Opinião | O Rapaz do Pijama às Riscas
Autor: John Boyne
Ano: 2008
Número de páginas: 176 páginas
Classificação: 5 Estrelas
Sinopse: Aqui
Opinião
O período da História referente ao pré, pós e durante a Segunda Guerra Mundial desperta em mim uma grande sede de conhecimento acerca de tudo o que envolveu essa época. Tenho consciência de que por muitos livros que leia, por muitos filmes que veja, por muitas fontes que consulte, nunca irei conseguir assimilar na totalidade tudo aquilo que as pessoas da época viveram ou sentiram. Considero que tido foi demasiado complexo e doloroso e que agora nós, a distância de um bom par de anos, não conseguimos entrar nessa realidade.
O Rapaz do Pijama às Riscas é mais um dos livros que nos dá a conhecer um bocadinho da realidade do período da 2ª Guerra Mundial, desta vez através dos olhos de uma criança.
Bruno é um menino que desconhece aquilo que de facto se está a passar na Europa. A sua pureza infantil faz com que seja uma criança sensível e incapaz de compreender a maldade dos adultos. As atitudes dele para com os empregados, para com o menino do "pijama às riscas", que se tornou um amigo especial, fizeram-me querer conhecer esta criança. Ela pareceu real porque apesar desta sensibilidade e respeito pelo outros ele também tem os seus momentos mais cinzentos. No fundo, o facto de ele não ter uma "alma" totalmente cor-de-rosa e de em certos momentos nos mostrar alguns sentimentos mais egoístas fazem com que aos olhos do leitor pareça uma criança real como tantas outras.
Apesar do final ser marcado pela crueldade e infelicidade é algo que torna o livro mais real. Penso que se tivesse terminado de outra forma não teria tanto impacto.
O livro está escrito numa linguagem simples e compreensiva o que o torna acessível a qualquer público. Desta forma, acho que a sua inclusão no PNL é mais do que adequada e justificada.
Este foi um dos casos em que vi o filme antes de ler o livro. Na altura adorei e fiquei muito emocionada. Por isso considero que o filme foi mais eficaz a produzir emoções em mim do o livro. Apesar de me ter emocionado também com o livro, o filme foi mais intenso.