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Este ano tem lido mais livros de não ficção. Têm sido a minha companhia nas viagens porque não exigem uma leitura muito regular. Não fico refém de uma história, de uma sequência de acontecimentos que precisam de ser memorizados para que a leitura continue a fazer sentido. Nos livros de não ficção, eu leio conteúdo que me fica na memória por aprendizagem e assimilação imediata do conteúdo.
Curar as energias negativas despertou a minha atenção. Eu não sei muito bem se acredite em energias negativas. Aquilo que sei é que quando estou rodeada de pessoas com más intenções, que manifestam inveja de forma direta ou dissimulada, que me deixam sinais de que ficam felizes com a minha desgraçada fico esgotada, com um tristeza inexplicável e são pessoas com as quais, na generalidade, tenho muita dificuldade em estabelecer um vínculo afetivo significativo. Foram estes aspetos que me motivaram a ler este livro. Estava à espera de algum mais profundo e que explorasse mais este tipo de relações interpessoais.
Neste livro, cruzei-me com informação engraçada mas com um lado perigoso que me preocupou. Muitas pessoas, quando passam por um período de fragilidade emocional e psicológica recorrem, muitas vezes a este tipo de livros. Infelizmente, optam por se debruçar nestes livros em vez de procurar ajuda de um profissional. Por vezes, senti que o livro queria apresentar uma solução para todos os problemas da vida que condicionam a saúde psicológica individual. Infelizmente, não existem curas milagrosas. O problema é real e a intervenção de um profissional pode ser fundamental.
Um aspeto curioso foi que, ao longo da leitura, foram alguns os momentos em que dei por mim a rir. Era o meu lado racional a balizar a experiência de leitura e o facto de achar que algumas daquelas coisas não faziam grande sentido no contexto de vida real.
Não sei a quem poderá interessar estes livro. Acho que é uma temática demasiado específica. É um livro que poderá ser lido por alguém com sentido crítico e que tenha consciência que o livro não trará respostas para problemas de saúde psicológica que possam ter. É importante que seja lido com responsabilidade e com a plena consciência de que não são aquelas as respostas para curar aspetos da saúde mental.
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Até ao momento, este foi o melhor livro que li em 2022. Já muito tinha lido sobre o encanto que as obras de Kristin Hannah têm nos leitores, mas eu continuava um pouco resistente a pegar nos livros da escritora.
Cruzei-me com este na biblioteca e decidi trazê-lo para ver como corria a leitura. Ainda bem que o fiz!! A grande solidão ficou-me entranhada na alma. Não sei se foi o sofrimento palpável pelo qual as personagens passaram; ou se o silêncio do Alasca e as suas particularidades de ambiente mais introvertido, reservado, único e muito próximo das características da minha personalidade que me aproximaram desta narrativa. Terminei a leitura em abril e ainda hoje não consigo definir com clareza o quão este livro mexeu com as minhas emoções e sentimentos. Só sei que ainda hoje me recordo da Leni e das suas lutas; o Matthew e a sua doçura; da coragem de Cora e da resiliência e união de uma comunidade capaz de fazer pela vida daqueles que acolhe.
Para mim, comunidade é uma palavra essencial nesta história. Poderia falar do stress pós traumático, da violência doméstica, de adolescentes com dificuldades em inserir-se num determinado ambiente... Todos eles temas importantes e retratados no livro de forma magistral. Contudo, foi o conceito de comunidade e a importância que ele ganhou na narrativa o que se destacou aos meus olhos. Uma comunidade que acolheu a família de Leni e a protegeu sempre que conseguiu. Infelizmente, as marcas profundas do sofrimento criam brechas de dúvida, incerteza e interferem nos níveis de confiança que possamos desenvolver. Leni e Cora sentiram esse fio de dúvida e tomaram opções pensaram ser a melhor forma de se protegerem.
O Alasca tornou-se magia perante os meus olhos. Kristin materializou em palavras as paisagens, as auroras boreais, o frio cortante e preenchido de neve, os longos dias de verão a preparar o próximo inverno enchendo a despensa de mantimentos. As descrições destes locais nas diferentes estações do ano são soberbas e oferecem um toque muito especial a este livro. É a solidão do Alasca que serve de metáfora à solidão interna das personagens. Foi soberba a forma como tudo se articulava, conferindo um toque muito especial a todos os acontecimentos que foram surgindo ao longo do livro.
Quero ler mais livros desta escritora e sentir tudo o que me for possível sentir. Quero mais histórias que me arrebatem a alma e me deixem com vontade de saltar para aqueles cenários e abraçar o sofrimento de corações bons.
Já leste outros livros da escritora? Indica-me outro onde posso viver todas estas sensações.
Classificação
Já eram muitas as saudades de partilhar os meus devaneios literários contigo. Prometi que iria voltar aos poucos, e é isso que estou a tentar fazer
Ler livros do género onde se encaixa o Palavras amargas é, para mim, o equivalente a ver uma boa comédia romântica. São livros com uma narrativa divertida, pautada por momentos de humor e com muito amor à mistura. Apesar da leveza das histórias e da tonalidade descontraída associada a estes livros, há também espaço para abordar assuntos mais sérios, como por exemplo, no caso deste livro, a doença e o luto associado ao fim das relações. São dimensões com impacto na dimensão psicológica das personagens e que acabam por dar alguma profundidade à história.
Este livro começa com um bilhete com uma mensagem romântica preso a um vestido de noiva, que está à venda numa loja em segunda mão. Charlotte cruza-se com ele e começa a divagar sobre as intenções e os sentimentos por detrás daquele bilhete. Para ela, aquele bilhete significa a existência de um tipo de amor que ela ambiciona para si própria. É claro que, nestes livros, o destino é generoso e acabou por levá-la ao autor de tal gesto, o Reed.
A partir daqui vamos conhecer uma Charlotte bastante insistente e persuasiva e um Reed cauteloso. Estes comportamentos são bem explicados pela personalidade de cada um e também pelas vivências que cada um coleciona na sua história de vida. Charlotte é mais descontraída em relação ao seu passado; já Reed experimentou um conjunto de acontecimentos que o deixaram mais cauteloso e influenciaram a forma como ele escolheu viver.
É na tentativa destes dois se equilibrarem que o leitor descobre a mensagem que Charlotte e Reed acabam por oferecer: é importante aproveitar cada um dos momentos da nossa vida, independentemente deles serem ou não para sempre. Alimentar o encanto pelas coisas que a vida oferece, independentemente do tempo de duração das mesmas é algo que acrescenta valor ao ser humano, o deixa mais capaz para enfrentar situações menos positivas e o torna mais resiliente.
Aqui está um bom livro para ler de forma rápida, onde os momentos de diversão estão garantidos e que permite que a nossa cabeça desligue da realidade mais stressante e cognitivamente mais exigente.
Partilha comigo as tuas impressões acerca deste livro! Também costumas ler livros com uma tonalidade mais divertida? Deixa-me sugestões.
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Já se passaram muitas semanas desde que chegou cá a casa mais um livro da Daniela. O meu tempo tem andado muito, muito contado e por isso tem sido muito complicado vir ao blog e produzir conteúdo. Mas este é daqueles projetos que quero muito continuar por isso, mesmo tarde, venho trazer o último livro recebido.
Traz-me de volta de B. A. Paris foi o último livro enviado pela Daniela. Já está lido e quero muito deixar uma opinião em breve.
Passem pelo blog da Daniela e fiquem a conhecer os motivos que estiveram na origem do envio deste livro.
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