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Por detrás das palavras

Opinião | "Uma Noite no Expresso do Oriente" de Veronica Henry

Uma Noite no Expresso do Oriente

Classificação: 4 Estrelas

Assim que terminei este livro a minha vontade era fazer as malas e apanhar o Expresso do Oriente em direção a Veneza. Fiquei encantada com a viagem que as personagens fizeram e para além disso adoro andar de comboio, ou seja, seria uma viagem ideal para mim.

Começando por fazer uma análise mais abrangente do livro, Uma Noite no Expresso do Oriente agrega um conjunto de personagens diversificadas, com diferentes histórias que têm em comum o destino de viagem e o meio de transporte. 
Não é um livro complexo, nem emocionalmente exigente. A escrita é fluída e objetiva, o que se traduziu numa leitura rápida e descontraída.

As histórias de vida que vamos conhecendo ao longo destas páginas remetem-nos para situações de vida comuns a muitas pessoas. E, ao mesmo tempo que vamos conhecendo a suas ações durante a viagem, o seu passado é-nos apresentado de forma a justificar um pouco a presença daquelas pessoas e a importância daquela viagem para elas.
Riley e Sylvie são amigos especiais, que se juntam especificamente para fazer esta viagem de comboio. Apesar de já terem sido muitas as viagens a bordo deste comboio, esta será especial. Gostei de conhecê-los. É uma história de amizade muito bonita e muito altruísta. 
Emmie e Archie trazem um fina camada de humor e amor. É divertido assistir à forma como ambos vão para juntos a esta viagem. Têm um lado divertido e despreocupado, mas quando mergulhamos na sua história de vida, o drama surge e fez-me desejar muito um final feliz para ambos, independentemente da existência ou não de um romance.
Stephanie e Simon são protagonistas daquilo a que eu gosto de apelidar como dramas familiares. Dois adultos, dois adolescentes e necessidades psíquicas e emocionais distintas. Stephanie é a madrasta ("boadrasta") e gostei de ler sobre ela e sobre a forma como ela se integrou na família e sobre o impacto das suas opiniões nos comportamentos de todos. É bom ler sobre famílias reconstituídas onde a madrasta não é diabolizada.
Imogen e Danny são um casal que pretende quebrar preconceitos. Foi o passado deles que mais gostei de conhecer. Admirei o percurso de Danny e a forma como ele tentou evoluir a partir do meio complicado em que cresceu. Senti falta de mais pormenores acerca deles, queria mais momentos de interação e de diálogo. 
A par de todas estas histórias atuais, há uma história passada que envolve Adele, William (avós de Imogen) e Jack. Esta história fez-me devorar páginas só para chegar às páginas onde estava descrita esta história. Senti-me demasiado ligada a estes acontecimentos passados. A autora contou muito bem esta história e muniu-se de elementos narrativos bastante apelativos. 

Esta leitura foi uma surpresa muito agradável. Não esperava gostar tanto quanto gostei. Li algumas opiniões menos favoráveis ao livro, por isso contava com uma leitura satisfatória, mas sem me causar emoções positivas. Felizmente aconteceu o contrário! O livro encantou-me e as histórias aqueceram-me o coração e encheram o meu espírito de positividade. 

Pilha Lusa


Hoje, dia 10 de Junho, assinala-se o Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas. De forma a assinalar este dia decidi partilhar com vocês a pilha de livros de autores nacionais que estão na minha estante ainda por ler. 

1. A Rainha Perfeitíssima, Paula Veiga
Um livro de um género que cada vez mais tem vindo a ganhar a minha simpatia. Ler livros históricos ou de época tem-se tornado um enorme prazer. Tenho algum receio de ler este dado a algumas críticas menos positivas que já li em relação ao mesmo.

2. A Estranha Ordem das Coisas, António Damásio
Recebi este livro o ano passado, no meu aniversário. É um livro de não ficção de um talentoso cientista. 

3. À Espera de Moby Dick, Nuno Amado
A Cláudia do blog/canal A Mulher que Ama Livros partilhou uma opinião extremamente positiva relativamente a este livro. Estou com bastante curiosidade para ver o que estas páginas me reservam.

4. Ensaio Sobre a Cegueira, José Saramago
Ganhei coragem e trouxe um livro de Saramago da biblioteca. Até ao momento li um pequeno conto do escritor e gostei muito. Sempre tive alguns receios em ler este autor e por isso sempre fui protelando as leituras para um depois que nunca mais chegava. Dada a experiência favorável do ano anterior não posso deixar de conhecer outras obras deste escritor português.

5. A Filha do Barão, Célia Correia Loureiro
A escrita da Célia transborda sensibilidade. O que li dela até agora nunca me foi indiferente. Preciso imenso de ler este para fazer uma nova leitura do livro que irei mostrar em seguida. Só ainda não lhe peguei porque ainda não encerrei o capítulo Tese de Doutoramento na minha vida. Quero ter total disponibilidade mental para abraçar este livro, por isso acho que em Agosto chegará a vez dele.

6. Uma Mulher Respeitável, Célia Correia Loureiro
Fui leitora beta deste livro em 2015 se a memória não me está a trair uma partida. Já pouco me resta dele na memória e quero lê-lo novamente para escrever uma opinião consistente. Porém quero ler o seu antecessor, mesmo sendo possível ler este sem o anterior. Nada afetará a vossa compreensão deste livro caso não tenham lido A Filha do Barão, mas desta vez quero obedecer à ordem de publicação.

7. O Ano da Dançarina, Carla M. Soares
Já li três livros da Carla M. Soares. Até ao momento o que menos gostei foi Limões na Madrugada, porém são sempre boas experiências as leituras de livros desta autora. Aliada a histórias bem construídas temos uma escrita simples, cuidada e bonita. Por isso, é uma autora portuguesa que recomendo e que deveria ter mais espaço no mundo virtual que se dedica à leitura de livros. 

Opinião | "Revelação Inesperada" de Andrea Kane (Pete 'Monty' Montgomery #2)

Revelação Inesperada (Pete 'Monty' Montgomery, #2)

Classificação: 2 Estrelas

Este é um daqueles livros (desgraçados) que vem parar à estante e acaba por lá ficar infinitamente à espera de uma oportunidade para ser lido. Isto acontece porque outros mais apelativos se vão cruzando no caminho das leituras.

Desde que adquiri este livro, através de uma promoção da Editorial Presença, que nunca me senti particularmente atraída por ele. Não tenho uma explicação racional para tal facto, mas a verdade é que ele foi ficando por ler porque não sentia uma vontade intensa de me atirar a ele. 
Porém achei que já estava na estante há demasiado tempo e merecia ser lido. Aquilo que acabou por acontecer é que os meus receios em relação ao livro acabaram por se confirmar. 

Revelação Inesperada é um policial e retrata um crime que ficou mal resolvido no passado.
A resolução deste crime deixou-me a pensar durante imenso tempo. Não pensem que foi pela sua complexidade ou por ter aspetos rebuscados e capazes de desafiar a mente mais hiperativa. Isso aconteceu porque identifiquei facilmente quem tinha sido o criminoso. Ora foi algo tão óbvio e com motivações tão claras que durante muito tempo me interroguei acerca da forma como as coisas foram conduzidas no passado ao ponto de não conseguirem resolver um mistério tão básico.

Aquilo que posso partilhar com vocês é que o livro não me surpreendeu, não me deixou em suspense e nem despertou em mim aquela vontade de ler de forma desenfreada só para desvendar o que estava por detrás dos acontecimentos.

Como referi anteriormente, foi um livro com um criminoso e motivações previsíveis. Aliado a esta parte policial é desenvolvido um romance que não foi capaz de me aquecer o coração. Não me emocionou nem me despertou aqueles sentimentos queridos que geralmente surgem em mim quando leio uma boa história de amor.

O final trouxe ligeiros apontamentos de surpresa. Foram estes pequenos apontamentos finais que me permitiram atribuir duas estrelas ao livro. Se não fosses estes aspetos inesperados para mim, facilmente teria atribuído uma estrela a este livro. Com o final da leitura não ficou em mim o interesse em ler outros livros desta escritora.

Por detrás da tela | "Grace of Monaco" (2014)


Classificação: 6/10 Estrelas

Tenho sempre um fascínio especial por histórias em torno das famílias reais, mesmo sendo eu uma defensora da República. Acho que as histórias de Príncipes e Princesas serão sempre alvo de fascínio por ser algo tão distante da realidade dos comuns mortais. 

Grace do Mónaco era atriz. Apaixonou-se e acabou como Princesa do Mónaco. O filme retrata uma fase especialmente difícil da sua vida na década de 60, quando o Mónaco tinha uma relação complicada com a França. 
Para mim, um dos aspetos mais interessantes do filme foi a dualidade de sentimentos da Princesa e as angústias que decorreram das suas escolhas. Por amor, ela virou costas a uma vida independente, a uma carreira de sucesso enquanto atriz e teve de abandonar o seu país e aprender uma nova língua. Da minha perspetiva essas dificuldades e incertezas foram bem apresentadas e foram capazes de me deixar a pensar. 

Adorei os cenários exteriores que surgiam no filme. Fiquei com imensa vontade de conhecer o Mónaco. 

Para além destes aspetos não há mais nada que, para mim, se tenha destacado filme. Não é um filme memorável nem mexe com as nossas sensações ou emoções. É um daqueles filmes bons para uma tarde de fim-de-semana que ajuda a descontrair, permitindo-nos fugir dos nossos próprios problemas. 

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