Amo-a, porque somos parecidos, porque somos dois renegados, dois egoístas da pior espécie. Nenhum de nós se importa com o que possa acontecer ao mundo, desde que nos sintamos sãos e salvos.
Obrigada, a palavra mágica - como lhe chamava quando estava com os seus alunos: mágica porque abria as portas e fechava com delicadeza as que devia fechar -, tinha desaparecido dos lábios das pessoas do mundo civilizado.
Como podem ver, este é um projeto para continuar em 2017. Vamos entrar no terceiro ano de empréstimos surpresa que me tem surpreendido a mim e sei que à Denise também.
Este ano calhou ser eu a enviar o livro que marca a primeira leitura para o desafio deste ano.
O livro que escolhi para enviar em 2017 foi:
Sissi: uma coragem até ao fim foi um das minhas melhores leituras de 2016. É um livro que se insere num género que sei que a Denise, ultimamente, não tem lido muito e, daí o ter enviado.
Um outro motivo passa por querer desafiá-la a ler algo mais denso e que implica um ritmo leitura ligeiramente diferente de outro tipo de livros.
Ansiosa por conhecer a reação da Denise e a sua opinião ao livro.
Parti para esta leitura sem saber muito bem o que ali poderia encontrar. Li a sinopse, mas não fazia ideia da complexidade emocional com que me ia cruzar.
Em O meu nome é Leon conhecemos a estória de um menino de 9 anos, Leon com uma sensibilidade e uma maturidade anormais para a idade, mas talvez sejam normais tendo em conta toda a situação com que ele se vê confrontado com tão poucos anos de vida.
A estória de Leon é triste e tocante. Eu queria mais informação sobre ele e sobre a sua família biológica. Senti-me insatisfeita com a informação que a autora partilhou porque me senti tão próxima deste menino que queria conhecê-lo em todas as suas dimensões. Acho que seria facilmente integrada informação mais pessoal do Leon, eliminando algumas partes que aparecem mais ou menos a partir de metade do livro que não acrescentam muito à narrativa.
Acho que nos defrontamos com uma visão muito crua e realista dos processos de adoção e de acolhimento de crianças. É duro perceber que há crianças que não são desejadas por outros adultos. É duro assistir à frieza dos profissionais sociais que perdem um pouco da sua sensibilidade e inteligência emocional para, simplesmente, se atirarem para processos estruturados e burocráticos. Não são todos assim, felizmente. Porém, no caso deste livro, Leon teve a infelicidade de se cruzar apenas com profissionais pouco inteligentes a nível emocional. Senti que andavam todos um pouco desligados do que realmente interferia no bem estar emocional daquela criança.
A relação que Leon mantém com o seu irmão bebé, Jake, é tão terna que me deixa angustiada quando as coisas começam a correr de outra forma.
Maureen surgirá aqui como uma bóia de salvação emocional. Leon precisa de saber o que é ser cuidado. Precisa de aprender a deixar de ser cuidador e entregar-se aos cuidados de outras pessoas. É nesta mudança de papéis que Maureen se tornou a chave. Uma mulher extremamente sensível e que "abraça" o coração de Leon de uma forma especial. Acho que ela no final não percebeu muito bem uma situação do Leon. Compreendeu algumas coisas, mas não se consegui aperceber da verdadeira essência daquilo que deixava o Leon à beira de uma ataque de nervos.
É daqueles livros que consegue mexer com o meu lado emocional de uma forma extrema e especial. Eu gosto muito de ler este tipo de livros, porém são livros que me absorvem emocionalmente e deixam muito espaço às minhas divagações e reflexões.
Recomendo a este livro a todas as pessoas que gostam de crianças, que trabalham com crianças ou que simplesmente se interessem por saber mais daquilo que está por detrás de uma infância nem sempre muito fácil
Nota: Este livro foi-me cedido pela editora em troca de uma opinião honesta.
O ano de 2017 é ainda um bebé com apenas cinco dias, desta forma acho que esta Tag é adequada à ocasião.
Tenho esta Tag guardada há muito tempo e já não me lembro de onde a retirei nem quais são os seus autores. (Caso seja alguém que está a ler este post seja o autor, poderá deixar isso nos comentários que eu trato de alterar).
No fim, vou adicionar estas resoluções à páginas dos desafios para ver se as consigo cumprir.
1. Um autor que nunca leste e queres ler.
José Saramago
É uma vergonha nunca ter lido nada de um escritor tão importante para a literatura portuguesa. 2017 tem de ser o ano em que me inicio com as suas obras.
2. Um livro que queres muito ler.
Pedaços de ternura
Dorothy Koomson
Esta é outras das minhas autoras preferidas. Este livro já está na minha estante há algum tempo. Como tem sido hábito, todos os anos leio um livro deste autora. Espero que em 2017 cumpra este hábito.
3. Um clássico que queres ler.
Sensibilidade e bom senso
Jane Austen
Depois a minha boa experiência com o livro Orgulho e preconceito tenho muita curiosidade em ler outras obras da autora. Este já ali esta na estante.
4. Um livro que queres reler.
O escultor
Carina Rosa
Li este livro diversas vezes enquanto leitora beta, mas agora quero ter a experiência de o ler em formato físico.
5. Um livro que tens há séculos e queres finalmente ler.
A Bibliotecária de Auschwitz
António G. Iturbe
Já vi tanta palavra positiva em relação a este livro que não posso deixá-lo mais tempo na minha estante.
6. Um livro gigante que queres ter a coragem para ler.
O filho de Thor
Juliet Marillier
É um livro gigante, mas que quero muito ler. A minha experiência com a autora foi positiva. É dos poucos livros de fantasia que me cativa de uma forma completa.
7. Um autor que já leste e queres voltar a ler.
Lesley Pearse
Esta é uma das minhas autoras preferidas. Já há muito tempo que não leio nada dela e é algo que tenho de resolver.
8. Um livro que te ofereceram no Natal e que queres ler.
A guerra não tem rosto de mulher
Svetlana Alexievich
Neste último Natal apenas recebi um livro, mas fiquei muito curiosa para o ler. O tema parece que me vai cativar imenso.
9. Uma série que queres ler, do primeiro ao último livro.
Este ano gostava muito de conseguir ler a Série Victoria Bergmans svaghet. Tenho imensa curiosidade em lê-la.
10. Uma série que já começaste e queres terminar. Queria terminar a Série Asas da Glória de Sarah Sundin. Li apenas o primeiro volume e são apenas mais dois para a terminar.
11. Quantos livros queres ler em 2017?
Eu quero ler, pelo menos, 50 livros. 12. Mais algum objectivo literário que queiras partilhar?
Ler mais autores portugueses dos que nos anos anteriores.
Já não escrevia nada para esta rubrica desde 2014. Ou seja, ela esteve abandonada durante dois anos. Ou por falta de temas para aqui colocar, ou por falta de vontade em escrever sobre as mais diversas coisas do mundo. E então, lá foi ficando adormecida.
Hoje decidi ressuscitá-la para falar de algo que tenho passado a prestar mais atenção: as bandas sonoras que acompanham os filmes.
Não sei se é algo que vocês, normalmente prestam atenção. No meu caso, é algo a que estou bem atenta e, muitas vezes vou ao youtube procurar as ditas músicas.
Dos vários filmes que vi, e tendo em conta a minha pesquisa, Rachel Portman é das compositoras que mais aprecio. É ela a autora de algumas das minhas músicas preferidas que passaram em filmes que eu já vi. Já foi vencedora de um Oscar, em 1996, pela sua banda sonora no filme Emma.
As minhas músicas preferidas desta compositora são:
One day, do filme com o mesmo nome e que foi uma adaptação do livro
The portrait is revealed do filme Belle
No filme Belle é difícil escolher uma única música. Eu gostei de todas, mas este tocou-me em particular. Todas as músicas são obra da responsabilidade da Rachel Portman.
Há músicas que ficam para sempre na nossa memória quando assistimos a determinados filmes.
Comptine d'un autre été de Yann Tiersen do filme O fabuloso destino de Amélie
A banda sonora deste filme é magnífica. Gosto de todas as músicas, mas este em particular é especial. Adoro ouvi-la vezes e vezes sem conta.
Una Mattina de Ludovico Einaudi do filme Intouchables
Este é daqueles filmes que é um verdadeiro murro no estômago. Tem uma mensagem muito forte e esta música é simplesmente bonita, simples e tocante.
Theme from Schildler's list de John Williams do filme a Lista de Schildler
Esta música provoca-me arrepios na pele. Traz com ela toda a intensidade que o filme transparece. É, para mim, uma música triste e cheia de significado. Uma música que, tal como o filme, jamais vou esquecer.
Je vole de Michel Sardou interpretada por Louane Emera no filme A família Bélier
Eu adorei este filme. Adorei-o pela seriedade dos temas que aborda, pelos momentos divertidos que me proporcionou e pelas músicas que foram interpretadas.
E vocês? Têm músicas de filmes que vos tenham marcado? Partilhem comigo, gosto sempre de descobrir novas músicas.
O projeto Empréstimo Surpresa que mantenho com a Denise do blog Quando se abre um livro é dos melhores projetos que já alguma vez criei aqui para o blog. Tem sido uma experiência maravilhosa tentar adivinhar qual o livro que no calha em rifa, como tem sido estimulante criar desafios.
Acho que, acima de tudo, este desafio permite-nos ler outro tipo de livros, bem como poupar algum dinheiro através de empréstimos.
Já lá vão dois anos e achamos que seria importante fazermos um pequeno balanço desta nossa experiência.
Vamos a números...
Livros que enviei: 12 livros
Livros que recebi: 13 livros
Algumas reflexões...
1. Top 3 de desafios criados
O desafio da carta que eu criei para o livro Jardim de Alfazema de Jude Deveraux (aqui);
O acróstico do livro Dias de Ouro de Jude Deveraux (aqui);
O desafio da mão do livro Tudo o que temos cá dentro de Daniel Sampaio (aqui).
2. Top 3 desafios respondidos
Vidas do avesso, do livro Regressar de Catherine McKenzie (aqui)
Exposição, do livro Confesso de Colleen Hoover (aqui)
O desafio do livro A estranha viagem do Senhor Daldry de Marc Levy (aqui)
3. O livro que mais gostei de ler
Foi o primeiro livro que li desta autora e fiquei rendida à sua estória e a sua escrita (já sabes Denise, quero ler mais livros dela ;), fica a dica para as alturas em que te sentires indecisa).
4. O livro que menos gostei de ler
Este foi uma leitura desafiante. Eu não sou fã do género e nunca tinha lido nenhum livro da série. Aliás, este livro figurava na minha lista dos livros que saberia que nunca iria ler. Por outro lado acho que foi uma excelente atitude da Denise, pois surpreendeu-me e obrigou-me a sair da minha zona de conforto.
5. Livro cuja receção nos surpreendeu
Não estava nada à espera de receber este livro. Foi um choque quando o retirei do envelope e vi qual era a autora. Como tinha tido uma experiência anterior com Laura Esquivel menos satisfatória pensei que iria ser um tormento ler este livro. Felizmente acabei por gostar mais do que aquilo que estava à espera.
Para 2017...
Fui eu que dei inicio aos envios deste ano e estou ansiosa por ver o que a Denise acha do livro que lhe enviei.
Espero que este nosso projeto se reflita em mais livros lidos e em novas experiências de leitura.
Espero que a criatividade nunca nos falte para criarmos desafios alucinantes.
Espero continuar a surpreender a Denise e espero que ela me surpreenda também.
A memória era de facto estranha, às vezes parecia agir como um prestigiados, agitava a cartola e dela retirava instantâneos que se julgavam esquecidos para sempre.
Este é o primeiro Top Ten que respondo em 2017. Esta semana, depois de uma pequena alteração ao tema que consta no site, decidi eleger o top 10 de livros que planeei ler no ano passado e acabei por não ler.
Aqui ficam os 10 livros que eu queria ter lido em 2016, mas que pelos mais variado motivos não consegui ler.
Este livro veio ter até mim num passatempo realizado nos primeiros dias do ano de 2016. Foi um livro que me despertou a curiosidade pelo tom engraçado que se avizinhava pela leitura da sinopse e pela reação positiva de uma adolescente a quem emprestei o livro.
Como faltavam poucos dias para terminar 2016 e não queria estar a iniciar uma leitura mais extensa peguei neste livro. O meu entusiasmo e curiosidade foram diminuindo à medida que ia lendo. Fiquei bastante desiludida com o que li e não acho, de todo, que deva ser uma leitura para crianças/jovens imaturos e com pouco sentido de responsabilidade.
O que é que conduziu à minha desilusão?
1. Não consegui ver naqueles comportamentos uma criança do ensino primário com uma idade entre os 8/10 anos. Da experiência que vou tendo e partindo da observação de crianças com esta idade há certo tipo de comportamentos e atitudes que se distanciam em muito de crianças com esta idade que eu conheci.
2. Não achei nada correta a forma como dão início ao livro. Ou seja, usar um diário pessoal para que um profissional de saúde ajude a mudar o seu comportamento. Outro aspeto menos positivo deste início é ser o irmão mais velho a acompanhá-lo em vez de serem os pais.
3. O conteúdo é algo repetitivo. Excesso de maus comportamentos e de atitudes negativas. Uma relação com a aprendizagem e com os testes demasiado negativa. Todos estes aspetos passam uma mensagem pouco positiva para crianças e adolescentes que venham a ler este livro e tenham uma certa tendência para a asneira.
4. Irritou-me a inércia dos pais perante a falta de educação, o desinteresse pela escola e a forma como ele se comportava na relação com os outros.
Este é apenas o primeiro volume. Não sei o conteúdo dos volumes seguintes. Porém não tenho qualquer interesse em ler os restantes livros.