Opinião | "Confesso" de Colleen Hoover

Classificação: 5 estrelas
A minha estreia com Colleen Hoover foi arrebatadora. É um livro com uma estória muito forte em termos sentimentais (ou então é tudo devido à minha sensibilidade para este tipo de livros) mas, em muitos momentos senti que o meu coração quase falhava uma batida com a expetativa de ler o que se seguia.
Ao longo destas páginas acompanhamos as vidas de dois jovens, Auburn e Owen, que se cruzam num momento muito particular da vida de ambos. Vivem num presente com alguns segredos que condicionam a forma como eles pretendem viver o amor que começou a nascer entre eles.
Owen é um pintor que exprime o seu talento partindo de confissões que as pessoas lhe vão deixando. Este é um ponto muito positivo no livro, uma vez que lhe confere uma originalidade muito própria. O facto de a autora ter incluído as pinturas é igualmente maravilhoso porque podemos ver na realidade a beleza das pinturas, fazendo com que nos sintamos mais perto de Owen e dos seus sentimentos.
O romance que cresce entre Auburn e Owen é muito querido, com alguns momentos engraçado mas é o drama que o marca e que o torna tão querido aos olhos de quem o vai conhecendo. Quase sem querer, somos embalados nas tristezas, sonhas e lutas destes dois jovens e sempre com a elevada expetativa de que tudo se endireite e que eles possam ter o seu final feliz.
Numa narrativa coesa, bem estruturada e bastante sentimentalista, Colleen Hoover permite-nos sentir, rir, visualizar e sonhar com um lado positivo que a vida tem escondido para cada um de nós. A sua escrita envolvente e cheia de realismo envolve-nos tanto na narrativa que nos leva a ler de forma compulsiva sempre com a vontade de saber mais e mais.
O final do livro foi, para mim, demasiado apressado. Soube mesmo a pouco. Depois de assistir ao desenrolar de todas as verdades que prendiam as personagens e condicionavam os seus comportamentos, precisava de ver um final mais desenvolvido e com mais pormenores.
Eu adorei o Owen. Tem uma personalidade extremamente sensível, cativante e simpática... Contudo, ao ler o epílogo fiquei de tal modo tocada com a atitude dele que fiquei sem palavras e tive de parar e pensar sobre aquele final. E depois de pensar e olhar de modo muito pessoal para tudo o que Owen fez e viveu, só uma ideia me passou pela cabeça: precisamos de mais Owens no nosso mundo.