É hábito por esta altura do ano responder à Tag dos 50%. Este ano não responderei porque há categorias para as quais não tenho resposta. Comparativamente a anos anteriores, este tem sido um ano de poucas leituras.
Até ao final junho li 18 livros. Tive meses bons onde consegui ler muito, e outros em que o ritmo de leituras abrandou imenso. Março foi dos piores meses, onde só consegui ler um livro.
Há cinco livros que ocuparam o top de melhores leituras. São eles:
💗 "Viver depois de ti" de Jojo Moyes 💗 "Verity" de Colleen Hoover 💗 "O duque da ruína" de Tessa Dare 💗 "Os pássaros" de Célia Loureiro Correia 💗 "Antes de nos encontrarmos" de Maggie O'Farrell
Espero ler um pouco mais na segunda metade do ano.
📚"A filha do barão" de Célia Loureiro Correia 📚"A máquina de fazer espanhóis" de Valter Hugo Mãe 📚"Ensaio sobre a cegueira" de José Saramago 📚"O evangelho segundo Jesus Cristo" de José Saramago 📚 "Uma mulher respeitável" de Célia Loureiro Correia
Em agosto não quero complicar muito a participação no projeto. Então o desafio é partilharem uma sugestão de leitura para o mês das férias.
Não se esqueçam de fazer as vossas partilhas usando a #bandolusitano, ou participando através da página do projeto no Goodreads ou ainda deixando-me a indicação num comentário aqui no blog.
Esta fotografia foi retirada numa viagem a Santiago de Compostela. Tirei-a do lado espanhol, em Santa Tecla, com vista para o Rio Minho e para o lado Português. A vista é lindíssima! E as águas têm um azul que jamais irei esquecer.
Gosto de olhar paisagens bonitas e de guardá-las na memória.
A @danielaa.maciel marcou-me para um desafio complicado: apresentar três factos sobre mim que não sejam relacionados com os livros. Cá vão eles:
💁🏻 Eu, medrosa assumida, já fiz slide e adorei a experiência. Em 2008, estava a fazer um estágio de observação. Nesse estágio acompanhei alguns adolescentes numas atividade de férias. Num dia fomos para uma barragem fazer algumas atividades. Uma dessas atividades era fazer slide atravessando por cima da barragem. Foi magnífico. A paisagem vista de cima e deslizar por cima da água, ofereceram-me uma visão do local que é impossível ter observando-a em solo.
🏊 Não sei nadar e isso é um grande desgosto que tenho. Adorava saber nadar e ir para uma piscina dar umas braçadas. A água relaxa-me imenso e acredito que a natação seria algo que me faria bem.
📌Descobri que gosto de dar aulas. Sou psicóloga clínica e adoro todo o trabalho de acompanhamento psicoterapêutico. O ano passado terminei o doutoramento e desde que iniciei este ciclo de estudos tenho tido oportunidade de dar aulas em mestrados e pós-graduações. Fui para o doutoramento por gostar de investigação, o dar aulas nunca foi algo que me despertasse muito interesse. Agora, depois de já ter tido essa experiência, posso dizer-vos que estava enganada. É estimulante preparar uma aula, é uma enorme aprendizagem criar momentos de discussão em grupo. Tenho aprendido imenso com as pessoas com quem me tenho cruzado.
Não vou desafiar ninguém, mas sintam-se livres para fazerem as vossas partilhas.
Esta é daquelas situações em que devia morder a língua... Mas uma boa mordida! E porquê? Porque eu não percebia o fascínio em torno da séria. Li o primeiro livro e como não foi uma leitura memorável pensei que a série teria o mesmo efeito em mim. Devido à minha experiência de leitura não conseguia perceber o fascínio das pessoas para com a série.
O canal AXN White, há uns meses, começou a exibir a primeira temporada. Na desportiva decidi ver o primeiro episódio e testar os meus preconceitos. O que é certo é o primeiro episódio foi suficiente para me viciar na série. A cada episódio que via, maior era a minha vontade de continuar a ver a série.
Dificilmente haverá alguém desse lado que ainda não tenha visto esta série (geralmente eu sou sempre mais atrasada que a maioria dos comuns mortais), mas para o caso de existir alguém que não conheça passo a explicar, em traços gerais, o cenário global da história. Claire é uma mulher jovem que vive com o seu marido no Reino Unido, no anos 40, logo após o fim da Segunda Guerra Mundial. Numa espécie de lua de mel / pesquisa história, Claire e o marido viajam até à Escócia. E, sem algo que o explique, Claire viaja no tempo, até ao século XVIII.
É muito interessante ver de que forma ela se posiciona numa época atrás do seu tempo. A relação que ela constrói com Jamie é o reflexo dos brilhante trabalho dos atores. A química deles é inexplicável, o que confere um realismo magnífico. As cenas mais intensas entre eles (sejam discussões, sejam as mais carinhosas) prendem o espetador tal é a carga emocional que eles conseguem colocar em cena.
Para além das brilhantes interpretações, os cenários verdejantes e a banda sonora oferecem ainda mais qualidade à série. Eu rendi-me à banda sonora desta temporada! A música de abertura fica no ouvido e é extremamente delicada. Todas as outras ajudam a entrar no espírito da narrativa e no tempo em que ela acontece. O guarda-roupa parece ter sido escolhido com muito cuidado e, também, ajuda o espetador a situar-se no passado.
Desta primeira temporada, o episódio sete foi aquele que mais me surpreendeu. A forma como foi narrado é tão inteligente e diferente que me ficou gravado na memória. O episódio começa pelo fim e, ao longo de cerca de 50 minutos, Claire e Jamie mostram-nos como foi o dia que os levou até ali. A conjugação entre passado e presente marca o episódio e oferece um dinamismo muito especial.
Toda a contextualização histórica nem sempre foi fácil de acompanhar, mas eu não era grande conhecedora dos acontecimentos históricos que marcaram o século XVIII no Reino Unido. Porém, o avançar da série permitiu-me uma melhor compreensão dos factos.
Fiquei imensamente feliz quando vi que o canal iria exibir a segunda temporada. E lá vou eu para a segunda temporada com expetativas elevadíssimas. Para já, não está a desiludir.
Bem... Nem imaginas, fiquei incrédulo quando abri a caixa de e-mail e vi lá o teu e-mail. Depois do choque inicial, um ataque de riso tomou conta de mim. Gabo-te a coragem do contacto e a admissão daquele comportamento infantil que me deixou um pouco magoado.
Quando nos cruzamos, pensei que me ias dizer qualquer coisa. Pior! Que me ias sorrir para eu matar as saudades de ver um sorriso teu. Sempre fui demasiado crédulo na bondade do ser humano. Continuo sem perceber muito bem porque me evitaste. Sentiste insegura porquê? Gostava que me contasses, que me explicasses. Acho que eu nunca te alimentei as inseguranças.
Sim, é um bocado arrogante da tua parte queres saber como eu estou. Demorei a responder-te porque não sabia se te queria responder. Mas depois a curiosidade de saber de ti falou mais alto. E, sim, também me deixaste saudosista. É que nas redes sociais não apanho nada de ti. Nem uma fotografia para amostra! Só vejo livros e paisagens. Estou em desvantagem. Acabas por saber mais de mim do que eu de ti.
Então, queres saber como eu estou! Desde aquela altura muita coisa aconteceu. Como sabes, deixei a escola e fui trabalhar. Tantas vezes me disseste que era parvo desperdiçar as minhas capacidades. Tantas vezes elogiaste o meu raciocínio matemático. Parecia que te ouvia sempre na minha cabeça, a zumbir como uma abelha. Então, aos 18 anos, voltei à escola. Fiz o secundário à noite enquanto de dia trabalhava numa carpintaria. Consegui fazer tudo direitinho. No final do 12º ano, fiz os exames e entrei na universidade. Entrei em contabilidade. Deixei a carpintaria e passei a trabalhar num supermercado para conseguir estudar. Foram anos duros, mas andava muito realizado.
Durante a universidade conheci uma rapariga fantástica. A Sofia foi fenomenal comigo! Ajudou-me com tudo. Sim, tornamo-nos namorados. Um namoro longo que só terminou há quatro anos, quando me mudei para Luanda. Recebi uma proposta muito boa de trabalho. Ela não me quis acompanhar e a distância não facilitou as coisas.
Estou a adorar a experiência, mas começo a sentir falta de algumas coisas de Portugal.
Naquele dia, quando nos cruzamos na passadeira, não queria só ver o ter sorriso. Queria agarrar-te no braço, arrastar-te para uma mesa de uma pastelaria contar-te a volta que dei à minha vida e, mais do que isso, queria ouvir-te a falar das voltas da tua vida. Sempre foste aquela amiga que eu queria para a vida. Sim, eu ouvia-te! Sim, aturava todas as tuas neuras e coisas parvas! Mas tu também me ouvias, tu também me abraçavas. Só tu era capaz de trocar aquele sorriso de reconhecimento do que me ia na cabeça. O problema é que sempre procurei isso nas raparigas que fui conhecendo. Encontrei na Sofia, mas não com a mesma intensidade que partilhei contigo.
Tenho medo, sabes! Medo de que este reatar de contacto estrague a magia daqueles anos.
Como vês, o meu bom coração continua intacto. Respondi ao e-mail sem amargura. Ela nunca existiu. Mas quero saber de ti. Talvez saber de ti, me ajude a acreditar que há magia que permanece para sempre.
O bule da fotografia é da minha mãe. Não o coloquei por acaso na fotografia com este livro. Nesta história há um bule com um significado especial. Sou apaixonada por este bule e por todo o serviço de chá que o acompanha. Não tenho um motivo especial para tal amor, porém recordei-o muitas vezes ao longo desta leitura, pelo significado que este objeto teve na história. O bule Coolbroke foi especial! Uma clara alusão à lealdade e à existência de sentimentos que resistem ao tempo e às adversidades. Para mim, o bule da minha mãe também representa afetos e ligações emocionais.
Deborah Smith é uma escritora que recorre a uma fórmula de escrita. Famílias, lealdades, passado vs presente e amores interrompidos por problemas mais ou menos complexos são ingredientes muito presentes nas suas narrativas. É certo que há quem se aborreça com esta opção dos autores de dar corpo às suas histórias. No meu caso, apesar de saber mais ou menos o que vou encontrar nestes livros, gosto sempre de me atirar numa leitura destas. São livros com mensagens positivas e com histórias que me "limpam" a mente e melhoram o meu humor.
"O teu nome é uma promessa" é um livro onde facilmente identificamos os ingredientes preferidos da Deborah Smith. Colebrooks e Mackenzies, duas famílias que partilham um passado e que vivem interligados. Conhecemos Artemas, uma criança sedenta de afeto e de uma família que transborde tanto amor e respeito como a de Lily. Ele cresce e torna-se num homem leal e capaz de tudo para segurar a teia que liga e segura os elementos da família. Lily tem tanto de doçura como de garra. Uma jovem que vai conhecer o melhor e o pior do amor e isso acaba por defini-la enquanto pessoa e na forma como ela decide estar na vida.
Estes são os dois personagens principais do livro. Em torno deles conhecemos outras personagens que dão um contributo importante à história. Destaco os irmãos de Artemas que ilustram bem as consequências de uma infância difícil e marcada pela negligência. Acho que cada um deles merecia um livro a contar a sua própria história e as suas perceções relativas à sua vivência.
As personagens de Deborah Smith são fiéis a si mesmas e reúnem características de personalidade que as tornam humanas aos olhos dos leitores. Não são emocionalmente pretas ou brancas. São uma mistura de cores, de coisas boas e menos boas; mas, no fim, todas elas encerram uma mensagem positiva e eu retiro sempre uma mensagem/lição das suas vivências e atitudes.
O facto de acompanhar o crescimento das personagens deixa-me mais ligada a elas. Chega a uma certa altura da leitura em que parece que já as conheço. Tornam-se pessoas que eu quero acompanhar e para quem desejo o merecido final feliz. Eu gostei muito do livro. Houve alguns aspetos mais difíceis de assimilar, nomeadamente: 1) a história em volta dos antepassados de Artemas, há coisas pouco claras que tornaram a minha compreensão dessas relações um pouco complicadas; e, 2) a ligação inicial entre Artemas e Lily que me pareceu algo forçada, mas melhorou com o crescimento das personagens e com as cartas que foram trocando.
É preciso não esquecer que este livro foi escrito em 1993 e retrata um período onde não existiam telemóveis, nem redes sociais. Por isso, há magia nos pequenos encontros, nos telefonemas e nas cartas trocadas. Apesar de toda a previsibilidade que envolve as histórias que Deborah Smith cria, eu tenho um gosto pessoal em me perder nelas. Só para terem uma noção, depois das minhas dificuldades iniciais, assim que me vinculei à história a leitura foi rápida. Só numa tarde de domingo li mais de 200 páginas.
Com a leitura terminada, posso dizer que encontrei na história de Artemas e de Lily aquilo que procurava: um amor que resiste ao tempo e às adversidades, a esperança por dias melhores após a e vivência de situações difíceis e a energia positiva que uma bonita história de amor é capaz de oferecer.
Classificação
Leitura com o apoio:
Nota: O livro foi-me disponibilizado pela editora em troca de uma opinião sincera.
"A feira das vaidades" é uma série que resulta da adaptação do clássico da literatura escrito por William Makepeace Thackeray. Nunca li o livro, mas acabei por avançar para o visionamento da série. A série passou no início do ano na RTP 2 e está novamente em exibição no mesmo canal. Eu comecei a vê-la no início do ano, porém só mais recentemente vi os dois últimos episódios que tinha gravado na box.
Ao longo de sete episódios acompanhamos as aventuras de Becky Sharp e a sua ânsia em alcançar patamares sociais mais elevados. Nesta sua busca por uma melhor condição social, Becky não se inibe de fazer o que ela acha necessário para alcançar os seus objetivos.
Os primeiros cinco episódios cativaram-me e mantiveram-me interessada na história. Depois o entusiasmo arrefeceu e a minha vontade de terminar a série morreu. Esperei que a vontade voltasse e lá terminei de ver os episódios que me faltavam.
A série tem uma dinâmica interessante, os cenários são muito bem escolhidos e o guarda-roupa é um verdadeiro convite a uma viagem no tempo. As interpretações também são muito boas. Olivia Cooke encarnou na perfeição as características da Becky, conseguindo produzir em mim bons níveis de irritação perante algumas atitudes menos positivas. Irritei-me mais seriamente quando as maldades de Becky eram dirigidas à sua amiga Amalia (interpretada por Claudia Jessie), que sempre a defendeu e ajudou. Acabou se redimir no fim, mas não foi suficiente para acalmar a minha raiva. Sinceramente, eu não consigo identificar um motivo que tenha conduzido ao meu desânimo para com a série. Aliás, parece não haver nenhum em concreto, pelo menos que esteja relacionado com a série em si. Isto deixa-me um sentimento algo ambivalente para com a série.
Após o visionamento da série, fiquei com vontade de ler o livro e conhecer a história de Becky através das palavras do escritor. Para quem já leu o livro, o que é que têm a dizer?
Um autor desconhecido. Uma obra sobre a qual não tinha nenhuma referência. Um livro pequeno ideal para ocupar os últimos dias do mês de Junho. Foram estas as coisas em que pensei quando decidi avançar com a leitura deste pequeno livro.
A história é muito simples e marcada pela crítica social. A gestão financeira, as relações amorosas, as relações que fogem à norma social e a honra são elementos discutidos e analisados pelas diferentes personagens que vão surgindo ao longo da história.
Quer a escrita, quer a forma como os acontecimentos se vão desenvolvendo são simples e fáceis de acompanhar. Porém, não me conquistou nem consegui sentir-me muito interessada nas personagens e no conteúdo que ia sendo abordado. Como são poucas páginas e tudo acontece de forma rápida, eu não consegui desenvolver uma relação de proximidade com a história. Não houve tempo nem espaço para a construção de uma relação sólida com este livro.
Quero ler mais livros do autor. Já vi opiniões muito positvas e, por isso, acalento a esperança de me encontrar com alguma história que me apaixone e entusiasme mais.