Para o ano de 2016 não delineie nenhum desafio literário. Não andava com muito espírito para desafios e o certo é que ele ainda não apareceu a 100%. As leituras são para se ir levando. Sem pressas e sem aflição.
Este ler ao sabor do vento fez-se sentir no volume de livros de autores portugueses. Por isso, decidi estabelecer um projeto para o mês de Abril.
Tendo em conta os livros que tenho para ler de autores portugueses, ficou assim a minha lista:
O funeral da nossa mãede Célia Correia Loureiro
O espião portuguêsde Nuno Nepomuceno
Sombras de Patrícia Morais
Alma Rebelde de Carla M. Soares
Como não tenho lido muito nestes três primeiros meses do ano, ficarei muito contente se conseguir ler estes quatro livros durante o mês de Abril.
Se alguém se quiser juntar a mim neste projeto, basta manifestarem o vosso interesse nos comentários.
Paralelamente, vou dedicar algumas rubricas e posts especiais aos livros e aos autores nacionais.
Projetos deste género, de carácter mais esporádico, poderão vir a aparecer ao longo do ano. Tudo depende da minha vontade, do meu interesse e do meu espírito.
Há mais de um mês este filme passou na televisão. Como tinha lido o livro estava com alguma curiosidade para ver como é que ele estava traduzido em filme.
Para quem leu a minha opinião acerca do livro, sabe que não simpatizei nem com a escrita nem com a história. O filme acabou por seguir as pisadas do filme.
Estava à espera de me emocionar mais, de simpatizar com as personagens e com as suas histórias e de me sentir ligada àquele mundo adolescente onde tudo é descoberta. O que aconteceu foi que: não me emocionei, não gostei da história e não gostei das personagens.
Basicamente, aquilo que senti na leitura do livro, senti com o visionamento do filme. Continuo a achar que a história, da forma que está construída, não funciona. Continuam a aligeirar uma temática que nada tem de ligeiro, o romance parece demasiado forçado e a tentativa de filosofar sobre a vida e a morte é bastante má.
Pensei que a visualização da história causasse mais impacto em em mim, mas não aconteceu.
Este livro constitui a minha terceira experiência com Jojo Moyes. O primeiro livro que li, Um violino na noite, não me deixou rendida à autora. Seguiram-se Silver Bay - A Baía do desejo e A última carta de amor. Estas duas últimas experiências com autora fizeram-me apaixonar pela escrita e pelos enredos. Porém, ainda sinto falta de mais qualquer coisa para que me sinta rendida ao trabalho de Jojo Moyes.
No livro A última carta de amor somos presenteados com duas histórias paralelas que acontecem em tempos históricos diferentes, porém com uma tónica comum: a infidelidade. Não simpatizo muito com este tema. Abomino-o! Por isso, nas leituras faz com eu desenvolva um certo ódio de estimação pelas personagens que o praticam... Neste livro, este ódio não foi assim tão linear!
Senti ódio pela Ellie. E porquê? Então, estamos perante uma mulher moderna e inteligente que se deixa arrastar pelas palavras reles de um escritor. Claro que só muito tarde ela abre os olhos e adorei a forma como ela os abriu. Mereceu aquele encontro e mereceu ser rebaixada e envergonhada. A Ellie é a história do presente e não oferece grande conteúdo ao livro. No fundo, ela serve de veículo à história passada e vê nessa história um pouco da sua própria vida. Eu não encontrei muitas semelhanças entre as duas histórias para além da infidelidade.
Relativamente à história do passado posso dizer que, nos primeiros capítulos há ali alguma confusão. Penso que uma localização temporal de alguns capítulos ajudaria o leitor a situar-se temporalmente na narrativa. Eu precisa de saber mais da Jennifer e da sua vida antes do acidente... Precisava de assimilar a essência da sua vida, para a compreender enquanto mulher insatisfeita com o seu casamento. Com o desenvolvimento da narrativa vamos conseguindo intuir que Jennifer não se sentia completa e que o marido não era aquilo que talvez ela esperasse do marido. Devido a isto, juntamente com mais uns acontecimentos dramáticos pelo meio, vou conseguindo entender a infidelidade... E à luz da sociedade da época consigo entender os comportamentos de cada um deles. Gostei muito de ler sobre esta história passada. É cativante e consegue agarrar-nos a história. Ao longo da leitura vamos torcendo por um determinado final...
E chegamos ao final... E aqui acho que a autora falhou... Acho pouco provável que duas pessoas a viverem na mesma zona, sendo uma delas demasiado conhecida em sociedade, passe despercebida a um homem que trabalha num jornal. E assim acho que a Jennifer e o Anthony poderiam ter-se encontrado mais cedo... Não consegui engolir aquele desencontro. Pode acontecer?? Sim, mas acho pouco provável dadas as circunstâncias.
Os livros que vão figurar nesta lista são livros dos quais gostei muito, mas que não falo muito neles aqui no blog ou em conversas com outras pessoas que gostem de livros.
1.Veronika decide morrer de Paulo Coelho
2. O Zahirde Paulo Coelho
3. Onze Minutosde Paulo Coelho
Já não leio um livro de Paulo Coelho há mais de 10 anos. Na altura em que descobri este autor fiquei vidrada nas suas obras e li tudo o que podia dele. De todos os livros que li estes foram os que mais gostei. As temáticas e a forma como o autor as abordava deixou as suas marcas. Hoje não sei se os livros teriam o mesmo impacto em mim, e ando constantemente a adiar novas leituras do autor porque não sei se vou gostar ou não.
4. A estranha viagem do Senhor Daldry de Marc Levy
Ontem assinalou-se o Dia Mundial da Poesia, mas não consegui vir aqui para vos deixar um poema e assinalar o dia.
Eu gosto muito de poesia... Gosto de ler, de analisar, de tentar ver o que está para além das palavras impressas na folha ou que nos aparecem no ecrã de um computador.
Hoje trago-vos um poema especial. Um poema que marca o início de uma amizade que espero que seja boa e longa. Em finais de 2014 comecei a contactar com uma rapariga por causa de um projeto de investigação. Esta relação começou por ser profissional, mas o desenvolvimento da vida acabou por nos fazer apoiar uma outra, ajudar... E desde meados do ano passado que olho para a C. como amiga. Uma pessoa especial que me tem dado imenso apoio e que eu tenho muito gosto em ajudar sempre que ela precisa.
O ano passado, numa altura em que andava particularmente em baixo e em que a C. passava por uma fase algo atribulado por diversas vezes falamos ao telemóvel na tentativa de nos alegramos e arranjarmos coragem para ultrapassar aquilo que estava menos bem. Num desses telefonemas, esta minha amiga partilhou comigo que tinha um poema que ela lia todos os dias para a ajudar a ganhar força e enfrentar o dia-a-dia. E decidiu-o partilhar comigo nessa altura.
Recomeça.... Se puderes Sem angústia E sem pressa. E os passos que deres, Nesse caminho duro Do futuro Dá-os em liberdade. Enquanto não alcances Não descanses. De nenhum fruto queiras só metade.
E, nunca saciado, Vai colhendo ilusões sucessivas no pomar. Sempre a sonhar e vendo O logro da aventura. És homem, não te esqueças! Só é tua a loucura Onde, com lucidez, te reconheças... Miguel Torga TORGA, M., Diário XIII
Este ano decidi colocar este poema na primeira página da minha agenda. E sempre que me sinto mais angustiada ou sem esperança leio este poema. Afina, todos os dias são dias para recomeçar...
Eu não acreditava no destino, nos pequenos sinais da vida supostamente destinados a conduzir-nos para os caminhos que devemos tomar. Não acreditava em histórias de videntes, em cartas que nos predizem o futuro. Acreditava na simplicidade das coincidências, na verdade do acaso.
Volto para te levar é o segundo livro que leio de Guillaume Musso. O primeiro livro que li, Estarás aí? foi uma agradável surpresa e desde aí que fiquei curiosa em descobrir novas obras do autor. Assim, quando parti para a leitura deste livro estava à espera de ser surpreendida. Porém, não fui muito surpreendida. Estes dois livros tem muitas semelhanças no que toca ao desenrolar temporal da ação.
Esta semelhança na forma como o autor dá corpo à narrativa deixou-me um bocadinho aborrecida. Estava à espera de encontrar algo diferente e que não me transportasse para o livro anterior do autor.
Neste livro a história de Ethan, Céline e Jessie cruzam-se dando voz à importância das nossas escolhas no decorrer da nossa vida.
Ethan é um psicólogo bem sucedido e que construiu a sua carreira com a sua força de vontade, porém aquilo que sacrificou para lá chegar levou-o ao lado negro da vida, à solidão, ao desespero e aos vícios. Mas o destino e o karma deram-lhe a oportunidade de reescrever um dia da sua vida e, assim, procurar alterar as coisas menos boas que lhe acontecem. Este reescrever permite-lhe desenvolver um autoconhecimento muito importante para alcançar a sua paz interior.
Gostei das reflexões que somos convidados a fazer à medida que a narrativa avança. Gostei de ver o modo como Ethan se vai reorganizado e conhecendo de modo a tentar dar um final diferente aquele dia tão pouco comum.
Gostei de conhecer a Jessie e a Céline. Acho que precisávamos de mais história entre Ethan e Céline para nos sentirmos mais próximos desse amor e, assim, compreender o fascínio existente entre os dois e que o autor tentou passar ao leitor.
Este facto de segundas oportunidades na vivência de acontecimentos foi o que me deixou mais insatisfeita, porque é o elemento que se aproxima do livro anterior que li. Este facto levanta-me duas questões: até que ponto este autor é criativo? Será que este método narrativo é usado em todas as suas obras? Tenho um livro do autor na estante que me vai permitir responder a estas minhas questões.
Eis que a Primavera está aí à porta e o Top Ten convida-nos a escolher os livros para as nossas leituras para a estação que se avizinha. Ando uma viciada em lista, apesar de não as conseguir cumprir.
Numa viagem a listas passadas constatamos os meus falhanços...
Primavera 2014 - 9/10 livros lidos
Verão de 2014 - 8/10 livros lidos
Outono de 2014 - 5/10 livros lidos
Inverno de 2014/15 - 6/10 livros lidos
Primavera de 2015 - 4/10 livros lidos
Verão de 2015 - 6/10 livros lidos (poderiam ser 7 se não tivesse desistido de um)
Outono de 2015 - 6/10 livros lidos
Inverno 2015/2016 - 3/10 livros lidos
E agora, para me desgraçar fica a nova lista. Esta lista contém alguns livros de listas anteriores (é para ver se me motivo mesmo a ler):
Sombras de Patrícia Morais
E tudo o vento levou de Margaret Mitchell
A rapariga no comboio de Paula Hawkings
A linha ténue do passado de Mónica Cortesão Gonçalves
Orbias - As guerreiras da Deusa de Fábio Ventura
Estrada Vermelha, Estrada de Sangue de Moira Young