Verdade Escondida marca a minha estreia com a autora Mary Kubica. Não foi uma estreia arrebatadora, porém conseguiu alimentar a minha curiosidade em relação a outras obras da autora.
O livro traz-nos uma estória complexa com personagens que vão oferecendo intriga e suspense. Ao longo de toda a leitura sabemos que existem muitas pontas soltas que precisam de ser encaixados o que contribui para o levantamento de diferentes possibilidades de resolução de conflitos.
As personagens principais são, na sua maioria, interessantes. Contudo, acho que todas têm o seu quê de anormal o que torna todo o enredo demasiado esquisito. Por exemplo, a Quinn, que poderá parecer normal aos olhos de muitos leitores, é uma rapariga que aparenta algumas falhas emocionais, e que passam de forma bastante concreta (a forma como ela idolatra a Esther, sua companheira de casa, é um pouco asfixiante); ou o Ben, um homem muito ambivalente em relação aos sentimentos que tem pela sua namorada e na amizade que vai mantendo com a Quinn).
Considero que a narrativa tem um início demasiado lento. Por vezes, sentia-me a ser arrastada ao longo de algumas descrições que não contribuíam muito para a minha assimilação da estória.
Um aspeto que eu acho que iria valorizar muito o livro era, no final, a inclusão de um capítulo a contar e a descrever melhor a estória passada que acaba por se atravessar no presente das personagens. Dado que o livro vai sendo narrado na primeira pessoa, alternando entre Alex e Quinn, este capítulo adicional poderia ser narrado por uma das personagens a quem a verdade escondida pertence. Penso que até criaria uma dinâmica nova e interessante em toda a estória.
Esta reflexão vem reforçar a minha impressão de que nem tudo ficou explicado e que houve umas coisinhas que ficaram sem resposta.
Tenho mais um livro da autora na estante para ler e confessor que estou com alguma curiosidade para conhecer mais trabalhos da autora.
Nota: Um agradecimento especial para a editora Topseller que, muito gentilmente, cedeu um exemplar para leitura e opinião sincera aqui no blog.
Entramos no Outono e o site The Broke and the Bookish convida-nos a eleger a nossa lista de livros para ler nesta estação que agora acabou de iniciar. Mas, antes de vos dar a nova lista, vamos ver como estão listas passadas e em particular a lista da estação que agora terminou, o Verão.
Relativamente às listas que tenho pendentes (podem ver aqui) só se verificaram alterações nas da Primavera e Outono do ano passado e na Primavera deste ano.
Quanto à lista do Verão deste ano posso dizer que correu maravilhosamente bem. Dos dez livro eleitos li nove, ou seja, por um livro não completei a lista. O único livro que não li foi o Morte Súbita de J. K. Rowling. Acabei por não sentir vontade de o ler e não o trouxe da biblioteca.
E agora aqui ficam os livros que quero ler na estação que acaba de iniciar.
1. Os muitos nomes do amor (Dorothy Koomson)
2. Rebeldes (Anna Godbersen)
3. Agora és minha (Mary Higgins Clark)
4. Caçadores de cabeças (Jo Nesbø) 5. A estrela azul (Juliette Benzoni) 6. Ensaio sobre a cegueira (José Saramago)
No final do ano passado li o conto Ashram desta mesma autora do qual gostei bastante. Por isso, foi com grande expetativa que parti para a leitura deste novo conto.
É um conto pequeno e pouco complexo, porém conseguimos retirar algumas reflexões, nomeadamente: o respeito pela natureza, sabendo apreciá-la nas suas diferentes dimensões; saber valorizar as nossas características mesmo quando elas nos afastam daquilo que é considerado "normal" no mundo que nos rodeia; a descoberta da felicidade nas mais pequenas coisas quando o mundo à nossa volta parece estar a desmoronar-se; e, por fim, a complexidade em torno das relações humanas (neste último ponto a minha reflexão vai para a situação do casal, a pouca cumplicidade e a comunicação que se começa a deteriorar com as situações menos boas da vida).
Apesar de me ter permitido refletir acerca destas questões achei o conto demasiado superficial e com uma narrativa muito rápida. Olhando para o conto anterior que li da autora e comparando-o com este, senti aqui falta de qualquer coisa que revele a verdadeira essência do trabalho da escritora.
É uma leitura que aconselho, principalmente para quebrar com alguma monotonia causada pelas leituras mais densas e complexas.
Já estava com saudades de pegar nesta rubrica. Ainda só tinha feito uma, mas desde logo que comecei a pensar no/a autor/a para a seguinte e o nome da Sveva foi aquele que surgiu imediatamente na minha cabeça.
Quem é Sveva Casati Modignani?
Sveva Casati Modignani é o pseudónimo de uma escritora italiana que é conhecida pelas suas narrativas envolventes onde se destacam as personagens femininas. Apesar de o género feminino ser o escolhido para assumir o protagonismo, já houve um livro em que ofereceu esse protagonismo a um homem (livro Mister Gregory).
Como é que se iniciou o contacto com esta autora?
Descobri esta autora por acaso. Tinha 17 anos quando, nas férias de Verão, fui até à biblioteca abastecer-me de livros para ler. Cruzei-me com os livros da autora e decidi pegar no livro A cor da paixão. Trouxe o livro para casa, li e posso dizer que foi amor à primeira leitura. Depois deste livro, não descansei enquanto não li todos os livros que a biblioteca tinha dela.
Qual é a minha experiência com a leitura dos livros da Sveva Casati Modignani?
Dos 18 livros até agora publicados em Portugal já li 11. O número de livros publicados irá aumentar já no próximo mês com a publicação de um novo livro.
Aquilo que me apaixona nos livros desta autora é a forma como ela constrói a personagem protagonista e todo o enredo em torno da mesma. Facilmente nos cruzamos com romances apaixonantes, mistérios que nos fazem devorar páginas umas atrás das outras e narrativas coesas que nos mantêm presas às histórias.
O meu livro preferido até ao momento da autora é Lição de tango. Não tenho opinião aqui no blog, uma vez que foi uma leitura anterior à criação do mesmo. Este livro cativou-me essencialmente pela forma inteligente e emotiva da construção da narrativa. Não posso ir muito mais longe do que isto, pois teria de entrar em pormenores que são verdadeiros spoilers do livro. Um dia pretendo reler este livro apenas para avivar a minha memória acerca das personagens e das reações das mesmas.
Sem qualquer ordem pré-definida, os livros que já li foram:
A Siciliana
Uma chuva de diamantes
O esplendor da vida
Lição de tango
Baunilha e Chocolate
6 de Abril de '96
Qualquer coisa de bom
A cor da paixão
Feminino Singular
O jogo da verdade
Um dia naquele Inverno
Não me recordo de todas as histórias. A autora também tem daquelas mais superficiais que não me marcaram o suficiente para permanecerem na minha memória. Contudo, desta lista e para além do livro Lição de tango destaco como meus preferidos A Siciliana(opinião), Uma chuva de diamantes, A cor da paixão e Um dia naquele inverno (opinião).
Ainda me falta ler...
Desesperadamente Giula
O Barão
A Viela da duquesa
Mister Gregory
O diabo e a gemada
A família Sogliano
A vinha do Anjo
Ainda tenho aqui uma boa listinha de livros desta autora para seres descobertos...
Há alguma coisa que gostariam ainda de saber acerca da minha experiência com esta autora?
E vocês? Já leram algum livro? Qual é a vossa opinião acerca de Sveva Casati Modignani?
Setembro trouxe consigo muitas novidades literárias, entre elas a decisão da coolbooks passar a publicar os livros por eles acolhidos em papel.
Fiquei contente com esta decisão, mas feliz fiquei quando soube que A sombra de um passado da autora Carina Rosa, que já tinha sido editado em ebook, iria ter a sua versão impressa.
Aqui está ele :)
O livro está muito bonito e um tamanho de letra excelente para uma boa leitura sem causar cansaço.
E depois temos a história, que mais dizer dela. A mim tocou-me muito e será sempre um livro pelo qual terei um enorme carinho, uma vez que foi o primeiro livro da autora que betei e, com este contacto nasceu uma amizade.
Eu quero muito que leiam este livro. É importante apoiar os nossos autores. Já pensaram, se não formos nós, portugueses, a ler os livros daqueles que escrevem propositadamente para nós quem os irá ler? Será que os nossos autores não merecem ver o trabalho deles reconhecido?
Na minha opinião, devíamos dar mais valor ao que é nosso e saber valorizar o trabalho dos autores portugueses.
A Carina faz um trabalho notável. É uma escritora muito humilde que "bebe" todas as nossas sugestões. Nem sempre concordamos com tudo, mas mantemos uma discussão saudável dos acontecimentos e chegamos sempre a bom porto.
Respeito o trabalho e a perseverança dela.
E vá, estamos à espera de mais trabalhos.
Podem ver a minha opinião ao livro aqui e uma playlista de músicas que eu associo a esta história aqui. Se tiverem vontade podem ler as duas entrevistas que a autora muito gentilmente respondeu para o blog aqui e aqui.
E agora, o mais importa: onde podem comprar? Fácil, através do site da wook. Aproveitem que está com 10% de desconto.
Quem diria que eu ia chegar aos cinco anos do blog? Mas é verdade, hoje o blog faz anos e está quase uma criança em idade escolar.
Muitas coisas boas este espaço me trouxe. Através dele tive e tenho oportunidade de contactar com pessoas muito interessantes que, com o tempo, se foram tornando mias amigas.
Já tive oportunidade de conhecer pessoalmente algumas pessoas através do blog e foi uma boa experiência. A grande questão: tenho outras tantas pessoas que gostaria de conhecer em carne e osso!!
Tenho de agradecer muito, muito a todos e todas aquelas que por aqui passam e deixam a sua "voz" aqui expressa e que têm paciência para ir lendo os posts e me ir aturando.
Agradeço também aos escritores e às editoras que vão contribuindo para que enriqueça as minhas leituras.
As felicitações são essencialmente para vocês que por aqui passam.
O meu enorme agradecimento. Estou grata a todos vocês.
Fiquei fã de Marc Levy assim que li o livro O primeiro dia. Foi a minha estreia com o autor e nasceu aí a minha curiosidade para com as suas obras.
À medida que vou lendo os seus livros cada vez mais sinto que o autor tem uma forma muito característica de escrever e de nos dar a conhecer as suas histórias. Por essa mesma razão, penso que é um daqueles escritores que, dadas as suas particularidades, pode não agradar à grande maioria das pessoas.
O ladrão de sombras é um livro narrado na primeira pessoa por um menino com um dom especial: roubar as sombras das pessoas que se cruzam no seu caminho.
Na minha humilde interpretação penso que tudo aquilo que envolve esta personagem é simbólico. Este ladrão de sombras, do qual nunca chegamos a saber o nome, é uma representação daquilo que devia ser o ser humano: alguém sensível, empático, atento aos outros, bondoso e claro, com os defeitos que nos tornam humanos. Assim, tendo em conta a mensagem que este livro nos oferece, todos nós devíamos ser capazes de "roubar" as sombras dos outros de forma a entrar no mundo mais interior e, assim, ajudar a mitigar as suas tristezas. Eu sei, é algo difícil... Há sombras difíceis de "roubar", e o nosso ladrão também o reconhece.
É assim que o nosso ladrão se vai mostrando e crescendo. Com o avançar das páginas ficamos a conhecer um jovem adulto com responsabilidades e defeitos mas com uma sensibilidade e bondade fora de série.
A forma como Levy encaixa as palavras é deliciosa. Com uma escrita simples e bastante cuidada, o escritor vai convidando o leitor a refletir sobre o natureza humana e sobre os acontecimentos que nos vão sendo apresentados ao longo do livro. Só não lhe dei 5 estrelas por dois motivos: 1) pelo final que, apesar de muito bonito, me deixou em eterno estado de frustração (porque é que acabaste esta história assim, Levy) - eu queria mais, muito mais; e, 2) é um spoiler e não quero revelar para não estragar a leitura a quem não o leu - foi uma pequena ponta solta que não foi agarrada pelo escritor e que fazia aqui alguma falta.
É um livro onde a amizade, as perdas, as diferentes formas de amor, o respeito pelo outro e sensibilidade se entrelaçam de uma forma muito especial e que marcaram. Um livro para permanecer no coração e para ser relido em diferentes etapas da vida.
Na semana passada iniciei um curso sobre coaching. Já há algum tempo que andava interessada na temática e surgiu a oportunidade de fazer um online e de forma gratuita.
Até ao momento já fiz três módulos e estou a gostar, apesar de ainda me ser muito complicado integrar alguma informação.
O coaching é fortemente influenciado pela psicologia positiva e como continuo numa fase mais negra estou com algumas dificuldades em integrar na minha cabeça esta perspetiva.
Uma das atividades do curso é elaborar um diário pessoas com algumas reflexões. No final de cada módulo, deixam-nos algumas questões para refletirmos e escrevermos sobre elas. Assim, decidi enquadrar nas publicações do blog.
Estão à vontade para responder também.
Relativamente ao módulo 1 foram estas as questões:
O que é para ti a felicidade?
Pensa em ti, estás a passar por alguma crise, necessidade de mudança ou melhorar algo na tua vida?
No momento em que tens de tomar decisões, lutas ou foges?
Para mim, felicidade é uma sensação de bem-estar pleno em todas as áreas da tua vida. É sentires que pertences ao um lugar onde tenhas pessoas com quem possas partilhar momentos e situações.
Para além disso, felicidade é quando te sentes intrinsecamente bem contigo próprio(a), onde aprecies a tua própria companhia.
Penso que a felicidade é algo tão complexo que é complicado atingi-la de forma plena. Parece que haverá sempre alguma coisa que constituirá um entrave a essa plenitude.
Em muitos textos que lemos somos confrontados que a felicidade é o prazer com as pequenas coisas da vida. Contudo, muitas vezes me questiono: até que ponto é que elas são suficientes para preencher os vazios que outros elementos causam em ti próprio(a)?
Neste momento ando mesmo à procura dela. Parece-me que ela fugiu e se escondeu muito bem em alguma esquina da minha vida. Acho-a perita em esconder-se de mim, porque no momento em que parece que a estou quase a agarrar ela escorrega das minhas mãos como pequenos grãos de areia.
Neste preciso momento, aquilo que mais me angustia e mesmo esta necessidade de mudança e o melhorar algumas áreas da minha vida. O avançar da idade, a estagnação, o não alcançar de determinadas coisas que me fazem falta no sentido de manter a minha sanidade mental estão a dar cabo da minha resiliência e da minha capacidade de lutar. Sinto-me emocionalmente mais frágil, com menos motivação e farta de remar contra uma maré que teima em me empurrar constantemente para trás. Não está a ser nada fácil... Desde há cerca de 2/3 anos que as coisas teimam em não se manifestar de forma positiva. Não, não é tudo mau... Pelo meio há pequenas luzes de esperança que se vão mantendo a brilhar. São muito ténues, mas estão lá, só gostava que elas brilhassem mais e me invadissem de bem estar e realização.
Tomar decisões é, para mim, das coisas mais complicadas. Sou daquelas pessoas que pensa em prós, contras e coisas que tais. Não costumo fugir, fugir, mas reconheço que nem sempre dou luta (ou pelo menos a luta que merecia).
Acima de tudo falta-me assertividade, confiança e auto-estima para enfrentar as questões mais pessoais.