Comecei a ver esta série por mero acaso e fiquei fã. Depois de ver o primeiro episódio nunca mais a larguei.
Ministério do tempo é uma série que passa na RTP 1, é baseada num original espanhol (que já fui espreitar e também fiquei com vontade de ver), e que narra viagens no tempo por parte de um grupo de pessoas que têm como missão garantir que a história de Portugal não sofre alterações. Esta patrulha é muito interessante porque reúne pessoas de épocas diferentes e é extremamente divertido ver as reações de cada um as singularidades de cada época.
À patrulha fixa foram-se juntando elementos que dão um colorido especial ao enredo. Quem consegue resistir às enxurradas de palavras bonitas de Camões? Ou às suas aventuras com Fernando Pessoa (coitado, acaba por ser arrastado para momentos e épocas muito longe da sua personalidade).
Depois é ver Afonso, na sua retidão se soldado quem vem de 1569 a desembaraçar-se com uma simples torneira. No fundo, esta série reúne acontecimento históricos, personagens que nos são familiares, personagens que dão o toque especial ao enredo, suspense e claro uma maravilhosa pincelada de diversão.
Fazendo uma retrospetiva pelos diferentes episódios, posso dizer que nem todos nos marcam com a mesma intensidade. Senti que uns foram mais interessantes do que outros, podia ser pelo facto histórico abordado, pela forma como o enredo estava construído ou pela forma como os personagens foram conduzidos.
Estou muito ansiosa por ver a segunda temporada e ver como é que vão unir algumas pontas soltas que o fim da primeira temporada deixou. O que será que vai acontecer a Amélia depois daquele seu comportamento com Pachino? E Afonso? Como é que ele vai lidar com uma mulher do século XXI? E claro, Tiago... Que desafios o esperam nesta nova aventura? Também estou curiosa por saber que acontecimentos históricos vão ser abordados e se existirão novos elementos na patrulha.
Quando terminar a 2ª Temporada cá virei dar a minha opinião.
É uma série portuguesa de boa qualidade, interessante, onde pudemos sempre aprender alguma coisa. Por isso, se tiverem oportunidade, vejam e acompanhem.
Abril está a despedir-se o que significa que é altura de apresentar os livros que chegaram cá a casa durante este mês.
Biblioteca
Eu bem tento não trazer tantos livros da biblioteca sempre que lá vou, já que tenho tantos na estante para ler. Porém, é mais forte do que eu e acabo sempre por trazer mais do que aqueles que devia.
Empréstimo
Este mês chegou cá a casa mais um livro gentilmente emprestado pela Denise. É uma leitura que estou a terminar e que está a ser bastante boa.
Trocas
Este mês consegui uma troca bem interessante. Será a minha estreia com a autora. Espero que seja uma boa experiência de leitura.
Oferta Editora
Agradeço à Harper Collins a oportunidade de ler este livro que tem uma das capas mais bonitas da estante. Estou muito, muito curiosa. Será a minha próxima leitura.
O Top 5 desta semana convida-nos a selecionarmos um conjunto de autores dos quais lemos poucos livros, mas que temos intenções de ler mais algumas das suas obras.
Aqui ficam eles.
Célia Loureiro Correia
Apenas li dois livros desta autora e um deles não era a versão definitiva. A forma como esta autora escreve é qualquer coisa de inexplicável. Fiquei rendida, por isso quero ler mais obras suas.
Eça de Queirós
Um autor português que nos oferecer um conjunto de obras que se tornaram grandes clássicos da literatura portuguesa. Infelizmente ainda só li um livro e um conto. A minha professora de matemática do secundário disse que gostou tanto do livro "Os Maias" na altura em que ela estudava que, nas féria de verão do mesmo ano em que os estudou na aula leu todos os livros dele que estavam disponíveis na biblioteca. Segundo ela eram todos bastante bons e não ficou desiludida.
Guillaume Musso
Um autor que descobri graças à Denise do blog Quando se abre um livro. Desde o primeiro livro que ela me emprestou li mais dois e a minha boa impressão sobre a escrita e as estórias do escritor mantêm-se, portanto quero descobrir mais.
Jojo Moyes
Uma autora que descobri por acaso e através dos livros da biblioteca. Já li três livros e apesar de não ter gostado de todos com a mesma intensidade, a curiosidade em conhecer mais narrativas da autora, mantêm-se.
Jodi Picoult
É uma autora conhecida pela profundidade que oferece às suas obras. Pega num tema complexo e desconstrói-o de uma forma arrebatadora. Já li dois livros e, sim, quero ler muitos mais.
O significado deste dia, desde que tomei consciência daquilo que ele significava para nós, me toca de forma particular. Cada vez mais devemos dar valor a esta liberdade e respeitá-la de forma a não deturpá-la.
Para mim, devemos ser livres com responsabilidade, sem prejudicar aqueles que partilham o nosso espaço social. Porém, penso que é algo muitas vezes esquecido. Bem, também o verdadeiro significado de liberdade o é, pois são algumas as pessoas que não lhe dão o devido valor.
Eu valorizo muito a minha liberdade. Valorizo a possibilidade de ler o que eu quiser; poder escrever, sem medo, sobre o que me apetecer (mas sempre dentro dos limites do que é aceitável) e andar na rua sem medo e a poder olhar e admirar cada canto e recanto dos espaços que me acolhem.
Detesto quando usam a liberdade para ofender, gratuitamente os outros. Não gosto quando usam a liberdade para destruir algo que é Nosso. Não consigo compreender quando as pessoas decidem usar da sua liberdade sabendo que vão colocar outros em risco.
Talvez não sejamos livres de forma plena. Esta plenitude está condicionada pelas regras da sociedade, da convivência... Contudo, eu acho-as importantes. Da mesma forma que as rotinas e as regras estruturam a personalidade das crianças, algumas das nossas regras sociais permitem "balizar" o nosso comportamento e a usar a nossa liberdade de forma saudável e protetora para todos.
Acima de tudo, espero que nunca se percam as conquistas de abril (sabendo que, há 43 anos atrás nem tudo foi perfeito e idílico). Espero que, cada um de nós, saiba valorizar cada pedacinho de liberdade que nos foi oferecida. E que, para sempre, possamos gozar desta liberdade, sem prejudicar ninguém.
E esta foi a minha vez de receber mais uma escolha surpresa da Denise.
Aqui está ela:
9 de novembro
Colleen Hoover
Foi uma agradável surpresa quando abri o envelope e vi que era este o livro. Desde o Confesso que fiquei com vontade de ler mais obras da autora. Espero gostar.
Eleanor & Park foi uma agradável surpresa. Comecei a ler sem qualquer tipo de expetativas. A minha experiência anterior com a autora não tinha sido muito boa, portanto parti para a leitura com a mente livre. E, sem querer, fui apanhada numa teia de um amor simples, com muita complexidade à mistura.
O início da leitura não estava a ser nada de especial. Aliás, acabei por ativar as más recordações que restavam do Fangirl e dei por mim a pensar se isto não muda de plano eu desisto de ler esta autora, pois não me consigo deixar cativar pelas palavras dela. Contudo, as coisas mudaram. A minha experiência com a leitura é a verdadeira metáfora da relação entre Eleanor e Park. A minha ligação ao livro e às personagens cresceu à medida que eles se iam conhecendo e me iam dando um bocadinho mais deles. Quando o click entre eles aconteceu eu já estava rendida à capacidade que aqueles jovens tinham de se adaptar às adversidades e à capacidade de olhar no coração um do outro. No fundo, esta experiência de leitura muda com as personagens e com as situações.
É uma estória tão simples, mas muito cheia de significados. A inocência de um primeiro amor, a descoberta de ligações especiais e a sobrevivência a meios agrestes, está impressa em cada passagem do livro que somos convidados a ler. É nesta interligação de situações que residem emoções realistas que passam por momentos de romance, de drama, de amizade, mas sem serem lamechas ou exagerados. Foi fácil para mim ir sentindo aquilo que as personagens viviam e isso deve-se à mestria da autora em nos contar os pormenores que fazem toda a diferença naquilo que unirá Eleanor e Park.
Apesar de ter gostado imenso do livro e de, neste momento, sentir um enorme vazio por ter terminado a leitura e ter ficado com aquele final gravado na minha cabeça, não lhe consigo dar a classificação máxima porque senti que faltou ali qualquer coisa (que ainda não consigo explicar) para me arrebatar completamente.
A estrutura do livro e o rumo da narrativa deixaram-me a pensar que foi tudo propositado de modo a ser dirigido a um público mais jovem. Assim, penso que a autora deixou muito espaço à nossa imaginação e que começa desde logo com a relação entre a Eleanor e o padrasto.
Neste livro é também abordado um assunto que sempre me fez pensar e para o qual ainda não consegui elaborar uma explicação lógica e coerente aos meus olhos. Frequentemente me pergunto como é que uma mãe consegue abdicar do bem estar dos filhos em detrimento de uma relação doentia com um homem? A psicologia dá-me muitas respostas, porém o meu coração e a minha sensibilidade oferecem uma grande resistência na sua aceitação. Daí ter desenvolvido um pequeno ódio em relação a Sabrina (mãe de Eleanor). E é aqui que eu gostava de ver um final mais claro, o que é que de facto aconteceu à Sabrina e à sua família.
Em relação ao final da Eleanor e do Park fez-me todo o sentido. Um amor assim, muito idealizado, muito sofrido, muito sentido enquadra-se na forma como a autora decidiu terminar a estória deles. Talvez não seja do agrado da maioria dos leitores, porém eu considero-o adequado e que torna aquela estória de amor ainda mais especial. Cada momento relatado nas últimas páginas contribui ainda mais para as minhas reflexões e imagens mentais de o que é que aconteceu a seguir. Como é que estarão a Eleanor e o Park na atualidade, passados cerca de 30 anos? Tenho imensa curiosidade e já imaginei uns quantos cenários.
Bem... Esta minha experiência tornou-me bipolar em relação a autora. Tenho de um lado um livro que não gostei e de outro que quase me encheu por completo. Tal situação não me permite elaborar uma opinião sólida em relação à minha experiência com ela. Terá de ser um próximo livro a contribuir para a minha decisão.
Livro físico. Apesar de reconhecer as vantagens dos ebooks e de me ir relacionando bem com eles, o prazer de ler um livro físico é inabalável.
2. Paperback ou hardback?
Paperback. O único motivo é apenas porque são mais fáceis de manusear e não cansam tanto os braços quando falamos de livros mais pesados.
3. Loja online ou loja física?
Loja física. Nunca comprei um livro numa loja online (bem, eu também não compro assim muitos livros).
4. Trilogias ou séries?
Trilogias. Por vezes as séries tornam-se demasiado extensas e acabamos por nos perdermos na imensidão de acontecimentos e personagens. Poderá, também, acontecer que os livros já não venham acrescentar muito.
5. Heróis ou vilões?
Vilões. Um vilão bem construído dá uma tonalidade especial à narrativa.
6. Um livro que queres que toda a gente leia.
A criança que não queria falar de Torey Hayden. Infelizmente nem todas as crianças vivem uma infância feliz e cor-de-rosa. Todos nós devíamos conhecer estes lados mais negros da infância para ajudar a evitá-los.
7. Recomenda um livro subvalorizado
O primeiro dia de Marc Levy. Tem uma classificação de 3.77 no goodreads, mas acho que merecia mais. Reconheço que não é um livro que agrade a toda a gente, mas acho que as pessoas não conseguem ver a qualidade que mora naquelas páginas.
8. O último livro que terminaste de ler?
Soberba Ilusão de Andreia Ferreira (provavelmente, quando esta Tag for publicada será outro)
9. O último livro que compraste?
A luz entre oceanos de M. L. Stedman.
10. A coisa mais esquisita que já usaste como marcador de livros?
Bilhete de autocarro.
11. Livros usados: sim ou não?
Sim, sim e mil vezes sim. Não tenho nada contra livros usados, aliás acho que todos eles devem guardar estórias bem interessantes.
12. Top 3 de Géneros preferidos
Romance contemporâneo, Romance histórico e Policial.
13. Emprestado ou comprado?
Emprestado. Leio muitos livros emprestados e da biblioteca. Não me faz a mínima confusão porque ando a procurar ser menos agarrada às coisas materiais. Se acontecer gostar muito de um livro que li através de empréstimo tento arranjá-lo em segunda mão ou através de uma troca.
14. Personagens ou enredo?
Ambos. Não consigo escolher porque um condiciona o outro e se não existir harmonia entre estes dois elementos o livro acaba por ser menos interessante.
15. Livros longos ou curtos?
Longos. Fazem-me mergulhar mais fundo nos acontecimentos e nas personagens.
16. Capítulos longos ou curtos?
Curtos. É mais fácil para não nos perdermos nos acontecimentos.
17. Nomeia os três primeiros livros de que te lembrares.
A filha da minha melhor amiga de Dorothy Koomson
O grande amor da minha vida de Paullina Simons
O funeral da nossa mãe de Célia Loureiro
18. Livros que te façam rir ou livros que te façam chorar?
Que me façam rir e chorar porque ambas as emoções devem fazer parte das nossas vivências.
19. O mundo real ou mundos fictícios?
Mundo real. Eu e a fantasia não nos entendemos muito bem.
20. Audiobooks: sim ou não?
Não... Facilmente me desligo do que estou a ouvir.
21. Costumas julgar o livro pela capa?
Geralmente não. Aliás, por vezes as capas passam-se ao lado, a não ser claro aqueles que parecem verdadeiras obras de arte ao ponto de as querermos emoldurar.
22. Adaptações para cinema ou adaptações para TV?
Para cinema. Não costumo ver muitas séries, elas ocupam imenso tempo.
23. Um filme ou série que preferiste ao livro?
O véu pintado. Adorei o filme, mas tive algumas dificuldades na leitura do livro.
24. Séries ou livros individuais?
Livros individuais. As séries é sempre uma complicação para quem vive dos livros da biblioteca. Ou não têm os volumes pela ordem correta, ou só têm até determinado volume.... Sem dúvida que os livros individuais são os meus preferidos.
Não consigo explicar porquê, sei que não faz sentido nenhum, mas, quando não nos lembramos do que fizemos, começamos a tentar preencher as lacunas, e passa-nos pela cabeça toda a espécie de coisas horríveis.
Recentemente, decidi aderir a um projeto bastante interessante que fiquei a conhecer aqui na blogosfera: denomina-se A Cultura Mora Aqui e reúne um conjunto diversificado de bloggers e youtubers que todos os meses recebem um tema para desenvolver, ficando ao seu critério participar ou não nesse mês.
Eu apanhei um tema transversal aos meses de março e abril. Contactei a Ju, do blog Cor Sem Fim, o cérebro desta iniciativa, no final de março e comprometi-me a abraçar o tema que estava em curso.
Desta forma, o tema escolhido foram os hobbies. Penso que seja um assunto muito vasto e comum a todos os humanos. Dada a sua vastidão, poderia escrever sobre qualquer coisa. Contudo, decidi fazê-lo acerca da relação entre hobbies e saúde mental.
Normalmente, todos nós encaramos os hobbies como aquelas atividades que, para além de preencher os nossos tempos livres, funcionam como uma alternativa aos empregos, que nos tornam o dia preenchido e cheio de responsabilidades. Assim, gosto de olhar para eles como uma espécie de libertação mental, como se fosse uma aspiração central do nosso meio interior, do nosso pensamento, do nosso consciente e subconsciente.
Geralmente, os hobbies são uma enorme fonte de prazer para quem os pratica. Estes podem passar pela leitura, pelos trabalhos manuais, pelo exercício físico. No fundo, são um conjunto infinito de atividades que fazemos por prazer, que nos proporcionam um enorme bem-estar, que favorecem a nossa autoestima (pois, por norma, sentimo-nos realizados e competentes nos nossos hobbies) e que nos permitem desligar de aspetos negativos, de sentimentos de tristeza, de falta de motivação. Penso que, em muitos casos, os hobbies são uma espécie de antidepressivo natural, que nos ativam de forma positiva e que facilitam a forma como encaramos os desafios mais intensos do nosso dia-a-dia.
Sinto que as preocupações com a saúde mental nos países desenvolvidos têm tendência a aumentar. O estilo de vida intenso, os problemas sociais e a forma como decidimos viver a nossa vida poderão ser elementos que destabilizem o nosso equilíbrio emocional, fragilizando a nossa saúde mental e, consequentemente, conduzindo-nos a determinadas perturbações mentais. Assim, torna-se urgente sensibilizar as populações para estes aspetos e incentivá-las à adoção de atividades de tempos livros que as fortaleçam enquanto pessoas. Em jeito de conclusão, quero destacar que, dado todos os aspetos que mencionei anteriormente, os hobbies poderão ser um fator protetor na manutenção de uma saúde mental sólida, que nos tornam pessoas resilientes e capazes.
Se quiserem fazer parte deste projeto basta falarem com a Ju, através do seguinte email, acma.cultura@gmail.com. O projeto também está presente no facebook, através da página que podem consultar aqui.