Resumo do mês | Fevereiro
Fevereiro é um mês pequeno. Os dias sucederam-se uns aos outros com uma pressa estranha de chegar a Março. Talvez queira ver a primavera. Fevereiro teve tantos os dias cinzentos como os dias de sol, porém, nas minhas leituras ganharam os dias cinzentos. Comecei com nuvens e a caçar a cabeças (O caçador de cabeças - Jo Nesbø). Foi uma leitura um tanto ou quanto enublada, com algumas abertas e que transformou num dia sol surpreendente quando cheguei às últimas páginas. Valeu a pena vencer as nuvens de partes mais arrastadas para chegar a um final surpreendente e que dificilmente esquecerei. Enquanto um novo estado de tempo não se instalada, tive ainda tempo para um breve reencontro com um amor adolescente (O encontro - Virgílio Ferreira). Foi um encontro não planeado. Mas soube bem. Foi como encontrar um velho amigo com quem já não falávamos há muito tempo e sentir que a essência da pessoa permaneceu inabalável. Este reencontro foi uma tentativa vã de amenizar os estragos temporais que se iriam seguir. O cinzento deu lugar ao negro e vi-me arrastar numa leitura cheia de relâmpagos (Orbias: As guerreiras da deusa - Fábio Ventura), com muitos aguaceiros de frustração pelo meio e a sensação de que me arrastava por uma estrada interminável onde a tempestade não dava tréguas. Todo este mau tempo literário deixou-me cansada, precisava de sol, de algo que iluminasse o meu coração. Não encontrei a Bela e o Vilão (A bela e o vilão - Julia Quinn) que o título e a sinopse prometiam. Cruzei-me antes com um história de amor intensa que fez o sol voltar ao meu coração enquanto a chuva lá fora se fazia notar na janela do meu quarto.