse: Aqui
Opinião
Sempre pensei que a qualidade dos livros de um escritor fossem melhorando à medida que o escritor fosse escrevendo. E. L. James veio mostrar-me o inverso.
Achei este livro pior do que o anterior por diversos motivos. Anastasia regrediu em termos de personalidade (nunca pensei que tal coisa fosse possível). Sempre que li sobre as atitudes dela via uma adolescente de 15 anos a quem foi dada uma novidade aliciante. Não é uma mulher inteligente, muito menos desafiante e misteriosa ou com capacidades para despertar o interesse nos outros. É tão oca e vazia que em mim apenas despertou indiferença.
Pensei que a autoria iria criar mais suspense e mais história no início do livro, tendo em conta o final do livro anterior. Aquilo que eu esperava era um afastamento mais significativo e longo de Anastasia e Grey. Mas o afastamento ocupou meia dúzia de parágrafos chorosos e pouco convincentes. Os neurónios de Anastasia transformaram-se em células dependentes de actividade sexual proporcionada pelo seu "cinquenta sombras" e por isso não aguentou muitas horas consigo mesma. Ou seja, estamos perante uma personagem vazia, sem interesses abrangentes e que não consegue evoluir em termos cognitivos.
Este livro veio confirmar um sentimento que desenvolvi no livro anterior: a revolta perante o pouco talento da escritora. Mr. Grey é uma personagem com uma personalidade bastante complexa e que se bem desenvolvida e explorada poderia tornar o livro bem mais interessante. A autora é muito superficial na abordagem dos detalhes e das explicações para aquilo em que Grey se tornou. É rudimentar na construção de todas as dimensões que compões esta complexa personalidade. E é uma pena que estes aspectos não tenham sido desenvolvidos de forma profissional. É triste ver que a autora preferiu reduzir o livro à descrição de umas quantas cenas de sexo, com ou sem sadomasoquismo, e deixou esquecidas todas as outras componentes que poderiam dar muito mais ao livro.
É um livro muito fácil de ler. Não exige grandes reflexões ou divagações. Não se constitui como uma leitura intelectualmente estimulante, aspecto que muitos leitores procuram nos livros. É apenas um livro que nos permite esvaziar a mente dos problemas e preocupações diárias e que daqui a uns dias mal nos lembramos.
Para responder a esta TAG vou-me focar nos seis primeiros meses deste ano.
PERGUNTAS 1. O melhor livro que você leu até agora, em 2015.
Não comecei da melhor maneira a leitura deste livro, mas quase sem querer fui arrastada para uma enxurrada de informação e desenvolvimentos que me tornaram uma verdadeira admiradora deste livro. Estou muito curiosa para ler a continuação desta série.
2. A melhor continuação que você leu até agora, em 2015.
Ainda não li nenhum livro que fizesse parte da continuação de uma série.
3. Algum lançamento do primeiro semestre que você ainda não leu, mas quer muito.
Não tenho prestado muita atenção às novidades literárias. Como ando com o orçamento apertado, prefiro não ver as tentações.
4. O livro mais aguardado do segundo semestre.
A mesma situação da questão anterior.
5. O livro que mais te decepcionou esse ano.
Pela opinião da Denise, pela premissa que orienta o livro e pelo título espera uma leitura melhor do que afinal acabou por se revelar.
6. O livro que mais te surpreendeu esse ano.
As voltas que este livro dá são fantásticas. Facilmente nos rendemos ao talento da escrita que figura no livro.
7. Novo autor favorito (que lançou seu primeiro livro nesse semestre, ou que você conheceu recentemente).
Julia Quinn. Fiquei a conhecer esta autora no início deste ano, graças à generosidade da Marta do blog I only have, que me emprestou três livros da autora. Fiquei fã no primeiro livro. Tenho que, rapidamente, partir para a leitura dos próximos.
8. A sua quedinha por personagem fictício mais recente.
Esta é muito fácil. O meu novo "amor literário" é o Greg do livro Amor e Chocolate da autora Dorothy Koomson.
9. Seu personagem favorito mais recente.
Cathy Glass, que não é apenas uma personagem e sim uma pessoa real que escreve livros de crianças especiais onde ela tem um papel fundamental.
10. Um livro que te fez chorar nesse primeiro semestre.
Nenhum livro me levou às lágrimas nos primeiros seis meses. As lágrimas chegaram depois.
11. Um livro que te deixou feliz nesse primeiro semestre.
Este livro deixou-me feliz pela história e por aquilo que significa para a sua escritora, que sem querer se tornou uma pessoa especial para mim.
12. Melhor adaptação cinematográfica de um livro que você assistiu até agora, em 2015.
Não vi nenhuma adaptação cinematográfica.
13. Sua resenha favorita desse primeiro semestre (escrita ou em vídeo).
Autora: Leila Meacham Ano: 2010 Número de páginas: 582 páginas Classificação: 5 Estrelas Sinopse:Aqui
Opinião
Rosas é um livro para ficar guardado no coração. Tive de entregá-lo na biblioteca e já sinto saudades dele. É mais um daqueles livros que preenchem cada espacinho do meu coração.
Este livro traz-nos uma saga de famílias cujos destinos se cruzam ao longo dos anos. Toliver, Warwick e DuMont são famílias de negócios que muito contribuem para a fundação e desenvolvimento da cidade onde vivem.
Os Toliver são uma família que se dedica à produção de algodão. Quando o patriarca da família morre, deixa todas as suas propriedades à sua filha mais nova Mary. Este testamento abala toda a estrutura familiar porque seria de esperar que fosse a esposa a herdar tudo. Mary é uma jovem cheia de força e à medida que eu assistia ao seu crescimento aprendi a admirá-la apesar de, muitas vezes, me ter apetecido dar-lhe um estalo para ver se ela deixava de ser tão racional. Eu conseguia compreender a racionalidade dela, mas ficava sempre com o coração apertado com a forma com que ela reagia ao Percy Warwick, o homem que preenchia, preenche e sempre preencheu o lugar mais especial do seu coração. Eu fiquei extremamente enternecida com a história de amor entre Percy e Mary. Foi tudo tão delicado, misterioso e com muitos sentimentos à mistura que é impossível não ficar envolvida e rendida.
A amizade de Percy e Ollie (DuMont) foi outro aspecto que mexeu com as minhas emoções. Já aqui referi algumas vezes o respeito e os sentimentos que as amizades despertam em mim e o quanto eu as valorizo. Olhar para Percy e Ollie é olhar para o que de melhor oferece uma boa amizade. Foi tão intenso que olho para Ollie com a maior das admirações e respeito. Sem dúvida seria alguém com que gostaria de me cruzar.
A narração dedicada ao passado destas famílias ocupa grande parte do livro. É uma história tão intensa e envolvente, cheia de voltas e contravoltas, que me atingiram os sentimentos e me deixaram completamente envolvida com as personagens e os seus dramas. Quando cheguei à parte que nos conta a história mais recente das família, nomeadamente a vida da 3ª geração, eu senti uma quebra na intensidade emocional que até então tinha sentido. Acabei por não me sentir tão ligada às novas personagens, porém gostei da forma como as coisas foram evoluindo.
Destaco, também pela positiva, os apontamentos históricos que fazem parte do livro. Acrescentam valor e realismo à história.
Como poder ver pela minha opinião, foi um livro que me emocionou. Ri, chorei, zanguei-me, revoltei-me, mas, no fim, fica o sentimento de que os finais felizes podem assumir diferentes tonalidades. Não precisam de ser todos cor-de-rosa e repletos de corações. Os finais felizes podem ter alguns apontamentos de tristeza e melancolia, em que apesar de tudo as pessoas conseguem avançar na vida.
Quando ganhar o euromilhões vou adquirir o livro para a minha estante para que eu o possa ler sempre que assim o desejar.
Autor: Pedro Strecht Ano: 2001 Número de páginas: 277 páginas Classificação: 5 Estrelas
Opinião
Devido à especificidade deste livro, ele poderá não ser do interesse de qualquer pessoa. Este é um livro que aborda questões relacionadas com a saúde mental em crianças e adolescentes. Neste sentido, penso que este livro será mais indicado para profissionais que trabalhem com crianças e adolescentes, para profissionais da área da saúde mental e para outros profissionais que lidam diariamente com crianças, como por exemplo professores.
É um livro muito fácil de ler. Tem uma linguagem acessível, mesmo para quem não domina os conceitos mais técnicos,
Um dos aspectos que mais me agradou no livro foi a existência de casos práticos, ou seja, o autor partilha no seu livro histórias de crianças que cruzaram os seus caminhos durante a sua prática profissional.
Foi, para mim, um livro que me proporcionou algumas aprendizagens e que me permitiu "reciclar" aspectos relacionados com a minha actividade profissional.
O meu projecto conjunto com a Denise do blog Quando se abre um livrocontinua de vento em poupa. Tem sido muito positivo estes empréstimos porque ambas temos lido novos autores e conhecido novos livros.
Esta é a minha vez de enviar o livro à Denise e decidi ter em conta as nossas conversas.
Então a minha escolha recaiu sobre:
Sonhos Proibidos
Lesley Pearse
Os motivos...
A Denise partilhou comigo que estava com saudades de um livro que lhe incendiasse as emoções. Que a fizesse rir, chorar... Que assolapasse o seu coração de modo a ficar com ressaca literária.. Bem... Acho que este poderá ser um bom candidato a "despertador" de emoções.
É um contributo para que a Denise solidifique a sua opinião em relação à autora Lesley Pearse.
Ano: 2012 Número de páginas: 24 páginas Classificação: 5 Estrelas Sinopse:Aqui
Opinião
É difícil sentir-me satisfeita como leitora quando leio um conto. Ao fim de cada conto lido sinto sempre que falta qualquer coisa. Ou é a história que não foi profunda o suficiente, ou porque ficaram muitas pontas soltas ou por qualquer outra razão inerente ao conteúdo do conto. Porém, a minha experiência com este conto foi totalmente diferente.
Até ao momento, da escritora Célia Loureiro só tinha lido um livro e foi como leitora beta. Quando me cruzei com este conto, achei que poderia ser uma boa escolha para o desafio Português no Feminino. E, de facto, foi uma excelente escolha. Adorei!!!
Tanto a minha experiência com livro como com este conto, sinto que a Célia tem uma maneira muito própria de trabalhar as palavras. Ela consegue juntá-las numa dança de conteúdo harmoniosa e muito cativante.
Cinzas e Neve dá-nos a conhecer a história de um casal afastado pelo destino e pelas personalidades. No fundo, não lhes foi permito viver o amor que os unia. Afastaram-se e reencontraram-se. E é neste reencontro que ficamos a saber tudo o que os uniu e os afastou, aquilo que foi condicionando as suas vidas e as suas perspectivas em relação a um futuro próximo.
É um conto carregado de sentimentos, de lágrimas, sorrisos e recordações. Um conto onde não fica nada por contar e onde ficamos a conhecer o Henrique e Cristina através dos olhos e da voz de Cristina. Nunca sabemos onde esta voz nos vais levar. Vamos seguindo, embalados nas palavras, sem saber que final nos vai ser oferecido. Final este, que só ficamos a conhecer na última frase do conto.
Dos vários contos que já li, este foi o que mais gostei até ao momento.
Autora: Alice Kuipers Ano: 2009 Número de páginas: 240 páginas Classificação: 3 Estrelas Sinopse:Aqui
Opinião
Andava com este livro na estante há algum tempo em lista de espera para ser lido. Confesso que a minha vontade para o ler foi-se logo no momento em que o recebi cá em casa, o abri e vi como estava organizado o seu conteúdo. Quando o encomendei numa das promoções da presença não imaginava com tão pouco texto. Sim, foi preconceito aquilo que aconteceu porque pensei que pouco texto era indicativo de má história.
Felizmente fui agradavelmente surpreendida. Gostei bastante da forma como a autora decidiu contar a história e também gostei do conteúdo que a história me ofereceu.
Através de uma forma simples, Alice Kuipers oferece-nos uma história carregada de sentimentos e significados. Através de pequenos bilhetes partilhados na porta do frigorífico ficamos a conhecer a relação, os dramas, as tristezas e os afectos que são partilhados entre uma mãe e uma filha. São duas pessoas, como tantas outras, que se deixam absorver pelas exigências do dia-a-dia, que ficam sem tempo para partilhar com aqueles que mais gostam. Vivem a correr passando ao lado da vida e daqueles que amam.
O final foi bastante tocante para mim. Emocionei-me com as palavras que lá foram deixadas. Está escrito de uma forma muito simples, mas ao mesmo tempo muito tocante.
Para quem quer uma leitura rápida, com alguma descontracção e com um toque de sentimentalismo, este é um bom livro.