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Por detrás das palavras

Listas | 5 Livros de ficção histórica (Edição autores internacionais)

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Como prometido na semana passada, hoje apresento-te uma lista com 5 livros de ficção histórica de autores internacionais.
Foi uma lista bastante complicada de fazer e onde tive de deixar de fora muitos dos meus preferidos.

"O grande amor da minha vida", Paullina Simons

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  • Segunda Guerra Mundial - Os acontecimentos que marcaram a Rússia;
  • Boa contextualização e informação histórica. Excelentes descrições do frio, da fome e da miséria.
  • Uma história de amor intensa.

"A imperatriz Romanov", C. W.  Gortner

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  • Narra a história da mãe do último imperador Romanov.
  • O luxo, as joias e o encantamento da Rússia estão muito bem descritos no livro.
  • Livro que me lançou numa pesquisa intensiva sobre os Romanov.

"A filha do comunista", Aroa Moreno Durán

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  • O muro de Berlim é o grande marco deste livro (primeiro livro que li que aborda este período da História).
  • Livro com um forte carga dramática que se adensa ao longo da leitura.
  • É um livro que convida à reflexão sobre o impacto das escolhas da vida.

"Rosas" Leila Meacham

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  • Os apontamentos históricos do livro tornam a narrativa muito real.
  • Personagem feminina forte, ousada e que cria diferentes sentimentos no leitor.
  • Guerra, famílias, amizade, amor e desencontro são as linhas orientadoras de uma história intensa e cheia de reviravoltas.

"Uma voz perdida na guerra", Cesca Major

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  • Segunda Guerra Mundial - A história centra no período em que a França foi ocupada pelos alemães.
  • Mostra-nos a vida de pessoas que não estão diretamente num cenário de guerra e que procuram fazer uma vida dentro da normalidade possível.
  • Conhecemos pessoas que sofrem com o medo de serem judeus, com o medo que a guerra lhes roube a pouca tranquilidade que têm, com saudade por aqueles que se aventuram pelas trincheiras ou com medo de viver um amor.

Qual o teu livro de ficção histórica preferido? O que é que esse livro tem que te conquistou o coração?

Opinião | "O cavalheiro inglês" de Carla M. Soares

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"O cavalheiro inglês" foi a minha última leitura das férias. As expetativas estavam altas! Depois de ter adorado "O ano da dançarina" espera cruzar-me com uma leitura capaz de me oferecer bons momentos e uma história para recordar. Esta história conseguiu estar à altura das minhas expetativas e foi uma excelente forma de terminar as leituras das minhas férias. 

A ação deste livro decorre no final do século XIX, num Portugal ferido pelos ingleses em consequência do Ultimato Inglês e com muito descontentamento relativamente à Monarquia. 
O contexto social está muito bem apresentado. Foi muito fácil conseguir-me situar naquele tempo, naquele espaço e viver o desafios sociais, económicos e políticos que marcaram aquela época. 

Numa escrita muito acessível e sem floreados, a escritora levou-me numa viagem por outros tempos. As descrições dos espaços, das roupas, das personagens e do seu mundo interior são aspetos muito bem conseguidos e que oferecem um realismo muito grande ao livro. 

Sofia é quem merece o destaque da obra. Ela e o irmão alimentam o dinamismo do livro. Partilham uma relação única, mas vivem a realidade de forma diferente. É uma personagem feminina capaz de inspirar as leitoras. Numa época em que as mulheres não tinham voz ativa na sociedade, Sofia ousou ser diferente. Foi muito interessante assistir às suas lutas, aos seus dilemas morais e à forma como desafiou preconceitos e vontades masculinas. Teve a capacidade de se afirmar no seu espaço e fazer conquistas que lhe trouxeram muita felicidade. Robert parecia ser mais feroz. Um inglês respeitador, trabalhador e que protagoniza diálogos muito, muito realistas. É fácil reconhecê-lo no livro. 

O elemento romântico que alimenta a história é crescente e simboliza liberdade, conquista e a quebra de preconceitos. Os protagonistas desta história de amor sabem alimentá-la; se por um lado olham para a união como um negócio e uma forma de resolver a situação, por outro os sentimentos vão crescendo e permitem a criação de laços mais coesos. 

Nesta narrativa há espaço para muito elementos: História, amor, aventuras, crime e fugas. É um livro cheio de dinamismo, sem espaço para aborrecimento. 

É um livro que ilustra o crescimento da escritora. Comparativamente ao livro "Alma rebelde", este está mais coeso, com as passagens bem desenvolvidas e descritas e mais aprofundado na contextualização histórica. Colocando-o na balança de preferências, este é umas gramas mais leve que "O ano da dançarina". 

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10 anos de blog

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Fonte

Pela primeira vez na história deste blogue, esqueci-me de assinalar o aniversário do mesmo. A 22 de setembro de 2011, ganhei coragem e lancei-me no mundo dos blogues. 
O blog tornou-se das coisas mais consistentes da minha vida. Apesar da vontade de desistir aparecer de vez em quando, há sempre algo que me puxa sempre para aqui. 

O tempo para escrever é, por vezes, escasso; o que dá origem a alguns períodos de ausência.

Espero que de forma mais ou menos intermitente me consiga manter ativa por aqui.

Remato este post com a palavra gratidão !!! Sinto-me imensamente grata pelas pessoas que este blogue trouxe à minha vida. Elas são o ponto mais importante deste espaço.

Listas | 5 Livros de ficção histórica (Edição autores nacionais)

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O meu crescimento enquanto leitora trouxe-me um gosto especial por livros de ficção histórica. Eu gostava de história, mas agora o meu olhar adulto permite-me ter outra capacidade de interpretação. 

Gosto do tempo mais fresco para me perder em livros mais densos. Assim, o início do Outono é o pretexto ideal para deixar sugestões de livros deste género que eu acho que valem a pena serem lidos. Esta semana sai a edição de livros de autores(as) portuguesas e na próxima semana publico cinco sugestões de escritores estrangeiros.

O cavalheiro inglês, Carla M. Soares

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  • Portugal vive as consequências que surgiram após o Ultimato Inglês.
  • Há referência ao anarquismo e ao pensamento republicano.
  • Uma história de amor entre um inglês com muitas facetas e uma jovem portuguesa cheia de garra.

Inês, Maria João Fialho Gouveia

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  • Apresenta-nos a história de amor mais trágica da História de Portugal.
  • Com uma escrita muito fluída não deixa espaço para aborrecimento na leitura.
  • Possibilidade de conhecer diferentes zonas de Portugal no século XIV.

Perguntem a Sarah Gross, João Pinto Gouveia

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  • Um livro que possibilita uma viagem a dois espaços temporais distintos.
  • O antes e o depois da Segunda Guerra Mundial.
  • A realidade dos campos de concentração.
  • Um livro com um enorme detalhe histórico.

O bairro das cruzes, Susana Amaro Velho

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  • As palavras da Susana levam-nos para o medo que marcava os portugueses no período da ditadura.
  • Boa caracterização de um bairro que respirava pobreza e miséria.
  • Valorização da educação e no seu papel libertador e que permitia fugir à pobreza.
  • A presença de relações humanas complexas que deixam espaço para a reflexão.

Marquesa de Alorna, Maria João Lopo de Carvalho

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  • Livro com um bom detalhe histórico.
  • Vários acontecimentos que marcaram a história de Portugal.
  • Leonor, personagem principal, uma mulher extremamente inspiradora, sedenta de conhecimento e com uma visão arrojada.

Opinião | "Sempre tu" de Colleen Hoover

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Se há escritora que consegue transformar emoções e sentimentos em palavras é a Colleen Hoover. Todos os livros que li da escritora conseguem carregar uma carga emocional que me liga quase de imediato às suas histórias. Esta característica dos livros é muito importante. É uma forma do leitor trabalhar a sua própria competência emocional.

"Sempre tu" reúne a história de dois olhares: o de Morgan e o de Clara. Estas páginas reúnem os relatos de uma mãe e de uma filha sobre a realidade onde estão inseridas. São relatos marcados pela personalidade de cada uma. Morgan traz-nos uma parte da sua voz adolescente que contextualiza algumas partes da sua voz adulta. A voz de Clara espelha os dilemas, dramas e confusões de uma adolescente. 

É um livro preenchido por diferentes formas de amor. Há amores imutáveis, que o tempo não os desvanece; há os que se transformam após uma revolução, tornando-se mais maduros; há os que nascem da inocência, uns com mais brilho, outros que se perdem na luz ofuscante de um sentimento ambíguo. Tantas maneiras diferentes de amar e cada uma com um papel relevante para a história que este livro conta. 

O drama é o ponto central do livro. Há um acidente com com Chris, o marido de Morgan e pai de Clara, que origina um conjunto de transformações. Não foi muito difícil adivinhar a linha narrativa que iria orientas as dinâmicas de algumas das personagens. Os acontecimentos são previsíveis, mas a forma como eles são contados transformam-nos num desencadear muito diversificado de emoções. É esta componente emocional que anula o possível aborrecimento que as coisas previsíveis podem originar. 

O drama assenta no desmoronar de uma vida que se acreditava alinhada. É interessante olhar para a Morgan e vê-la a desconstruir as suas escolhas e os acontecimentos que marcaram a sua existência. Há ali uma história paralela que merecia ser contada. Eu queria ter sabido o conteúdo daquelas cartas e daquelas postais. Gostava de conhecer o outro lado da história. Estes elementos causaram-me alguma frustração. Ficou demasiado espaço para  a imaginação e muitas interrogações. 

E, enquanto tudo à sua volta ruía, Morgan revirava o seu interior para atender às necessidade da sua filha. Clara, qual adolescente rebelde, assumiu uma postura um pouco mimada e egocêntrica. A interação entre estas duas pode originar alguma momentos de frustração. Muitas vezes me apeteceu saltar para dentro do livro e oferecer um banho de humildade à Clara, mas sabia que a autora iria ser capaz de enquadrar os momentos de tensão que estas duas protagonizaram. 

Com Miller, Clara tem uma postura mais adulta. Porém, nos momentos em que se deixa consumir pela raiva que alimenta em relação à mãe, ela transforma-se num ser um pouco desprezível e choca com a serenidade do Miller. 
Miller é um rapaz mais carismático do que aquilo que inicialmente parece. Aquele capítulo final onde ele despe toda a sua alma é bastante emocionante. Foram das cenas mais bonitas que eu já li em livro. 

A leitura é viciante. Há muito dinamismo na narrativa o que torna a leitura muito fluída. 
Foi uma excelente leitura de férias. 

Classificação

Opinião | "Não contes a ninguém" de Karen Rose (Romantic Suspense #1)

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Os livros de Karen Rose não circulam muito pelas redes. Vejo poucos(as) leitores(as) a apostas nesta escritora, o que é uma pena. 
O foco narrativo que a escritora segue centra-se na apresentação de um ou vários crimes, a investigação que o(s) acompanha e uma história de amor com algum erotismo à mistura. 

"Não contes a ninguém" é um livro que segue um registo ligeiramente diferente daquele a que eu já estava habituada. É uma história que vive mais do suspense e da tensão psicológica. É isso que vai movendo grande parte da ação. A outra parte é composta pelo desenvolvimento de uma relação amorosa. 

O tema central do livro, e de onde partem todos os outros acontecimentos, é uma situação de violência doméstica. Por isso, desde o início que conhecemos o criminoso e as vítimas. Aquilo que vai sendo descoberto aos poucos é a dimensão da violência e o impacto que ela foi causando na mãe, Mary Grace (Caroline - novo nome) e no seu filho. 

Apesar de o livro não te ter encantado tanto como os anteriores que li, gostei muito desta história e do seu desenvolvimento. Foi uma leitura sôfrega e marcada pela expetativa. Esta expetativa decorria em duas frentes: 1) ver como o caso de violência doméstica se iria resolver e 2) perceber como é que Max e o seu romance iria crescer tendo em conta as feridas que marcavam cada uma das personagens.

Acho que um aspeto que não me deixou tão satisfeita com este livro esta relacionado com o amor instantâneo que nasceu entre Max e Caroline. Foi uma atração demasiado imediata e isso fez-me alguma confusão. 
No decorrer deste meu incómodo com o romance destes dois sucederam um conjunto de situações que me fizeram torcer o nariz. Acho que a Caroline foi exageradamente dramática com o Max e teve uma atitude estúpida relativamente ao passado dele. Pareceu-me um pouco hipócrita, uma vez que ela também tem ali arestas afiadas na sua personalidade e na sua forma de ser que precisavam de ser ajustadas. 
Apesar destes elementos que considerei menos positivos, lá me acabei por apaixonar por estes dois e torcer por um final completamente feliz para ambos. 

Todo o desenvolvimento criminal prendeu a minha atenção. O final foi muito bem construído. Nota-se o cuidado em não terminar tudo à pressa. Houve tempo para que o clímax crescesse e a minha angústia por ver como tudo aquilo iria terminar sofreu com este cuidado da escritora em dar tudo ao(à) leitor(a) o mais pormenorizado possível

Infelizmente, nem todos os casos de violência doméstica têm o desenvolvimento e o desfecho deste. Mary Grace/Caroline foi inteligente e corajosa. Quis lutar por um futuro diferente para o seu filho. A luta dela foi inspiradora. Perceber aquilo que ela necessitou de ultrapassar para conquistar um lugar seguro foi bastante emotivo. Considero que ela se tornou numa inspiração para mim, mais especificamente a sua coragem e a sua capacidade de seguir em frente apesar de toda a porcaria de vida que tinha à sua volta. Gostava que ela servisse de inspiração para outras pessoas, principalmente para aquelas que se veem a braços com situações semelhantes.

Se os ingredientes que fazem este livro forem do vosso agrado, acho que devem tentar ler algo desta escritora. Ela merece mais atenção por parte dos leitores.

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