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Por detrás das palavras

Outubro | Quem chegou?

Gosto muito do mês de Outubro. Gosto muito da chegada dos dias mais frios, apesar deste ano as coisas estarem ligeiramente trocadas. 
Este mês trouxe algumas coisas boas aqui à minha estante.

Ofertas Editoras
A Síndrome de Peter Pan          Amor às Claras (Hearts in Darkness, #2)
Da editora 4 Estações/ Castor de Papel recebi estes dois livros. Já os li e o primeiro já tem opinião aqui no blog. Para o livro Amor às claras publicarei a opinião nos próximos dias.
Desde já agradeço a amabilidade da editora em disponibilizar dois exemplares para "alimentar" o blog.

Troca
Anna e o Beijo Francês

Consegui este livro através de uma troca. Estou muito curiosa para o ler. Parece-me daqueles livros fofinhos.

Passatempo
Resultado de imagem para como não morrer de fome em Portugal

Este mês ainda houve tempo para ganhar um livro através de um passatempo. Não sei muito bem o que esperar deste livro, mas espero "matar" a minha curiosidade em breve.

Oferta autora

A autora Ana Beatriz Cruz teve a amabilidade de me disponibiliza o seu livro para divulgação e opinião aqui no blog. Muito obrigada.

Prendas de aniversário
Emocionario: Di lo que sientes      Resultado de imagem para revista zen pintura
Outubro é o mês do meu aniversário, então duas amigas muito queridas presentearam-me com dois livros especiais e diferentes. 

Divulgação | Desafio musical


Vi este desafio aqui e achei que poderia ser engraçado para animar este mês de novembro. 
Já há uns tempos fiz um (podem ver as minhas respostas aqui), mas este tem categorias diferentes e também já se passaram três anos. Com certeza que a minha visão musical será outra (ou não). 
É também uma forma de vocês conhecerem um pouco os meus gostos musicas. 
Gostaria de acompanhar as músicas com breves explicações, mas dada a minha falta de tempo serão colocadas apenas as músicas. 
Alguém se junta a mim?

Opinião | "Maresia e Fortuna" de Andreia Ferreira

Maresia e Fortuna
Classificação: 4 Estrelas

Há cerca de um ano atrás aceitei o convite da Andreia para ler este livro enquanto leitora-beta. Estive para não o fazer, mas entretanto as coisas alinharam-se e acabei por recebê-lo. Rever texto é um pouco diferente do que apenas ler. Impliquei com algumas coisas (ou não seria eu, a rainha das implicações e afins) e "trepei" paredes com as descrições de umas partes que compõem o livro (quando é algo que se relaciona com assuntos que, de alguma forma dominamos, torna-se mais complicado olhar para as coisas sem as nossas "lentes" habituais). 

A Andreia é daquelas escritoras com quem é fácil comunicar. Que ouve as sugestões, que as discute e que tem o bom senso de escolher aquelas que lhe fazem sentido enquanto a autora da obra (porque, por vezes, enquanto leitores-beta gostamos de navegar por mares um pouco estranhos e que em nada se aproximam daquilo que os autores pretendem). Por isso, foi muito bom desenvolver este trabalho.

Dado que não li a versão final, andava a dever a leitura e a opinião à Andreia há algum tempo. Maresia e fortuna é um livro que se distancia da temática abordada pela a autora em livros anteriores. Pessoalmente, gosto muito mais desta abordagem narrativa do que a dos soberbas, é apenas um gosto pessoal. Para além de gostar mais da temática, acho que a autora continua a crescer na forma como entrelaça as palavras e os acontecimentos. Sabe gerir melhor os segredos e o suspense, apresenta-nos personagens mais complexas e realistas e constrói um fio condutor credível e que entusiasma a leitura.

Quantos às personagens deste livro não esperem encontrar personagens típicas, ou que obedeçam a um estereótipo comum. São personagens humanas, com as suas qualidades e com os seus defeitos e isso acaba por dar um toque realista às mesma. Aquela que poderá suscitar maior controvérsia é a Júlia. Não é uma personagem fácil de se gostar. Tem uma personalidade particular, uma mente que, metaforicamente, é como um novelo de lã cheio de reviravoltas que é preciso ir desenrolando, pacientemente, de forma a podermos conhecer com alguma clareza a confusão em vive. Eu empatizei com ela. Conseguia colocar-me no lugar dela, apesar de não gostar dela. Vive demasiado egoísmo dentro dela e isso nem sempre é fácil de digerir. 
Eduardo é um adolescente descontraído, divertido e que é de fácil trato. A Vanessa, sobrinha de Júlia, é também uma miúda com quem é fácil simpatizar. É sensata e parece que reprime ali algum extroversão para não ferir a suscetibilidade da tia.
Consegui perceber o mundo obscuro do Simão, porém não consegui compreender a crueldade e estupidez do Luís (talvez seja daquelas pessoas em que a maldade já nasce agarrada ao coração). 
Adelaide é uma mulher simples e que tenta gerir a sua vida familiar da forma como consegue e que acha ser a mais correta. Quem somos nós para julgar as atitudes de uma mãe que acha que está a fazer o melhor que pode e sabe?

O que é que me impede de dar uma maior classificação a este livro? 
1) Penso que seria mais adequado ele ter sido narrado na primeira pessoa. Dado que o objetivo era dar-nos a conhecer a perspetiva das personagens, penso que a primeira pessoa funcionaria melhor.
2) Sinto que falta qualquer coisa à escrita, mas não consigo expressar por palavras esta sensação. É como se faltasse qualquer coisa que tornasse o livro mais emocional, mais expressivo e que criasse em mim aquela vontade de viver ali no meio das personagens.

Eu gostei bastante da forma como todo este enredo se encaixou naquela final. Houve alturas - na primeira leitura pois na segunda já sabia perfeitamente o que iria acontecer - em que pensava que era aquilo que iria acontecer, houve outras em que duvidei. É um final forte e intenso, que me deixou a pensar e a refletir sobre a forma como todas as personagens passariam a lidar com este desfecho. 
Dada a minha decisão de suspender temporariamente ou definitivamente as minhas leituras beta, se este for o último, considero que encerro a minha atividade de forma muito positiva e satisfatória.
Apostem no livro, e deixem de lado os preconceitos em relação aos autores portugueses. Por cá, faz-se tão bom ou melhor trabalho do que no estrangeiro. 

Palavras Memoráveis


O sol cura tudo. Quando o sol aparece, toda a gente sorri. O mundo parece diferente. As pessoas desenrascam-se quando está sol, mas não quando está a chover. É o que o meu pai diz. Por isso é que ele já não mora cá. 
Kit de Waal, O meu nome é Leon

Projeto Conjunto | Empréstimo Surpresa [Os motivos]


O verão passou, o outono chegou, e o nosso ritmo de envio diminuiu um pouco. Porém, um livro da minha estante já voou em direção à estante da Denise. Curiosos por ver o livro que foi escolhido para 
enviar?

Aqui está ele...

A Promessa (Belle #2)
A promessa
Lesley Pearse

Não é segredo para ninguém (claro, para aqueles que me vão acompanhando por aqui), que eu adoro Lesley Pearse. As histórias dela conseguem preencher-me como muitas não conseguem. É uma ligação especial que crio com as personagens e com os enredos que a autora cria.

Dado esta situação, achei que a Denise precisava de uma leitura inspiradora, cheia de recantos amorosos e lágrimas de sentimentos reprimidos. 
Quero que seja uma leitura emotiva, que me mexa com os sentidos da Denise e a deixe sem palavras perante tudo aquilo que vai encontrar neste livro.
No fundo, aquilo que motivou o envio deste livro é oferecer uma boa leitura, cheia de emoções e deixá-la a suspirar pelo Etiénne... E mais não posso dizer... É spoiler!!

Não se esqueças de passar pelo blog Quando se abre um livro para conhecer a reação da Denise. 

Opinião | "A síndrome de Peter Pan" de Eliana G. Pyhn

A Síndrome de Peter Pan
Classificação: 2 Estrelas

Estava com bastante curiosidade para ler este livro. Queria saber mais sobre esta síndrome e conhecê-la de forma mais minuciosa. 

Este livro encontra-se organizado em duas partes que vão alternando ao longo do livro. Temos a descrição da aproximação de um homem e de uma mulher através da internet e uma outra parte onde a autora vai explicando em que consiste a síndrome de Peter Pan e faz a ponte para a relação de Miguel e Virna. 

Gostei bastante de ler a parte em que era explicada a síndrome e o paralelismo que fazia com as personagens e os seus comportamentos. Era bastante informativa e elucidativa. Porém acho que havia uma tendência para idolatrar a Virna e denegrir a imagem de Miguel. Apesar de o Miguel ser apontado como o infantil e ser ele a "levar" com o rótulo da síndrome de Peter Pan, Virna também tem alguns comportamentos infantis e é um tanto ou quanto ingénua para embarcar num relacionamento à distância e tendo em conta as "condições" que Miguel lhe foi apresentando.

Na minha opinião, o livro e toda a narrativa em volta do mesmo ganharia outra dimensão se o relacionamento  não tivesse sido online. Isso seria uma mais valia pois teríamos acesso aos comportamentos em contexto real e permitir-nos-ia conhecer melhor a essência de Miguel e de Virna. 

É uma leitura leve e que, apesar de abordar um aspeto mais técnico não torna a leitura aborrecida. Acho que até poderá ser interessante para quem não é da área da psicologia pois, de uma forma simples, consegue passar algumas mensagens interessantes.

Nota: Este livro foi-me disponibilizado pela editora em troca de uma opinião sincera.

Leitura com o apoio de:

Divulgação | "Todos os caminhos" de Clara Pinto Correia


Todos os caminhos 
Clara Pinto Correia
4 Estações | 300 páginas | 15.21€

Sinopse
Estar sozinha na Califórnia podia ser uma tortura ou uma aventura, e eu sabia perfeitamente que isso só dependia de mim. Não era propriamente a Améria que podia apanhar-me de surpresa depois de lá ter vivido durante tantos anos que chegaram ao ponto de me darem marido e filhos. E muito menos os Americanos, que ainda por cima desta vez eram os mesmos que acabavam de reinstalar o Obama na Casa Branca, sendo que ainda por cima eu, agora, rumando como rumava ao Big Sur, estava perfeitamente consciente de que ia viver num dos sítios mais bonitos do Mundo, procurado incessamente como inspiração por comunidades de artistas que descobriram o sítio nas páginas magistrais e certeiras de Steinbeck, e deixaram na sua senda discípulos tão impressionantes como o Miller e o Kérouac. De qualquer maneira, metia-se pelo meio como autêntica novidade o efeito ambíguo de estar a ver Portugal de longe, e de assim em perspetiva eu começar a seguir a sequência de parvoíces que nos tinham deixado na penúria como se estivesse numa sala de cinema. Na dúvida, não me pus a extrapolar conclusões com ninguém. Nem comigo própria.

Este livro parece ser interessante no sentido em que nos dá a perspetiva de uma portuguesa emigrada na Califórnia.
Não sei o que estas páginas guardam, porém parece-me um livro interessante, com uma premissa capaz de interessar a pessoas portuguesas que estão, ou já estiveram, noutros países.
Espero que apostem nesta autora portuguesa e que gostem do seu livro.

Quem estiver por perto da Fnac Chiado pode ainda participar no lançamento desta obra que decorrerá no próximo dia 24 de Outubro pelas 19 horas.





Opinião | "Uma boa mulher" Jill Alexander Essbaum

Uma Boa Mulher
Classificação: 4 Estrelas

Deste vez decidi partir para a leitura deste livro completamente em branco. Assim que ele me chegou a casa, enviado pela Denise para o nosso projeto do empréstimo conjunto, foi diretamente para a mesinha de cabeceira e aguardou, pacientemente, a sua vez. Não li nada, nem sequer a sinopse. Não fazia ideia do assunto que era retratado no livro.

Uma boa mulher é um livro duro e emocionalmente muito depressivo. Aliás eu senti-me extremamente depressiva no fim desta leitura. Foi muito complicado acompanhar Anna no seu sofrimento silencioso. Acho que ela se sentiu uma mulher bastante vazia e isso passou para o lado de cá. O sexo, qual droga capaz de afagar o ego e camuflar os sentimentos de tristeza que brotam sem razão aparente, foi o escape dela. Não achei correto o comportamento dela, fez-me imensa confusão e, em algumas situações senti mesmo nojo dela. Porém, olhando de forma distante para a situação e pegando numa visão mais profissional consigo perceber o porquê. Se há pessoas que procuram na droga uma qualquer sensação de bem-estar, Anna encontrava-a no sexo essa sensação de bem-estar e de fuga à sua realidade.
Eu comecei a entrar mais profundamente na complexidade do ser de Anna após um acontecimento no livro que me chocou de uma maneira que nem consigo expressar por palavras. Foi muito duro ler aquela passagem.

Um outro aspeto que me atirou para a tristeza foi a forma como a Anna via a Suíça. Conhecer este país pelo olhar da Anna foi duro, triste e me deixou um pouco desiludida. Eu não conheço o país, mas muito daquilo que ouço por parte de pessoas que conheço e que lá vivem é ligeiramente diferente desta personagem. Sim, a Anna estava completamente deprimida e fora do seu "lar" emocional, mas custa imenso ler isto. Apesar de reconhecer veracidade me alguns aspetos (por exemplo: a extrema organização, o ser um país de trabalho, a rigidez das pessoas, dos lugares) sinto que ela nos pintou um quadro tão cinzento, que apenas me deixou triste. Até porque é um país que eu quero imenso conhecer.

Não consigo dar classificação máxima a este livro por dois aspetos: 1) as consultas de psicanálise pouco desenvolvidas; e 2) a necessidade de conhecer mais de Anna e mergulhar mais no seu íntimo. Estes dois aspetos acabam por estar relacionados. Se as consultas fossem mais desenvolvidas, provavelmente conseguiria saber mais de Anna, compreender melhor os fantasmas que assombravam os seus sentimentos.

Este livro tem um final épico. Dos melhores finais que já li. Aliás tive de ler duas vezes para ver se de facto tinha entendido bem.
É uma narrativa muito dura, emocionalmente pesada mas que é uma excelente mensagem de alerta para pessoas que vivem em estados depressivos e que recorrem a métodos complicados para lidar com a sua situação. Devem pedir ajuda, e o profissional deverá ser capaz de ter humildade suficiente para perceber quando já não consegue ajudar mais a pessoa. Anna não teve essa sorte. A psicanlista dela deveria tê-la reencaminhado para alguém com uma abordagem teórica diferente. Anna precisava de soluções e de uma mudança na sua vida e não o estava a conseguir com aquelas sessões.

Eu gostei do livro, apenas mexeu comigo de uma forma estranha. Deixou-me triste, depressiva, mas penso que isso poderá ser positivo. Afinal, o livro consegue passar algo para nós.


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