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Por detrás das palavras

Opinião | "Sempre tu" de Colleen Hoover

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Se há escritora que consegue transformar emoções e sentimentos em palavras é a Colleen Hoover. Todos os livros que li da escritora conseguem carregar uma carga emocional que me liga quase de imediato às suas histórias. Esta característica dos livros é muito importante. É uma forma do leitor trabalhar a sua própria competência emocional.

"Sempre tu" reúne a história de dois olhares: o de Morgan e o de Clara. Estas páginas reúnem os relatos de uma mãe e de uma filha sobre a realidade onde estão inseridas. São relatos marcados pela personalidade de cada uma. Morgan traz-nos uma parte da sua voz adolescente que contextualiza algumas partes da sua voz adulta. A voz de Clara espelha os dilemas, dramas e confusões de uma adolescente. 

É um livro preenchido por diferentes formas de amor. Há amores imutáveis, que o tempo não os desvanece; há os que se transformam após uma revolução, tornando-se mais maduros; há os que nascem da inocência, uns com mais brilho, outros que se perdem na luz ofuscante de um sentimento ambíguo. Tantas maneiras diferentes de amar e cada uma com um papel relevante para a história que este livro conta. 

O drama é o ponto central do livro. Há um acidente com com Chris, o marido de Morgan e pai de Clara, que origina um conjunto de transformações. Não foi muito difícil adivinhar a linha narrativa que iria orientas as dinâmicas de algumas das personagens. Os acontecimentos são previsíveis, mas a forma como eles são contados transformam-nos num desencadear muito diversificado de emoções. É esta componente emocional que anula o possível aborrecimento que as coisas previsíveis podem originar. 

O drama assenta no desmoronar de uma vida que se acreditava alinhada. É interessante olhar para a Morgan e vê-la a desconstruir as suas escolhas e os acontecimentos que marcaram a sua existência. Há ali uma história paralela que merecia ser contada. Eu queria ter sabido o conteúdo daquelas cartas e daquelas postais. Gostava de conhecer o outro lado da história. Estes elementos causaram-me alguma frustração. Ficou demasiado espaço para  a imaginação e muitas interrogações. 

E, enquanto tudo à sua volta ruía, Morgan revirava o seu interior para atender às necessidade da sua filha. Clara, qual adolescente rebelde, assumiu uma postura um pouco mimada e egocêntrica. A interação entre estas duas pode originar alguma momentos de frustração. Muitas vezes me apeteceu saltar para dentro do livro e oferecer um banho de humildade à Clara, mas sabia que a autora iria ser capaz de enquadrar os momentos de tensão que estas duas protagonizaram. 

Com Miller, Clara tem uma postura mais adulta. Porém, nos momentos em que se deixa consumir pela raiva que alimenta em relação à mãe, ela transforma-se num ser um pouco desprezível e choca com a serenidade do Miller. 
Miller é um rapaz mais carismático do que aquilo que inicialmente parece. Aquele capítulo final onde ele despe toda a sua alma é bastante emocionante. Foram das cenas mais bonitas que eu já li em livro. 

A leitura é viciante. Há muito dinamismo na narrativa o que torna a leitura muito fluída. 
Foi uma excelente leitura de férias. 

Classificação

Opinião | "Verity" de Colleen Hoover

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Classificação: 4 Estrelas

Partilhar a minha opinião acerca do livro "Verity" sem usar spoilers será um verdadeiro desafio. Demorei a conseguir sentar-me e escrever uma opinião acerca do mesmo porque não sabia colocar em palavras a confusão cerebral que se instalou na minha cabeça. 

Assim que terminei de ler a última página, o meu primeiro pensamento foi Isto não faz o menor sentido. Desculpem-me a ousadia deste pensamento, principalmente aqueles que vibram e deliram com as obras desta escritora, mas para o perceberem tem de saber duas pequenas coisas sobre mim. Eu não consigo ler um livro e dissociar de mim dois aspetos que condicionam a forma como interpreto as coisas à minha volta. 1) Sou uma pessoa que racionaliza tudo, procuro uma explicação lógica, científica e verdadeiramente possível para grande parte das coisas que me rodeiam (daí a minha dificuldade com os livro de fantasia) e 2) Muitas vezes o meu olhar de psicóloga interfere na forma como interpreto as histórias que me vou cruzando. Muitas vezes consigo desligar estes dois botões mentais. Outras há em que eles estão em estado On e colocam o meu cérebro num verdadeiro turbilhão de sinapses. 

"Verity" foi um dos livros que ativou estes meus dois lados. Era impossível isso não acontecer tendo uma mulher, Verity, com um perfil psicológico muito particular e um homem, Jeremy, bonito e atencioso com um profundo amor pelos filhos com uma aura de mistério que nos intriga. Se isto já não fosse suficiente, juntamos Lowen, uma escritora tímida com uma imaginação bastante fértil. Claro que tudo foi cuidadosamente apimentado de tragédias e dramas capazes de fazer parar o cérebro. Digam lá se eu não tinha aqui um cocktail explosivo para o meu cérebro "psico-racional". 

A leitura foi compulsiva e sempre com a certeza que tinha desvendado tudo sobre a Verity (que, em alguns momentos levou a minha memória até à Amy, a protagonista do livro "Em Parte Incerta"). Lia na expetativa de constatar como é que toda aquela loucura iria terminar. 
A narrativa foi construída de forma muito interessante pois tudo adensava o mistério e a expetativa que pairava sob aquelas personagens. Até os cenários físicos onde as personagens se moviam estavam em congruência com o lado negro que a escritora quis passar ao leitor. No meu caso, eu imaginei sempre aquela casa e aquele lago envoltos em neblina e com um ambiente marcado pelo cinzento. Aliás, todos os cenários que davam corpo às cenas eu imaginava-os como sendo passados em dias nublados. A meu ver é uma boa ilusão de ótica que as palavras da escritora criaram na minha cabeça. Friso que isto é um único produto da minha imaginação. A  história não dá indicações precisas sobre o estado do tempo, mas como já vos expliquei mais atrás a minha atividade cerebral é um bocado estranha (nada temam, apesar de estranha é completamente funcional). 

E foi neste embalo cinzento que fui até às últimas páginas e atiraram por terra todo o meu raciocínio lógico, muito bem construído e alinhado. Aquele fim dá aso a uma infindável panóplia de interpretações. É um final aberto que deixa espaço à nossa imaginação e à nossa sensibilidade emocional e racional. Eu acreditei na Verity! Isto porque, para mim, era racionalmente impossível as coisas se terem passado de outra forma. Só temos acesso à sua visão dos factos, não sabemos como Jeremy interpreta a sua vida. Porém, depois de ler aquelas últimas páginas era, para mim, racionalmente impossível viver-se com uma pessoa sem lhe conhecer alguns lados mais obscuros (a não ser que andássemos muito cegos em relação às pessoas com quem lidamos). Acho muito pouco provável que Jeremy não conhecesse a verdadeira essência da sua esposa, principalmente no que se refere à forma como cuidada e olhava pelos seus filhos. 
Apesar de tudo, tenho uma vozinha interior que não deixa que o meu cérebro desligue e o coloca a pensar no lado oposto desta minha interpretação. E isto é uma sensação horrível! Não permite que o livro fique simplesmente arrumado na nossa memória. 

Tendo em conta esta minha minuciosa descrição acerca do livro, devem estar a perguntar-se "Então, se sentiste isto tudo, porque é que apenas deste 4 estrelas ao livro?". É uma questão muito legítima. Eu gostei muito do livro, foi uma leitura desafiante em termos de interpretação... Contudo faltou-me algo que me encaminhasse para um desfecho mais concreto. É uma questão de gosto pessoal. Tenho a certeza, que os leitores que são apaixonados por finais em aberto irão delirar com o desfecho do livro. No meu caso, deixou uma imensa frustração. 

Opinião | "Amor Cruel" de Colleen Hoover


Classificação: 4 Estrelas

Amor Cruel é o quarto livro da Colleen Hoover que leio e há um aspeto que posso afirmar com toda a certeza que a escrita da autora tem um toque emocional muito especial. Mesmo escrevendo sobre assuntos amplamente abordados na literatura e no cinema, mesmo usando clichés ao longo dos seus livros e mesmo sabendo como eles terminam é inegável o cunho pessoal. Em cada descrição e em cada diálogo sobressai uma sensibilidade especial para transformar palavras, ações e personagem em emoções muito realistas. Perante isto só vos posso dizer que sou incapaz de resistir a estes livros.

Logo no início deste livro é possível verificar esta sensibilidade. As emoções começam logo nas primeiras páginas e isso agarrou-me logo à história.
Eu gostei da história, gostei da carga emocional que envolvia o Milles assim como a forma como essa carga cresceu ao longo da narrativa. 
Contudo, neste livro, aconteceu-me algo curioso. Adorei todo o conteúdo narrativo, mas embirrei um pouco com as personagens ao ponto de não criar grande afinidade com elas. Para mim, Milles e Tate apresentam uma elevada maturidade para a idade, porém bem sempre essa maturidade acompanhava as ações e comportamentos que eles apresentavam. Esta inconsistência entre comportamento e personalidade chateou-me e irritou-me um bocadinho.
Apesar desta minha irritação consegui perceber que existia ali muito sofrimento e que isso estava a interferir na lucidez das personagens.

Outro aspeto que me impediu de dar um pontuação mais elevada ao livro foi a forma como a relação foi construída. Senti que houve uma enorme valorização da relação física, mesmo quando eu já esperava algo mais daquela relação entre Tate e Miles. Demoraram a evoluir enquanto casal, pareceu-me que estavam demasiado focados na relação física mesmo quando se sentia a necessidade de desbloquear alguma coisa entre eles e apresentar uma maior profundidade emocional. 

Também acho que a autora não esgotou algumas situações importantes. Senti que ela foi superficial em alguns assuntos e apenas nos contou certos acontecimentos, principalmente no que respeita ao passado de Milles. 

Li este livro de uma forma voraz porque muito facilmente fui envolvida pela história e consumida pela minha necessidade de procurar mais respostas para as minhas dúvidas.
Acho que este livro é o ideal para todos aqueles e aquelas que são incapazes de resistir a um bom romance. 

Opinião | "Uma nova esperança" de Colleen Hoover (Hopeless #2)

Uma Nova Esperança (Hopeless, #2)
Classificação: 4 Estrelas

Colleen Hoover costuma ser sempre uma aposta certeira. É uma autora que tem magia diferente no que toca à combinação de palavras e construção de diálogos. Ela consegue encaixar muito bem os acontecimentos, preenchendo-os com uma narrativa apelativa, diálogos marcados pelas emoções e narrativas bem realistas.

Uma nova esperança é o segundo volume da série Hopeless. Apesar de não ter lido o livro anterior em nada interferiu para a minha compreensão do factos. Aliás só fiquei com mais curiosidade para saber e conhecer melhor toda a história em volta da Sky -  é que houve ali umas passagens que não me convenceram e não me pareceram muito realistas.

Uma das grandes características dos livros desta autora é a sua capacidade de usar palavras e construir diálogos portadores de uma sensibilidade e emotividade que conseguem chegar até mim de uma forma especial.
Na minha opinião, é esta capacidade de tornar as emoções tão reais que me deixa presa ao livro.

Nós aqui acedemos a todos os acontecimentos através dos olhos de Holder, um jovem que se vê com muitas feridas para cicatrizar. A relação que ele vai construindo com a Sky é de cortar a respiração. O jogo de palavras que Colleen Hoover usa para descrever tudo deixou-me muito presa à narrativa e ao que se iria seguir com estes dois.

Até ao momento foi o livro menos satisfatório que li da Colleen Hoover. Apesar de ter gostado bastante, ficaram ali umas coisas que não me convenceram e que achei que foram mal conduzidas.
Porém, penso que só com a leitura do primeiro volume me vou inteirar da situação.

Opinião | "9 de novembro" de Colleen Hoover

Classificação: 5 Estrelas

9 de novembro de Colleen Hoover é o segundo livro que leio desta escritora e, mais uma vez, encantou cada pedaço do meu coração. Apesar de ter adivinhado uma situação, isso não impediu com que me deliciasse com cada diálogo, com cada carta, com cada pedaço de amor que Fallon e Ben partilhavam.

Neste livro acompanhamos o romance entre dois jovens adultos que se encontram apenas uma vez por ano, no dia 9 de novembro. Este livro fez-me lembrar um outro que eu adoro: Um dia de  David Nicholls. Porém se, enquanto neste não havia qualquer contacto entre eles ao longo de um ano, no Um dia, as personagens falavam-se por outros meios de comunicação. 

Eu sou um pouco céptica em relação aos amores à primeira vista. Então quando eles são demasiado intensos, ainda mais confusão me faz. Para além do amor à primeira vista, este livro tem a agravante de eles se falarem muito pouco. Aborreceu-me um bocadinho! Porém, a autora conseguiu articular muito bem as coisas e acabou por conseguir passar muitas emoções para o meu lado. Foram tantas e tão boas que me fui esquecendo que aquele amor nasceu numa questão de instantes.  

As emoções. Este é o grande segredo da autora. Consegue passá-las de uma forma especial, de uma forma que me marca, que me faz ficar agarrada à estória, que me faz sugar cada nova informação que vai surgindo. Ansiava sempre por mais um encontro entre Fallon e Ben. Adorei os dois. Da Fallon guardo a insegurança que, aos poucos, se transforma. Do Ben guardo a sensibilidade e aquela forma mágica como usa as palavras. Tenho a certeza que, cada uma delas, ia direitinha ao coração da Fallon e das pessoas que ele escolhia para partilhar um bocadinho dele próprio. 
Collen sabe escrever sobre o amor. Não considerei este livro lamechas, muito pelo contrário. É profundo e sensível. É tudo tão bem construído que queremos mesmo entrar para dento do livro e conhecer os protagonistas.

É um livro sobre recomeços. Um livro onde se pretende reconstruir memórias felizes sobre memórias tristes. Temos romance, amizade, sentimentos, dor, drama e sofrimento. É um livro que, dentro do género me preenche e me enche as medidas. Sem querer, desfolho cada página sem me aperceber do passar das horas.

Opinião | "Confesso" de Colleen Hoover

Confesso
Classificação: 5 estrelas

A minha estreia com Colleen Hoover foi arrebatadora. É um livro com uma estória muito forte em termos sentimentais (ou então é tudo devido à minha sensibilidade para este tipo de livros) mas, em muitos momentos senti que o meu coração quase falhava uma batida com a expetativa de ler o que se seguia.  

Ao longo destas páginas acompanhamos as vidas de dois jovens, Auburn e Owen, que se cruzam num momento muito particular da vida de ambos. Vivem num presente com alguns segredos que condicionam a forma como eles pretendem viver o amor que começou a nascer entre eles. 
Owen é um pintor que exprime o seu talento partindo de confissões que as pessoas lhe vão deixando. Este é um ponto muito positivo no livro, uma vez que lhe confere uma originalidade muito própria. O facto de a autora ter incluído as pinturas é igualmente maravilhoso porque podemos ver na realidade a beleza das pinturas, fazendo com que nos sintamos mais perto de Owen e dos seus sentimentos.

O romance que cresce entre Auburn e Owen é muito querido, com alguns momentos engraçado mas é o drama que o marca e que o torna tão querido aos olhos de quem o vai conhecendo. Quase sem querer, somos embalados nas tristezas, sonhas e lutas destes dois jovens e sempre com a elevada expetativa de que tudo se endireite e que eles possam ter o seu final feliz. 

Numa narrativa coesa, bem estruturada e bastante sentimentalista, Colleen Hoover permite-nos sentir, rir, visualizar e sonhar com um lado positivo que a vida tem escondido para cada um de nós. A sua escrita envolvente e cheia de realismo envolve-nos tanto na narrativa que nos leva a ler de forma compulsiva sempre com a vontade de saber mais e mais.

O final do livro foi, para mim, demasiado apressado. Soube mesmo a pouco. Depois de assistir ao desenrolar de todas as verdades que prendiam as personagens e condicionavam os seus comportamentos, precisava de ver um final mais desenvolvido e com mais pormenores.

Eu adorei o Owen. Tem uma personalidade extremamente sensível, cativante e simpática... Contudo, ao ler o epílogo fiquei de tal modo tocada com a atitude dele que fiquei sem palavras e tive de parar e pensar sobre aquele final. E depois de pensar e olhar de modo muito pessoal para tudo o que Owen fez e viveu, só uma ideia me passou pela cabeça: precisamos de mais Owens no nosso mundo. 

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