52 perguntas | 19# uma carta para alguém
Tenho esta rubrica muito, muito atrasada. Hoje e amanhã vou tentar sintonizar-me com as partilhas para não deixar acumular mais.
Cartas... Eu adoro escrever cartas. As palavras enchem-se de emoções e coisas positivas. Quem as recebe é sempre inundado de qualquer coisa mágica. Cá vai a minha carta. Já sabes, o desafio é dizeres-me se é real ou ficção.
Querido D.,
É a primeira carta que te escrevo. Nunca me atrevi a materializar em palavras tudo aquilo que representaste para mim. Foste o primeiro amigo e único amigo do sexo masculino que fiz ao longo de toda a minha vida. Talvez queira dizer alguma coisa. Talvez signifique que havia algo superior que nos unia.
Em tempos, olhei para ti como representando um pouco mais. Sentia-me sempre muito feliz contigo. Fazias-me rir, ouvias-me com uma dedicação que poucos faziam. Foste o meu porto seguro, o meu par numa dança desastrada (era e sou demasiado pé de chumbo), o meu parceiro nas cenas mais nerd.
A vida meteu-se pelo meio. E o amor romântico que pensava sentir transformou-se numa espécie de amizade nostálgica. Perdi-te no tempo, mas não te perdeste na minha memória. Continuas vivo nas minhas lembranças mais felizes daqueles tempos. E essas lembranças fazem-me sorrir.
Não sei onde estas, o que fazes, se tens alguém. Só espero que estejas a feliz, a viver da forma livre que sempre me ensinaste. Espero que tenhas pessoas que te amem e te respeitem. Que te abracem nas horas tristes e te apertem euforicamente nas horas felizes.
Será sempre uma doce lembrança, de um tempo passado que não volta.
Beijinhos,