Há uns anos atrás, eu e a Marta do blog I only have, criamos um desafio para lermos mais autoras portuguesas. Em anos anteriores tive a intenção de dar uma nova vida ao desafio. Foi este ano. Assim, todos os meses quero ler um livro de um autor português. No início de cada mês irei anunciar o autor e o livro que pretendo ler, assim como dar algumas informações acerca desse autor. Se surgir oportunidade de entrevistas, também as farei.
Leituras Sustentáveis
Cada vez mais me preocupo com o ambiente e com a importância de seguir alguns princípios do minimalismo. Desde que descobri as trocas que é algo que faço com alguma frequência. Por vezes, o que acontece é que os livros ficam ali pela estante à espera de vez. Assim este ano desafio-me a ler 12 livros que resultem de trocas.
Vou começar pelos da estante, mas se algum deles acabar por resultar numa troca irei assinalar aqui no desafio.
Um mês...Um conto...
Este desafio é uma forma de me tentar redimir com o fracasso do ano passado. Desta vez, proponho-me a ler, pelo menos, um conto por mês.
Seis por seis
Este é um desafio ajustável às vossas necessidades.
Este desafio consistirá em elegerem seis categorias e ler seis livros dentro das categorias que vocês escolherem. Só será permitido usar um livro para uma única categoria.
Aqui ficam as minhas seis categorias:
Seis clássicos
Seis calhamaços (um livro com mais de 480 páginas)
Seis ebooks
Seis livros da minha estante
Seis livros da biblioteca
Seis livros de novos autores para mim
Relativamente ao desafio do Goodreads, irei colocar como meta os 52 livros. Vou aumentar dois relativamente ao ano passado.
Os meus desafios estão à disposição de quem os quiser levar.
Caso queiram fazer algum destes desafios, deixem nos comentários. Terei imenso gosto em acompanhar o vosso percurso.
E chegamos ao fim de mais um ano. Ficam aqui os últimos livros do ano, que chegaram à minha estante.
Trocas
Este livro chegou-me através de uma troca e veio contribuir para a minha ansiedade relativamente aos livros da autora que se começam a acumular nas estante.
Oferta Editora
Este livro foi-me cedido pela Topseller. É a minha atual leitura e está a ser excelente. Dos melhores livros dentro do género que me passou pelas mãos.
Empréstimo
A minha cunhada também gosta de ler e vai partilhando comigo as suas aquisições. Esta foi uma delas.
Presentes de Natal
Há muito tempo que não recebia livros pelo Natal. Fiquei muito contente com estes presentes.
Quero terminar o ano com uma Tag especial. Por isso, decidi criar uma Tag especial para assinalar a entrada de um novo ano.
Sintam-se à vontade para a levar e responder. Se responderem, deixem-me aqui os links para que eu depois possa ver as vossas respostas.
Relógio | A contagem decrescente aproxima-se. Que livro querias ter lido este ano, mas não conseguiste?
A Filha do Barão
Célia Loureiro
Este foi aquele livro que me deixou mesmo triste por não o ter conseguido ler. Quero reler a continuação, mas só depois de ler este primeiro volume da série. Será no próximo ano, sem falta.
Passas | Adoras por uns, detestadas por outros, são elas que abrem a passagem ao pedido dos desejos.
Que livro queres muito ler no próximo ano?
Ensaio sobre a cegueira
José Saramago
Ando há anos para ler José Saramago. Espero que 2018 seja o ano.
Champanhe | A companhia das passas nos festejos da entrada do novo ano.
Há algum autor que queiras "conhecer" no próximo ano.
José Luís Peixoto
Já tentei ler um livro do autor, mas acho que não o fiz na altura certa. No próximo ano quero fazer uma nova tentativa.
Fogo de artifício| Aos primeiros segundos do novo ano milhares de pontos coloridos iluminam os céus.
Qual o livro mais bonito que leste em 2017? (Pode ser pela edição, pela história, pelas personagens...)
Tempo de dizer adeus
S.D. Robertson
Escolhi um livro pela edição. É uma das capas mais bonitas que já vi. Uma edição muito bem conseguida.
Lingerie | Azul, vermelha, amarela... Tudo depende daquilo que queres atrair para o próximo ano.
Já há muito tempo que queria ver este filme. Houve qualquer coisa no trailer que me despertou a atenção.
A premissa que dá corpo ao filme é muito simples: um pai e uma mãe que optam por um estilo de vida diferente e é nele que decidem educar os seus filhos. Infelizmente, a mão adoece. Abandona o refugiu deles e fica o pai abraços com 6 filhos.
O estilo de vida deles é bastante diferente quando comparamos à sociedade "normal". Há aspetos muito interessantes e que nos deixam a pensar pela positiva, nomeadamente: cultivar o gosto pela leitura e pela música, uma alimentação equilibrada, um grande contacto com a natureza, a prática de exercício físico. Porém, há outros que assustam um pouco pela dureza e frieza que lhes está inerente, designadamente, a caça.
Não quero explorar muito estes aspetos porque são eles que dão ao filme uma tonalidade especial e que nos prende a todo o enredo.
Eu gostei muito das interpretações. Os miúdos mais novos são muito queridos e adotam aquele jeito natural e despreocupado com o mundo. Esta postura dá aso a alguns momentos de humor.
Há também alguns pontos de conflito familiar que são importantes para o desenrolar da história e percebermos melhor as relações que se estabelecem na atualidade e como funcionava aquela família no passado.
Quero destacar aqui um aspeto que achei muito interessante. A dada altura, uma das filhas está a ler um livro e o pai pergunta-lhe o que é que ela está a achar. Há palavras proibidas no que respeita à opinião a dar a um livro. É curioso, porque ele estimula os filhos no sentido de serem críticos e falarem dos sentimentos que os livros lhes provocam.
Refleti muito com este filme. Pensei acerca de métodos de ensino, da forma como a atual sociedade se rege e nos caminhos que estamos a optar por percorrer.
Acho que foi um filme que passou um pouco despercebido. Não vi grande publicidade, nem muito euforia em torno dele. Não se deixem levar por estas subtilezas e atrevam-se a ver. Acho que poderão ter uma agradável surpresa.
O ano está a terminar e está na altura de fazer o balanço relativamente ao meu desempenho nos desafios.
É engraçado ver que apenas cumpri um desafio. Em mim instala-se uma pequena sensação de frustração e de fracasso, mas pode ser que no próximo ano a coisa corra melhor.
Tenho alguns desafios/projetos criados, que partilharei com vocês nos próximos dias.
Quem lê um conto
Um desafio totalmente falhado. Eu queria ler mais contos de forma a explorar novos autores/trabalhos, por isso criei este desafio. O que aconteceu foi que não li um único conto em 2017.
Este foi um desafio que eu resgatei do grupo do Goodreads moderado pela Isa, a Patrícia e a Sara. Defini como meta o nível 1. Fiquei a 5 livros de terminar este desafio. Não considero que foi um mau desempenho. Comparativamente a anos anteriores acho que consegui ler mais livros que estavam na minha estante, numa espera eterna para ser lidos.
Desafio superado. Estou muito contente por ter conseguido ler 16 livros de autores portugueses. Sei que já fiz melhor, mesmo assim fico orgulhosa por ter lido este número. Quero continuar a manter este ritmo "nacional".
Este é um dos desafios não cumpridos que me deixa mais frustrada. Esta frustração advém do facto de ter lido bastantes livros que estiveram perto das 500 páginas.
Outro desafio falhado. Tenho de rentabilizar a quantidade de ebooks que tenho para ler.
Outros desafios literárias...
1. Um autor que nunca leste e queres ler. - José Saramago - Falhado 2. Um livro que queres muito ler. - Pedaços de ternura de Dorothy Koomson - Falhado 3. Um clássico que queres ler. - Sensibilidade e bom senso de Jane Austen - Falhado 4. Um livro que queres reler. - O escultor de Carina Rosa - Falhado 5. Um livro que tens há séculos e queres finalmente ler. - A Bibliotecária de Auschwitz de António G. Iturbe - Falhado 6. Um livro gigante que queres ter a coragem para ler. - O filho de Thor de Juliet Marillier - Falhado 7. Um autor que já leste e queres voltar a ler. - Lesley Pearse - Cumprido 8. Um livro que te ofereceram no Natal e que queres ler. - A guerra não tem rosto de mulher de Svetlana Alexievich - Falhado 9. Uma série que queres ler, do primeiro ao último livro. - Série Victoria Bergmans svaghet. - Falhado
A rapariga corvo
Fome de fogo
As instruções da pitonisa
10. Uma série que já começaste e queres terminar. - Série Asas da Glória de Sarah Sundin. - Falhado
Nas asas da memória
Nas asas do amanhã
11. Quantos livros queres ler em 2017? - 50 livros. - Cumprido 12. Mais algum objectivo literário que queiras partilhar? - Ler mais autores portugueses dos que nos anos anteriores. - Mais ou menos cumprido (O ano passado tinha lido 14 e este ano li 16. Porém, em 2015 li 24 livros de autores nacionais)
O corpo não passa de um pacote para as virtudes no interior. E tu és uma mulher cheia de virtudes. Abnegação, gentileza, compaixão. Tudo aquilo que importa. A juventude e a beleza desvanecem. A decência humana não.
Não parti para esta leitura com grandes expetativas. Olhei para a sinopse, olhei para o tamanho e fiz o meu julgamento. Felizmente, acabei por julgá-lo mal.
Não é um livro para cinco estrelas, porque tem alguns traços de previsibilidade dos acontecimentos. Contudo, consegue manter-nos muito presentes na leitura e é preenchido por muitos momentos de suspense.
Shelley passou por momento extremamente complicados. Sofreu de bullying na escola. Acho que esta parte não foi tão desenvolvida como deveria ter sido. No contexto geral do livro fica um pouco deslocado. Eu cheguei a um ponto da narrativa em que já nem pensava nesta situação. Apesar desta pouca ligação entre os acontecimentos, eu considero que aquilo que está presente na história sobre este tema foi bem conseguida, estava até bem explicada, mas merecia um prolongamento no livro. Foi doloroso ler as agressões a esta miúda. Fez-me lembrar o que se passou com uma menina que acompanhei. Ambas as histórias têm bastante traços em comum. Só divergiram no tipo de agressões e na forma como tudo terminou.
Depois desta fase mais inicial, o livro entra num contexto mais negro onde Shelley e a mãe são postas à prova. É engraçado ver como todos os acontecimentos desta parte do livro mexem com as nossas conceções de bem e de mal, de justiça e de moral. Eu condeno o que elas fizeram, mas talvez não tivessem mesmo outra saída. Fiquei deslumbrada pelo pensamento prático da mãe desta jovem e na forma como ela fez para que tudo batesse o mais certo possível. Como já referi mais atrás, alguns aspetos são bastante previsíveis, mas vamos ficando sempre na expetativa de que aconteça algum diferente e há até momento em que me vi de respiração suspensa só para saber como é que as coisas iam evoluir e como é estas duas mulheres iriam "descalçar" a bota que calçaram.
Recomendo este livro a quem goste de livros de suspense e pautados por acontecimentos que colocam em causa os nossos valores morais e as nossas conceções de bem, de mal e de justiça.