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Por detrás das palavras

Dia Mundial do Sono | Os meus livros de não ficção sobre o tema

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Hoje é dia mundial do sono, tema que tem despertado o meu interesse. Este interesse é resultado de um contágio por parte de uma amiga minha.

A J. é uma amiga especial. Esta fisicamente longe, mas emocionalmente muito perto. Então, é frequente entrarmos em discussões filosóficas ou científicas. Duas psicólogas a discutir casos, áreas de intervenção, modelos... São discussões riquíssimas porque, muitas vezes, temos visões opostas sobre o mundo, a forma de intervir e a forma de chegar às pessoas. Eu sinto que aprendo imenso com ela e com o seu método de trabalho e, por isso, gosto de falar com ela e refletir sobre o mundo.

Então, foi ela que me foi alimentando esta curiosidade em relação ao sono e a tua que ele envolve. Estes livros foram-me oferecidos por ela. São dois livros de não ficção que me aproximam dela e que dão mais conhecimento sobre este universo que é o sono. 

É caso para dizer que os livros e discussão intelectual nos aproximam de uma forma muito especial.

Ainda não os consegui ler, mas tenho tido vontade de pegar em livros de não ficção e explorar temas de interesse. Estes, devido a desafios profissionais, terão de ser lidos ainda este ano.

Que livros de não ficção gostas de ler? Tens algum em especial que me recomendes? 

Coisas que nos dizem os livros # 1 | Dia internacional em memória das vítimas do Holocausto

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A História Mundial tem episódios terríveis onde o ser humano foi protagonista de comportamentos horrendos. Um desses períodos corresponde aos anos marcados pela Segunda Guerra Mundial. 

O dia 27 de janeiro de 1945 significou libertação para todos aqueles que conseguiram sobreviver para testemunhar os horrores vividos em Auschwitz. O dia que foi de libertação, que será sempre de libertação, tornou-se no dia que quer evitar o esquecimento. Este dia permite lembrar todos aqueles que conheceram na pele os horrores dos campos de concentração, do xenofobismo, do racismo e da intolerância. É o dia de olhar para o passado e ter a certeza de que não o queremos repetir no presente.

Os livros são perpetuadores de memórias. As histórias são eternas e permitem que a História não seja esquecida pelas gerações atuais. Através dos livros acedemos a uma parte do sofrimento das verdadeiras vítimas. Os escritores, através das suas palavras, tentam eternizar o sofrimento humano para que a humanidade não se esqueça do que aconteceu. 

Nem todos os livros trazem ficção. Há livros que são o grito de sofrimento de pessoas reais que conheceram o verdadeiro inferno na terra. Hoje quero trazer algumas das pessoas reais que me deram a conhecer este sofrimento e que me fazem lutar diariamente por uma sociedade que preserve os direitos humanos. 

Quero começar pela Anne (O diário de Anne Frank, Anne Frank), uma menina que viveu a sua adolescência fechada num anexo e depois num campo de concentração. A escrita foi uma salvação para ela, pelo menos enquanto esteve no anexo. O testemunho dela será intemporal. Continuará a mostrar o lado salvador da escrita e as angústias de viver uma adolescência numa época onde a liberdade, para muitas pessoas, só existia dentro da cabeça e do coração.2.jpg

Primo Levi (Se isto é um homem, Primo Levi) também procurou na escrita uma forma de se libertar da dureza emocional que o tempo que viveu no campo de concentração lhe deixou. A dureza do campo de concentração e do sofrimento ficaram impregnados na sua alma. Uma alma que o consumiu e do qual ele precisou de se libertar. 

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Não poderia terminar este post sem relembrar uma verdadeira fonte de inspiração. A forma Edith (A bailarina de Auschwtiz, Edith Eger) escolheu lidar com o sofrimento da sua existência e daquilo que a obrigaram a viver é de uma resiliência que não deixa ninguém indiferente. Aprendi imenso com ela e com a sua visão muito pragmática daquilo que é o stress pós traumático.

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A literatura permite eternizar a História. É importante que nunca se esqueça o passado. É importante que todas as gerações fiquem a conhecer parte do que aconteceu nesta época. E digo parte porque acho que será impossível conhecermos em profundidade todo o mal que se fez. 

Que personagem/ pessoa te ensinou algo sobre o Holocausto?

Indica-me um livro que te ensinou coisas sobre os tempos conturbados e negros da 2ª Guerra Mundial.

Opinião | "A breve história da menina eterna" de Rute Simões Ribeiro

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No início do mês, a escritora Rute Simões Ribeiro ofereceu aos leitores o download gratuito dos seus livros. 
Eu desconhecia esta escritora e o seu trabalho. Só cheguei até ela através da Tita e da Daniela. Como confio nas recomendações delas decidi arriscar.

No início estranhei a escrita e o modo muito próprio para contar a história. A Rita tem uma escrita muito bonita, com uma tonalidade algo lírica que me encantou. A narrativa e a forma como é contada é um pouco diferente daquilo que eu costumo ler e foi isso que me dificultou um pouco a leitura.

"A breve história da menina eterna" conta-nos a história de M. e da sua relação com a finitude da vida. É um livro que tem um forte potencial interpretativo e, por essa razão, é um excelente candidato a leituras conjuntas com possibilidade de discussão em grupo. Há muito para ler e assimilar nas entrelinhas desta história aparentemente simples. São poucas páginas, mas estão carregadas de uma forte simbologia. 

A forma como vivemos a morte e como encaramos o fim de vida são fortemente influenciados pelos padrões culturais. A morte acaba por ser um não assuntos, na minha realidade as pessoas têm dificuldade em falar da morte e da preparação para mesma. Vive-se a ilusão da eternidade, ofuscando o fim inevitável da nossa vida. Também é positivo que assim seja, caso contrário poderíamos ser dominados por um medo intenso que nos impedia de vivermos as coisas. M. foi vítima dessa necessidade cultural de pouparmos as crianças a assuntos complexos. Foi-lhe oferecida da visão da eternidade, mas essa oferenda permitiu-lhe a liberdade de viver de forma descomprometida.
Contudo, não se prepara para a morte. Fala-se muito em oferecer condições para uma boa vida, ou para um bom fim de vida. São geralmente essas as expressões culturalmente aceites. Nunca ouvi  expressões como: oferecer condições para uma boa morte; ou preparar a pessoa e a família para a morte. 

A morte e o luto são assuntos dolorosos, complexos e que têm um impacto diferente nas pessoas. Não há formas melhores ou piores de reagir. Há, simplesmente, diferentes maneiras de lidar com a perda e com o sofrimento que a mesma provoca. A nossa personagem foi "poupada" no que à questão da morte diz respeito e foi vivendo confiante na sua dimensão eterna. Já sabemos a falácia que reside nesta ideia e o livro permite-nos descobrir os sentimentos, as reações e as emoções que surgem quando a inocência se quebra. 

Este livro ganhou o meu coração pela escrita e pela reflexão que me ofereceu. Não adorei, mas ficou a vontade de conhecer mais livros da escritora.
Esta opinião é um reflexo da minha interpretação do texto e da história que li. Se optares por ler esta obra, poderás ter uma visão diferente e está tudo bem.

 Se já leste, o que é que achaste? Que reflexões retiraste desta leitura?

 Se ainda não leste, ficaste com curiosidade? Porquê?

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Opinião | "Se esta rua falasse" de James Baldwin

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Já me tinha cruzado com opiniões muito boas a este livro. Por isso, andava com uma enorme curiosidade de conhecer a escrita de Baldwin e a história que ele se propunha a contar. Após a leitura, posso dizer que o balanço é muito positivo e ficou a vontade de conhecer mais obras do escritor. 

Se esta rua falasse guarda uma história onde a luta pela liberdade assume um papel fundamental ao longo do livro. É mais do que a liberdade que se adquire ao sair da prisão, é a liberdade para ser. É a história de um grupo de pessoas que luta para se sentir livre para ser. Fonny e Tish só queriam ser eles próprios, viver o amor que os unia e não incomodar ninguém. 

O racismo, o preconceito e xenofobia ganham terreno nesta história e condenam a liberdade de Fonny e Tish. Foram impedidos de viverem num meio onde a cor da pele era um fator a ter em consideração no trabalho da polícia.
A leveza da escrita e a sensibilidade que Baldwin oferece à sua obra funcionam como um balsamo para a dureza daquilo que ele escolhe contar. É duro ver o desespero da Tish. É revoltante ver a injustiça oferecida de forma deliberada a Fonny.
Cada página de um presente no passado, reflete a atualidade. A intolerância, a insegurança e a forma fácil como se decide tecer um julgamento tendo por base ódios pessoais sem qualquer fundamento são demasiado reais e demasiado atuais. É angustiante perceber que o lado mais negro do ser humano não sofreu grandes alterações ao longo do tempo. Este livro é ideal para se refletir e discutir sobre violência, descriminação, luta pela liberdade e resiliência.

Enquanto deambulei pelo sofrimento atual deste jovem casal, esta história ainda me ofereceu o lado negro da infância de Fonny. Apesar de todas as dificuldades que a vida lhe foi impondo, a resiliência deste jovem é verdadeiramente inspiradora. 

É um livro cheio de conteúdo apesar de ter um pouco menos de 200 páginas. A minha leitura foi lenta; não porque não tivesse vontade de ler, mas sim porque a minha vida anda a intrometer-se nas minhas leituras. A minha disponibilidade mental para ler não tem sido muita e por isso leio menos e mais devagar. Por um lado é chato arrastar as leituras ao longo de vários dias (muitas vezes semanas), por outro permite-me absorver as coisas de forma mais consistente. Senti muito isto com Se esta rua falasse. A leitura mais lenta permitiu absorver melhor estes conteúdos e permitiu-me pensar sobre eles. 

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Opinião | "Lá, onde o vento chora" de Delia Owens

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"Lá, onde o vento chora" foi uma das minhas últimas leituras de 2020 e acho que é a opinião que mais me vai custar escrever de todos os livros lidos no ano que acabou de terminar. Vai-me custar, porque não consegui encontrar o encanto que tanta gente conseguiu. 

A ação central do livro desenrola-se em torno de Kya, uma criança que vive sozinha num pantanal e é socialmente excluída. Esta criança, de quem acompanhamos o crescimento, protagoniza verdadeiros momentos de resiliência. Quando tudo se desmoronava à sua volta, ela conseguiu encontrar força para continuar com a sua vida e procurou explicar para si própria aquilo que vivia através daquilo que observava e conhecia da natureza, lugar onde ela se perdia em observações. 

A natureza tem uma força muito grande neste livro. É quase como que uma personagem secundária que alimenta relações, dá forma a emoções e deixa no ar sons e cheiros capazes de espicaçar a imaginação de quem lê. 
Tudo isto chega ao leitor através de uma escrita com um tom quase lírico, que embala a leitura numa cadência muito própria. Há descrições que parecem poesia e que despertam os sentidos. Se no início gostei desta abordagem, com o desenrolar do livro comecei a aborrecer-me com estas descrições. Por vezes, senti que eram demasiadas. Senti que a escritora deveria ter sido mais simples e objetiva porque algumas delas não acrescentavam nada à história. 

Eu consigo identificar duas fases distintas na narração desta história: pré e pós julgamento. Foi engraçado que me pareceu que estava a lidar com duas escritoras diferentes. Uma deles mais lírica, que exprimia as emoções com recurso a comparações e metáforas e outra mais objetiva, dinâmica e com uma boa capacidade de ilustrar cenas de audiência judicial. Pois, pareceu-me que o livro foi escrito por duas pessoas distintas. A certa altura até me senti aborrecida por esta minha implicância. O que é certo é que gostei mais da "segunda" escritora.

Eu quando implico, implico à séria (até parece que oiço o pensamento da minha vizinha Daniela a dizer que penso demais no que leio). E fui pensando e pensando, fui conhecendo melhor a Kya e analisando os seus comportamentos e, cada vez mais, fui sentindo as incongruência a saltarem umas atrás das outras. Há uma incompatibilidade muito óbvia entre a pessoa que esta miúda se torna e o mundo em que ela viveu. As coisas que acontecem são demasiado irrealistas. Sei que a ação decorre numa outra época, mas há coisas que não encaixam. Foi-me vendida uma imagem da Kya que não acompanha a forma como ela foi vivendo. 
A construção da personalidade desta jovem não reflete aquilo que ela foi obrigada a viver. A forma como ela escolhe relacionar-se com os outros é incongruente com a imagem pessoal que a escritora parece querer passar.

Desculpem-me os leitores que amaram esta história e que desenvolveram uma enorme empatia pela Kya, mas eu não sinto realismo nesta personagem, na forma como ela viveu e na pessoa em que ela se tornou. Na minha perspetiva foi demasiado idealizada, demasiado construída de forma a criar uma personagem com aquelas características. Reforço, o comportamento da rapariga não acompanha o tipo de personalidade que a escritora quis passar.

Há a parte policial que vai surgindo ali pelo meio. Uma abordagem pobre, com diálogos pouco elucidativos, demasiado fabricados e sem profundidade. É um elemento que tem a sua importância no contexto geral da história, mas foi mal aproveitado.

E, nestes altos e baixos que marcaram a minha leitura, cheguei ao final. Um final narrado de forma abrupta, onde senti que houve falta de informação. Foi confuso assimilar aquilo que foi desvendado. Foi inesperado, surpreendeu, mas não me convenceu. 

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Opinião | "Éramos seis" de Maria José Dupré

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Vi a novela da Globo que resultou da adaptação deste livro. Gostei tanto da novela que fiquei com vontade de ler o livro.
Em traços gerais, a novela segue a linha narrativa que dá corpo ao livro. É óbvio que a novela tem diferentes adaptações  e está enriquecida com histórias paralelas, mas em muitos aspetos há uma reprodução fiel dos acontecimentos.

Por isso, nada neste livro constituiu uma surpresa para mim. Eu sabia o que ia acontecer e isso quebrou o efeito mágico da leitura. 
A história centra-se em exclusivo na família de Dona Lola. A vida dos filhos, o marido, as necessidades financeiras, a forma como ela vai gerindo todas as crises familiares e as suas reflexões preenchem o espaço narrativo e temporal do livro. 

A leitura foi interessante, mas não entusiasmante. Comparo esta leitura a uma viagem num cruzeiro por águas calmas: conseguimos ir apreciando a paisagem de forma calma e pacífica, sem sobressaltos e sem momentos cheios de adrenalina. 
Não houve espaço para grandes emoções nem grandes reflexões. Aconteceu mais quando vi a novela.

O livro é um clássico da literatura brasileira. Li-o em português do Brasil, mas em nada afetou a minha leitura. A linguagem simples, as descrições muito realistas e os diálogos conferem um bom ritmo de leitura. É um livro fácil de ler. 

Talvez devesse ter deixado passar mais tempo entre o visionamento da telenovela e a leitura do livro. A memória já não estaria tão fresca e eu poderia ter uma leitura mais entusiasmante e menos contaminada pela experiência positiva que resultou do facto de eu ter assistido à telenovela. 

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Opinião | "Demência" de Célia Correia Loureiro

P_20200313_112458_HDR.jpgNão li a primeira edição de "Demência". Vi muitas opiniões positivas em relação a este livro. Vi quem o achasse melhor que "O funeral da nossa mãe". Pessoalmente, acho que são livros diferentes, cada um com o seu valor. Têm um ponto em comum: a sua capacidade de mexer com as emoções.

"Demência" dá voz à violência doméstica e à demência. As palavras embalam-nos em direções mais ou menos previsíveis, mas que em nada diminuiu o entusiasmo e o interesse pelo livro. É uma viagem literária em constante desassossego. Desassossego por Letícia que procura manter-se inteira depois de ter sido despedaçada. Desassossego por duas crianças que sabem quanto custam os momentos de terror. Desassossego por uma mulher que lida com a doença e com a perda da melhor forma que consegue. E no meio destes sobressaltos e desassossegos há espaço para a importância que uma amizade pura pode ter nas nossas vidas. Há espaço para o poder curativo que só o amor consegue. Há espaço para olhar para o passado e encaixá-lo numa explicação do presente. 

Infelizmente, a voz de Letícia ainda faz muito eco na sociedade atual. As feridas que esta mulher transporta são comuns às de outras tantas mulheres. A violência doméstica é, mais do que a Letícia, a personagem principal desta história. Um problema que atravessa gerações e deixa marcas emocionais demasiado profundas e com uma cicatrização imune ao tempo. É interessante ver como a Célia, apesar de ser muito jovem quando escreveu este livro, conseguiu imprimir uma maturidade enorme naquilo que quis contar ao público. 
Além deste aspeto, a história tem uma tonalidade tão realista que é fácil chegar àquela aldeia e visualizar o comportamento de todos aqueles que povoam estas páginas.

O tempo da ação é que me deixou um pouco baralhada. O início foi complicado. Em termos de tempo parece que passam mais dias do que aqueles que na realidade passaram. Há também uma transição, mais ou menos a meio do livro, que é pouco clara. Foram estes os dois aspetos que me não foram tão bem concretizados. 

A história andou muitos dias na minha cabeça. A resiliência de Letícia fez-me acreditar na força feminina para enfrentar um problema. Por outro, a fragilidade e a personalidade dura de Olímpia tornaram-na demasiado humana. Foi a doença e a perda que a deixou mais fragilizada, mas foi o passado que a endureceu e que lhe deu uma visão diferente da condição humana. Duas mulheres que ficam na história do meu percurso literário e de quem, muito dificilmente, me irei esquecer. 

Precisamos de vozes como a da Célia. Precisamos de pessoas que coloquem de forma realista amor, dor e tristeza  nas histórias que escolhem contar. Precisamos de abrir espaço às boas publicações nacionais. 

"Demência" irá levar-te a uma aldeia beirã, cheia daquelas preconceitos e "diz-que-disse" tão típicos de zonas mais solitárias e acanhadas. Vais encontrar o inferno e o paraíso de uma relação amorosa. Vais cruzar-te com o envelhecimento, com a doença que apesar de roubar parte das memórias de Olímpia será incapaz de lhe tirar do coração a amizade que a ajudou a sobreviver.

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