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Por detrás das palavras

Opinião | "A vida sem ti" de Tânia Ganho

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É o segundo livro que leio da Tânia Ganho e prevaleceu a mesma sensação da leitura anterior: a dificuldade em me conectar com as personagens e em sentir empatia pelas fragilidades das mesmas. 

Neste livro acompanhamos a história da Ana, uma jovem mulher que procura ser amada. É nas suas buscas pelo amor que conhece Richard, um homem que vai lhe mostrar o lado feio do amor. 

Numa escrita muito cuidada e limpa, fui acompanhando os desafios e os conflitos internos da Ana sem nunca me sentir perto dela ou conectada. Era apenas uma leitora espetadora que assistia de forma passiva e pouco envolvida ao desenrolar das situações que iam pautando o quotidiano desta mulher.

Poder-me-ia ter sentido desolada e zangada com a vida que ela vivia com Richard; poder-me-ia ter sentido triste com a dor do seu luto familiar; poder-me-ia sentir compaixão pela sua vida laboral. Tantos sentimentos que me poderiam ter surgido, mas simplesmente lia as coisas de forma extremamente desligada. Talvez não tenha gostado da Ana, talvez me tenha revoltado com as suas más escolhas, talvez não me identificasse com o seu padrão de vida. E no meio destes talvez fui apenas uma leitora passiva que estava um pouco impaciente para chegar ao momento de rutura da narrativa que representasse uma real mudança na apatia a que a Ana se tinha entregado. 

Não fica muito deste livro. Nem pelo bem, nem pelo mal. Persiste a sensação de uma leitura mediana, que me foi entretendo as viagens para Braga. 

Ainda não desisti de Tânia Ganho, mas aguardo com alguma ânsia por uma história que toque o meu coração e me ligue às personagens.

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Opinião | "Traz-me de volta" de B. A. Paris

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"Traz-me de volta" chegou-me cá a casa pelas mãos de uma fã da autora, a Daniela. Fiquei contente quando vi o livro que me tinha calhado em sorte. Ela já me tinha emprestado o livro "Ao fechar a porta", que foi uma leitura que, apesar de não ter sido memorável, deixou a vontade de continuar a acompanhar o trabalho da escritora. 

Neste livro, há uma dança entre o passado e o presente que nos é narrada pela voz de Finn e, numa fase mais avançada da narrativa, da Layla. Layla, namorada de Finn, desaparece numa estação de serviço deixando Finn completamente angustiado com o sucedido. Passaram doze anos, Finn reconstruiu a sua vida com Ellen, a irmã de Layla. Quando menos espera, Finn é confrontado com uma conjunto de situações que sugerem que Layla está de volta.

O livro deu-me cabo dos nervos. Exasperei com Finn e os seus comportamentos estranhos, pouco congruentes e, por vezes um pouco ignorantes. Consegui justificar estas atitudes com o grande stress que passou a viver assim que os acontecimentos à sua volta sugeriram o regresso de Layla. Contudo, a leitura deixou-me com uma sensação de mal-estar que não consigo materializar em palavras nem  justificar. 

É um livro que convida à leitura porque vai alimentando a curiosidade do leitor. Aliás, foi mesmo esta curiosidade que me motivou para avançar na leitura e tentar desatar os nós mentais que o Finn e a Layla me iam deixando no cérebro. 

Chegando ao final, todas as situações em torno do desfecho deste enredo não fizeram sentido na minha cabeça. Parece que foi um pouco forçada a forma como a escritora decide encerrar a narrativa.
 
A conclusão a que cheguei foi que todas as personagens tinham problemas de saúde mental. Talvez tenha sido isso o motivo da minha indisposição. Senti falta de um certo equilíbrio em termos de tipo de personagens. Também é importante oferecer alguma "normalidade" aos enredos que se constrói. Acho que isso os torna mais realistas.
 

Espero que numa próxima obra da escritora possa sentir outras coisas e ter uma experiência mais humana e agradável. 

 Conta-me, que livros já te deixaram desconfortável ou indisposto(a)?

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Opinião | "Curar as energias negativas" de Anne Jones

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Este ano tem lido mais livros de não ficção. Têm sido a minha companhia nas viagens porque não exigem uma leitura muito regular. Não fico refém de uma história, de uma sequência de acontecimentos que precisam de ser memorizados para que a leitura continue a fazer sentido. Nos livros de não ficção, eu leio conteúdo que me fica na memória por aprendizagem e assimilação imediata do conteúdo.

Curar as energias negativas despertou a minha atenção. Eu não sei muito bem se acredite em energias negativas. Aquilo que sei é que quando estou rodeada de pessoas com más intenções, que manifestam inveja de forma direta ou dissimulada, que me deixam sinais de que ficam felizes com a minha desgraçada fico esgotada, com um tristeza inexplicável e são pessoas com as quais, na generalidade, tenho muita dificuldade em estabelecer um vínculo afetivo significativo. Foram estes aspetos que me motivaram a ler este livro. Estava à espera de algum mais profundo e que explorasse mais este tipo de relações interpessoais.

Neste livro, cruzei-me com informação engraçada mas com um lado perigoso que me preocupou. Muitas pessoas, quando passam por um período de fragilidade emocional e psicológica recorrem, muitas vezes a este tipo de livros. Infelizmente, optam por se debruçar nestes livros em vez de procurar ajuda de um profissional. Por vezes, senti que o livro queria apresentar uma solução para todos os problemas da vida que condicionam a saúde psicológica individual. Infelizmente, não existem curas milagrosas. O problema é real e a intervenção de um profissional pode ser fundamental.

Um aspeto curioso foi que, ao longo da leitura, foram alguns os momentos em que dei por mim a rir. Era o meu lado racional a balizar a experiência de leitura e o facto de achar que algumas daquelas coisas não faziam grande sentido no contexto de vida real. 

Não sei a quem poderá interessar estes livro. Acho que é uma temática demasiado específica. É um livro que poderá ser lido por alguém com sentido crítico e que tenha consciência que o livro não trará respostas para problemas de saúde psicológica que possam ter. É importante que seja lido com responsabilidade e com a plena consciência de que não são aquelas as respostas para curar aspetos da saúde mental.

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Opinião | "Sei lá" de Margarida Rebelo Pinto

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Margarida Rebelo Pinto é uma autora com bastante espaço na literatura em Portugal. É mulher que escreve sobre mulheres. 

Não é uma autora desconhecida para mim, mas o crescimento e o amadurecimento enquanto leitora fizeram-me perder o encanto nas suas obras.

Tinha visto o filme que foi adaptado deste livro e fiquei com curiosidade em ler. 

Madalena é a personagens central. Através dela, o leitor fica a conhecer as suas amigas, as personalidades, sonhos, ambições e comportamentos de cada uma delas. 
São personagens que abarcam alguns estereótipos que fazem com que a leitura perca um pouco do seu entusiasmo. Não me identifiquei com aquelas mulheres apesar de estar na mesma faixa etária e isso afastou-me da leitura. 

Acabei por terminar facilmente o livro. Apesar do conteúdo narrativo não me ter entusiasmado, o livro é relativamente pequeno e a escrita é muito fluída. Não exige muito poder de concentração ou de ligação ao livro.

É um livro que retrata a sociedade dos anos 90, o que pode ser interessante para quem quiser conhecer um pouco da sociedade da altura do ponto de vista de mulheres adultas, com formas distintas de olhar para a vida.

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Opinião | "Que ossos curiosos!" de Janet & Allan Ahlberg

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Acho que os livros infantis não têm idade, ou seja, não são apenas para crianças são para pessoas de todas as idades. Esta é a minha opinião porque, na generalidade, estas histórias trazem mensagens e valores importantes e que estimulam a reflexão do leitor.

Leio menos livros deste do género do que aquilo que eu gostaria; mas sempre que tenho uma oportunidade de ler, aproveito. 

"Que ossos curiosos" conta a história de dois esqueletos que decidem fazer umas travessuras na noite de Halloween.
Esperava um pouco mais da mensagem desta narrativa. Tornou-se tudo demasiado repetitivo, fazendo com que a narrativa perdesse um pouco a profundidade e o sentido.

Poderá ser engraçado para os miúdos explorarem as palavras, os sons repetidos e explorarem as ilustrações. O pormenor da capa (os esqueletos brilham no escuro) também poderá ser atrativo.

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Opinião | "A reclusa" de Debra Jo Immergut

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Trouxe este livro da biblioteca partilhando das expetativas da bibliotecária Este livro tem uma premissa muito interessante. Desperta a curiosidade de um leitor. Quando peguei no livro e ouvi isto da parte dela, concordei com a expetativa que ela tinha criado em relação ao mesmo. Ela ainda partilhou que, assim que eu o devolvesse, seria a próxima leitora a requisitá-lo. 

Afinal, o que é que serve de mote ao desenvolvimento desta história? Temos uma jovem adulta, Miranda, que inesperadamente se envolve numa situação que a leva à cadeia. Lá passa a receber acompanhamento psicológico. Frank, o psicólogo do estabelecimento prisional já conhecia Miranda, a jovem por quem esteve apaixonado durante o liceu. E, ao que parece, essa paixão não ficou na adolescência.

Um aspeto muito curioso, e que funcionou como bom gatilho para o meu interesse na leitura, foram os títulos de alguns capítulos. Como forma de nomear os capítulos, a autora escolheu artigos do código deontológico dos psicólogos. Foi interessante confrontar os acontecimentos com as diretrizes que norteiam as boas práticas profissionais. Quantas vezes pode um profissional quebrar o código de ética e deontológico que rege a sua atividade profissional? O Frank consegue ensinar muito este aspeto através do seu comportamento. 

Infelizmente, a linha narrativa foi perdendo o foco, dispersou e trouxe confusão à mensagem que pretendia transmitir. Foi muito interessante ler sobre os percursos de Frank e Miranda. Contudo, muitas vezes senti que era uma abordagem demasiado superficial. Faltou profundidade, faltou mais contextualização e faltou mais passagens que mostrassem mais a ligação que se começou a desenhar entre Frank e Miranda.

Depois de algum desânimo com a leitura, o final ofereceu-me algum alento. Foi inesperável e algo surpreendente. A narrativa sofreu uma boa reviravolta. Apesar de ter ficado agradavelmente satisfeita com o final, o mesmo não foi suficiente para apagar o desagrado que se instalou ao longo da leitura.

Nunca me cruzei com opiniões acerca deste livro, mas gostava de conhecer outras perspetivas sobre o mesmo.

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Opinião | "Fantasmas do passado" de Minette Walters

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Fantasmas do passado era um livro totalmente desconhecido para mim. Cruzei-me com ele nos destaques da biblioteca e achei que poderia ser um leitura interessante. O facto de ter um desafio direcionado para este género de livros também ajudou a ponderar esta escolha. 

O livro tem uma história complexa. Um professor universitário que gosta de refletir sobre as injustiças do tribunal. E é esta a base de todo o livro. Tentar perceber onde mora a injustiça de um crime que aconteceu há mais de 30 anos e levou à condenação de um inocente. Tirando o primeiro capítulo que é narrado nos anos 70, todo o resto do livro é narrado no momento presente da ação e acho que isso retirou muito dinamismo à história. Aliás, permaneceu em mim, em muitos dos momentos, uma leve sensação de aborrecimento que transformava o meu ritmo de leitura. Lia devagar e a sensação era de que não sai do mesmo sítio. 

Um elemento interessante é o acesso aos relatórios dos depoimentos, às notícias publicadas e partes do capítulo do professor universitário Hughes. São elementos que oferecem algum dinamismo ao livro e que permitem a aceder a diferente tipo de informação; aspetos que interferiram positivamente na minha relação com o livro.

A narrativa vai-se arrastando enquanto as personagens vão tentando compreender o que aconteceu no passado. Vão desenterrando alguns acontecimentos, desconstruindo o comportamento atual de algumas personagens... Mas tudo se vai desenrolando de forma demasiado lenta. Falta suspense que crie dependência. Esta ausência de suspense torna a leitura demasiado aborrecida e deixa a sensação de que nada de relevante irá acontecer. O livro beneficiaria com uma alternância entre presente e passado. Acho que a existência de capítulos que nos mostrassem os acontecimentos do passado seriam essenciais para oferecer ao livro outra atmosfera.

O livro aborda temas como a violação, o preconceito, os bairros sociais, a deficiência mental... Tem passagens muito interessantes onde estes temas estão inseridos em situações que me fizeram refletir sobre os comportamentos individuais e os comportamentos da comunidade. Como é que se alimenta o preconceito? Como é que se condena o futuro de uma jovem? Como é as amizades nos podem oferecer o pior da condição humana? Que adultos escolhemos ser com base no nosso passado? Mais do que os acontecimentos e as experiências adversas pelas quais podemos passar, nós somos aquilo que escolhermos fazer com tudo o que vivemos. Mas será o contexto nos permite sempre fazer essa escolha? São perguntas que me foram surgindo ao longo da leitura.

Para os leitores que apreciam um estilo de thriller mais lento, sem suspense e sem tensão psicológica este poderá ser um livro capaz de proporcionar uma boa leitura. Mas como gosto sempre de reforçar, só poderás construir a tua opinião se deres uma oportunidade ao livro. 

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Opinião | “Quando o sol brilha” de Rui Conceição Silva

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Desde o momento em que aprendi a diferença entre o contar e o demonstrar que a leitura se tornou diferente para mim. Esta aprendizagem permitiu-me olhar para a histórias de outra forma e perceber melhor o porquê de alguns livros não funcionarem comigo.

Quando o sol brilha fez-me perceber a importância do demonstrar para que uma história ganhe dimensionalidade para mim. É verdade que parti para a leitura com expetativas bastante elevadas. As pontuações e opiniões do Goodreads sugeriam uma boa leitura.  Contudo, logo nas primeiras páginas senti que iria ter pela frente uma leitura exigente e que estava longe das promessas que antevi no Goodreads.

Como deves perceber pelo meu primeiro parágrafo, este livro revela algumas fragilidades estruturais. O contar é aquilo que domina o livro e pouco espaço sobre para o demonstrar. As páginas em estilo relato sucedessem-se umas às outras. Pelo meio surgem diálogos, por vezes, artificiais; contruídos através de frases feitas que não representam as personagens deste livro. Não são frases de gente simples, de um Portugal demasiado rural e a sair de um período de ditadura que o desgastou. Há excesso de purple prose que torna a leitura frustrante e onde me arrastei na esperança de que as coisas melhorassem.

Outro problema do livro é o seu foco, o seu objetivo. A minha sensação é que o escritor quis abraçar o mundo e acabou por se perder nele. As temáticas são flutuantes, os acontecimentos sucedem-se uns aos outros e os conflitos não são esgotados de forma a dar um propósito e uma orientação clara à história e às suas personagens. Temos um livro cujo início se centra quase em exclusivo na dinâmica de uma aldeia e das pessoas que lá vivem; depois aflora-se a história de Felismino e Alice, sem se aprofundar verdadeiramente as emoções e os acontecimentos; seguem-se as tragédias de Edmundo, um homem simples que gosta de ler, muito contadas e pouco demonstradas.

Sendo uma narrativa cuja a ação decorre, maioritariamente, na década de 70, está demasiado despedia de contextualização Histórica. De referências que levem o leitor para aquele espaço, para aquele tempo e para aquele lugar. No final, elas aparecem de forma mais vívida, mas em grande parte do livro senti que poderia ser uma história passada numa qualquer aldeia do interior nacional na década de 90.

Há uma enorme miscelânea de assuntos que o livro aborda: demência, luto, alcoolismo, saúde mental. Apenas faltou uma abordagem que esgotasse estes assuntos de uma forma mais realista e, no caso da saúde mental, mais respeitável e verdadeira. Na fase final do livro, há um conjunto de páginas cujo foco é a saúde mental. Confesso que a forma como o assunto foi tratado me revoltou. Achei as cenas pouco coesas e que ilustravam pouco o que era ser doente mental na década de 70.

Além da saúde mental, há outro aspeto do comportamento de Edmundo que me pareceu demasiado normalizado. Não quero entrar em pormenores para não deixar spoilers, mas não achei o comportamento coerente com a situação nem com a personagem em questão.

Desta leitura irei guardar a ruralidade presente em muitos dos momentos do livro. Viver num universo rural permitiu-me identificar com alguns aspetos e situações do livro. Há passagem que me remetem para as histórias que os meus avós, os meus pais e amigos da família partilhavam de como era viver numa aldeia mais interior nas décadas de 70 e 80.

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Opinião | "Acredita: a vida sabe o que faz" de Júlia Domingues

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Este não é um tipo de livro que eu opte por comprar. A verdade é que não vai muito ao encontro dos meus interesses. Porém, a A., a minha "estágiamiga" decidiu oferecer-mo de presente. Ela foi conquistada pelo livro e pela sinopse; eu comecei a leitura com alguma reserva. 

O livro reúne um conjunto de texto soltos que abordam o desenvolvimento pessoal e a importância de acreditarmos nas nossas capacidades. No fundo, são textos motivacionais. 

São textos agradáveis de ler, mas não me tocaram de forma particularmente especial. Acho que não têm a profundidade suficiente para me levar a reflexões. Eu procuro sempre coisas mais complexas. Um livro de ficção, com uma boa história (drama, romance, thriller), por vezes, tem uma maior capacidade de me colocar a pensar nos assuntos a refletir na minha vida. No fundo, passei pelas páginas desde livro de forma um pouco leviana. 

Talvez seja um bom livro para quem se está a iniciar na leitura, para quem procura textos soltos que abordem a resiliência humana e a capacidade que pode viver em cada um de nós.  

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Opinião | "Nome de código: Traição" de Karen Cleveland

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Quando vou à biblioteca opto por trazer obras de autores desconhecidos. A biblioteca permite-me arriscar em obras sem que a minha carteira sofra. Diversifico leituras, autores, géneros... Ainda bem que existem bibliotecas. Da última vez que lá fui "Nome de código: Traição" foi um dos escolhidos para trazer para casa. Uma escolha às cegas que não me conquistou. 

Em alguns momentos, a leitura foi um pouco forçada. Senti-me tão confusa em alguns momentos da história que tornaram difícil a minha vinculação às personagens e aos acontecimentos.
"Nome de código: Traição" conta a história de uma agente do FBI, Stephanie Maddox, que sempre sonhou em apanhar os poderosos que se dedicavam a atos de corrupção. Isto é resultado do seu passado e de uma situação que precisou de silenciar.  

Este acontecimento passado é o mote para o desenvolvimento da história. Criam-se umas histórias paralelas estranhas que, a meu ver, foram introduzidas para gerar conteúdo. Em termos lógicos e de coerência no seguimento da narrativa não me fizeram grande sentido. Não consegui perceber a ligação entre o acontecimento do passado e todos os acontecimentos que se iam desenvolvendo no presente. Indiretamente e com algum esforço eu consigo estabelecer ligações. Contudo, analisando mais criticamente a obra a sensação com que fiquei é que não existe uma relação coesa entre os acontecimentos. Não consegui identificar os mecanismos lógicos que relacionam tudo aquilo que Stephanie Maddox vai enfrentado. 

Acho que ao longo da leitura me fui esforçando demasiado para perceber o funcionamento da história e isso desgastou-me. Estava deserta por finalizar o livro, virar a última página, muito na esperança de encontrar respostas para minha confusão e esperançosa que nas últimas páginas a escritora me oferecesse algo com sentido e estruturalmente interessante. Não aconteceu. 

A leitura deixou-me num misto de sentimentos relativamente a experimentar outra obra da escritora. Por um lado tenho vontade de ler mais e, assim, consolidar a minha opinião. Por outro, tenho receio de me cruzar novamente com uma história pouco apelativa e que me gere os mesmo sentimentos desta. 

Já leste algum livro desta escritora?
Partilhas da mesma sensação que eu?

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