Opinião | "A minha verdade é o amor" de Luanne Rice

Autor: Luanne Rice
Ano: 2008
Editora: Quinta Essência
Número de páginas: 343 páginas
Classificação: 3 Estrelas
Desafio: Novos autores
Sinopse
Estamos na presença de personagens principais complexas. Irmã Bernadette renunciou a um futuro familiar, deixando um filho para trás, para se entregar completamente a Deus e à direcção de um convento. Tom, o seu eterno amor, não consegue deixá-la e acompanha ao longo dos anos amando à distância e através do pouco que ela lhe pode oferecer. Acho que os dilemas que Irmã Bernadette vai vivenciando ao longo do livro são credíveis, porém acho que em algumas situações ficava um pouco desiludida com a má interpretação dos sinais que lhe iam aparecendo. Se por um lado admiro a fidelidade de Tom, por outra acho que ele foi "mole" demais. Era importante que ele fosse mais activo e tomasse uma posição mais firme em relação a várias situação. O que mais admirei em Tom foi o modo como ele conquistou o filho. Aí ele teve um papel activo e foi quase que uma forma de acordar os seus fantasmas para os demitir da alma.
Um aspecto que achei confuso no livro foi as respectivas histórias de origem destas duas personagens. Acho que Luanne Rice não criou um sequência lógica que permitisse aos leitores compreender na integra de onde eles vinham e qual a história familiar que tanta influência parecia ter nas suas personalidades e formas de estar.
Adorei a relação entre Seamus e Kathleen. Não compreendi algumas das atitudes de Kathleen enquanto criada numa casa nos Estados Unidos. Houve momentos em que pensei que ela abusada pelo seu superior, mas outras em que me pareceu aquilo funciona como um analgésico para a sua própria dor. No fundo. foi um aspecto que para mim não ficou clarificado. Quanto a Seamus acho que teve uma atitude correcta ao longo de toda a história e admirei a sua dedicação para com o amor que sentia por Kathleen. Um amor que nasceu num orfanato, local que ambos consideravam com a sua casa, local onde afogaram os seus fantasmas de abandono experienciando a vida e a dor em conjunto.
Considero que é um bom livro. Apenas não lhe atribui uma classificação mais elevado por causa da falta de clarificação na história da origem familiar de Tom e Bernadette e por causa do final. Deduzi, mais ou menos a partir do meio, que aquilo não ia correr como eu gostaria que ocorresse... Fiquei um bocado chateada com uma determinada personagem!!!
Deixem-se invadir pelas palavras!