Opinião | "Rapariga Silenciosa" (Rizzoli & Isles #9) de Tess Gerritsen
Tenho andado muito desaparecida, mas na vida há prioridades e eu estive dedicada a elas. As leituras nunca estiveram totalmente paradas, refletindo-se nas 10 opiniões que tenho para partilhar contigo. Queria publicá-las todas antes do final do ano, mas é impossível (além de que não quero inundar o blogue com opiniões em série). Vou, pelo menos, tentar publicar uma por dia.
Rapariga silenciosa foi o último livro da estante da Daniela que veio parar cá a casa e que me permitiu continuar a acompanhar o trabalho da inspetora Jane Rizzoli.
Eu gosto muito dos livros desta série. São leituras quase sempre certeiras: bons momentos de suspense, uma narrativa interessante e um desfecho imprevisível.
A China e as suas lendas são uma das grandes fontes de inspiração para tudo o que aconteceu às personagens não residentes. Para mim foi muito interessante ler algumas destas lendas, perceber a influência destas na forma de estar e de pensar das pessoas e de que forma isto causa confusão nos ocidentais. Foi muito interessante perceber que este livro é o mais intimista da escritora. Nele, ela semeou as suas memórias das histórias que a sua mãe partilhou com ela. Senti que o livro era uma espécie de homenagem à infância que a mãe passou na China e à bagagem cultural que passou às gerações seguintes.
É um livro com pouco espaço para as personagens residentes. Há um grande foco nas histórias de vida paralelas à situação de crime que é preciso de resolver. Além disto, o livro tem a capacidade de levar o leitor a pensar sobre os dilemas morais que muitas vezes a vida oferece ao ser humano. O que é a justiça? De que forma é que as pessoas sentem que as instituições responsáveis foram justas perante os problemas que as assolam? Quem tem a legitimidade para fazer justiça?
Neste livro, encontrei uma história que revela as diferentes tonalidade daquilo que é a justiça humana, o certo e o errado. Não foi o meu livro preferido da série, mas as lendas e a cultura oriental ficaram-me na memória.
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