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Por detrás das palavras

Top 5 Wednesday | 5 filmes que não me incomoda rever

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Já há muito tempo que me dedicava a escrever sobre um top. Fui ao Goodreads ver a sugestão para esta semana, mas não me identifiquei com o tema. Por isso decidi lançar um tema novo. Então hoje vou apresentar-vos 5 filmes que já revi ou que não me importo de rever. Ao contrário dos livros (que até ao momento nunca reli nenhum), é frequente rever filmes. 
Venham conhecer a minha lista:
  • Nothing Hill (1999)


Vi este filme pela primeira vez na adolescência. Fiquei logo fã naquela altura. Vi-a num contexto especial e ficou-me na memória. Ao longo destes anos já o revi algumas vezes e as sensações que provoca são sempre boas. Acho que é um dos filmes da minha vida e com uma banda sonora muito bonita.

  • Um dia (2011)

Este é daqueles casos em que gostei tanto do livro como do filme. Sou fã da Emma e do Dexter. O filme ficou muito emocional com as representações deles. Sentia-se um ligação bonita e, acima de tudo, aquilo que sempre me encantou foi a amizade que sempre guardaram dentro deles. Só vi duas vezes, mas já tenho saudades de o rever.

  • Um sonho possível (2009)

A mensagem deste filme é muito forte. Conquistou-me logo nos primeiros e minutos e cheguei ao fim filme completamente envolvida e arrebatada com poder do bom coração do ser humano. Já o revi duas vezes e é um filme do qual nunca me vou cansar. 

  • Véu pintado (2006)
 

Este filme é lindíssimo. Gostei muito mais do filme do que do livro. Fiquei maravilhada com as imagens, com a época em que o filme se desenrola e com a relação entre os dois personagens principais. Este é daqueles que ainda só vi uma vez e ando há imenso tempo com vontade de o rever. A banda sonora é muito bonita e integrar as minhas listas de músicas.

  • Diário da nossa paixão (2004)

Esta é a minha adaptação preferida dos livros de Nicholas Sparks. Já não sei quantas vezes revi o filme, mas é daquelas histórias de amor intemporais que me aquecem o coração. Nunca me irei cansar de ver a forma como uma amor verdadeiro pode tornar uma vida tão especial.

Opinião | "Falta de Provas" Harlan Coben

Falta de Provas

Classificação: 3 estrelas

Penso que as expetativas que tinha relativamente ao autor estragaram um pouco a forma como me relacionei com o livro. A Daniela sempre me falou muito bem de Harlan Coben. Aquilo que ela me transmitia fez-me crer que iria encontrar um livro capaz de preencher os requisitos de uma excelente leitura. E foi com isto em mente que iniciei a leitura.

De uma forma geral eu gostei do livro e da história que nos traz. Porém são sentimentos muito superficiais. Não me senti envolvida pela história, nem me senti muito ligada às personagens. Faltou-me, também, aquela vontade desenfreada de descobrir o que estava por detrás de todos os acontecimento em torno do desaparecimento da adolescente e do que havia sucedido ao Dan. Sentia alguma curiosidade, mas queria senti-la de forma mais intensa. Houve até momento do livro que me aborreceram. Tinha a sensação que as coisas não avançavam de forma interessante. Talvez esta minha sensação estivesse relacionada com a minha falta de ligação às personagens. Não as conseguia sentir reais, quer pela forma como elas iam sendo descritas, quer pelos diálogos pouco expressivos. São personagens que não saltaram das páginas para a minha imaginação.

O final foi surpreendente q.b. Sinceramente já não sabia o que esperar. Fui perdendo o interesse ao longo da leitura por isso não estava expectante relativamente ao final. Contudo, tinha uma certeza, não esperava um final bombástico nem arrebatador. Acabei por encontrar um final congruente com a dinâmica do livro, que não deixou pontas soltas e que respondeu a todas as dúvidas lançadas ao longo do livro. No entanto, ficou longe daqueles finais memoráveis que muitas vezes acompanham este género de livros. 

Pessoal | Um cão idoso e a pouca vontade de passar por aqui


Na semana passada não consegui publicar nada por aqui. Foi uma semana bastante complicada onde me faltou vontade e inspiração até para as tarefas necessárias. Este post é a minha tentativa de me desculpar perante aqueles que me leem e, também, para escrever um pouco sobre a minha experiência com um cão idoso.

O meu cão tem 14 anos, 1 mês e 5 dias. Chegou até mim ainda bebé, portanto faz parte da minha vida tantos anos quantos aqueles que ele tem de vida. Sempre foi um cão ativo, brincalhão e bastante mauzão. Desde há dois anos que começamos a notar algumas diferenças no seu comportamento. Começou a caminhar de forma mais lenta, a dormir mais, a ver e a ouvir mal... Mas ele lá se ia orientando no meio das suas limitações. Até aí ele tinha de ficar preso a correntes, porque atacava as pessoas que entravam aqui em casa. Sempre que possível eu soltava-o e controlava as suas corridas. Desde os primeiros sinais de envelhecimento que ele deixou de estar preso. Anda a solta e já não atacava nem mordia as pessoas como acontecia quando era jovem. 


E assim vivia ele, sempre a solicitar os seus mimos e as suas escapadelas. Até que no fim-de-semana passado me deixou com o coração nas mãos. Nunca tinha presenciado tal situação. Começou por perder o equilíbrio e passou a noite a ganir e a deitar as cadeiras da cozinha ao chão. Via-o completamente desnorteado e com o olhar vazio. Assustei-me e sofri imenso perante a impotência de o colocar melhor. Tentei colocá-lo confortável, acalmá-lo... Ver o estado dele foi horrível e mexeu imenso comigo. 

O que me deixava ainda mais apreensiva era o facto de ser fim-de-semana. Felizmente, consegui um veterinário no domingo de manhã. Ele ficou internado até terça-feira. Inicialmente, o veterinário, pelos sintomas que o meu patudo apresentava, desconfiou que ele tivesse ingerido veneno. Era tudo neurológico. Mais tarde, devido à idade, o diagnóstico passou a ser outro: há a possibilidade de ser epilepsia ou um tumor cerebral. 

Foi algo doloroso ver o meu companheiro de quatro patas regressar a casa. Vinha bastante debilitado, recusava-se a comer e tinha um andar um pouco trôpego. 
Fiquei bastante em baixo com esta situação. Eu sei que é um cão idoso, mas não quero nem lido bem com o sofrimento dele. Tive dias na semana passada em que dormia mal com medo que ele voltasse a ter as mesmas crises. Receei acordar de manhã e de o encontrar morto. A angústia era ainda maior porque ele não se alimentava.

Felizmente, no final da semana, as coisas melhoraram. Ele passou a comer aos poucos e ficar um pouco mais interativo e ativo. 
É um cão que dorme imenso, que deixou de subir escadas, que respira de uma forma mais pesada e que gosta de receber miminhos e de dormir esparramado num sofá ou numa cama. Já não resiste tanto ao banho e tenho uma mobilidade reduzida. Já não consegue saltar para cima das cadeiras como ele gostava, nem para cima da cama. Precisa sempre de uma ajuda humana para conseguir aceder a alguns locais. 

Tudo isto mexeu muito comigo. Foi uma semana em sobressalto. Li pouco, a tese de doutoramento avançou aos soluços e as leituras ficaram num patamar de prioridades ainda mais inferior. Tudo isto ditou o meu afastamento do blog durante a semana passada. Tentarei voltar à regularidade de posts e não deixar este pequeno cantinho ao abandono.

Palavras Memoráveis



Talvez elas tivessem ciúmes de toda esta atenção, ou de eu ter ganho um prémio importante na escola, talvez o facto de ser oficialmente a rapariga mais gorda da turma fizesse com que eu tivesse perdido o direito de ser tratada como um ser humano... Não sei. Não faço a mais pequena ideia. Talvez a crueldade possua uma lógica própria.
Gordon Reece, Presa e Predador

Por detrás da tela | "O Diário da Nossa Paixão"

Classificação: 9 Estrelas

Vi este filme, pela primeira vez, há uma boa década. Na altura chorei, emocionei-me imenso e esta história de amor tão única ficou-me na memória. Após o filme li o livro e o impacto emocional foi na mesma proporção. É dos meus livros preferidos de Nicholas Sparks e é acho que será um filme bom para rever ao longo dos anos.

Este nova visualização já não me emocionou como da primeira vez. Gostei imenso de ver, apaixonei-me pelas personagens e pelo amor que construíram, mas não cheguei às lágrimas. Já sabia ao que ia, tinha plena consciência daquilo que ia encontrar, por isso assimilei tudo com outra descontração.

É filme com uma história de amor muito bonita. As interpretações de Rachel McAdams e de Ryan Gosling são notáveis e conferem uma emotividade tão especial que, aquilo que passa da tela parece muito real.
Os cenários são muito bem escolhidos e a banda sonora é muito sensitiva. 

Muitos daqueles que me leem já devem conhecer esta história do princípio ao fim. Apesar de também eu conhecer bem a história soube-me tão bem rever esta bonita história de amor.

Português no Masculino | Novembro

Estive muito indecisa entre dois escritores para a minha leitura deste novo mês. Para não complicar muito e aproveitar um livro que trouxe da biblioteca escolhi...

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Eça de Queirós

Eu adorei Os Maias, porém desde essa altura nunca mais voltei a pegar em nenhum livro deste autor. De entre as várias opções escolhi o livro A Ilustre Casa de Ramires.
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Tenho consciência de que será uma leitura densa e que me irá ocupar bastante tempo. Porém, será que o meu gosto pelas obras deste autor se irão manter?
Aceitam-se apostas. 

Visões #4 | Ser introvertida num mundo de extrovertidos(as)

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Não é nada fácil ser uma introvertida e viver no meio de pessoas extrovertidas. Geralmente sou incompreendida, apelidada de bicho do mato/buraco e vocabulário semelhante. Ninguém percebe a minha ansiedade perante encontros com imensa gente, com pessoas que, por vezes, nos são distantes.

Não percebem quando digo que gosto de passear sozinha e de visitar as coisas sozinha. Geralmente ouço "Sozinha! E com quem é que comentas se gostaste, ou não gostaste?". Eu respondo que não preciso de comentar com ninguém o que vi. Não preciso de validar a minha impressão com as impressões dos outros. Eu gosto de contemplar, de absorver e interiorizar. Mas quem é que entende isso?

É desta incompreensão que nascem as críticas, os comentários, palavras que magoam o nosso lado mais privado. Para além de gostar de passear sozinha, ou com pouca gente à volta, adoro ficar a ler no silêncio, ver um filme, ficar deitada na cama/sofá de olhos fechados a ouvir música clássica, pop, rock (aquilo que o meu estado de espírito precisar)... Mas isto, para a cabeça de um extrovertido que adora festanças, jantaradas, festas que se prolongam pela noite fora, é algo estranho. E do nada, torno-me numa espécie esquisita que não gosta de estar com pessoas. E ainda o pior na cabeça dessa gente é como é que uma psicóloga pode ser assim. 

Para grande azar meu, vivo rodeada de gente extrovertida. Pessoas que adoram almoços e jantares com muitas pessoas, que não concebem um passeio sem levar uma dúzia de pessoas atrás, que adoram sair e ir a festas cheias de confusão. Portanto, não é fácil a convivência! Quantos os acontecimentos de contornos "mundiais" acontecem fora de casa, ainda vou conseguindo escapar. Quando é cá em casa é mais complicado evitar. Estes acontecimentos esgotam-me as energias, sugam-me a alma, deixam-me super ansiosa acabando por interferir como os meus relógios biológicos e abata-se sobre mim uma imensa tristeza devido ao sentir-me deslocada da situação, ter dificuldades em integrar-me e não conseguir satisfazer a minha necessidade de sossego. 

É claro que este aspeto da minha personalidade também se reflete nas amizades. São poucas e diminuíram ao longo dos últimos anos. Quando o meu ideal de socialização e de vida social passa por partilhá-la com poucas pessoas ao redor, uma ida ao cinema, um pequeno passeio, um almoço ou jantar num local sossegado... Tudo à minha volta se complica e o afastamento dá-se. Já sofri com isso, hoje procuro ser mais serena e valorizar as pessoas que se mantêm na minha vida e que compreendem como eu sou e como lido com as pessoas e a vida.
Eu não fumo, não bebo álcool e não tenho simpatia por discotecas e bares onde não há espaço e silêncio para uma boa conversa. No fundo, mais um conjunto de características que acabam por ser um entrave àquilo que os outros chamam de bom convívio. 

Lidar com tudo isto nem sempre me deixa em paz de espírito. Por vezes, interiormente eu sinto que devia ser diferente, porque não me consigo encaixar nesses mundo mais eufóricos. E esta consciencialização da diferença e de não conseguir alcançar um nível mínimo de compatibilidade com os gostos alheio acaba por me trazer algum sofrimento. Não é que eu não goste de sair de casa e de ver coisa bonitas. Eu gosto, não gosto é o de fazer com qualquer pessoa nem com muita gente. Gosto de ir a um concerto, mas só aqueles que eu acho que vale a pena ir, que sei que vou gostar. 
Outros pensamentos que se atravessam na minha mente, e muitas vezes devido aos maravilhosos comentários, é que estou a trilhar um caminho que me levará à solidão, que vou acabar sozinha e sem ninguém. Bem.. eu gosto de estar comigo própria, como gosto de estar com pessoas que dizem algo, com pessoas com quem gosto de partilhar as minhas palavras. Se um dia vou acabar sem essas pessoas, não sei, mas quem é que garante que um extrovertido não ficará sem as mil e uma pessoas com quem convive? Será que um extrovertido cria o mesmo tipo de laços emocionais que eu crio com as pessoas de quem realmente gosto? É que eu, quando gosto de uma pessoa, gosto de lhe tocar a alma e coração com pequenos gestos, com palavras simples e sinceras. Às pessoas com lugar especial no meu coração gosto de as ajudar, gosto de lhes fazer um postal com uma pequena lembrança no Natal e no aniversário. Quando gosto, dou muito de mim e, por vezes, perco-me nos meandros da indiferença que acaba por ditar um afastamento. E na sequência de várias experiências menos positivas tenho-me tornado uma pessoa menos calorosa, mais fria e mais cautelosa. 

Gostaria de saber se há introvertidos desse lado e se partilham das mesmas angustias. Gostaria de saber como lidam com as situações sociais, como se sentem no meio de desconhecidos e como gerem isso interiormente. Reconhecem vantagens em ser introvertidos(as)? (Eu reconheço algumas e pretendo explorá-las noutro post). Como é, para vocês, ser introvertido(a) no meu meio de extrovertidos(as)?

Palavras Memoráveis


- O tempo é algo que existe de sobra aqui, minha senhora. Não vale a pena fazer as coisas a correr. Isso só nos leva a ter mais tempo nas mãos ao chegarmos ao fim, sem haver nada que possamos fazer com ele.
Chris Carter, O Escultor da Morte

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