Desde 2015 que não pegava num livro da Série Mortal escrita por J. D. Robb. Quando descobri esta série, delirei com as histórias. A sua essência futurista, a sua veia policial e uma relação amorosa transcendente foram elementos certeiros e com uma enorme capacidade de captar o meu interesse enquanto leitora.
Atendendo à minha experiência anterior, parti para a leitura com a expetativa de rever personagens queridas e uma história alucinante. A realidade é que a leitura não foi capaz de responder de forma eficaz às boas expetativas que tinha. É certo, eu cresci enquanto leitora! A minha disponibilidade mental não tem andado nos melhores dias. E, claro, acho que os meus interesses literários já não vão ao encontro dos elementos que caracterizam esta série e estes livros.
Nesta leitura, a realidade futurista oprimiu-me. A poluição atmosférica, que aparece muitas vezes retratada nas cenas exteriores, deixou-me nauseada e incomodada. Uma sensação estranha que incomodou a minha leitura. Eve e Roarke não me encantaram da mesma forma que em leituras anteriores. O crime envolto em cultos e crenças não me entusiasmou, nem me espicaçou o interesse. Talvez por ser uma aspeto pelo qual não sinto interesse ou vontade de saber mais.
Não estou a colocar em causa a qualidade do livro. Não detetei incongruências na narrativa; não houve cenas incompletas ou mal explicadas; no fundo, não encontrei nada que pudesse colocar em causa a qualidade da narrativa e da sua construção. Foi a minha experiência pessoal com o livro, e a esta minha opinião resulta de uma incompatibilidade com aquilo que o livro me ofereceu.
Agora fica a dúvida se devo ler mais livros da série ou encerrar por aqui a minha experiência com estes livros. É certo que eles marcaram uma fase da minha vida e que me ofereceram boas leituras e bons momentos. Será que os devo deixar nessa fase? Será que voltarei a desiludir-me? Muitas questões para as quais ainda não tenho resposta!
Que livros vos entusiasmaram numa determinada fase da vida e que hoje já não vos oferecem bons momentos de leitura?
Autora: J. D. Robb Ano: 2011 Número de páginas: 333 páginas Classificação: 4 Estrelas Sinopse: Aqui
Opinião
Já não lia um livro da Série Mortal há muito tempo. Tanto tempo que já sentia saudades destas personagens. É uma série que gosto muito e que me faz abstrair dos problemas do dia-a-dia.
Eve e Roarke são, para mim, um dos casais literários pelo qual tenho mais admiração e carinho. Roarke é aquele tipo de homem misterioso e cheio de um certo charme cativante e inebriante. Eve é uma mulher cheia de força, com uma personalidade apaixonante e cheia de camadas para desvendar e por quem é muito difícil não sentir carinho e admiração. E, assim, os dois juntos formam um casal que nos surpreende a cada livro que surge. Neste em particular continuamos a assistir à partilha de intimidade, à força que os une nos bons e nos maus momentos, ao carinho de Roarke por Eve e ao despontar da emocional de Eve. É interessantes vermos a forma como Eve se abre para o mundo das sentimentos e como isso a afeta. Um aspeto que gostei foi conhecer um bocadinho mais do passado de Eve.
O episódio criminal que é desenvolvido é interessante e mais uma vez nos mostra o génio de Nora Roberts (sob pseudónimo de J. D. Robb). Os aspetos futuristas do livro revelam uma inteligência e uma criatividade fora de série.
É interessante assistir aos contornos deste crime relacionados com o roubo de órgãos. As coisas que são descritas em termos científicos e tecnológicos são interessantes e prendem a atenção do leitor.
Ao longo desta leitura refleti sobre um aspeto interessante: o facto de Nora Roberts ter imaginado que em 2050 a informação iria ser passada por CD, ou seja, o CD apresenta um papel importante no mundo tecnológico de guardar e partilhar informação. Hoje em dia, o CD aparece pouco como um dispositivo de armazenamento de informação. É bom ver que a evolução consegue superar a imaginação do ser humano.
Autor: J. D. Robb Ano: 211 Editora: Edições Chá das Cinco Número de páginas: 317 páginas Classificação: 4 Estrelas
Sinopse
Na vibrante e misteriosa Nova Iorque do séc. XXI, a tenente Eve Dallas já sobreviveu a criminosos de todos os tipos, de meros ladrões a verdadeiros psicopatas. Mas desta vez é um bombista que está a ameaçar a sua cidade. Com a ajuda do seu marido, o magnata Roarke, Eve terá de enfrentar um enigmático grupo terrorista de nome Cassandra.
Sem objetivos claros, o grupo lança um rasto implacável de morte e ruína no mundo de Eve, e quando a sua teia de terror atinge aquelas pessoas mais próximas de si, Eve é forçada a ripostar. Afinal, esta é a sua cidade e o seu trabalho é defendê-la... mesmo quando, para isso, tem de arriscar a própria vida.
Opinião
Está é a minha série de eleição e a cada livro que leio fico mais enfeitiçada pelas personagens, pelos enredos e pelos ambientes criados pela autora.
Infelizmente, não li a série desde o início, mas é algo que um dia pretendo fazer, assim como adquirir todos os livros.
Neste nono livro da série o criminoso apresenta-se sob a forma de um grupo. Não consegui descobrir com antecedência o que estava por detrás de todo aquele cenário criminoso. Mais uma vez a autora consegue elaborar toda a cena do crime e criar boas ligações entre os acontecimentos.
Com este livro ficamos a conhecer melhor a Peabody e é-nos também apresentado o seu irmão Zeke. Gostei muito de ver esta versão mais aprofundada da personagem que é o braço direito da Tenente Eve.
Em relação à Eve e ao Roarke, estes estão cada vez melhor. Eve, ao longo do livro, reflecte muito acerca das relações e da sua atitude e comportamento na forma como se relaciona com Roarke. Ela é uma mulher com alguma dificuldade em lidar com o amor incondicional que apareceu na sua vida à quando o relacionamento com o seu enigmático marido. No fundo, a cada livro Eve vai descobrindo os caminhos do amor que até há bem pouco tempo estavam fechado para ela.
Esta é uma série fantástica e que vale a pena descobrir.
"Veio para Nova Iorque para ser polícia pois acreditava na ordem. Precisava dela para sobreviver. Tinha tornado as rédeas da sua vida, transformara-se na pessoa que um assistente social anónimo chamava de Eve Dallas..."
A lua-de-mel de Eve e Roarke é interrompida pelo estranho suicídio de um dos jovens engenheiros das empresas Roarke. Ao regressarem a casa, Eve é confrontada com outros casos de suicídio que usam diferentes métodos, mas todos partilham o mesmo sorriso desconcertante no rosto da vítima. Descobre que não se trata de mera coincidência e alguém está a planear a morte destas pessoas. Mas quando Eve se apercebe de que um dos alvos é o seu marido, a sua própria felicidade é ameaçada.
Num romance cheio de mistério, suspense e violência, a tenente Eve Dallas é atraída para o mundo da realidade virtual onde a mente se tornan num instrumento letal de destruição...
Opinião Estou completamente rendida a esta séria... Embora não tenha lido os livros desde o início é muito fácil perceber a estória... Mesmo assim quero ver se consigo dos dois volumes anteriores e lê-los.
São livros muito? fáceis de ler. Bons diálogos. Acção. E muita imaginação, uma vez que os acontecimentos se passam em 2058... São livros que nos estimulam a imaginação.
Depois temos umas personagens apaixonantes. Adoro a Eve e o Roarke. Ao longo da leitura dos livros vamos conhecendo-os cada vez mais e é quase como se os conhecêssemos em carne e osso.
Seria engraçado criar uma série televisiva baseada nesta séria literária. Contudo, acho muito difícil encontrar actores que se encaixam no perfil de Eve e de Roarke... Eu sinceramente não consigo pensar em nenhum...
São polícias que eu aconselho a leitura... Irão passar bons momentos... Neste quase que acertava no assassino... Foi apenas um bocadinho ao lado :).
Este foi o segundo livro que li desta saga de policiais. Infelizmente, não comecei a saga pelo início, mas irei ler os anteriores porque fiquei rendida aos crimes que a tenente Eve Dallas tem de resolver, assim como, aos mistérios que envolvem a sua vida pessoal.
A escrita é muito fluída e facilmente nos vemos envolvidos na estória. A nossa mente participa activamente na busca pelo responsável do crime. Reconstruímos os factos, procuramos provas e tentamos identificar o criminoso. Sim tentamos, porque no fim somos surpreendidos com o desenrolar dos acontecimentos.
Eve, paralelamente aos complexos crimes que tem para resolver, vê-se obrigada a enfrentar os fantasmas, até aí adormecidos, do seu passado. Roarke, o seu futuro marido, desempenha um papel crucial no modo como a tenente tem de lidar com o seu passado e com os terríveis acontecimentos que a marcaram profundamente.