Esta leitura não foi completamente às cegas. Há dez anos fiz leitura-beta do livro que deu origem a este “Encontro em Itália”, por isso já conhecia os traços gerais da história (a memória já não guardava os pormenores deste livro, final incluído).
A capa e o título podem enganar um pouco o leitor e afastar quem tem um gosto por fantasia. Ao primeiro olhar parece um romance um pouco ao estilo dos young-adult, mas é bem mais do que uma história romântica. Sim, há espaço para o romance! Porém, este romance está contextualizado num universo marcado pela fantasia e pelos anjos caídos.
Fantasia não é aquele género capaz de me fazer vibrar. Há algumas exceções! Este é um deles. Apesar de todos os elementos que lhe conferem fantasia, tal como da primeira vez, eu consegui gostar da história e das suas personagens.
O livro narra a história de dois amigos, Sara e Henrique, que partilharam a infância e grande parte da sua adolescência. Aos 18 anos acabam por seguir caminhos distintos e perderam um contacto um do outro. Ao sabor de uma antiga promessa, o reencontro acontece e uma série de aventuras cruzam-se no caminho dos dois amigos, para desespero do sensato e ponderado Henrique.
E, assim, as palavras tecem uma história com uma dinâmica muito interessantes. Não há espaço para o leitor se sentir aborrecido! Os capítulos curtos e a sucessão de mudanças permitem uma leitura entusiasmante onde permanece a vontade de saber onde é que a Sara e o Henrique nos irão levar. Por vezes, o ritmo é demasiado rápido. Eu gostava que a viagem a Itália não fosse tão intensamente rápida. Porém, reconheço que este ritmo acompanha a personalidade intensa, instável e frenética da Sara.
Haari é uma das personagens mais especiais com quem me cruzei. Tal como achei quando li a primeira versão, ela merecia um livro só para ela. Nesta personagem, concentra-se a magia, o mistério e situações caricatas que facilmente arrancam um sorriso. Associada a Haari e um conjunto peculiar de personagens, existe um livro. Este objeto tem uma importância significativa na história e acho que o Henrique não foi capaz de experimentar toda a sua potencialidade.
Concluindo, “Encontro em Itália” é um livro que conjuga romance contemporâneo com fantasia urbana. Esta conjugação poderá ser útil para leitores que, tal como eu, não sejam grandes apreciadores de livros de fantasia mais “puros”.
Numa pequena vila costeira do norte do país, um acidente do destino faz com que dois mundos se toquem.
Ivana, uma adolescente sonhadora com cabelos cor de fogo, está prestes a viver o seu amor de infância com Bernardo, quando uma figura de negro envolta em mistério entra na sua vida trazendo consigo a magia e pondo tudo em causa.
Gabriel é a figura de negro, e o seu amor por Ivana vai reacender uma guerra ideológica no seio de uma sociedade nómada que desde o século XVII tem vindo a evoluir à margem do resto do mundo: os Hekat.
A sua história será rodeada por um conjunto de personagens muito singulares, algumas coloridas outras sombrias, mas todas complexas, procurando influenciar os dias e as noites numa luta pelo desfecho final em que acreditam.
Opinião
Mais um desafio Beta, mais um livro cheio de magia, amor, romance que prende o leitor desde a primeira palavra. Já lá vãos uns meses desde que entrei nesta fantástica aventura dos leitores Beta e, cada vez mais, sinto que foi dos melhores desafios em que entrei.
Capa FANTÁSTICA! História ENCANTADORA, MÁGICA, MÍSTICA! Mais uma vez, os ingredientes necessários para um bom livro e uns bons momentos de leitura.
É uma estória de adolescentes. Uns que nos conquistam, outros que nos provocam alguma repulsa.
Aqui são apresentadas duas sociedades... A sociedade em que vivemos e que todos conhecemos, e a sociedade Hekat que a Liliana soube construir de uma forma muito bem elabora, cheia de fantásticas descrições. Dois jovens, cada um pertencente a cada um dos mundos, cruzam-se e o amor nasce de uma forma pura e cativante. Ao longo deste amor Ivana e Gabriel vivem momentos marcados pelo sentimento, pela dor da partida, pelas diferenças que caracterizam cada um e que os afasta e aproxima simultâneamente.
De todos os livros, este foi aquele que mais gostei. A magia que aqui é apresentada não revela um lado tão negro como nos livros anteriores. O que confere ao livro mais leveza e mais romantismo.
As personagens, maioritariamente adolescentes, sofrem transformações ao longo do desenrolar da narrativa. Gabriel foi a minha personagem preferida. Rapaz simples, sentimentalista, romântico tornam-no num miúdo "boa onda" com quem é simples empatizar. Bernardo, pelo contrário, desde o início que não cativou a minha simpatia. Demasiado snobe e caprichoso, mostra-se incapaz de perceber as pessoas e os sentimentos dos outros. Para mim, transparece um miúdo caprichoso e pouco sensível. Lia e Fernando proporcionam-nos os momentos mais divertidos do livro com diálogos repletos de humor. Lia numa posição mais racional e Fernando no seu estilo "conquistador" de miúdas.
Agora só falta o verdadeiro reconhecimento deste FURACÃO DE TALENTO QUE SE CHAMA LILIANA LAVADO. Espero que as editoras abram os olhos e permitam a todas as pessoas sentirem o papel deste livro, lerem estas fantásticas palavras que se organizam numa narrativa cativante e cheia de mistério... Criarem as imagens destes cenários habilmente descritos pela Liliana ao ponto de sentirem os cheiros! Ao ponto de serem invadidos por diferentes sensações... Enquanto lia o livro consegui sentir o cheiro a mar, o cheiro a algodão-doce e ouvir o barulho electrizante de uma feira de diversões, visualizar as cores fortes e vidas das tendas e roupas da sociedade Hekat...
Este foi o segundo livro do desafio Leitor Beta, lançado pela fantástica escrito Liliana Lavado.
É um livro fantástico, com um enredo viciante e personagens que conquistam o leitor pelas suas personalidades tão bem descritas ao longo do livro.
Ao longo destas páginas somos levados por uma viagem marcada pelo misticismo, por criaturas estranhas... Somos levados aos locais mais sombrios de Paris, locais habitados por seres estranhos e sentimo-nos a passear pelas diferentes ruas de Lisboa.
Existe uma caixa que todos procuram. Uma caixa muito bem guardada que empurra Danton numa busca obsessiva em que não conhece os limites. Contudo, os sentimentos traem-no e ele vê-se obrigado a mudar as suas estratégias.
São muitas as revelações que vão sendo desvendadas... As personagens evoluem e o leitor vê-se arrastado por uma corrente de acontecimentos que nos prendem cada vez mais às palavras, à estória, aos acontecimentos...
As personagens vão-se movendo em diferentes caminhos, pois o desenrolar dos acontecimentos e as descobertas que vão sendo feitas obrigam-nas a assumir novos papeis e novas relações.
Confesso que no início tive alguma dificuldade em entrar na estória. Alguma dificuldade em apreender os diferentes conceitos e acontecimentos relacionados com a magia. Na minha opinião, a a parte inicial do livro, em que as personagens nos são apresentadas, poderia ser mais enriquecida com pormenores que facilitem ao leitor o conhecimento do sub-mundo da escuridão.
Liliana demonstra, com este livro, um qualidade e criatividade espantosas. Cria cenários, personagens e enredos complexos. E, em comparação com o livro anteriormente lido, demonstra mais cuidados na construção da narrativa e das personagens, sendo mais rico em pormenores.
É um livro de fantasia urbana que merece um lugar numa livraria próxima de nós. E, claro, um lugar na minha estante. Acho que a criatividade, empenho e trabalho da Liliana deverão ser reconhecidos.
Tomei conhecimento deste desafio através de um dos blogs que costumo seguir e achei que para além de ser uma boa iniciativa, era um óptimo desafio para participar.
A leitura deste livro foi uma agradável surpresa... As personagens são envolventes, a acção desperta em nós uma ânsia em absorver todas as palavras, acontecimentos e desenvolvimentos que vão surgindo com o evoluir da narrativa.
Amanda e Henrique, amigos de infância que voltam a encontrar-se uns anos depois de se terem separado, vêem-se envolvidos num mistério e numa missão que os leva a redescobrir um conjunto de sentimentos que, no passado, se tinham mantido adormecidos no coração de ambos... Sentimentos que faz emergir, em cada um deles, o melhor das suas personalidades. O mistério em que ambos se são envolvidos traz à narrativa Haari, uma personagem que nos cativa no primeiro momento, que nos leva facilmente ao riso devido ao seu humor perspicaz.
Existem alguns pontos da acção que, na minha opinião, deveriam ser mais elaborados e desenvolvidos de forma a criar mais suspense e a "agarrar" mais o leitor às personagens e à narrativa.
No fundo, este livro reúne um conjunto de características que o tornam numa leitura agradável.