Comecei o ano com muita vontade de ler, mas sabia que deveria definir um número baixo em termos de desafio. O meu objetivo era ler 30 livros. Consegui ler 35, número que consegui com alguns livros infantis pelo meio. O Goodreads só marca 32, porque há livros que não estão identificados.
Destes, 24 foram escritos por mulheres e 11 por homens. Li apenas 5 livros escritos por escritores(as) nacionais. O livro mais longo que li tinha 576 páginas e o livro mais curto tinha 11 páginas.
Quanto ao número de páginas lidas, em 2022 consegui ler um total de 10220 páginas, sendo que foi no mês de maio que mais páginas li.
Relativamente à classificação, atribui uma estrela a um livro, duas estelas a dois livros, três estrelas a oito livros, quatro estrelas a quinze livros e nove livros receberam a classificação máxima de cinco estrelas.
Descobri 19 novos autores, sendo que alguns deles deixaram a vontade de conhecer ainda mais a sua obra, nomeadamente: Olga Tokarczuk, Noelia Amarillo, Emily Henry e Donato Carrisi.
Como só li 30 livro foi fácil fazer um top 5 de melhores leituras. Este ano ainda conseguir a proeza de ordená-los. Ficam os meus 5 livros preferidos, ordenados por ordem do mais preferido para o menos preferido.
Estes dois desafios representam a minha maior derrota de 2022. Li pouquíssimos escritores portugueses e isso refletiu-se num desempenho medíocre nestes desafios.
Li cinco livros escritos por escritores nacionais. Gostava de inverter este resultado no próximo ano, mas não sei se irei consegui-lo.
De homens li dois livros: 1) A maldição do marquês, Tiago Rebelo 2) A máquina de fazer espanhóis, Valter Hugo Mãe
De mulheres li três livros: 1) Aquorea -Inspira, M. G. Ferrey 2) Intervenção psicológica com ludoterapia, Raissa Santos 3) A vida sem ti, Tânia Ganho
Isto fez com que só conseguisse completar cinco categorias no desafio Alma Lusitana.
Porto | Um livro que dê voz a minorias--> A máquina de fazer espanhóis, Valter Hugo Mãe Aveiro | Um livro com sabor --> Intervenção psicológica com ludoterapia, Raissa Santos Coimbra | Um livro com viagens dentro --> A vida sem ti, Tânia Ganho Leiria | Um livro de um autor pouco conhecido Évora | Um livro de capa azul--> A maldição do marquês, Tiago Rebelo Guimarães | Um livro só com uma palavra no título Sintra | Um livro sobre natureza Bragança | Um livro de/sobre famílias --> Aquorea -Inspira, M. G. Ferrey Gaia | Um livro de regressos/recomeços Lisboa | Um livro censurado Braga | Um thriller Óbidos | Um livro intimista/que conforta
Neste último mês do ano recebi alguns livrinhos que hoje partilho contigo.
Empréstimo Da Daniela recebi mais um livro para o nosso projeto de empréstimos. A escolha recaiu no livro Se fosse perfeito de Colleen Hoover e será uma das minhas primeiras leituras em 2023.
Prenda de aniversário O meu aniversário foi em outubro, mas em dezembro é um bom mês para receber presentes de aniversário. A Daniela presenteou-me com o livro A desconhecida do Sena de Guillaume Musso. Daniela, muito obrigada pelo teu presente.
Presentes de Natal Duas meninas simpáticas da comunidade enviaram-me uns miminhos pelo Natal. Da Susana recebi os livros Conversas com a minha gatade Eduardo Jáuregui e A religião dos livros de Carlos Maria Bone; da Tita recebi o livro Fraturado de Karin Slaughter. Susana e Tita muito obrigada pelo carinho.
E tu, recebeste livros pelo Natal? Que livros te deixaram no sapatinho?
Este desafio foi criado pela Daniela, e eu decidi dar-lhe continuidade em 2022.
Em 2022, li 16 livros da minha estante e consegui fazer um total de 34 pontos (tendo em consideração o ano em que eles deram entrada na minha estante).
Fica aqui o registo das leituras e as respetivas pontuações.
Livro
Ano
Pontos
1. A doçura da chuva, Deborah Smith
2018
5
2. Fica comigo, Noelia Amarillo
2021
2
3. Cerimónia mortal, J. D. Robb
2021
2
4. Curar as energias negativas, Anne Jones
2021
2
5. Voltar a encontrar-te, Marc Levy
2022
1
6. Olá, Sapo!, Gabriele Clima
2022
1
7. A terapeuta, Gaspar Hernàndez
2020
3
8. Uma aposta perversa, Emma Wildes
2022
1
9. Pessoas altamente sensíveis, Elaine Aron
2022
1
10. O egomaníaco, Vi Keeland
2022
1
11. Intervenção psicológica com ludoterapia, Raissa Santos
Já há alguns anos que gosto de ler obras do Guillaume Musso, autor que me foi apresentado pela Daniela. Têm sido experiências de leituras diferentes. Há livros que gosto mais, e livros que gosto menos. No caso deste livro, posso dizer que foi um livro que gostei de ler, mas que não me arrebatou.
As primeiras páginas do livro prometem uma história de amor intensa. Dois jovens apaixonam-se, mas o facto de viverem em continentes diferentes assombra a felicidade deles. A separação é inevitável, mas fica a dúvida de se ambos serão capazes de alimentar um amor à distância.
Depois destas primeiras páginas, o livro entra numa fase completamente distinta. Há resquícios desta história de amor, mas a ação passa a centrar num conjunto de crimes que envolvem obras de arte.
Estas duas linhas narrativas cruzam-se. Contudo, a expetativa criada pelas primeiras páginas interferiu de forma um pouco negativa na minha experiência de leitura. Sim, foram as expetativas que condicionaram a minha leitura, mas a verdade é que não me permitiu usufruir de forma mais intensa da leitura que estava a ter.
Quando se inicia a última parte do livro, a história de amor ganha novamente um pouco de destaque. Consegui perceber a sequência narrativa e todas as escolhas do escritor. Tudo faz sentido na história que escolher contar! Há coerência nos acontecimentos e nas opções tomadas pelas personagens, no entanto isso não foi suficiente para me fazer ver o livro de outra forma.
Guillaume Musso gosta de dar um toque sobrenatural às suas histórias. Para mim, é uma imagem de marca do escritor. Há livros em que gosto desse encaixe, e outros em que acho que não funcionada muito bem. Neste caso, gostei e acho que funcionou. Foi um espécie de período de reflexão das personagens que, do meu ponto de vista, enriqueceu o texto.
Em suma, foi uma leitura agradável e que cumpriu o seu propósito de me entreter. Porém, não deixou o rasto de fascínio que uma história memorável consegue deixar.
Criei este desafio com o intuito de estimular a leitura de thriller e policiais. As minhas leituras têm sido afetadas pelo meu estado de ânimo e, por isso, tenho tido pouca disponibilidade mental para este género de livros.
Gostava de ter chegado ao nível 4, mas não consegui. Iniciei apenas o nível 3.
Ficam aqui as minhas leituras para este desafio.
Nível 1 - Ter 4 livros lidos e um deles ser escrito por uma mulher 1. Cerimónia mortal, J. D. Robb - Escrito por uma mulher 2. O homem das castanhas, Søren Sveistrup 3. Eu sei o que vocês fizeram, Dorothy Koomson 4. Traz-me de volta, B. A. Paris
Nível 2 - Ter 8 livros livros lidos e um deles escrito por um autor nunca lido 5. A terapeuta, Gaspar Hernàndez - Escrito por um autor nunca lido 6. Boneca de trapos, Daniel Cole 7. A última vítima, Tess Gerritsen 8. Conduz o teu arado sobre os ossos dos mortos, Olga Tokarczuk
Nível 3 - Ter 12 livros lidos e um deles ter uma personagem principal feminina 9. Sopro do mal, Donato Carrisi
Nível 4 - Ter 16 livros lidos e um deles ter sido publicado em 2021
Todas as pessoas estranham quando a minha pequena leitora em construção, com dois anos de idade, pede de presente um livro. E mais espantadas ficam com a reação da miúda quando abre a prenda e vê que é um livro. Posso dizer-te que a reação dela é impressionante. Fica eufórica e pede logo a alguém que lhe leia a história. Ela vibra com cada livro que recebe. E sabes o que é mais engraçado? Já diz que os adultos trabalham para lhe comprarmos livros.
Uma pessoa amiga da família começou a oferecer-lhe os livros desta coleção. Este foi o primeiro que lhe consegui ler do princípio ao fim sem ela dispersar. São livros pouco adaptados à idade dela. Têm muito texto e exigem um grau de atenção que ela ainda não tem. Ela está acostumada a ter uma imagem que acompanhe a frase que se lê. Nesta coleção isso não acontece, e a minha pequena leitora passa o tempo a pergunta "Onde 'tá isso?", "Onde 'ta?".
Bolt tem mais imagens e frases mais curtas, o que funcionou bem com ela. Conseguiu acompanhar a história, fez as suas perguntas e comentários. Que comentários deves estar tu a pensar? São coisas simples, designadamente: "Coitadinho" quando alguma personagem passa por algo triste ou que o prejudica; "tão uindo", quando gosta de alguma coisa. E não menos vezes distribui umas "cocas" (beijocas) pelas personagens.
Com o cãozinho Bolt, a minha pequena leitora em construção riu, sentiu tristeza, fez festinhas e ficou feliz porque nas histórias infantis nós já conhecemos o fim e nunca, ou quase nunca acaba mal.
Na minha perspetiva, não achei uma história muito cativante. O Bolt é um cão que não consegue separar a ficção da realidade e nesta confusão perdi-me da real essência da história. Tudo me pareceu um pouco desconexo, apesar de no final tudo ter feito sentido.
Ainda não houve repetição desta história, porque ainda não foi pedido. Sim, imagina o que é leres a mesma história várias vezes por semana ou mesmo por dia. As crianças gostam do que é conhecido e da rotina, por isso é perfeitamente normal elas quererem sempre as mesmas histórias. Eu é que algumas já alcancei a fase do enjoo.
Estes dois desafios eram semelhantes. No desafio Authors A to Z era esperado completar as letras do abecedário com o primeiro nome do(a) escritor(a). Por sua vez, no desafio Abecedário literário as letras do abecedário deveriam ser completadas pela sobrenome do(a) escritor(a).
Para este desafio, consegui completar treze letras. Não tenho ponto de comparação com anos anteriores uma vez que foi o primeiro ano que participei neste desafio. Ficam aqui as minhas leituras.
Neste desafio, consegui completar dezesseis letras, o mesmo número de 2021. Ficam aqui as minhas leituras neste desafio: Amarillo, Noelia - "Fica comigo" Beigel, Christine - "O panda que tinha piolhos" Cole, Daniel - "Boneca de trapos" D E Ferrey, M. G. - "Aquorea - Inspira" Gerritsen, T - "A última vítima" Hannah, Kristin - "A grande solidão" I Jones, Anne - "Curar as energias negativas" Koomson, Dorothy - "Eu sei o que vocês fizeram" Levy, Marc - "Voltar a encontrar-te" Mãe, Valter Hugo - "A máquina de fazer espanhóis" N O Paris, B. A. - "Traz-me de volta" Q Rebelo, Tiago - "A maldição do marquês" Tokarczuk, Olga - "Conduz o teu arado sobre os ossos dos mortos" U V Ward, Penelope - "Palavras amargas" X Yarlett, Emma - "Trincas o monstro dos livros" Z
Apesar de não ter conseguido concluir nenhum dos desafios, fiquei satisfeita com o meu desempenho. Li pouco, mas mesmo assim consegui completar muitas letras. Estes desafios transitarão para 2023.
No blog, poderás encontrar as opiniões relativas aos livros aqui listados.
É o segundo livro que leio da Tânia Ganho e prevaleceu a mesma sensação da leitura anterior: a dificuldade em me conectar com as personagens e em sentir empatia pelas fragilidades das mesmas.
Neste livro acompanhamos a história da Ana, uma jovem mulher que procura ser amada. É nas suas buscas pelo amor que conhece Richard, um homem que vai lhe mostrar o lado feio do amor.
Numa escrita muito cuidada e limpa, fui acompanhando os desafios e os conflitos internos da Ana sem nunca me sentir perto dela ou conectada. Era apenas uma leitora espetadora que assistia de forma passiva e pouco envolvida ao desenrolar das situações que iam pautando o quotidiano desta mulher.
Poder-me-ia ter sentido desolada e zangada com a vida que ela vivia com Richard; poder-me-ia ter sentido triste com a dor do seu luto familiar; poder-me-ia sentir compaixão pela sua vida laboral. Tantos sentimentos que me poderiam ter surgido, mas simplesmente lia as coisas de forma extremamente desligada. Talvez não tenha gostado da Ana, talvez me tenha revoltado com as suas más escolhas, talvez não me identificasse com o seu padrão de vida. E no meio destes talvez fui apenas uma leitora passiva que estava um pouco impaciente para chegar ao momento de rutura da narrativa que representasse uma real mudança na apatia a que a Ana se tinha entregado.
Não fica muito deste livro. Nem pelo bem, nem pelo mal. Persiste a sensação de uma leitura mediana, que me foi entretendo as viagens para Braga.
Ainda não desisti de Tânia Ganho, mas aguardo com alguma ânsia por uma história que toque o meu coração e me ligue às personagens.