Hoje quero partilhar com vocês as minhas respostas a uma TAG que vi no blog da Daniela, "A Estante da Daniela".
A TAG foi criada pela Tiffany, uma blogger literária que vive nos EUA e adora o outono.
Ficam aqui as minhas respostas...
"Deixa-me odiar-te" de Anna Premoli é um livro com uma história muito divertida. Apesar do seu tom previsível eu diverti-me imenso a lê-lo. Um dos livros que mais me fez rir e foi uma leitura muito boa do meu verão.
"Raparigas como nós" de Helena Magalhães é um livro que está a apaixonar a comunidade literária portuguesa. Tenho-me cruzado como imensas publicações e opiniões a este livro. Eu ainda não o li.E, se por um lado tenho imensa curiosidade em ler e descobrir esta história, por outro lado tenho receio que ele não preencha todos os meus requisitos de uma boa leitura.
"A minha avó pede desculpa" de Fredrik Backman foi um livro que não me conquistou, mas onde encontrei boas amizades e com apontamentos divertidos.
"Verão em Edenbrooke" de Julianne Donaldsoné romance muito querido. É um livro que mostra que uma bonita história de amor pode ser desenvolvida de uma forma simples, cheia de sentimento e sem necessidade de recorrer a cenas eróticas. Eu fiquei encantada com esta história e pela qual guardo um grande carinho.
"Angels Fall" é um filme baseado no livro "Onde Caem os Anjos" de Nora Roberts. É uma adaptação cinematográfica que está muito fiel ao livro, mas a minha preferência recai sob o livro.
Apesar de a história do filme ser uma cópia perfeito do livro, a forma como a história foi interpretada e os actores que foram escolhidos foram aspetos que não me deixaram convencida.
O filme aborda uma temática muito interessante: o stress pós-traumático.
Reese Gilmore é uma chef de cozinha que sofreu um duro atentando no seu local de trabalho. Esse acontecimento mudou a sua vida e prejudicou a sua saúde mental, passando a sofrer de stress pós-traumático. A história avança muito em função deste problema e passa uma mensagem muito importante relativamente à sintomatologia, a relação com a medicação e ao sofrimento psicológico que condiciona tantas áreas da vida.
É daqueles filmes bons para uma tarde pachorrenta de domingo. Um filme onde há um bom equilíbrio entre drama e descontração. Há drama com romance em doses suficientes para preencher uma tarde onde o nosso cérebro não pede nada de muito exigente.
Já há algum tempo que não pegava num livro de Luanne Rice. Nunca fui muito conquistada pelos livros desta autora. Sempre senti que faltava à história algo que tivesse a capacidade de mexer com as minhas emoções e que, de alguma forma, se tornasse num livro memorável.
Espero por ti este inverno é, até ao momento, o livro da escritora que mais me encantou. A história entrelaça aspetos que me cativaram a atenção. Assim, drama, romance, proteção do ambiente e arte unem-se para criar uma história sobre pessoas, mudança e laços familiares.
Há um conjunto de personagens muito diversificado o que acho ser um ponto extremamente positivo do livro pois possibilita que pessoas de diferentes faixas etárias possam sentir pontos comuns com o livro. Particularmente o grupo de personagens adolescentes tem aqui um papel muito relevante e acho que poderia ser interessante para os leitores desta faixa etária. O primeiro amor, os ideais ambientais, o divórcio, as relações de amizade... são temas que muitas vezes fazem parte do quotidiano de jovens, muitas vezes são geradores de angústias e o livro poderá ser uma boa forma de iniciar um diálogo com adultos e pensar sobre os acontecimentos retratados.
O romance mais maduro entre de Neve fez um bonito contraste com o romance mais inocente da sua filha Mickey. A autora conseguiu mostrar duas faces de possíveis romances que enriqueceram a história e mostrou que o amor poderá ser bonito qualquer que seja a fase da vida e as circunstância em que ele aparece. Mostra, também, que o amor é um forte elo de ligação entre as pessoas e que ele poderá originar coisas muito positivas na vida das pessoas.
Foi fácil para mim compreender e perceber qualquer uma destas personagens. Até Richard, ex-marido de Neve e sempre metido em confusões, tem um lado especial que me fez compreender as suas atitudes. Ele é um exemplo literário de que o querer mudar está dentro de nós e para o qual precisamos de criar espaço e oportunidade para que as coisas mudem. É um exemplo positivo de superação e de reconhecimento dos erros que cometemos na vida.
É um bom romance contemporâneo. Não se passa na atualidade, mas as mensagens de preservação e respeito pela natureza, pela nossa História e pelo amor e respeito que devemos manter pelos outros são sempre temas atuais e pertinentes. Um livro que aborda muitos temas que convidam a reflexão e à discussão saudável.
Tema 6: Escreve uma história romântica baseada no clássico "O Amor, uma cabana… e um frigorífico"
Quem lhe mandou acreditar cegamente nele? Como é que caiu tão facilmente na conversa de que o amor deles era suficiente para enfrentarem as dificuldades da vida?
Estão juntos há cinco anos e, nos últimos dois, gastaram o pouco dinheiro que tinham em tratamentos para engravidar. Por ela, já há muito que tinham parado. Estava assustada por ver as suas poupanças a perderem-se em tratamento sem certeza de eficácia. Estava triste porque percebeu que um casal pode ser feliz sem filhos. Mas ele não partilhava da mesma opinião. Ele queria um filho a toda a força.
– Adotamos? – propôs-lhe ela, num manhã de descrença e farta de o ouvir dissertar sobre a opinião dos outros perante a situações deles.
– Estás louca? – Ele estava possesso. – Não percebes que um filho adotado não faz nós família aos olhos dos meus pais e dos meus amigos? Precisamos de um filho biológico.
Ela sentou-se, apoiou a cabeça nas mãos e disse: – Este assunto está a destruir a nossa relação, está a piorar a nossa qualidade de vida, não percebes? - Ela levanta a cabeça e com os olhos cheios de água e continua, aos gritos: – EU NÃO AGUENTO MAIS! ESTOU CANSADA DOS TRATAMENTOS, CANSADA DE TRABALHAR COMO UMA DOIDA PARA SUPORTAR AS CONTAS, CANSADA DE CONTAR OS TOSTÕES PARA PODERMOS COMER!
Ele paralisou perante a dureza destas palavras. Mas ela não percebia. Como é que ele poderia desistir de ter um filho? Simplesmente não podia deixar margem para comentários dessagráveis relativamente à sua masculinidade.
– Se sentes isso, podemos pensar na alternativa de encontrar alguém que seja nossa barriga de aluguer!
– Não estás mesmo bom dessa cabeça. Para mim, basta. Não dou mais para esse peditório.
Ela levantou-se e dirigiu-se ao quarto que partilhavam. Arrumou as suas coisas e transportou-as para o carro. Antes de descer com a última mala disse-lhe:
– Depois entro em contacto contigo para tratarmos do divórcio. Considera-te livre de fazeres o que bem entenderes. – Virou-se para abrir a porta, mas de repente lembrou-se que ainda tinham mais uma coisa a dizer-lhe. – Ah! Já me esquecia, o frigorífico estragou-se.
Ele olhou para ela e assentiu… Ficou a vê-la a sair e a pensar naquilo que ela sempre representou para ele. E no fim, só uma coisa pairava na sua cabeça: como é que viveria sem ela?
Quando pego em livros de mistério/crime/thriller gosto de me sentir perdida nos meandros de uma história cheia de pontas soltas e muitas dúvidas. Nem todos os escritores conseguem isso. Acho que é preciso uma dose especial de inteligência e perspicácia para transformar uma ideia numa história alucinante que me agarre ao livro com unhas e dentes.
A leitura do livro "Perto de Casa" permitiu-me perceber que Cara Hunter reunia bons qualidades e a tal dose especial de inteligência e perspicácia. "No Escuro" vem solidificar a opinião que eu formulei quando li o seu primeiro livro.
"No Escuro" é um livro inteligente e surpreendente. As minhas ideias andaram muito longe daquilo que a escritora desenvolveu de forma a ligar acontecimentos que, aparentemente, nada têm em comum. Ela confundiu-me, baralhou as minhas ideias e deixou-me rendida ao seu talento especial para criar enredos complexos e entusiasmantes.
O talento de Cara é tão especial que ao mesmo tempo que me conduzia por uma cena de crime onde não havia ponta pode onde lhe pegar, me apresentava o lado dramático da vida da equipa policial que estava responsável pela investigação. A forma humanizada como me apresentou as personagens ofereceu-me uma enorme sensação de realismo. Gosto muito do detetive Adam! Tem inteligência, sensibilidade e drama em doses suficientes para o tornar num homem com que facilmente nos poderíamos cruzar na rua. E isto estende-se a toda a sua equipa: a agente Everett e a sua sensibilidade especial, Gislingham a tentar equilibrar a sua vida pessoal e a ajudar o seu superior a limpar as asneiras em que se mete, Quinn e o seu talento especial para meter a "pata na poça" e Somer a lutar contra a sua auto-estima e a necessidade de se afirmar profissionalmente. Uma equipa muito complexa e muito realista.
Quando a parte criminal, o livro começa com a descoberta de uma jovem e um bebé presos numa cave... Mas acreditem, isto é apenas a ponta de um icebergue enorme e cheio de pequenos icebergues colados a ele. É fenomenal ir descobrindo os pormenores que conduzem a resolução do caso. É engraçado porque dou por mim a querer identificar culpados e, ao mesmo tempo, deleito-me com as maravilhosas artimanhas criadas por Cara.
Tal como no livro anterior senti a preocupação da autora em incluir elementos da sociedade. Este tipo de acontecimentos apaixona a opinião pública, por isso é comum vermos notícias em jornais e na televisão e os "polícias de bancada" sempre prontos a resolver o caso nas redes sociais. Não senti uma presença tão grande destes elementos comparativamente livro anterior, mas a escritora manteve-se fiel ao seu estilo original que tanto me agradou no primeiro livro.
Para quem não leu o primeiro livro, este pode ser lido em separado. A globalidade da compreensão da história não é afetada. A única falta que poderão sentir é relativamente às personagens residentes. Apesar de neste volume a autora ter sido capaz de expor o essencial para que o leitor não se sentisse perdido, há um pequeno pormenor relativamente a Adam que só com a leitura do final do primeiro livro se é capaz de compreender o seu comportamento e as suas atitudes relativamente à sua vida pessoal.
Esta é uma autora que irei acompanhar e recomendo a todos os amantes de livros, em especial àqueles que têm um carinho especial por thrillers, crimes e mistério.
Nota: Este livro foi-me disponibilizado pela editora em troca de uma opinião honesta.
Ainda não tinha partilhado com vocês o balanço da minha participação no Book Bingo "Leituras ao Sol" promovido pela Isa, do blog/canal Jardim de Mil Histórias, e da Tita, do blog/canal O Prazer das Coisas.
Cá está o meu cartão com as categorias preenchidas.
Um livro que se passa no Verão: Desaparecidas, Tess Gerritsen)
Um título que contenha as letras S-O-L: Os Loucos da Rua Mazur,João Pinto Coelho
Um livro do teu género preferido: Em nome do amor, Lesley Pearse
Um livro recomendado por booktuber, blogger, instagramer: Ensaio sobre a Cegueira, José Saramago
Último livro que te ofereceram: A Costureira de Dachau, Mary Chamberlain
Um livro que levarias para a praia: Depois da meia noite, Diana Palmer
Um livro com capa em tons de azul:Deixa-me Odiar-te, Anna Premoli
Um livro de um autor que nunca leste: Pura Malícia, Jill Mansell
Um livro onde já passaste férias: O Ano da Dançarina, Carla M. Soares
Um livro de um autor que gostavas de conhecer: O Menino de Cabul, Khaled Hosseini
Escolhe de olhes fechados um livro da tua estante: Perfume de Jasmim, Jude Deveraux
Pede a uma pessoa que viva contigo para escolher um livro para leres: Como não morrer de forme em Portugal, Lucy Pepper
Um livro que se passe num local onde gostarias de passar férias: Devo-te a Felicidade, Sophie Kinsella
Ficaram 3 categorias por preencher. Contudo, considero que o meu balanço foi positivo e ajudou-me a recuperar de um início de ano com poucas leituras.
Como prometido, repondo à TAG que eu e a Catarina, do blog Sede de Infinito, criamos em 2014 por altura do nosso Book Bingo.
Sol: qual o livro que brilhou mais nesta maratona (livro preferido) - O Ano da Dançarina, Carla M. Soares
Escaldão: qual o livro que te deixou cheia de arrependimentos (livro que menos gostaste) - Os Loucos da Rua Mazur, João Pinto Coelho
Gelado: qual o autor cuja escrita te deliciou - Khaled Hosseini
Bóias: qual o livro que foi custoso de ler mas que conseguiste terminar - Pura Malícia, Jill Mansell
Piscina: Qual foi a leitura leve e refrescante - Deixa-me Odiar-te, Anna Premoli
Picnic: Quais as personagens com as quais gostarias de passar tempo - Devo-te a Felicidade, Sophie Kinsella