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Por detrás das palavras

Opinião | "Sombras" de Patrícia Morais (Sombras #1)

Sombras
Classificação: 3 estrelas

A leitura deste livro só foi possível devido a generosidade da autora Patrícia Morais que muito gentilmente me ofereceu um exemplar para ler. Por esta razão, quero aqui deixar uma nota de agradecimento à Patrícia. Muito obrigada!!

Sombras traz-nos a história de Lilly, uma jovem que, quando menos espera, vê a sua vida desmoronar. Um conjunto de acontecimentos faz com que ela tenha uma mudança brusca na sua forma de viver e na forma como passa a encarar a vida. 

De um modo geral, temos um livro de leitura fácil e agradável. A história tem algum suspense, ação e romance. Não é muito empolgante, mas dá para nos mantermos curiosos em relação aos acontecimentos e àquilo que as personagens vão encontrar. 

Na minha opinião, o livro carece de mais profundidade em termos de exploração dos acontecimentos e das características das personagens. A autora poderia ter ido mais longe nas explicações e em algumas descrições. Poderia ter-nos dado  mais informação acerca do mundo sobrenatural e das criaturas que ela vai referindo. Talvez introduzir algumas lendas, criar mais suspense e mistério em torno das criaturas e dos lugares de onde elas provêm. 
Quanto às personagens, algumas delas parece que crescem no vazio, que são desligadas da narrativa. Precisam de história, precisam de demonstrar mais emoções, precisamos de conseguir entrar dentro delas. 
Acho a Lilly um bocado infantil. Tenta ser engraçada e um pouco irónica, mas não me parece natural. Sai forçado e não acrescenta nada à história ou à narrativa. 

Este é o primeiro livro da série e espero que a autora nos traga novidades e evolução nos seguintes. 

Top Ten Tuesday #56 | Livros de autores portugueses que quero ler

Esta é a última terça-feira de Abril e é também a última terça-feira do meu projeto "Abril em Português". 
Por este motivo, não vou seguir o tema que estava no site desta rubrica. Decidi, criar uma temática para hoje e eleger os dez livros de autores portugueses que quero ler. 
 
Fica aqui a lista. 
 
  1. O cavalheiro inglês de Carla M. Soares
  2. Perguntem a Sarah Gross de João Pinto Coelho
  3. A filha do barão de Célia C. Loureiro
  4. Morreste-me de José Luís Peixoto
  5. Ensaio sobre a cegueira de José Saramago
  6. A floresta de Sophia de Mello Breyner Andresen
  7. Padeira de Aljubarrota de Maria João Lopo de Cravalho
  8. Orbias - As guerreiras da deusa de Fábio Ventura
  9. A linha ténue do passado de Mónica Cortesão Gonçalves 
  10. Para onde vão os guarda-chuvas de Afonso Cruz

Opinião | "O Funeral da Nossa Mãe" de Célia Loureiro

O Funeral da Nossa Mãe
Classificação: 5 Estrelas

A minha experiência com os livros da Célia resumia-se a dois encontros agradáveis. Um com um conto, e outro com uma leitura beta onde procurei usar o olhos de lince e ajudar a autora. Estes dois encontros, foram a porta de entrada para a curiosidade. Após estas leituras e fiquei com vontade de conhecer mais sobre o trabalho da Célia e sobre as histórias que ela nos tinha para contar. 

O Funeral da nossa mãe chegou no Natal e pelas mãos de uma amiga. Foi ocupar o seu lugar na estante, mas sabia que não iria lá passar muito tempo sem que eu me atirasse a ele. 
Eu adoro alfazema! Recorro, muitas vezes, ao seu efeito relaxante. A capa trouxe-me esse cheiro, assim como muitos dos acontecimentos com que nos vamos cruzando ao longo das páginas.

Eu gostei muito da escrita da Célia, tal como já tinha acontecido em livros anteriores. Contudo, acho que ela exagera em algumas descrições e na narração de alguns acontecimentos. Enrola muito, recorre a metáforas e/ou comparações elaborados para nos mostrar sentimentos, situações... E isso, às vezes, torna a leitura mais lenta. O que é engraçado é que, se em outros livros eu poderia ficar aborrecida de morte e atirar o livro para um canto, com este tal não aconteceu. E porquê? Porque a conjugação entre enredo, personagens e escrita funcionou tão bem que facilmente seguimos embalados pela força dos acontecimentos e pela nossa curiosidade por saber por onde é que as personagens vão seguir. 

Outra situação curiosa tem que ver com a própria narrativa. À medida que ia lendo, procurava imaginar o que é que as personagens iriam fazer, e pensava Humm, de certeza que a Célia não vai seguir pelo caminho x. É demasiado óbvio. Porém, em alguns casos, a Célia foi mesmo por aí, mas a leitura, em nenhum momento, se tornou aborrecida ou fastidiosa por nos depararmos com algo que já esperávamos que acontecesse. E, na minha opinião, é genial.

As personagens deste livro estão muito bem construídas. Carolina é das que mais destaco. Sentimos que ela é humana porque conseguimos gostar e não gostar dela ao mesmo tempo. Se num momentos sentimos empatia pelos sentimentos que exprime, no momento seguinte estamos a condenar as suas atitudes de tão estúpidas que são. Ela sacrificou muito por aquilo que ela sempre desejou. Apesar de não concordar com a forma com que ela conseguiu construir a sua vida, consigo entendê-la. 
Lourenço é um homem que, a mim, me foi indiferente. Não lhe reconheci a força de carácter, não lhe encontrei determinação. Achei-o um resignado com a vida, com o sofrimento e com a amargura. E este tipo de personalidade condicionou a forma como olhei para ele ao longo da leitura. 
Ingrid é a inconsequente. Uma mulher a quem a vida também lhe ensinou muito. Achei a revelação final (não vou spoilar ninguém) uma grande lição de consciência. No fundo, ela pagou pelos atos inconsequentes que foi tendo. Penso que ela merecia um bocadinho mais no livro. Aliás, acho que só ela e a sua vida dava uma brilhante história. Houve coisas da personalidade dela que iam pairando na história, como por exemplo, o espírito livre, o não querer exercer medicina, a sua emotividade e luxuria no relacionamento com Lourenço... Tantas coisas complexas que a tornam numa personagem com uma história própria. 

Quanto às irmãs, gostei de partes delas. Alguns características de personalidade e alguns acontecimentos não fizeram muito sentido para mim. Ao longo do livro fui remoendo algumas coisas que achei que estavam um pouco desenquadradas. Mas as justificações e os desfechos que a Célia deu a toda a história a e a todas as personagens convenceram-me e aceitei o ponto de vista que a autora apresentou. 

Quero continuar a acompanhar o trabalho da Célia. E partilho o que lhe disse em privado, será umas tristeza se ela ou alguma editora nos prive de acedermos ao talento dela para nos contar histórias. 

Projeto Conjunto | Empréstimo Surpresa [Livro Recebido]


E no Dia Mundial do Livro, trago-vos o mais recente livro que a Denise me enviou para o nosso projeto conjunto. 

Aqui está ele:

A Pecadora 
Tess Gerritsen

Foi com grande surpresa que recebi este livrinho aqui em casa. Eu estou a adorar a série, mas pensei que a Denise não tinha mais livros. 
Espero gostar tanto deste como do anterior. 

Não se esqueçam de ir ver os motivos que conduziram ao envio deste livro (aqui).



Opinião | "Pensa num número" de John Verdon (Dave Gurney #1)

Pensa num número
Classificação: 4 Estrelas

Pensa num número é o meu livro de estreia com o autor John Verdon. É um policial com um título bastante curioso e que me deixou intrigada relativamente ao conteúdo da história. 
O assunto criminal que povoa estas páginas é bastante interessante e foi desenvolvido de forma inteligente e criativa. Apesar de ter gostado, a forma lenta como o livro inicia complicou a minha relação com ele e condicionou o meu ritmo de leitura. Estava à espera de mais adrenalina, mais suspense e mais ação, mas não a encontrei. Logo de início houve algum mistério, mas as coisas aconteciam demasiado devagar. No fundo achei demasiado calmo para um policial.

Dave Gurney, o nosso investigador reformado, é convidado a colaborar no caso e ajudar a desvendar o mistério por detrás daquela abordagem tão peculiar do criminoso. É um homem ponderado e com muitos fantasmas do passado. Não acedemos facilmente a eles e fiquei frustrada por, no final, ter acesso a muito pouco dele e da sua esposa. Sinto que ainda há ali mais e que precisa de ser explorada. Sei que isto é uma série, por isso, espero que no volume seguinte hajam mais informações. 

O crime. Aqui dou grande valor ao autor. Depois das coisas começarem a acontecer, a criatividade emerge e a explicação para alguns dos contornos do crime são muito interessantes e originais. Há uma linha condutora coesa, com sentido e que é onde tudo fica bem explicado. A falta de ação e suspense inicial desaparecem nos momentos finais, porém aquela calma latente que foi sempre acompanhando a narrativa permanece, Ou seja, as coisas acontecem, com algum ritmo, mas sem serem apressadas pelo autor. Em muitos policiais assistimos a muitas correrias para nos trazer o final da história, porém aqui as coisas acontecem no seu momento e tudo é dado ao leitor. 

Fiquei curiosa por ler outros livros do autor. Recomendo a todos aqueles que gostam de um policial inteligente e paciente. 

Top Ten Tueday #55 | 10 livros de autores portugueses

 
Para quem leu este post sabe que decidi dedicar o mês de Abril às leitura em Português. Desta forma, também vou procurar escrever posts que estejam relacionados com a literatura portuguesa. 
Assim, o Top Ten de hoje será dedicado aos meus 10 livros preferidos da literatura nacional. Espero que gostem e que tomem nota dos livros para os ler.
Sem qualquer ordem em especial, aqui ficam eles.
 
1. És o meu segredo de Tiago Rebelo
2. A chama ao vento de Carla M. Soares
3. A sombra de um passado de Carina Rosa
És o Meu SegredoA Chama ao VentoA Sombra de um Passado
 
És o meu segredo não é nenhuma obra de renome literário, mas a simplicidade da história e as personagens sempre ocuparam um lugar muito especial no meu coração.
A chama ao vento é um livro muito bem escrito e com uma história interessante. Apesar de não me ter sentido muito satisfeita com alguns pormenores da narrativa, isso não impediu de o considerar um dos meus livros preferidos de autores portugueses.
A sombra de um passado foi o primeiro livro que li da Carina, É uma história simples, mas com muitos sentimentos e acontecimentos capazes de nos deixar presos à história. 
 
4. A Filha do Capitão de José Rodrigues dos Santos
5. O Anjo Branco de José Rodrigues dos Santos
6. Inverso de Liliana Lavado
A Filha do CapitãoO Anjo BrancoInverso
 
A escrita de José Rodrigues dos Santos é densa e nem sempre conquista todos os leitores. Tem muitas descrições, muita coisa para além daquilo que se possa considerar essencial, porém eu não me consigo aborrecer com os livros dele. Estes são os meus dois livros preferidos do autor. As histórias são viciantes e muito bem construídas.
Inverso foi o livro da Liliana que me conquistou. Acho que foi a simplicidade da história e as personagens que deixaram um carinho especial por este livro.
 
7. A árvore de Sophia de Mello Breyner Andresen
8. O cavaleiro da Dinamarca de  Sophia de Mello Breyner Andresen
9. A fada Oriana de Sophia de Mello Breyner Andresen
10. Equador de Miguel Sousa Tavares
 
A ÁrvoreO Cavaleiro da DinamarcaA Fada OrianaEquador
 
Eu cresci com as histórias da Sophia de Mello Breyner Andresen. Adoro as histórias dela, sempre com bonitas mensagens. Estes são os meus preferidos. 
Equador de Miguel Sousa Tavares é um livro enorme que nem sempre é fácil gostar. No início é difícil entrar na história, mas depois fui arrebatada pelos acontecimentos. 

TAG | Confissões de um bibliófilo

Vi esta tag no blog da Tita, O prazer das coisas, mas foi criada por esta booktuber.

As perguntas:

1. De que género literário te mantens longe?
Fantasia. É um género muito complicado para mim. São raros os livros deste género literário que me prendem a atenção e me deixam com vontade de ler o livro até ao fim. Há fantasia que consigo ler, outra que até consigo gostar muito, mas nenhuma é suficientemente intensa para me deixar marcas. 

2. Qual é o livro que tens na estante e tens vergonha de ainda não ter lido?
A Bibliotecária de Auschwitz

Este é um livro de quem toda a gente fala muito bem e já o tenho à demasiado tempo na estante. Ele merece ser lido e parece que não lhe estou a dar o devido valor.

3. Qual é o teu pior hábito enquanto leitor(a)?
Este é muito fácil... Eu sou uma batoteira e, de vez enquanto, vou ler o que está para frente. No fundo, spoilo-me a mim própria. É estúpido. Mas, às vezes, a necessidade de ir dormir impõe-se e é complicado fechar o livro quando estamos roídas para saber o que vai acontecer.

4. Costumas ler a sinopse antes de ler o livro?
Depende. Umas vezes leio outras não.

5. Qual é o livro mais caro da tua estante?
Não faço ideia. Sei que nunca comprei um livro que custasse mais de 15/16 euros, quando os compro novos. Andando tudo por estes preços é difícil dizer qual deles é o mais caro.

6 . Costumas comprar livros usados (em 2ª mão)?
Sim. E, desde há mais ou menos um ano, tornei-me fã de trocas.

7. Qual é a tua livraria (física) preferida?

Eu compro poucos livros, por isso decidi eleger aquela que eu acho mais bonita e cativante: Livraria Lello, na fantástica cidade do Porto.

8. Qual é a tua livraria online preferida?
Não tenho.

9.Tens um orçamento (mensal) para comprar livros?
Não tenho simplesmente orçamento para comprar livros. Neste momento, a minha vida profissional estagnada e o doutoramento é uma verdadeira sanguessuga de economias.

10. Quem vais “tagguear”?
Ninguém. Quem quiser responder, está à vontade para se sentir "taggueado". 

Opinião | "Más maneiras de sermos bons pais" de Eduardo Sá

Más Maneiras de Sermos Bons Pais
Classificação: 5 Estrelas

É a primeira que publico uma opinião a um livro do Professor Eduardo Sá aqui no meu blog, mas não é o primeiro que leio dele. Há muito tempo li o livro "Tudo o que amor não é", um livro que quero que reler porque adoro a forma como o autor escreve e nos mostra um bocadinho do mundo interior das crianças e dos adultos que com elas convivem. 

O Professor Eduardo Sá foi meu professor na faculdade. Já estava habituada a vê-lo na televisão, porém gosto muito mais de o ver a falar ao vivo em aulas e conferências do que em algumas participações em programas televisivos. Ele é uma pessoa que guarda muito conhecimento e tem uma forma muito própria de a partilhar. É uma pessoa muito atenta ao mundo interior das crianças e um grande defensor das mesmas. De uma forma ligeira, consegue transmitir-nos os elementos chave para um bom desenvolvimento infantil, onde os pais assumem um grande papel.

Em Más maneiras de sermos bons pais, somos confrontados com um conjunto de aspetos relacionados com a parentalidade e com a sua influência no desenvolvimento positivo das crianças. Sempre com uma linguagem muito simples e que apela aos sentimentos e aos afetos, são-nos apresentamos os contornos mais técnicos relacionados com o comportamento parental, com o desenvolvimento infantil e com o mundo em que estamos a crescer neste momento. 

Acho que é um bom livro para profissionais da área como para pais que querem aprender um bocadinho mais sobre esta atividade complexa e exigente que é o exercício da parentalidade. 

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