Por detrás da tela | "Um dia de mãe"
Tenho aqueles dias em que o meu cérebro precisa de desligar, em que precisa de receber uma estimulação mais passiva. No fundo, preciso de estar a fazer algo que não me obrigue a pensar muito, nem que me leve por reflexões intermináveis. Nestes momentos, apostar num filme de comédia é garantia de sucesso para o descanso cerebral.
Foi precisamente num desses dias que decidi apostar no filme Um dia de mãe. Fui bem sucedida na escolha. Um filme divertido e com um tom bem-disposto que me ajudou a desligar do mundo. É um filme focado em diferentes relações humanas: relações de casal (heterossexual e homossexual); relações entre pais e filhos(as); relações entre ex-casais; e, relações entre irmãos.
Luto e preconceito são duas temáticas presentes no filme. Não foram abordadas de forma pesada, não me incomodaram, nem me chocaram. Senti que o tom positivo e descontraído conferido a estas situações ao longo do filme, não as minimizou aos meus olhos, nem lhes retirou importância. Foram abordadas de uma forma que ajuda a pensar no impacto das mesmas nas relações humanas, mas há espaço para a mudanças e para que a resiliência prevaleça.
O divórcio é outra temática que figura na linha narrativa deste filme. Foi muito engraçado assistir a este núcleo de personagens. A forma como a família se organizou deixou espaço para explorar emoções menos prazerosas, ao mesmo tempo que deixou espaço para o desenvolvimento de relações saudáveis e onde as crianças e a sua proteção assumiu o maior interesse das crianças.
Um dia de mãe é um excelente filme para um momento descontraído em família e para que as pessoas se possam inspirar em forma de relacionamento menos tóxicas e mais protetoras das pessoas com quem nos relacionamos.