Por detrás da tela | "Debaixo do céu" (2019) e "Uma pista para o amor" (2017)
Debaixo do céu
No final de janeiro, na RTP 2, passou o documentário "Debaixo do céu". Neste documentário são partilhados relatos de judeus que conseguiram escapar ao campos de concentração e, na sua fuga, passaram por Portugal antes de rumarem a outros destinos.
Cada um dos sobreviventes partilha a sua história de vida antes, durante e após a fuga. Vão traçando um relato daquilo que era viver em países sobre o domínio nazi, da sua fuga e da sua passagem por Portugal. Apesar dos relatos serem mais focados nestes períodos, conseguimos perceber para onde estes refugiados foram depois de saírem de Portugal. Foram igualmente exploradas as memórias que tinham do país e de como foi passarem por aqui.
O documentário é constituído pelas narrações de cada um, acompanhadas por imagens da época.
São relatos que conjugam dor, sofrimento, resiliência e boas memórias do espaço português. É interessante a sua visualização porque nos permite conhecer outras realidades para além dos campos de concentração. Realidades estas que são menos exploradas no cinema e na literatura. É um documentário bem feito e que facilmente captou a minha atenção.
Classificação
Uma pista para o amor
Há alturas em que precisamos de um filme levezinho, de fácil visualização e que não exija muito da nossa capacidade cognitiva. "Uma pista para o amor" é uma boa opção para estas alturas.
Em traços gerais o filme narra a vida de Emily James, uma patinadora no gelo considerada brilhante que, por motivos de força maior teve de deixar as pistas de gelo. Tornou-se treinadora de crianças, mas a chegada de um novo treinador acaba por despertar-lhe a vontade de competir.
Pelos traços gerais é possível perceber que o filme é previsível, com romance e drama à mistura. Porém, traz uma história que consola e que permite que se desligue do stress e da agitação dos dias.
Os atores não têm desempenhos brilhantes (algumas representações são até um pouco fraquinhas), mas a energia positiva que emana do final é capaz de ofuscar aquilo que funciona menos bem.
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