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Por detrás das palavras

Opinião | Halloween


Halloween

Autora: Nádia Batista
Ano: 2014
Número de páginas: 13 páginas
Classificação: 2 Estrelas
Sinopse: Aqui

Opinião
Como este mês o tempo para ler foi escasso, decidi-me por um conto para o desafio mensal Português no Feminino
Atendendo ao facto de em Outubro festejar-se o Dia das Bruxas pensei que este seria um bom conto para ler de forma a assinalar a data.

Era um conto que eu já queria ler há muito tempo. Costumo visitar o blog da Nádia e, como já devem saber, estou sempre de olhos nas obras de autores e autoras portuguesas. Gosto de conhecer o seu trabalho e divulgá-lo.

Não adorei este conto. Foi uma leitura agradável, mas a escrita revela algumas falhas ao nível da construção da narrativa e das personagens. 
A forma como a história é narrada consegue, em alguns momentos, manter o interesse e o mistério, mas há outros em que as coisas aparecem de forma repentina e com pouca articulação entre os factos. Falta, também, um certo envolvimento na escrita que me permita olhar para os acontecimentos como sendo situações que estão a ocorrer e não algo que me está a ser contado. Em alguns momentos, quando estamos a ler é como se um amigo nosso nos estivesse a contar o que se passou ali na rua recorrendo a um método meramente expositivo. Falta aquele elementos que nos leve para aquele lugar onde entramos numa quase inconsciência de estarmos perante uma situação fictícia. 
Desta forma, posso afirmar que a ideia que está na base da construção da narrativa não é má, a forma como está desenvolvida é que não me deixou satisfeita. 

Acho que foi um bom ponto de partida para a autora. É uma forma de ganhar experiência com a escrita e partir para novas histórias. 

Opinião | Amor e Enganos (Bridgertons #3)


Amor e Enganos (Bridgertons, #3)



Autora: Julia Quinn
Ano: 2013
Número de páginas: 384 páginas
Classificação: 4 Estrelas
Sinopse: Aqui

Opinião
Este foi mais um livro da série Bridgertons que a Marta do blog I only have teve a amabilidade de me emprestar.
Finalizada a leitura posso dizer que Julia Quinn mantém o seu estilo bem disposto com uma escrita cativante e com uma história envolvente. Contudo é o livro da série que menos gostei até ao momento.
É um livro com menos momentos de humor quando comparadas com os outros e onde a carga romântica procura assumir uma maior destaque.

Amor e Enganos tem um início inspirado na história da Cinderela, mas, na minha opinião, a autora conseguiu enquadrar bem as coisas de modo a criar uma situação muito engraçada aos olhos do leitor. Quando chegamos à segunda parte as coisas ficam um bocadinho diferentes (embora eu sinta algumas semelhanças com os desenhos animados Cinderela que passavam na TVI há uns anos atrás) e assistimos a muitos momentos de interação entre Sophie e Benedict.

[Início SPOILER]
Houve um aspeto da história que me deixou um bocado aborrecida. Do meu ponto de vista acho que a autora foi preconceituosa. Se formos aos livros anteriores, constatamos que para evitar manchar a honra das jovens de boas famílias os casamentos eram logo apressados. Contudo, como Sophie era apenas uma empregada não houve pressa na realização do casamento. Aspeto que não se viu nos livros anteriores, muito pelo contrário, havia que de se manter a virgindade até ao casamento porque eram meninas de boas famílias. Como Sophie era empregada e filha bastarda já ninguém viu nenhum mal nisso.
Eu sei que é importante olhar para a história tendo em conta as circunstâncias da época, contudo penso que este aspeto é pouco correto tendo em conta essas mesmas normas.
[Fim SPOILER]

Apesar deste meu aborrecimento e me ter feito embirrar um bocado com a história, eu gostei bastante do livro. Li-o de forma compulsiva e proporcionou-me bons momentos de leitura. Características às quais Julia Quinn já nos habituou. 

Palavras Memoráveis


Livro: A Ilha dos desencontros
Anita Shreve

Devo dizer que ainda hoje me habita a certeza de que as almas que ganham raízes numa geografia particular não podem ser transplantadas com sucesso. Acredito que essas raízes, esses ínfimos filamentos fibrosos, quase inevitavelmente secarão e murcharão no novo terreno, ou submeterão a planta a um choque súbito e irreparável.


(...) julgo que o casamento será o pacto mais misterioso do universos. Estou convencida de que não existe um igual ao outro. Mais do que isso, estou convencida de que nenhum casamento é igual ao que foi no dia anterior. O tempo é a dimensão decisiva, ainda mais decisiva do que o amor. Não dá para perguntar a uma pessoa como é o seu casamento, porque no dia seguinte será um casamento diferente. 


Penso nas dor que as histórias não conseguem aliviar, nem quando mil vezes contadas. 


Opinião | Nunca te perdi


Nunca Te Perdi

Autor: Linda Howard
Ano: 2009
Número de páginas: 288 páginas
Classificação: 3 Estrelas
Sinopse: Aqui

Opinião (contém Spoilers)
Nunca te perdi é o livro com que me estreio com a autora Linda Howard. Não foi uma leitura espetacular, mas fiquei curiosa por conhecer outras obras da autora.

A história deste livro gira em volta de Milla. Uma jovem mulher a quem o filho foi roubado no México. A partir deste momento, a sua vida transforma-se drasticamente e foca-se num único objetivo: encontrar Justin.

Os meus sentimento ao longo da leitura deste livro e em relação à história sofreram muitas alterações. Houve partes em que me senti entusiasmada, houve parte em, que não senti muita vontade de ler.
Na minha opinião faltaram certas coisas à autora, nomeadamente, a capacidade de manter o suspense e o mistério e a capacidade de desenvolver os assuntos os momentos críticos de forma estruturada e compreensível. Para conseguir explicar este meu ponto de vista vou ter de recorrer a spoilers, por isso, caso não gostem é melhor pararem de ler esta opinião por aqui.

Quando eu me refiro à incapacidade de manter o mistério quero dizer que a autora não consegue criar momentos que levem o leitor à desconfiança e à vontade de querer resolver o mistério. Por exemplo, quer no que respeita ao desaparecimento de Justin, quer ao tráfico de órgão acho que a autora não nos conseguiu oferecer momentos para pensar nem para despertar a nossa curiosidade.
A forma como a autora resolve o mistério do tráfico de órgãos é apressada, tem pouca substância contextual e não está bem finalizada. Depois de identificados os responsáveis não acontece mais nada. E as pessoas cujas vidas estavam relacionadas com as pessoas que foram presas? Como é que Milla deixa passar o facto da sua amiga ter sido a responsável pelo rapto do seu filho? É que nem uma conversa entre as duas existe no livro. E mais, como é que a Milla não vai falar com o seu amigo, marido da amiga que acabou por ser presa? Não faz sentido estas coisas não apareceren bi livro quando estão diretamente envolvidas com  o mote principal da história e com a sua conclusão. 

Outro aspeto que não ficou claro foi a forma como Justin foi adotado. No final, Milla não reconhece que os pais adotivos sejam culpados referindo que eles adotaram o filho de forma legal. Mas umas páginas mais atrás, onde explicaram o processo, aquilo que parece é que foi tudo menos legal. Até referem que os pais pagaram uma quantia elevada pelo processo, necessitando para isso de pedir dinheiro emprestado aos familiares. A justificação que lá aparece para o pedido desta quantidade de dinheiro aos pais, foi que a família biológica da criança precisava dele. Agora pergunto: é esta a forma legal de fazer adoções nos Estados Unidos da América?

É um livro que entretém. Quanto à parte do romance, não fiquei muito fã do casal Milla e Diaz. Achei aquilo muito frio e distante e por muito que a Milla tivesse mudado ao longo dos anos penso que a relação que assumiu não ia de encontro à sua personalidade. Desta forma, pareceu-me forçado e desadequado. 

Foi apenas o primeiro livro que li da autora e apesar de não ter adorado gostaria de ler outras obras para conhecer melhor o seu trabalho.  

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