Autor: Elizabeth Hoyt Ano: 2012 Editora: Quinta Essência Número de Páginas: 376 páginas Classificação: 3 Estrelas
Sinopse
Lady Emeline Gordon é um modelo de sofisticação nos círculos sociais da elite londrina, sempre elegante e impecavelmente educada. Como tal, é a companhia perfeita para Rebecca, a jovem irmã de um empresário bem sucedido de Boston, que fora soldado nas Colónias.
Samuel Hartley pode ser rico, mas as suas maneiras são tão pouco civilizadas como as regiões inexploradas da América nas quais foi criado. Quem vai de mocassins a um baile distinto? O seu desdém arrogante em relação a decoro enfurece Emeline, embora a sua ousadia a excite.
Mas sob os modos desenvoltos de Samuel, ele é assombrado pela tragédia. Foi a Londres para ajustar contas, não para se apaixonar. Mas por muito que Emeline deseje sentir as mãos deste homem despudorado sobre ela, saborear aqueles mesmos lábios com que ele a arrelia, tem se dominar. Ela não é livre. Mas algumas coisas estão fora do controlo de uma senhora…
Opinião
Este é o primeiro livro que leio da autora. Foi um livro que trouxe da biblioteca e já andava com ele debaixo de olho há algum tempo por causa das opiniões positivas que li acerca dele.
É um bom livro mas, para mim, está um pouco longe de o considerar um livro de eleição. Do meu ponto de vista falta uma maior clarificação dos acontecimentos na primeira parte do livro, tem aspectos confusos e pouco claros. No que respeita aos diálogos, alguns deles não ficariam a perder se fossem reestruturados no sentido de os tornarem mais perceptíveis e mais interessantes em termos de conteúdo... No fundo, serem diálogos mais complexos em termos de conteúdo.
Em relação às personagens, posso dizer que gostei delas embora algumas carecem de informações, como é o caso de Samuel.
Samuel é o protagonista masculino, tem uma história passada que têm grande influência nos acontecimentos presentes. São dadas algumas informações ao leitor, mas senti falta de uma maior exploração da sua infância e do tempo que passou a combater na guerra.
É um livro com um final feliz e sem grandes surpresas. O mistério que Samuel tanto queria desvendar é resolvido embora, do meu ponto de vista, de uma forma um pouco apressada.
Faço um balanço positivo desta leitura e apesar de não ter sido arrebatadora deixou-me curiosa para descobrir outras obras da autora.
Autor: Maya Banks Ano: 2012 Editora: Harlequin Número de Páginas: 158 páginas Classificação: 2 Estrelas
Sinopse
Ashley, recém-casada com Devon Carter, desejava que a sua paixão durasse. Mas os seus sonhos de amor verdadeiro foram destruídos pela descoberta de que o seu casamento era um acordo de negócios do seu pai. Então, decidiu actuar como a esposa perfeita e fazer com que Devon a amasse.
No entanto, ele sentia muitas saudades da mulher ardente que a sua esposa era antes. Quem era aquela Ashley com ares de senhora da alta sociedade? Será que conseguiram encontrar uma maneira de reacender a paixão nos seus olhos... especialmente agora que estava grávida?
Opinião
Este é um daqueles livros da Herlequin que se lê de forma bastante rápida. Pessoalmente, acho que estes livros são bons para quando nos apetece ler algo mais ligeiro, que não nos obrigue a pensar muito nem que nos leve por grandes reflexões.
Este conto traz-nos a história de uma mulher inocente que oferece o seu coração a um homem que, inicialmente, não se encontra apaixonada por ela.
Tal como outros livros do mesmo género, as histórias possuem finais mais ou menos previsíveis, assim como o desenvolvimento da história não nos oferece grandes revelações. No meu caso, gosto de ler estes livros quando faço viagens, porque transportam-se facilmente e lêem-se de forma rápida.
Autor: Karen Rose Ano: 2009 Editora: Círculo de Leitores Número de páginas: 432 páginas Classificação: 5 Estrelas
Sinopse
Romântico, aterrador. Dana trabalho num centro de acolhimento. Abriga mulheres vítimas de violência. Lida há tanto tempo com a dor que esqueceu já o que é amar. Quando Ethan Buchanan, habituado a perseguir alguns dos mais perigosos homens do planeta, a conhece fica desarmado. Mas também ele fará o que for preciso para reencontrar o seu afilhado. Será que se escondem naquela casa? Que segredos guarda Dana? Será ela a próxima vítima? Um thriller romântico assinado por Karen Rose.
Opinião
Este livro não me encantou tanto como o primeiro livro que li da autora porque achei que o lado criminal teve um destaque menor do que aquilo que deveria ter sido e pareceu-me menos intenso (algo que eu não estava à espera). Assim, em O sabor da vingança o romance ganha um lugar especial enquanto que, de forma paralela uma vingança pessoal ganha forma e condiciona os comportamentos de outras personagens.
Sue é a mulher que responsável por arquitectar e pôr em prática o plano de vingança contra uma família, com quem teve elos de ligação no passado. Ao longo desta vingança as relações passadas irão emergir enquanto a mente perturbada de Sue vai ganhando relevo. Posso dizer que esta Sue é uma personagem muito bem construída em termos de funcionamento psicológico. É bastante complexa e cada comportamento descrito, cada atitude tomada, todas as suas motivações foram meticulosamente pensadas. Sabemos desde logo que é ela a responsável por um rapto, mas ao longo do livro, vão-nos sendo desvendados aspectos que se tornam grandes revelações para o leitor.
Dana e Ethan são par romântico do livro. Tal como no livro que li anteriormente, trata-se de uma paixão um pouco fulminante, mas a autora consegue desenvolver a escrita de forma a deixarmos essa impressão um pouco de lado. Gostei da Dana, mais uma personagem forte, com as suas virtudes e defeitos. Com um passado e uma atitude face à sua vida presente e futura que me surpreendeu. Ethan é um homem simpático, que tal como a Dana tem um passado determinante que deixou marcas na sua personalidade. Só me ficou uma dúvida em relação à história de vida dele: O que é que aconteceu ao seu pai? Ele é referido no livro, mas a autora não finaliza a ideia que lhe diz respeito.
A narrativa evolui de uma forma muito cativante, capaz de nos deixar a ler durante horas e pela noite dentro. Os diálogos são bastante bem conseguidos. Coerentes, estruturados e capazes de transmitir as emoções das personagens.
Mais um livro fantástico de Karen Rose, que só vem solidificar a primeira impressão que tive quando, pela primeira vez, me deixei enfeitiçar pelos seus enredos e pelas suas palavras.
Autor: Lisa Kleypas Ano: 2012 Número de páginas: 352 páginas Editora: 5 Sentidos (Porto Editora) Desafio: De A a Z...
Sinopse
Quatro jovens da sociedade elegante de Londres partilham um objetivo comum: usar os seus encantos femininos para arranjarem marido. E assim nasce um ousado esquema de sedução e conquista. Num refinado baile londrino, Lillian Bowman depressa descobre que a sua educação tipicamente americana não está propriamente na moda. E encontra no insuportável Marcus, Lord Westcliff, o seu crítico mais implacável. Pena seja um excelente partido... Quando Lillian cai acidentalmente nos braços de Marcus, vê-se consumida e chocada por uma súbita paixão por um homem que julgava detestar. O tempo parece parar e o corpo da jovem cede ao erotismo do momento, descobrindo sensações que nem sonhava existirem... Marcus conhecido pela sua constância, também se vê perdido num turbilhão sensual. Cada toque de Lillian é pura tortura, cada beijo o faz gemer por mais. Mas como pode ele pesar aceitar uma mulher tão pouco adequada para sua noiva?
Opinião
Sedução Intensa é o segundo livro da série Wallflowers. Não li o primeiro volume para poder fazer uma comparação, mas posso dizer que este livro é bastante bom. Uma narrativa dinâmica que consegue cativar o leitor e deixá-lo curioso em relação à trama que se vai desenvolvendo.
O casal protagonista deste livro, Lillian Bowman e Lord Westcliff é fantástico. Começam com um certo atrito entre eles, mas a relação evolui de forma de uma forma divertida. Gostei muito da Lillian e da sua personalidade vincada. Uma mulher com um pensamento que nem sempre se ajusta à época em questão, assim como Lillian assume-se como uma mulher em que o recato não fazia parte do seu vocabulário nem do seu modo de vida.
Um aspecto negativo que destaco tem que ver com o uso do nome de uma das irmãs de Marcus. Numa parte do livro surge o nome Lívia e numas páginas mais à frente aparece Olívia. Penso que existe aqui uma falha na clarificação do nome, confesso que cheguei a ficar confusa e a reler as partes de modo a saber de quem se estava a falar.
O final para cada uma das personagens centrais é previsível, mas está apresentado de uma forma que não o torna aborrecido, nem banal. Para além da concretização da história do casal principal a autora ainda nos deixa em suspense para o volume seguinte. A Evie surpreendeu-me.
Autor: Kathryn Stockett Ano: 2010 Número de Páginas: 464 páginas Editora: Saída de Emergência Classificação: 5 Estrelas
Sinopse
Skeeter tem vinte e dois anos e acabou de regressar da universidade a Jackson, Mississippi. Mas estamos em 1962, e a sua mãe só irá descansar quando a filha tiver uma aliança no dedo.
Aibileen é uma criada negra, uma mulher sábia que viu crescer dezassete crianças. Quando o seu próprio filho morre num acidente, algo se quebra dentro dela. Minny, a melhor amiga de Aibileen, é provavelmente a mulher com a língua mais afiada do Mississippi. Cozinha divinamente, mas tem sérias dificuldades em manter o emprego… até ao momento em que encontra uma senhora nova na cidade.
Estas três personagens extraordinárias irão cruzar-se e iniciar um projecto que mudará a sua cidade e as vidas de todas as mulheres, criadas e senhoras, que habitam Jackson. São as suas vozes que nos contam esta história inesquecível cheia de humor, esperança e tristeza.
Uma história que conquistou a América e está a conquistar o mundo.
Opinião
A curiosidade por ler este livro já me perseguia há algum tempo. As boas opiniões que tinha lido acerca do livro (e até do próprio filme que ainda não vi) atraíram a minha atenção para o livro. Agora, no fim da leitura, só tenho pena de não ter pegado nele mais cedo. As serviçais é um livro magnífico, daqueles que levam o nosso pensamento muito para além das páginas que desfolhamos.
Gostei muito das três personagens femininas por quem a história é contada. É difícil dizer qual delas gostei mais, porque cada uma possui uma personalidade muito particular enriquecendo a história de formas diferentes. É interessante ler a perspectiva que cada uma vai tendo das situações que vão ocorrendo.
Admiro cada uma delas pela coragem que demonstram, mas admiro particularmente a menina Skeeter por desafiar o seu mundo social e ir contra tudo aquilo que o seu grupo de amigas defende. É triste e ao mesmo tempo inspiradora a forma como Skeeter ruma contra a maré de modo a defender aquilo em que sempre acreditou: a igualdade entre raças.
Chorei com o final da bondosa Aibeelean. A sua dedicação às crianças brancas é de encher um coração de amor. Adorei a sua história infantil do Marciano Lutter King.
Hill é uma mulher horrível e só posso dizer que ela é assim porque é uma personagem muito bem construída. Está elaborada para criar sentimentos de raiva no leitor. Posso dizer que é uma personagem secundária muito rica em termos de características de personalidade.
A Elizabette (patroa de Aibeelean) é a parte fraca do grupo de amigas. Facilmente influenciável, é uma personagem detestável pela sua fraqueza de espírito.
Célia (patroa de Minny) é a representação da ingenuidade. Gostei bastante dela e sofri com as particularidades da vida dela.
É um livro muito realista e que foca de forma muito inteligente o racismo.
Esperava um final mais fechado, mesmo assim não fiquei desiludida pela forma como as coisas terminaram. É um final credível e sem subterfúgios cor-de-rosa que, possivelmente, não dariam o impacto necessário à finalização da narrativa.
Autor: João Silva Ano: 2013 Número de páginas: 202 páginas (ebook) Classificação: 2 Estrelas
Sinopse
"A natureza pode suprir todas as necessidades do homem, menos a sua ganância" - Mahatma Gandhi
Como faria se o planeta que conhece deixasse de existir? Se tivesse de sair à rua com botijas de oxigénio para poder respirar e a água fosse um bem tão raro, que só saísse das torneiras duas vezes por dia, durante uma hora? É nesse planeta que Sara Antunes, uma rapariga com dezanove anos, vive com a mãe doente. Ela tem de ter dois empregos para conseguir pagar o oxigénio, a água e a comida geneticamente modificada que consomem. O mundo cedeu às guerras nucleares, à poluição excessiva e ao uso abusivo de recursos naturais. Agora, encontra-se dividido em três grupos: Os Soberanos, os Mensalinos e os Excluídos. A Ar para a Vida, empresa que detém o monopólio das botijas de oxigénio, é a empresa mais lucrativa a nível mundial. Sara descobre algo sobre a empresa que faz com que tenha de fugir para sobreviver. Surge então uma ameaça, um homem misterioso que se autodenomina “Ele”. Sara teme que “Ele” revele o seu segredo. Um segredo que ela pensava que estava morto e enterrado.
Opinião
Novos Tempos foi mais uma das minhas leituras como Beta-Reader e, mais uma vez, fui agradavelmente surpreendida.
Este livro transporta-nos para o futuro. Um futuro em que o mundo sofreu mudanças drásticas. Essas mudanças são-nos apresentadas (maioritariamente) através dos olhos de Sara, uma jovem que enfrentará alguns problemas.
Sara é um boa personagem feminina. Está bem construída e bem caracterizada. É alguém que encerra em si qualidades e defeitos que a tornam uma personagem credível e ajustada à realidade. Uma jovem que esconde algo do seu passado que a fragiliza. É corajosa e forte, mas penso que devia ser um pouco mais desconfiada devido ao seu passado e às suas vivências.
Matias e Henrique são as duas personagens masculinas que vão fazer parte da vida de Sara. Gosto mais do Henrique e gostava de ver esta personagem um pouco mais desenvolvida. Queria salientar que nesta segunda versão que lo, o Henrique teve uma evolução muito positiva acrescentando um novo interesse à história.
Ainda em relação ao Henrique só tenho curiosidade em saber mais sobre a sua história de vida e aquilo que o levou entrar para o grupo dos Rebeldes.
Matias é um rapaz bondoso de mais, pertencente a uma classe social superior. Também gostei dos novos elementos que foram introduzidos na história familiar de Matias.
"Ele" é o grande mistério do livro. Um homem (ou mulher - não sei porquê mas nesta segunda versão comecei a colocar a hipótese deste "Ele" ser uma mulher) que tem um objectivo muito claro em relação à classe social mais desfavorecida. Também este "Ele" sofreu alterações positivas em comparação com a primeira versão que li. Esta personagem do livro é um aspecto bem conseguido por parte do João porque consegue criar mistério, suspense e curiosidade.
No geral, é um bom livro, mas ainda carece de alguns ajustes. A fase inicial do livro precisa de ser re-organizada de modo a criar uma narrativa coerente e sem repetições. O final está muito melhor do que aquele que li na primeira versão e apenas necessita de um ajuste em alguns momentos devido à presença de algumas falhas. Em certas partes do livro falta, também, alguma descrição... Por vezes parece que estamos a ler frases soltas em que falta um encadeamento sedutor na narrativa.
Só me resta agradecer ao João a oportunidade de ler o seu livro. Espero que a minha opinião tenha contribuído para melhorar o livro e que o sucesso dele esteja para breve.
Autor: Andreia Ferreira Ano: 2012 Editora: Alfarroba Número de Páginas: 295 páginas Classificação: 2 Estrelas
Fica aqui um agradecimento especial à autora por me ter presenteado com os dois primeiros volumes da série no âmbito de um passatempo dinamizado no seu blog. Sinopse
Depois de descobrir que o sobrenatural não representa um medo irracional e que as criaturas caminham lado a lado com os humanos, Carla tem de enfrentar as consequências do seu envolvimento com o Caael.
Os demónios já deixaram marcas na vida da Ana e da Raquel e a Carla começa a sentir algumas dificuldades em encontrar-se.
Entre lacunas na memória, sentimentos e novas preocupações, surge uma existência virada do avesso com a linha da vida mais ténue do que nunca.
Com a ausência do Caael, assomam revelações que levantam um plano ancestral de uma disputa entre iguais. A Carla vê-se num tabuleiro de xadrez, como um rei isolado, com a rainha a jogar contra ela.
Quem estiver interessado em adquiri-lo com dedicatória e autógrafo contacte d311nh4@gmail.com(less)
Opinião
Este é o segundo livro da Trilogia Soberba e já demonstra alguma evolução em comparação com o primeiro volume. Nota-se um maior cuidado na escrita (encontrei menos erros) e a própria narrativa torna-se um pouco mais interessante com a introdução de capítulos onde a Carla deixa de ser a narradora e surgem as histórias da Ana, do Ricardo e da Raquel. Este último aspecto é muito positivo, só tenho a apontar que por vezes é um corte confuso entre a narração da Carla e a passagem para outro personagem (talvez não fosse má ideia colocar no início do capítulo o nome da personagem, na minha opinião tornaria a leitura mais organizada).
Continuo a não simpatizar com a Carla, a personagem feminina principal. Neste volume, a chorosa e confusa Carla não mostra evolução em comparação com o primeiro livro e o seu papel de protagonista poderia ser facilmente substituído pela Ana e até mesmo pela Raquel. Nunca pensei em escrever bem da Raquel, mas é um facto, neste volume fiquei positivamente surpreendia com a evolução desta personagem e acho que ela merecia um maior destaque e o seu caminho na narrativa poderia ter ido por outros lugares. A Ana também apresentou uma boa evolução em comparação com o volume anterior e também merecia mais protagonismo. O Ricardo surge neste livro para interferir no romance de Carla com Caael. Este último está ausente durante grande parte do livro e o certo é que não senti a mínima falta desta personagem, o Ricardo é um bom substituto, apesar de que sempre me cruzava com o Ricardo o achar uma cópia imperfeita do Eric da série Sangue Fresco de Charlaine Harris. Ricardo tem uma história interessante e que também merecia ser mais explorada (durante o capítulo em que é apresentada a história há uma situação que não faz muito sentido).
Um grupo de personagens que a meu ver também não fez sentido foram os familiares americanos. Chegam e partem depressa de mais... Dá a sensação que foram ali colocados porque a autora não tinha mais nada para colocar... Na minha opinião, não fez muito sentido a presença deles e o papel de Sean poderia facilmente ser substituído por outra personagem.
Um aspecto que também gostei foi o facto de a autora aproveitar um pouco mais da cidade de Braga e dos seus espaços.
Veremos o que nos traz a finalização desta trilogia onde todos os mistérios serão esclarecidos.
Autor: Andreia Ferreira Ano: 2011 Editora: Alfarroba Número de Páginas: 254 páginas Classificação: 2 Estrelas Desafio: Ler em Português
Fica aqui um agradecimento especial à autora por me ter presenteado com os dois primeiros volumes da série no âmbito de um passatempo dinamizado no seu blog. Sinopse
Quando o relógio pisca as doze horas intermitentes, Carla recebe no seu quarto uma visita indesejada.A partir daí, todo o seu mundo desmorona e a solidão e o medo encarregam-se de a arrastar para um estado deprimente que só um desconhecido parece compreender.Cega de paixão, nega as evidências de que o seu novo amor é mais do que um rosto angelical. Ele esconde segredos que a levarão para perigos que parecem emergir das profundezas do inferno.
Opinião
No livro Soberba Escuridão o mundo do sobrenatural chegou ao norte do país, mas precisamente à bonita cidade de Braga.
Confesso que o início do livro é muito pouco apelativo, à excepção da parte e que Carla, a personagem principal, começa a pensar que está a entrar num determinado estado de loucura por ver coisas para as quais não tem explicação. Infelizmente esperava ver mais deste estado de loucura, na minha opinião podia ser mais explorado oferecendo novos detalhes.
As descrições presentes neste livro suscitaram-me sentimentos contraditórios. Gostei das descrições oferecidas à cidade de Braga, mesmo assim penso que a autora podia ter aproveitado mais da cidade... Acho que os monumentos e a própria história da cidade poderiam contribuir para dinamizar a narrativa e torná-la mais interessante. Porém existem outras descrições que são menos apelativas e que não cativam para a leitura, nomeadamente as descrições que dizem respeito à forma de vestir e de estar das personagens. Penso que, mais ou menos, nestas primeiras cem páginas faltam conteúdos que apelem ao estado psicológico e às dinâmicas das personagens... A ausência de informação ao nível dos conteúdos sobrenaturais também tornam o livro menos interessante, ou seja, o leitor vai à procura da fantasia e é-lhes oferecida pouca informação sobre os seres misteriosos que aparecem. Desta forma, acho que a autora poderia ter reduzido as descrições físicas das personagens e oferecer ao leitores informações sobrenaturais que os cativem e que os façam devorar páginas.
Outras descrições pouco realistas são as referentes ao contexto escolar. Na minha opinião, as relações descritas entre os alunos e entre estes e a escola são pouco realistas (não percebo como é que é permitido aos alunos faltarem tantas vezes e por vezes durante muito tempo).
Debruçando-me agora sobre as personagens, devo referir que não simpatizei com nenhuma. Falta-lhes carisma, atitde e (em alguns momentos inteligência e lucidez). À excepção da Ana, todas as outras raparigas que fazem parte da narrativa, parecem ter saído de um mar de futilidade e de desinteresse pelo outros e pelo mundo do qual fazem parte. Sei que não faz sentido no contexto do livro, mas gostaria que Ana tivesse direito a mais páginas. Compreendo que não sendo a personagem principal tenha tido uma abordagem mais reduzida. A Ana é uma personagem com carisma e atitude, ingredientes que depois de mais esmiuçados e conjugados com outras características de personalidade (que a tornassem mais rica) teríamos aqui uma óptima personagem e com mais potencial para assumir a posição ocupada pela Carla.
Caael, o nosso ser sobrenatural, carece de mistério e de informação. Um ser do outro mundo que ainda tem de lá ir e voltar para me convencer.
Existem algumas falhas ao nível do português (palavras que faltam e frases com uma construção um pouco confusa) e algumas incongruências no que diz respeito à narrativa. Por exemplo, Diana surge no início como a principal "rival" de Carla, mas pertence a uma turma e a uma área de estudos diferentes da de Carla. Umas páginas mais à frente é descrito um determinado acontecimento que deixa transparecer a ideia de que a Diana faz parte da turma de Carla. Outros aspectos pouco claros surgem durante as rápidas descrições das férias de Natal e dos acontecimentos entre Carla e Caael, para mim há lá muita coisa que não faz sentido.
O final do livro tem alguma intensidade o que faz com que o leitor fique curioso em relação aos volumes seguintes. Mas esta curiosidade e vontade de continuar a leitura tem muito que ver com aquilo que se vai passar com a Ana.
Autor: Karen Rose Ano: 2009 Editora: Circulo de Leitores Número de páginas: 462 páginas Classificação: 5 Estrelas
Sinopse
Tess é dedicada aos seus pacientes. Os anos de terapia ensinaram-na a ouvir, compreender e a guardar segredo. O que se partilha num consultório de psiquiatria é confidencial. Quando os seus pacientes se começam a suicidar a polícia logo estabelece um elo entre todas essas mortes: todos eram pacientes de Tess. Será ela a assassina? Ou a vítima? Quem quer destruir a sua carreira, a sua vida pessoal? Um intenso e apaixonante thriller romântico.
Opinião
Karen Rose foi amor ao primeiro livro. Simplesmente A-DO-REI.
Em A morte chama-te chega-nos a história de Tess, uma psiquiatra que de um momento para o outro vê a sua vida profissional ser destruída quando os seus pacientes se começas a suicidar.
É um livro de leitura compulsiva e alucinante. É difícil parar! Quando acabamos um capítulo o pensamento é: só mais um.
A sequência criminosa, as pistas, os suspeitos, os cúmplices e os culpados estão organizados de uma forma fantástica.Tal é a mestria da escrita, que dificulta ao leitor descobrir o verdadeiro culpado. Quando no final fiquei a conhecer a pessoa culpada fiquei surpreendida. Não esperava que fosse essa pessoa, porém agora olhando para o livro como um todo, alguns indícios estavam lá.
Adorei a Tess e admiro-a enquanto profissional, assim como adorei o Aidan. Estes dois acabam por formar um par muito interessante.
Gostei do facto de se abordarem as doenças mentais, assim como a forma como elas foram referidas e apresentadas ao leitor ilustrando as implicações no quotidiano das pessoas. Inicialmente Tess é "condenada" por Aidan por no passado ter contribuído para que um criminoso que assassinou duas crianças fosse considerado inimputável. De facto, é difícil entender e aceitar como é que um ser humano é capaz de fazer determinadas coisas. Umas vezes é pura maldade e sangue frio, mas existem outras que advém de graves e desgastante doenças mentais. Estes últimos são pessoas que vivem aprisionadas num mundo que está longe de ser cor-de-rosa.
Um aspecto curioso no livro é a percepção temporal que oferece ao leitor. Olhando para o livro no seu todo parece que a acção se estendeu por muitos dias quando na realidade foram apenas cinco dias.
Pelo título estava à espera de algo mais macabro. Tem boas descrições dos crimes, mas está longe de perturbar os estômagos mais sensíveis.
É um livro que recomendo e que me deixou com muita vontade de ler mais livros da autora.
Autor: Nora Roberts Ano: 2008 (primeira publicação 1983) Editora: Saída de Emergência Número de páginas: 147 páginas Classificação: 3 Estrelas
Sinopse
Kasey Wyatt recebe uma oferta de emprego do escritor Jordan Taylor. Como antropologista especializada na cultura dos nativos norte-americanos, a sua função é pesquisar e fornecer referências para o próximo livro do famoso e solitário Jordan. Instalando-se na mansão do escritor, Kasey sente-se aborrecida com as restrições impostas pela mãe do escritor. Mas, sempre vibrante e bem-disposta, começa a explorar os arredores da mansão, divertindo-se e desafiando as regras rígidas da casa.
É então que Jordan repara em Kasey. A princípio não se aproxima muito dela, mas o trabalho em conjunto obriga-o a reconhecer que se sente fascinado pela sua beleza... e surpreendido pela sua boa disposição contagiante. Tão contagiante que, pela primeira vez desde a morte do irmão, Jordan sente-se vivo. Mas infelizmente nem todos vêem com bons olhos a aproximação de Kasey e Jordan... e há quem esteja disposta a tudo para os separar.
Opiniões
Foi este ano que me deixei enfeitiçar pelos livros de Nora Roberts (até então só estava rendida ao seu pseudónimo pela série Mortal). Desde este encantamento tenho procurado conhecer mais as suas obras e as histórias que ela nos oferece.
Uma última noite é um livro pequeno que nos dá a conhecer, fundamentalmente, a Kasey, o Jordon e a Alison.
A narrativa está bem apresentada, mas não perdia se fosse mais explorada e esmiuçada. As coisas entre Kasey e Jordon avançam de forma muito rápida. Tudo entre eles acontece depressa demais e de forma muito intensa: a forma como eles se apaixonam um pelo outro pelo outro, a forma como depois vivem este amor e, no final, quando tentam acertar as suas agulhas.
A leitura é rápida e dinâmica. Não é um livro massudo e que necessite de grandes reflexões. Uma leitura agradável e óptima para estes dias de Verão.