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Por detrás das palavras

Divulgação | "Reencontro com o amor" de Melissa Pimentel


Sinopse
Ruby e Ethan eram perfeitos um para o outro…

Dez anos depois de se separar de Ethan, Ruby continua solteira e obcecada com a sua carreira e a vida agitada de Manhattan. Mas com a data do casamento da sua irmã a aproximar-se, Ruby terá de prescindir de uns dias da sua vida ocupada para viajar até Inglaterra.

Contudo, ausentar-se do emprego e dispor de uns dias para uma viagem não é o único problema de Ruby — Piper vai casar-se com o melhor amigo de Ethan, pelo que também este estará presente no evento.

À medida que o grande dia se aproxima, e enquanto ajuda nos preparativos para o casamento, Ruby terá de perceber se a escolha que fez no passado foi a correta. Passada uma década, poderão Ruby e Ethan retomar a sua história de amor?

Uma história apaixonante e muito divertida sobre o amor e o reencontro, que prova que existe sempre uma segunda oportunidade para ser feliz.

****

Eu gosto de romances. Gosto ainda mais quando são sobre amores passados que se reencontram num futuro. Devido a estes factos, este livro é excelente para mim.
Tem uma capa bastante apelativas. A conjugação de cores é bastante bonita e a forma como construíram a imagem tendo em conta a temática do livro ficou muito adequada. 

Espero encontrar um romance leve, divertido e com personagens que nos façam querer saltar para dento daquelas páginas.

Estou curiosa para descobrir o interior deste livro.
E a vocês, que sentimentos vos despertam?

Opinião | "Se isto é um homem" de Primo Levi

Se Isto é um Homem
Classificação: 4 Estrelas

Há muito tempo que a leitura do livro Se isto é um homem era algo que eu queria fazer. Queria muito lê-lo pela temática que aborda (a vida num campo de concentração) e pelo facto de ser um livro onde o autor conta a sua própria experiência.

É um livro duro. Um relato de nos fazer arrepiar, de me deixar sem palavras (que palavras poderão ser usadas para descrever tamanha crueldade?). 
A experiência de leitura é indescritível. À medida que avançamos nas páginas, a dureza das situações começa a entranhar-se na nossa mente e começamos a sentir um pouco do sofrimento daqueles para quem o sofrimento se tornou a "ração" diária, um dado adquirido. 

Sempre que leio livros que abordam a temática do Holocausto, questiono-me acerca do que é que passaria pela cabeça dos muito militares que coordenavam os campos, que recolhiam as pessoas, que espalhavam terror só por existirem. Haveria alguém com um mínimo de humanismo? Terá havido militares piedoso? O que é que lhes passava pela cabeça? 
Sei que deve ter sido grande a lavagem cerebral das SS nazistas, mas como é que possível deixarem morrer sentimentos de compaixão, de empatia nos seus corações?

Não consigo sentir a totalidade do sofrimento de Primo Levi. Consigo imaginá-la, consigo ficar revoltava e fico ainda mais por saber que foi algo que marcou toda a sua vida. 
Estas pessoas que vivenciaram a dureza e a crueldade de um campo de concentração não trazem apenas a tatuagem com o número de identificação do campo. Trazem tatuadas em cada célula do seu corpo os sentimentos mais negros que um ser humano poderá ser convidado a viver.

Este livro deveria ser de leitura obrigatória para que nunca seja esquecido aquilo que o ser humano foi capaz de fazer a outro ser humano.
O Holocausto existiu. Milhares de pessoas morreram e sofreram horrores às mãos de quem se achava capaz de controlar o mundo. As pessoas que viveram durante estes anos irão desaparecer. Cabe-nos não deixar que o assunto morra e que o mundo se esqueça do horror que foram aqueles anos. É preciso lembrar para evitar que tudo aconteça novamente.

Por detrás da tela | "Perseguição Escaldante" (2015)

Classificação: 4/10 Estrelas

Perseguição Escaldante serve apenas para entreter num momento de tédio e, mesmo assim, teremos de nos manter minimamente interessados para não morrer de tédio durante o filme. 
Tem alguma ação e procura fazer um pouco de comédia com situações caricatas e inesperadas. Porém, eu não achei muito cómico. Aliás, em alguns momento considero que o filme foi bem aborrecido. 

A ação que procuraram gerar durante o filme também não foi muito eficaz porque acabava sempre por me levar às mesmas situações. Faltou algo que tornasse o filme inesperado, cativante e que, efetivamente, me prendesse ao ecrã. 

É um filme com uma trama simples: uma agente da polícia que tem de proteger uma testemunha e levá-la até à cidade onde irá decorrer o julgamento. Pelo meio, a agente descobre coisas sobre a sua equipa de polícia que a irão fazer  brilhar. 
Algumas partes cómicas estão relacionadas com ela, uma vez que é um pouco desajeitada. 

É um filme que não vai deixar qualquer marca em mim e tenho a certeza que daqui a uns dias não me vou lembrar de nada.

Palavras Memoráveis


Confissões destas parecem muito mais fáceis no escuro, onde não temos de ver o olhar piedoso na cara de outra pessoa, um olhar de algum modo nos faz sentir pior, ainda que o propósito seja o oposto.
Mary Kubica, Verdade Escondida

Top 5 Wednesday | Livros infantis

Imagem relacionada

Esta semana, o Top 5 Wednesday é uma verdadeira viagem à infância. Assim, teremos de eleger o nosso top de livros infantis. 

A fada Oriana de Sophia de Mello Breyner Andresen
A árvore de Sophia de Mello Breyner Andresen
A Lua de Joana de Maria Teresa Maia Gonzalez
Apenas um desejo de Barbara O'Connor
Os livros da Anita (agora Martina)

A Fada OrianaA ÁrvoreA Lua de JoanaApenas um DesejoResultado de imagem para livros da anita

Sophia de Mello Breyner é a escritora da minha infância. Apesar de terem sido livros de leitura obrigatória na escola eu lia com imenso prazer e, à sua maneira, cada uma das estórias ficou no meu coração. Destaco estes dois livros por ainda hoje me fazerem pensar. 
A lua de Joana é o livro da minha adolescência e a minha primeira leitura compulsiva. Li o livro imensas vezes entre os meus 13 e 15 anos. 
Os livros da Anita foram os primeiros livros que li, assim que aprendi a ler, e os primeiros livros que recebi como prenda de aniversário. Também foram lidos muitas vezes. Tenho apenas dois, num estado um pouco degradado dado a quantidade de uso. São livros fantásticos para quem está no início da sua vida enquanto leitor.
Apenas um desejo já li enquanto adulta, mas traz-nos uma narrativa tão cheia de mensagens e tão profunda que tenho a certeza que se o tivesse lido mais cedo iria gostar igualmente dele.

Por detrás da tela | "Meia noite em Paris" (2011)

Classificação: 6/10 Estrelas

Já há muito tempo que queria assistir ao filme Meia noite em Paris. Fiquei curiosa quando fiquei a saber um bocadinho mais sobre a estória, contudo fiquei um pouco desiludida com o filme. Esperava algo mais dinâmico e intendo do que aquilo que realmente encontrei.

Meia noite em Paris traz-nos a estória de Gil, um homem que escreve guiões para Hollywood, mas que tem a aspiração de escrever e publicar um livro memorável. A viver dias especiais em Paris, na companhia da sua noiva Inez, acaba por viver uma experiência memorável. 

A relação entre e Inez e Gil era estranha. Senti falta de qualquer coisa que me desse a entender uma maior ligação entre eles. Faltava ali um entendimento que acho que devia ter passado. Por outro lado, e tendo em conta a forma como tudo se desenvolver, sou levada a pensar que a forma destes dois lidarem um com o outro era propositada. 

Na minha perspetiva, penso que tudo decorreu de forma muito rápida. Faltou espaço para que algumas coisas no filme evoluíssem e me convencessem. Adorei o que acontecia depois da meia noite, nas ruas de Paris... Mas como é que acabaram de forma tão simplista? Senti falta de mais... 

Por fim, e mais uma vez, o final foi demasiado precipitado. Para que as coisas tenham algum sentido para mim, há que ir preparando o terreno e aqui não foi muito bem preparado. 
Adorei todas as imagens que passaram de Paris, reforçaram ainda mais a minha vontade de querer visitar a cidade.
Fico triste por não conseguir que este filme signifique mais para mim, porque acho que as estórias que servem de base à construção de toda a trama são interessantes e cativantes, contudo faltou-lhes uma certa profundidade que fosse capaz de me fazer vibrar com este filme.

Por detrás da tela | "A proposta" (2009)

Classificação: 7/10 Estrelas


Gosto muito da Sandra Bulock. Posso ir mais longe e escrever que ela é a minha atriz preferida. Acho que ela se encaixa muito bem em filmes com temáticas diferentes. Assim, gosto muito de vê-la num registo mais cómico, como também se enquadra perfeitamente num registo mais dramático.

A proposta é um filme cómico onde, mais uma vez Sandra Bulock brilha no papel de Margaret, com todo o seu ar sério e profissional, ao mesmo tempo que quebra quando na presença Andrew. 
Margaret e Andrew contracenam de forma muito credível o levaram-me muitas vezes ao riso. Estava à espera que a química entre eles transparecesse mais para mim. Senti que eles se encaixavam, mas queria ter sentido mais.

Penso que o final foi um bocadinho apressado, bem como o crescimento da relação entre eles. Na minha opinião faltaram momentos de ligação, ou seja, queria ver mais situações de interação entre eles que me fizesse sentir que eles funcionam como um bom casal. 

Foi um filme divertido, ótimo para descontrair de dias mais cheios. É uma excelente companhia para dias de calor extremo, em que é possível andar na rua, como para dias chuvosos. 

Palavras Memoráveis


Um amor de infância é sagrado, nada nos pode roubar um amor assim. Permanece lá, ancorado ao mais profundo de nós. Assim que uma recordação o liberta, ele vem à superfície, mesmo com as suas assas quebradas.
Marc Levy, O ladrão de sombras


Opinião | "Doces silêncios" de Deborah Smith

Doces Silêncios
Classificação: 5 Estrelas

Doces silêncios marca a minha estreia com os livros da autora Deborah Smith e posso dizer-vos que foi uma excelente leitura de estreia. 
Neste livro a autora consegue interligar dramas familiares, ação, relações, amor e tudo com um leve toque de humor que facilmente nos faz sorrir. 

Ao longo destas páginas acompanhamos a saga de duas famílias. A família de Hush McGillien e a família de Edwina e Al Jacobs. Muito afastas estas duas família, mas o amor entre David, o filho de Hush, e Ellie, a filha de Edwina e Al acaba por aproximá-las. Esta aproximação dá-se uma forma muito divertida e cheia de segredos que ao longo dos anos foram guardados à custa dos doces silêncios.

Adorei a Hush e a sua tenacidade e garra. Ela agarrou o mundo desde muito cedo e mesmo perante grandes adversidades não baixou os braços. A certa altura vê-se obrigada a lidar com Edwina. São mais parecidas do que aquilo que querem admitir e acabam por ser protagonistas de diálogos acutilantes e, ao mesmo tempo, repletos de situações caricatas que me obrigaram a para a leitura para rir à vontade e imaginar estas mulheres num cara a cara que salta das páginas do livro.

Um aspeto curioso quando li a sinopse e comecei a leitura foi que iria desenvolver sentimentos extremos e contraditórios em relação às diferentes personagens. Assim, iria adorar umas por viverem na simplicidade do campo e odiar aquelas que viviam guardadas pelo mundo protegido da política e dos tribunais. Claro, saiu-me completamente ao lado. São personagens tão bem construídas e humanas que conseguimos gostar deles e aceitar os seus defeitos. Não há uma distinção claro entre bons e maus. Aquilo que Deborah Smith tão bem nos apresenta são personagens reais que crescem com as suas qualidades e aprendem com os seus defeitos e dificuldades diárias. É essa dimensão tão realista, concreta e palpável que me fez adorar cada pedacinho desta narrativa apaixonante. 

A única coisa que me deixou ligeiramente aborrecida foi o final. Penso que uma determinada situação era desnecessária e que poderia ser substituída por outro tipo de interações que me fizesse ver mais das personagens e da relação que acabaram por construir. 

É um livro doce, com uma narrativa que vive dos silêncios e das narrativas de vida que decidimos construir à nossa volta. É uma estória de lutas e resiliência, onde o amor, por muitas voltas que se dê acaba por pintar de forma muito especial a vida das personagens que habitam aquelas páginas.

Nota: Este livro foi-me cedido pela editora em troca de uma opinião honesta.
Uma leitura com o apoio da:

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Opinião | "As impertinências do cupido" de Ana Gil Campos

As Impertinências do Cupido
Classificação: 3 Estrelas

As impertinências do cupido é o mais recente trabalho de Ana Gil Campos. 
Li o anterior trabalho da autora, Quando ruiu a ponte sobre o Tamisa, e tinha imensa curiosidade em saber que novo trabalho é que a autora tinha para nós. 

Este é um livro leve que aborda a complexidade das relações amorosas no mundo moderno. Encarei a leitura como uma subtil caricatura à forma como hoje em dias as pessoas se entregam às relações e como decidem relacionar-se com os outros. 
Assim, fui confrontada com apontamentos mais divertidos, com situações de comportamento humano que convidam à reflexão e com a forma como as escolhas condicionam a nossa vida.

O tempo quente está aí e este livro é uma excelente companhia para estes dias e para levar para a praia. O seu tom descontraído e leve faz com que seja possível lê-lo em qualquer lado sem que o barulho de fundo nos atrapalhe. São narrativas tão dinâmicas e simples, que facilmente entramos nas vidas mais ou menos complexas das personagens que habitam outras páginas.

Por fim, não podia deixar de referir que senti evolução na forma de escrever da autora. Apesar da complexidade deste livro não ser elevada, a autora conseguiu ser mais coerente e sequencial no processo de escrita. Desejo que, no futuro, a autora nos ofereça uma estória com mais nós para desatar e com personagens com mais dimensões para descobrir.

Este livro foi-me disponibilizado pela editora em troca de uma opinião sincera.
Uma leitura com o apoio da:
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