Estes foram os livros que chegaram aqui a casa no último mês do ano.
Empréstimo
Este foi mais um livro enviado no âmbito do projeto "Empréstimo Surpresa". Já o li e podem ver a opinião aqui.
Oferta Editora
Este livro foi mais uma generosa oferta da Topseller.
Presente de Natal
A Catarina do blog Serão no sofá, minha antiga parceira nas maratonas Viagens (In)esperadas enviou-me uma caixinha cheia de coisas bonitas, incluindo este livro. Obrigada, Catarina.
Passatempo
Este mês ganhei um passatempo no blog da Tita, O prazer das coisas. Este foi o livrinho que me calhou em sorte.
Oferta autora
A Carina Rosa é uma autora por quem tenho um grande carinho. Dado que fiz beta reading deste livro, ela, muito gentilmente, ofereceu-me este exemplar.
Tão veloz como o desejo é o segundo livro que leio da autora Laura Esquivel. Esta segunda experiência foi mais positiva do que a anterior. Apesar de não ter amado o livro, esta leitura conseguiu ser agradável e me deixar curiosa em relação aos acontecimentos.
É uma estória de leitura relativamente simples, porém está carregada de diferentes emoções.
Quanto à forma que a autora escolheu para nos contar os factos, posso dizer que foi relativamente confuso. Há partes da estória que são narradas na primeira pessoa e outras na terceira pessoa. Esta mudança confere um andamento narrativo mais lento porque eu senti que o ritmo de leitura quebra. Aparentemente parece dar algum dinamismo mas a mim causou-me alguma confusão.
Gostei de todas as personagens e da forma como a comunicação assume um papel importante nas dinâmicas que se vão criando entre elas. Destaco, também, a forma como comunicam. Por vezes a comunicação não verbal assume uma importância muito importante e aqui eu senti isso. Apesar de Júbilo ter um grande domínio da palavra escrita, são as suas atitudes e comportamentos que nos revelam imenso daquilo que ele é enquanto pessoa e naquilo que construiu. Achei que era um homem muito sensível ao mundo e a tudo aquilo que o rodeia. Um homem eternamente apaixonado pela sua Lucha, uma mulher que gostei de conhecer e com quem sofri todas as suas angústias.
Aquilo que apenas me faltou foi uma maior dinamismo da história. Precisava de uma narrativa mais intensa e com uma escrita mais cativante (por vezes achei a escrita um pouco aborrecida). Penso que para quem nunca se estreou com esta autora, este é um bom livro para um primeiro contacto.
Já andava há muito tempo para ver este filme. Há uns anos apaixonei-me pela banda sonora e, desde aí, que o bichinho da curiosidade para o ver se foi adensando.
Infelizmente acho que criei demasiadas expetativas. Esperava gostar mais, esperava sentir qualquer coisa de diferente (acho que ia à procura das mesmas emoções que as músicas que compõem a banda sonora me provocam),
O filme conta-nos a estória de uma jovem que, ao chegar à maioridade, decide voar saindo da casa do pai. Nunca conheceu o mundo, viveu muito isolada e é atirada para um mundo totalmente desconhecido.
Gostei muito desta premissa, gostei da forma como o desenrolar da vida de Amélie nos deixa a pensar sobre alguns aspetos da nossa vida. Acho que essas lições são bastante interessantes e deixam-nos a pensar. No meu caso em particular pensei muito sobre o medo e a forma como ele nos limita. Quantas coisas deixamos de fazer com medo? Quantas vezes evitamos as pessoas por medo? Quantas vezes deixamos de viver por medo?
Penso que o Pintor foi muito importante em mandar a Amélie para a vida. Ofereceu-nos palavras muito sábias.
No geral é um filme que se vê de forma agradável, com cenários bonitos e uma banda sonora que encaixa perfeitamente.
Há umas semanas, andava eu aqui em modo passeio pela blogoesfera quando me cruzei com um blog que me encaminhou para o blog de um projeto que chamou a minha atenção.
E assim me deparo com o Cartas Cruzadas, um projeto criado e alimentado pela Mariana e pelas suas doces palavras. Li tudo o que encontrei sobre esta iniciativa, fui acompanhando o outro blog da Mariana (Chá e Girassóis) e fui hesitando entre pedir ou não uma carta.
Eu adoro receber cartas, postais, bilhetinhos... Confesso que das minhas coisas que procuro quando recebo alguma coisa de alguém é a presenta do dito bilhete.
Todos nós nos confrontamos com a frase "uma imagem vale mais do que mil palavras", pessoalmente nem sempre concordo. Eu acredito que as palavras têm muita força. Acredito que, quando usadas com sinceridade e bondade, podem ter efeitos muito positivos nos outros.
A Mariana consegue transmitir isso tudo. Desde já é palpável a sua infinita bondade no tempo que dedica a escrever, à mão, cartas personalizadas para quem as deseja receber. Espalha amor, positividade, boas energias por um sem fim de pessoas... Tudo o que ela faz é muito altruísta e inspirador.
Eu deixei-me inspirar por ela e decidi pedir a minha carta. Foi tão bom receber este postalzinho na semana passada. Adorei ler as palavras da Mariana, adorei o saquinho de chá que me enviou (e que vou beber no primeiro dia do ano - uma espécie de ritual de boas energias) e é notável o cuidado que ela tem quando prepara algo para enviar.
Obrigada, Mariana! Desejo-te tudo de bom e de bem que a vida te pode oferecer.
Quero acreditar que, no Natal, há uma espécie de magia que se solta de um lugar desconhecido. Uma magia capaz de aquecer os nossos corações, de tornar o amor e amizade eternos, de nos fazer sorrir, de nos de secar as lágrimas, de nos fazer acreditar que as coisas boas podem estar aí ao virar da esquina.
A todos aqueles que perdem um pouco do seu tempo para "me lerem", comentar, sugerir ou simplesmente que gostam de passar por aqui desejo um Natal repleto de luz. Daquela luz que aquece a alma e a torna mais brilhante.
Espero que consigam sentir a magia e se deixem invadir por ela.
Ler Dorothy Koomson é como voltar aqueles locais onde já fomos felizes e nos deixam sempre uma sensação de alegria interior que é impossível colocar em palavras.
Já desde os inícios do ano passado que não pegava em nada da autora, apesar de ter na estante três livros dela a chamar por mim. Escolhi este, dado que foi uma prenda de aniversário especial.
Os muitos nomes do amor é um livro que nos fala de recomeços, de análise interior, de famílias, de vida e de morte, de mudanças... Todos estes aspetos são sentidos na pela da nossa protagonista: Clemency.
Dorothy nunca desilude no que toca à construção da personalidade e dos mudos interiores das personagens. Aos meus olhos consegue torná-las tridimensionais e humanas. Para além disso, consigo sentir que elas existem para além das páginas que compõem o livro.
Quando à narrativa foi aqui que senti algum descontrolo na forma como a autora decidiu encadear os acontecimentos, acabando por nos conduzir a um final pouco satisfatório para mim.
As fotografias servem de mote às viagens ao passado para que possamos construir, tipo puzzle, as partes que compõem a vida de Clemency. É engraçado que eu senti esta reconstrução como um metáfora do mundo interior da Clemency. Ela sempre se sentiu incompleta devido ao facto de ter sido adotada e não conhecer as suas origens biológicas. Penso que a Dorothy consegui passar muito bem os dilemas das personagens envolvidas no processo de adoção. Conseguiu passar as dúvidas, as curiosidades, as incertezas, as lutas internas e os padrões relacionais que se vão construindo e desconstruindo.
Ao longo da narrativa alguns aspetos não foram, na minha opinião, tão bem conseguidos. A (tentativa) de criar um triângulo amoroso só fez com que a estória se arrastasse por um caminho menos interessante e pouco entusiasmante na leitura. Neste triângulo não reconheci a Clemency que conheci nas primeiras páginas. Não consigo percecionar a sua essência, aquilo que a vai movendo ao longo dos seus anos enquanto pessoa adulta.
O final também ficou um pouco aquém daquilo a que a Dorothy no vem habituando. Senti um final desligado, frio, um pouco distante e vazio.
Há personagens de quem ficamos a saber pouco, e outras que sabemos demasiado e que, pessoalmente, acho que deviam saltar fora da estória (sim a do triângulo amoroso).
Queria mais deste final, queria que as coisas fossem resolvidas de forma mais concreta, queria ver a Clemency melhor, com um final mais estável e não tão cheio de reticências que nos deixa a sonhar acordados sobre o que se poderá ter passado.
Apesar destes pequenos pormenores que não me fizeram amar o livro, eu recomendo a todos aqueles que gostam de ler a autora porque o seus ingredientes principais estavam lá.
O ano avança a um ritmo alucinante. Tão alucinante que o Inverno está aí à porta. Com a sua chegava surge, também, a necessidade de fazer mais um lista.
Olhando para as minhas listas anteriores, ainda não consegui eliminar mais nenhuma... Continuam todas incompletas.
A mais recente, de Outono, não correu tão bem como a sua antecessora. Se no Verão fiquei a um livro de completar a lista, no Outono li apenas metade da lista. Porém não é nada que me impeça de fazer mais um lista.
Aqui vão eles:
1. A Coroa de Inverno de Elizabeth Chadwick
2. O meu nome é Leon de Kit de Waal
3. Peónia Vermelha de André Oliveira
4. Maria, vai-te deitar! e outros contos de Lubélia Sousa
5. Romance com o Duque de Tessa Dare
6. Fangirl de Rainbow Rowell
7. Doze semanas para mudar uma vida de Augusto Cury
Antes do ano terminar, a Denise ainda teve tempo de me enviar mais um livrinho para o nosso desafio.
Eis o eleito:
Tão veloz como o desejo
Laura Esquivel
Assim que abri o envelope e vi que tinha sido este o livro escolhido por ela, não fiquei muito animada para a leitura. Já tinha tido outra experiência com a autora e não foi muito positiva.
Entretanto já comecei a ler. Está a ser melhor que o anterior que li, porém tenho uma certa dificuldade em ligar-me ao estilo de escrita da autora.
Nunca tinha visto este filme. Foram muitas as opiniões com que me cruzei antes de me decidir a vê-lo. Acho que não estava preparada para a brutalidade que encontrei. Este filme é bom pela sua capacidade de nos mostrar uma realidade cruel, nua e crua, onde a frieza humana é surreal. Com este filme fiquei a conhecer o limite da minha sensibilidade. Eu conhecia-me como uma pessoa sensível, muito emotiva em relação às pessoas, aos animais, às coisas do mundo em geral... Este filme foi dos piores momentos que tive. Eu sobressalta a cada som de tiro, eu olhava horrorizada para cada pessoa que era morta pelo simples prazer daquele que empunha uma arma. Foi uma experiência tão angustiante que ainda hoje me custa a recordar aspetos do filme.
É um filme muito duro de se ver. Nota-se que tudo foi construído, filmado e encadeado com muito, muito cuidado. A intencionalidade em produzir o filme a preto e branco foi muito bem conseguida. Se queriam passar anda mais horror, pelo menos comigo conseguiram. A banda sonora que envolve as cenas, as expressões faciais, a rudeza e brutalidade dos soldados, a astúcia de Schindler... São aspetos demasiados bem feitos, tão feitos que o horror de saber que aquilo aconteceu me aperta o coração de uma forma impensável.
Às vezes gostava de pensar que aquilo é apenas fixação, que a natureza humana não pode ir tão longe. Mas foi. E de uma forma tão atroz que me pergunto: O que é que passaria na cabeça dos soldados quando a guerra acabou e se deram conta da maldade que fizeram? E será que se deram conta dessa maldade?
É mau demais pensar no ser humano dessa forma.
Acho que este filme devia ser visto pelo maior número de pessoas possíveis. Tudo para que não se esqueçam que todos somos humanos, que todos sofremos e que todos temos direito a condições dignas. Não é a nossa raça, a nossa religião, a nossa identidade sexual que nos define enquanto boas ou más pessoas.
Atualmente têm surgido movimentos extremistas pelo Mundo. Este aspeto assusta-me um bocadinho sempre que penso naquilo que antecedeu a 2ª Guerra Mundial. Adicionando a isto, os constantes ataques terroristas que se têm disseminado, espalhando o terror em diferentes cidades mundiais.
Apesar de Schindler se ter valido de trabalho quase escravo para prosperar no mundo dos negócios, aquilo que ficou foi a vontade que teve em salvar imensas vidas. E, no fim, pareceu-me que apesar da sua ambição, ele era uma boa pessoa. Chorei com o final, chorei com a forma como Schildler se debateu com o exército de forma a proteger aquelas pessoas.
A lista de Schindler é um filme que convida à reflexão. Um filme que nos convida a mergulhar no lado obscuro da natureza humana. Ficará marcado em mim durante imenso tempo. Dado o grande impacto emocional que teve em mim, sinto que tão cedo não o conseguirei rever. Estando consciente de tudo aquilo que senti ao ver este filme, acho que nem nos próximos 10 anos me volto a cruzar com ele.