Peónia Vermelha é daqueles livros em que a expressão less is more se aplica na perfeição. Explicando-me melhor, se o livro se tivesse centrado na premissa que origina toda a a narrativa e todos os acontecimentos se desenrolassem de forma consistente e coerente com essa mesma premissa teríamos um livro com um enorme potencial.
Eu esperava bem mais deste livro. Em primeiro, porque a temática que a sinopse nos permite antever é interessante e me despertou curiosidade e, em segundo lugar, porque foi um livro falado na internet e que tinha sido alvo de uma leitura beta.
De entre muitas coisas que me foram desapontando ao longo da leitura, foi a necessidade do autor em misturar tantas temáticas ao ponto de a ideia centrar do elixir da juventude que estava a ser produzido por uma farmacêutica. À medida que vamos lendo, aquilo que eu senti, foi que a mistura de tantas temática ficou aborrecido e iam perdendo o interesse porque o autor não as esgotava em termos estruturais e em termos emocionais.
Relativamente às personagens, senti que a sua caracterização é reduzida e pouco profunda. A dada altura aquilo que me saltou ao olhar foi a futilidade que preenchia a vida de alguns. Para além disso, a forma como o autor foi construindo o mundo em torno delas gerou-me alguma confusão em assimilar o processo de vida de cada um. Penso que o autor deveria limitar as desgraças e as coisas que preenchem o interior das suas personagens. Seria muito mais agradável se elas tivessem, para nós, circunstâncias bem definidas na narrativa e situações de vida boas e más de uma forma mais equilibrada.
No meio de tanta festa, traições, amores e desamores e inseguranças, a situação da farmacêutica acaba por se mostrar pouco. Senti que ficou esbatida e que foi pouco explorada.
Sendo o primeiro livro do autor, desejo que este seja um livro de transição e crescimento. Espero que quando abraçar um novo projeto literário consiga dar-lhe mais consistência e coesão narrativa.
Nota: Este livro foi-me cedido pela editora em troca de uma opinião honesta.
Fangirl era um livro do qual esperava mais devido aos comentários bastante positivos às obras desta autora.
Da minha experiência de leitura com este livro, acho que há determinados assuntos que mereciam ser exploradas de uma forma mais aprofundada e com mais contornos e conflitos (por exemplo: a situação da mãe de Cath e Wren e a saúde do pai das mesmas).
Ao longo da leitura houve momento em que me senti aborrecida. Tal sentimento surgia quando estava a ler partes que, a meu ver, não acrescentam nada à estória e só fazem com que a narrativa se distenda por muitas e muitas páginas que não nos levam a lado nenhum.
Considero que o livro melhorou no último terço. Esta melhoria deve-se a uma intervenção mais ativa de Levi. Esta é a melhor personagem do livro. Traz emoções, leveza e muito dinamismo à narrativa.
Os excertos do Simon Snow e da fan fiction relacionada com esta personagem, que vão pautando grande parte do livro, foram, para mim, um enorme aborrecimento. Acho que foi uma tentativa bastante fracassada da autora em imitar a estória de Harry Potter.
Cath e Wren são irmãs gémeas, desde logo acho que haviam coisas bastante interessantes a serem exploradas, quer a nível relacional e sentimental, que na nova forma de agir da Wren.
Achei o final demasiado vazio. Senti falta de algum fio condutor que interligasse mais os acontecimentos. Senti, também, a falta de alguma conclusão em determinados assuntos.
Dados os conteúdos que são abordados no livro e a forma como os mesmos nos são apresentados, penso que este livro poderá fazer as delicias de pessoas entre os 15 e os 22 anos. Penso que eles se sentiriam mais identificados com as personagens e com todas as implicações que uma entrada na Universidade acarreta do que eu, que já me encontro um pouco afastada destas andanças.
Já há algum tempo que andava com esta ideia (meio maluca talvez) de abrir o espaço a vocês.
O blog é um espaço de partilha. É um espaço ao qual nos afeiçoamos e nos afeiçoamos a quem nos visita (e quem visitamos também). Por isso, achei que fazia algum sentido passar a palavra a quem está desse lado e abrir o espaço a questões.
Normalmente, estou mais habitada a fazer questões do que a responder a elas, mas também sinto muita curiosidade sobre o que me poderão perguntar.
Assim, vou abrir aqui o espaço às vossas questões (podem fazê-lo através do formulário) até dia 17 de fevereiro.
Estão à vontade para fazer uma ou mais questões, é com vocês. Dia 19 de fevereiro saem as respostas.
Maria vai-te deitar! e outros contos é um livro que reúne um conjunto muito diversificado de contos infantis.
É um livro com bastante falhas, até a nível ortográfico, o que acho a leitura desde logo desaconselhável para crianças. Neste sentido, o livro carece de uma revisão profunda de forma a corrigir os erros ortográficos e, em alguns contos, a própria estrutura da narrativa.
Quanto ao conteúdo dos contos, penso que alguns deles não são adequados a crianças muito pequenas. O conteúdo é denso, pouco interessante e de difícil compreensão tendo em conta o desenvolvimento cerebral de crianças entre os 3 e os 6 anos.
Nota: Este livro foi-me cedido pela editora em troca de uma opinião honesta.
Eu costumo ser uma pessoa extremamente controlada nos gastos, mas o mês passado portei-me mal e comprei dois livros (já não comprava nenhum livro para mim desde 2013). Assim, comprei:
Foram os dois em segunda mão. Neles gastei: 21.90€
O primeiro quero lê-lo em breve para depois reler o livro Uma mulher respeitável. O livro A luz entre oceanos foi a curiosidade que me levou ao impulso da compra, só espero que não me desiluda.
Trocas
Durante o mês de janeiro recebi um livro proveniente de uma troca. Parece-me, pelo título, um livro interessante.
Oferta Editora
Graças à simpatia e disponibilidade da CoolBooks vou conseguir dar continuidade à leitura da série escrita pela autora portuguesa Patrícia Morais.
O passado era apenas o passado. Os mortos estavam bem mortos. O luxo indolente dos dias pretéritos desapareceu de vez, nunca mais voltaria. E, com um gesto que significava admiravelmente a maneira como ela entendia portar-se daí por diante, enfiou o braço na asa do cesto e olhou em frente - já que não podia voltar atrás.