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Por detrás das palavras

Opinião | "Boneca de trapos" de Daniel Cole (Fawkes and Baxter #1)

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Foi com grandes expetativas que iniciei a leitura do livro Boneca de trapos. Tinha lido boas opiniões em relação ao livro e recordo-me que na altura do seu lançamento, a editora apostou numa divulgação bastante original. No fundo, tinha aqui um conjunto de elementos que despertaram o meu interesse relativamente ao livro.

Este livro tem um ponto que considero diferenciador. Há uma lista com as vítimas e os agentes da polícia entram numa corrida contra o tempo para tentar evitar as diferentes mortes anunciadas. Assim, mais do que saber como cada uma destas pessoas iria morrer, o meu interesse estava muito relacionado com os aspetos que interligavam cada uma destas pessoas e os motivos que levaram a que elas entrassem na mira de um assassino. 

William Fawkes é um polícia com uma personalidade peculiar e que traz um densidade especial à história. Não simpatizei com ele, senti-o como uma personagem demasiado arrogante e com uma teimosia que se atravessou na minha mente. 

Relativamente à minha experiência de leitura, esta foi um pouco estranha. Houve momento em que li de forma compulsiva e tinha uma verdadeira vontade de desvendar o crime; e depois passei por partes de leitura que me deixaram aborrecida, em que senti que as coisas não avançavam. No fundo, senti que a história tinha partes interessantes e que contribuíam para o bom desenvolvimento da história, e outras que as senti como uma necessidade de encher espaço na história.

O final foi surpreendente. Não esperava aquele desfecho. E este foi um ponto positivo para o livro, oferecendo um culminar inesperado para todo o processo criminal que fui conhecendo ao longo da leitura. 
Apesar de não ter sido uma leitura fenomenal ficou a vontade de dar continuidade à série. 

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Opinião | "O panda que tinha piolhos" de Christine Beigel e Henré le Goff

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Por aqui continua-se a visitar muitos livros para crianças. A minha sobrinha, ávida consumidora de histórias, não se cansa de pedir livros e de pedir para lhe lerem histórias. 

Em julho, na Feira do Livro de Braga, encontrei este livro a um preço muito simpático. Conhecendo a admiração desta criança pelo panda, achei que esta história iria funcionar com ela.

Apesar de ser um livro pequeno, temos uma história dentro de outra história. Uma mãe galinha decide contar aos filhos a história do panda que tinha piolhos. 
O panda, muito constrangido com a situação, acaba por servir de inspiração a uma aula de matemática da professora e todos os animais se envolvem nesta situação dos piolhos.

O tom divertido conjugado com uma forma divertida de conjugar as palavras permite que se brinque com a entoação e possibilita uma leitura mais dinâmica (aspeto que cativa os mais pequenos). 

Além da história, é possível explorar a temática dos animais. São vários os animais que entram como personagens da história, o que possibilita a aprendizagem desses animais e até de contagem. 

A leitora em formação aprovou a história e pede várias vezes para a ler (como todas as outras que têm aqui em casa -  ainda hei de memorizar estas histórias). 

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Opinião | "O egomaníaco" de Vi Keeland

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Conheci as obras de Vi Keeland pelas mãos da Daniela. Foi encantamento à primeira vista, uma vez que fui conquistada pelo sentido de humor das obras e pela leveza da narrativa. O que é certo foi que fiquei com imensa vontade de ler todos os livros da escritora.

No início do ano, aproveitei um vale de desconto e comprei O egomaníaco. A premissa deste livro foi o facto decisivo para a escolha recair nele. Temos uma psicóloga, especialista em terapia familiar e de casal e um advogado especialista em divórcios que vão partilhar o mesmo escritório. E aqui temos os ingredientes essenciais para criar um ambiente engraçado, divertido e com muitos momentos embaraçosos capazes de arrancar bons sorrisos (ou até gargalhadas) aos leitores.

Foi com estas expetativas que avancei para a leitura. Encontrei momentos engraçados, mas sem a capacidade de me encantar tanto como os livros anteriores da escritora. Foi uma leitura agradável e aditiva, mas sem o encanto de outros livros. Acho que a culpa deste desencanto foi do Drew Jagger, o nosso advogado especialista em divórcios. Não apreciei muito o seu estilo um pouco grosseiro e deselegante na relação. O seu discurso vulgar queimou qualquer encanto que pudesse surgir em mim. 

Confesso que estranhei o facto da Emerie apreciar este estilo vulgar. Talvez tenha criado expetativas irrealistas em relação a ela. Talvez a tenha lido à luz das minhas características e isso tenha condicionado a forma como a interpretei e aquilo que esperava dela. Isto não é bom nem mau, é apenas uma condição inerente a cada leitor. Nunca conseguimos ler um livro com a mente em branco. As nossas leituras são feitas tendo em consideração a nossa carga emocional, as nossas vivências, valores e características de personalidade. Uma bagagem que, inevitavelmente, condiciona a forma como interpretamos e acolhermos a histórias. 

Apesar de tudo foi uma boa leitura para dias quentes, que não exigiu muito do meu espaço cognitivo e que me divertido em doses mais modestas. Contudo, terminei com a certeza de querer continuar a ler livros da escritora.

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Projeto Conjunto | Empréstimo Surpresa [Os motivos]

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Apesar dos nossos fazeres e das vidas que felizmente se preencheram de coisas boas, eu e a Daniela tentamos dar continuidade aos nosso projeto de empréstimos. O ritmo abrandou, mas a vontade de proporcionarmos boas leituras uma à outra (ou pelo menos leituras diferentes) mantem-se.

Desta vez escolhi para lhe enviar um livro que eu tinha a certeza que seria uma boa leitura e que a Daniela o iria devorar. Achei que ela estava a precisar de mais uma dose de Chris Carter e enviei-lhe "Uma mente perversa". 

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Passem no blog Quando se abre um livro e descubram a reação da Daniela a este empréstimo.

Setembro e Outubro | Quem chegou?

No último post desta rubrica tinha condensado as entradas de três meses. Desta vez consegui só juntar dois. A verdade é que setembro foi um mês muito parado no que respeita a entradas. 

Vamos ver o que é que cá chegou nestes dois meses.

Compras
Em setembro não comprei nenhum livro. Em outubro, mês do mês aniversário, ofereci-me dois livros A música das abelhas de Eilleen Garvin e Milagre de Deborah Smith. 

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Presente
Uma amiga fez-me chegar um presente aqui a casa pelo meu aniversário. Enviou-me Vidas seguintes de Abdulrazak Gurnah. 

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Troca
Com os pontos do Winkingbooks pedi o livro Quando o cuco chama de Robert Galbraith. Robert Galbraith é pseudónimo de J. K. Rowling, escritora com quem não tenho tido boas experiências. Esta será a última tentativa que faço com os livros da escritora.

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Empréstimos
Nestes dois meses também me foram emprestados dois livros: Loveless de Alice Oseman e Romance de verão de Emily Henry. O primeiro é em inglês e tem como objetivo melhorar as minhas competências linguísticas (obrigada amiga A.) e o Romance de verãofoi a minha última leitura e funcionou como uma lufada de ar fresco na minha dinâmica de leituras que não andava muito bem (obrigada amiga Daniela). 

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Opinião | "A máquina de fazer espanhóis" de Valter Hugo Mãe

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Estou de volta (ou pelo menos a tentar voltar à medida das minhas capacidades)! São muitas as opiniões que tenho em atraso e quero muito partilhar contigo. Vou aos poucos, em pequenos passos, tentando regressar aos posts com alguma regularidade. 

A máquina de fazer espanhóis foi uma leitura de julho. A minha segunda experiência com Valter Hugo Mãe, que correu bem melhor do que a primeira. 
Este livro é um retrato da velhice. Dos lutos que a idade traz e das transformações que fragilizam a saúde psicológica.

Foi uma narrativa muito realista, onde a vida num lar de idosos foi apresentada ao leitor de forma muito própria. As amizades e as zangas; o espelho de um dia a dia que, por vezes, se arrasta e onde um grupo de idosos de espírito livre procura dar sentido aos seus dias e curar as marcas das perdas que só a velhice oferece. 

Apesar de um toque ligeiro de humor, li esta história com alguma tristeza. A forma como se descartam os mais velhos, a pouca valorização que lhes é dada e a triste realidade de quem vive num lar por imposição de outros foram aspetos que me deixaram muito pensativa. Fizeram-me pensar na minha realidade e na forma como escolho olhar para a velhice. 

Valter Hugo Mãe assume um estilo de escrita muito próprio, seguindo as duas próprias regras gramaticais. No início foi algo que me incomodou um pouco, com o avançar da leitura e o meu envolvimento com a história esse desconforto dissipou-se. Além destes elementos, destaco a escrita poética que dá um toque ainda mais bonito ao livro.

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