Crescer enquanto leitora, significa perder o encanto com aqueles(as) escritores(as) que noutra época fizeram vibrar o nosso intelecto.
📌Hoje apresento-te um escritor e duas escritoras que perderam um lugar especial nos meus interesses de leitura.
Danielle Steel
Esta escritora fez parte da minha transição para leituras para adultos.
Há dois livros que guardo com muito carinho: "Mensagem do Vietname" e "A mansão Thurstone".
Os livros mais recentes que li da escritora não conseguiram oferecer-me mais do que leituras medianas. São livros com histórias bonitas, que entretêm, mas que não me conseguem entusiasmar.
Acho que a continuo a ler por uma questão de boas recordações. Por ser uma escritora que marcou uma fase do meu percurso enquanto leitora.
Nicholas Sparks
"Corações em silêncio"foi o primeiro livro para adultos que li. Fiquei viciada nos livros deste escritor e fui lendo tudo o que havia na biblioteca.
É um escritor que recorre a muitos clichés. Porém, sabe usá-los nas suas histórias.
Os meus livros preferidos do escritor são "Uma escolha por amor" e "O diário da nossa paixão".
Ainda é um autor que leio de vez em quando. Perdeu o encanto do passado, mas consegue oferecer-me uma leitura emocionalmente bem construída.
Jude Deveraux
O primeiro livro que trouxe da biblioteca desta escritora proporcionou-me uma leitura pouco memorável.
Como não desisto à primeira, trouxe "Jardim de alfazema" e gostei muito.
Acabei por ganhar os cinco primeiros volumes da série Edilean. Prefiro os livros de época. As narrativas foram mais interessantes e cativantes.
Contudo, tenho de destacar que os dois últimos livros que li "Desejos do coração" e "Perfume de jasmim" não me entusiasmaram tanto. Fiquei mesmo sem vontade de continuar a ler os livros da série.
👉 E tu, já perdeste o interesse por algum escritor ou alguma escritora? Quais os motivos para a perda desse interesse?
Crescer enquanto leitora, significa perder o encanto com aqueles(as) escritores(as) que noutra época fizeram vibrar o nosso intelecto.
📌Hoje apresento-te um escritor e duas escritoras que perderam um lugar especial nos meus interesses de leitura.
Danielle Steel
Esta escritora fez parte da minha transição para leituras para adultos.
Há dois livros que guardo com muito carinho: "Mensagem do Vietname" e "A mansão Thurstone".
Os livros mais recentes que li da escritora não conseguiram oferecer-me mais do que leituras medianas. São livros com histórias bonitas, que entretêm, mas que não me conseguem entusiasmar.
Acho que a continuo a ler por uma questão de boas recordações. Por ser uma escritora que marcou uma fase do meu percurso enquanto leitora.
Nicholas Sparks
"Corações em silêncio"foi o primeiro livro para adultos que li. Fiquei viciada nos livros deste escritor e fui lendo tudo o que havia na biblioteca.
É um escritor que recorre a muitos clichés. Porém, sabe usá-los nas suas histórias.
Os meus livros preferidos do escritor são "Uma escolha por amor" e "O diário da nossa paixão".
Ainda é um autor que leio de vez em quando. Perdeu o encanto do passado, mas consegue oferecer-me uma leitura emocionalmente bem construída.
Jude Deveraux
O primeiro livro que trouxe da biblioteca desta escritora proporcionou-me uma leitura pouco memorável.
Como não desisto à primeira, trouxe "Jardim de alfazema" e gostei muito.
Acabei por ganhar os cinco primeiros volumes da série Edilean. Prefiro os livros de época. As narrativas foram mais interessantes e cativantes.
Contudo, tenho de destacar que os dois últimos livros que li "Desejos do coração" e "Perfume de jasmim" não me entusiasmaram tanto. Fiquei mesmo sem vontade de continuar a ler os livros da série.
👉 E tu, já perdeste o interesse por algum escritor ou alguma escritora? Quais os motivos para a perda desse interesse?
Hoje é dia mundial do sono, tema que tem despertado o meu interesse. Este interesse é resultado de um contágio por parte de uma amiga minha.
A J. é uma amiga especial. Esta fisicamente longe, mas emocionalmente muito perto. Então, é frequente entrarmos em discussões filosóficas ou científicas. Duas psicólogas a discutir casos, áreas de intervenção, modelos... São discussões riquíssimas porque, muitas vezes, temos visões opostas sobre o mundo, a forma de intervir e a forma de chegar às pessoas. Eu sinto que aprendo imenso com ela e com o seu método de trabalho e, por isso, gosto de falar com ela e refletir sobre o mundo.
Então, foi ela que me foi alimentando esta curiosidade em relação ao sono e a tua que ele envolve. Estes livros foram-me oferecidos por ela. São dois livros de não ficção que me aproximam dela e que dão mais conhecimento sobre este universo que é o sono.
É caso para dizer que os livros e discussão intelectual nos aproximam de uma forma muito especial.
Ainda não os consegui ler, mas tenho tido vontade de pegar em livros de não ficção e explorar temas de interesse. Estes, devido a desafios profissionais, terão de ser lidos ainda este ano.
Que livros de não ficção gostas de ler? Tens algum em especial que me recomendes?
A História Mundial tem episódios terríveis onde o ser humano foi protagonista de comportamentos horrendos. Um desses períodos corresponde aos anos marcados pela Segunda Guerra Mundial.
O dia 27 de janeiro de 1945 significou libertação para todos aqueles que conseguiram sobreviver para testemunhar os horrores vividos em Auschwitz. O dia que foi de libertação, que será sempre de libertação, tornou-se no dia que quer evitar o esquecimento. Este dia permite lembrar todos aqueles que conheceram na pele os horrores dos campos de concentração, do xenofobismo, do racismo e da intolerância. É o dia de olhar para o passado e ter a certeza de que não o queremos repetir no presente.
Os livros são perpetuadores de memórias. As histórias são eternas e permitem que a História não seja esquecida pelas gerações atuais. Através dos livros acedemos a uma parte do sofrimento das verdadeiras vítimas. Os escritores, através das suas palavras, tentam eternizar o sofrimento humano para que a humanidade não se esqueça do que aconteceu.
Nem todos os livros trazem ficção. Há livros que são o grito de sofrimento de pessoas reais que conheceram o verdadeiro inferno na terra. Hoje quero trazer algumas das pessoas reais que me deram a conhecer este sofrimento e que me fazem lutar diariamente por uma sociedade que preserve os direitos humanos.
Quero começar pela Anne (O diário de Anne Frank, Anne Frank), uma menina que viveu a sua adolescência fechada num anexo e depois num campo de concentração. A escrita foi uma salvação para ela, pelo menos enquanto esteve no anexo. O testemunho dela será intemporal. Continuará a mostrar o lado salvador da escrita e as angústias de viver uma adolescência numa época onde a liberdade, para muitas pessoas, só existia dentro da cabeça e do coração.
Primo Levi (Se isto é um homem, Primo Levi) também procurou na escrita uma forma de se libertar da dureza emocional que o tempo que viveu no campo de concentração lhe deixou. A dureza do campo de concentração e do sofrimento ficaram impregnados na sua alma. Uma alma que o consumiu e do qual ele precisou de se libertar.
Não poderia terminar este post sem relembrar uma verdadeira fonte de inspiração. A forma Edith (A bailarina de Auschwtiz, Edith Eger) escolheu lidar com o sofrimento da sua existência e daquilo que a obrigaram a viver é de uma resiliência que não deixa ninguém indiferente. Aprendi imenso com ela e com a sua visão muito pragmática daquilo que é o stress pós traumático.
A literatura permite eternizar a História. É importante que nunca se esqueça o passado. É importante que todas as gerações fiquem a conhecer parte do que aconteceu nesta época. E digo parte porque acho que será impossível conhecermos em profundidade todo o mal que se fez.
Que personagem/ pessoa te ensinou algo sobre o Holocausto?
Indica-me um livro que te ensinou coisas sobre os tempos conturbados e negros da 2ª Guerra Mundial.
À semelhança do que aconteceu em 2020, este ano tentei completar as letras do abecedário com os sobrenomes dos escritores.
Alexievich, Svetlana - "Vozes de Chernobyl" Baldwin, James - "Se esta rua falasse" Chris, Carter - "O assassino do crucifixo" Domingues, Júlia - "Acredita: A vida sabe o que faz" E Fernandes, Telma - "A rainha desejada" Gerritsen, Tess - "Seita maldita" Hunter, Cara - "Pura Raiva" Immergut, Debra - "A reclusa" J Kaur, Rupi - "O que o sol faz com as flores" Laurens, Stephanie - "Inocência impetusosa" McPartlin, Anna - "Ninguém me conhece como tu" Nepomuceno, Nuno - "A célula adormecida" O Pedro, João Ricardo - "O teu rosto será o último" Q Roberts, Nora - "Sem medo do destino" Smith, Deborah - "Segredos do passado" T U V Walters, Minette - "Fantasmas do passado" X Y Z
Deixei 10 letras por preencher (mais duas do que no ano passado).
Este desafio foi criado pela @marciafilipa15 e consistia em ler um livro por mês para cada um dos temas definidos. Comecei muito bem. Depois, a vida aconteceu, sobressaiu e o desafio descarrilou. Mesmo assim faço um balanço bastante positivo. Só falhei em três meses.
Janeiro: histórias inspiradoras- Svetlana Alexievich: "Vozes de Chernobyl" Fevereiro: romance- Stepnhie Laurens: "Inocência Impetuosa" Março: poesia- Rupi Kaur: "O que o sol faz com as flores" Abril: não-ficção- Júlia Domingues: "Acredita: A vida sabe o que faz" Maio: clássicos- James Baldwin: "Se esta rua falasse" Junho: leitura nacional- Rui Conceição Silva: "Quando o sol brilha" Julho: ficção- Cara Hunter: "Pura Raiva" Agosto: young-adult - Colleen Hoover: "Sempre tu" Setembro: literatura erótica Outubro: romance histórico Novembro: thriller- Dorothy Koomson: "Conta-me o teu segredo" Dezembro: fantasia/sci-fi
A Daniela criou este desafio com o objetivo de despachar os livros que estão na nossa estante.
As leituras foram pontuadas de acordo com o ano em o livro tenha chegado cá a casa.
O meu objetivo no início do ano era chegar ao nível 3 (Nível 3 - 50 a 120 pontos). Será que consegui?
- "Segredos do passado", Debora Smith (2019): 3 pontos - "Vozes de Chernobyl", Svetlana Alexievich (2020): 2 pontos - "O teu rosto será o último", João Ricardo Pedro (2019): 3 pontos - "Inocência impetuosa", Stephanie Laurens (2021): 1 ponto - "Mistérios do sul", Danielle Steel (2017): 5 pontos - "Seita maldita", Tess Gerritsen (2020): 2 pontos - "Ninguém me conhece como tu", Anna McPartlin: 6 pontos - "Encontro em Itália", Liliana Lavado: 1 ponto - "Acredita: A vida sabe o que faz", Júlia Domingues: 1 ponto - "Quando o sol brilha", Rui Conceição Silva: 1 ponto - "Duquesa do meu coração", Maya Banks: 1 ponto - "Sem medo do destino", Nora Roberts: 4 pontos - "Pura Raiva", Cara Hunter: 1 ponto - "Não contes a ninguém", Karen Rose: 5 pontos - "O cavalheiro inglês", Carla M. Soares: 2 pontos - "Susana em lágrimas", Alona Kimhi: 1 ponto - "O falcão", Sveva Casati Modignani: 1 ponto - "Uma mulher em fuga", Lesley Pearse: 4 pontos - "Até os comboios andam aos saltos", Célia Correia Loureiro: 1 ponto - "Cuba libre", Tânia Ganho: 1 ponto - "Sei lá", Margarida Rebelo Pinto: 1 ponto
Total: 47 pontos
Por três pontos não atingi o objetivo. Li, no total, 21 livros da minha estante o que considero um bom número tendo em conta o meu total de leituras.
Não sei a Daniela, vai dinamizar novamente este desafio. Eu conto repeti-lo em 2022. Será que é para o ano que consigo chegar ao nível 3?
Os livros de Karen Rose não circulam muito pelas redes. Vejo poucos(as) leitores(as) a apostas nesta escritora, o que é uma pena. O foco narrativo que a escritora segue centra-se na apresentação de um ou vários crimes, a investigação que o(s) acompanha e uma história de amor com algum erotismo à mistura.
"Não contes a ninguém" é um livro que segue um registo ligeiramente diferente daquele a que eu já estava habituada. É uma história que vive mais do suspense e da tensão psicológica. É isso que vai movendo grande parte da ação. A outra parte é composta pelo desenvolvimento de uma relação amorosa.
O tema central do livro, e de onde partem todos os outros acontecimentos, é uma situação de violência doméstica. Por isso, desde o início que conhecemos o criminoso e as vítimas. Aquilo que vai sendo descoberto aos poucos é a dimensão da violência e o impacto que ela foi causando na mãe, Mary Grace (Caroline - novo nome) e no seu filho.
Apesar de o livro não te ter encantado tanto como os anteriores que li, gostei muito desta história e do seu desenvolvimento. Foi uma leitura sôfrega e marcada pela expetativa. Esta expetativa decorria em duas frentes: 1) ver como o caso de violência doméstica se iria resolver e 2) perceber como é que Max e o seu romance iria crescer tendo em conta as feridas que marcavam cada uma das personagens.
Acho que um aspeto que não me deixou tão satisfeita com este livro esta relacionado com o amor instantâneo que nasceu entre Max e Caroline. Foi uma atração demasiado imediata e isso fez-me alguma confusão. No decorrer deste meu incómodo com o romance destes dois sucederam um conjunto de situações que me fizeram torcer o nariz. Acho que a Caroline foi exageradamente dramática com o Max e teve uma atitude estúpida relativamente ao passado dele. Pareceu-me um pouco hipócrita, uma vez que ela também tem ali arestas afiadas na sua personalidade e na sua forma de ser que precisavam de ser ajustadas. Apesar destes elementos que considerei menos positivos, lá me acabei por apaixonar por estes dois e torcer por um final completamente feliz para ambos.
Todo o desenvolvimento criminal prendeu a minha atenção. O final foi muito bem construído. Nota-se o cuidado em não terminar tudo à pressa. Houve tempo para que o clímax crescesse e a minha angústia por ver como tudo aquilo iria terminar sofreu com este cuidado da escritora em dar tudo ao(à) leitor(a) o mais pormenorizado possível.
Infelizmente, nem todos os casos de violência doméstica têm o desenvolvimento e o desfecho deste. Mary Grace/Caroline foi inteligente e corajosa. Quis lutar por um futuro diferente para o seu filho. A luta dela foi inspiradora. Perceber aquilo que ela necessitou de ultrapassar para conquistar um lugar seguro foi bastante emotivo. Considero que ela se tornou numa inspiração para mim, mais especificamente a sua coragem e a sua capacidade de seguir em frente apesar de toda a porcaria de vida que tinha à sua volta. Gostava que ela servisse de inspiração para outras pessoas, principalmente para aquelas que se veem a braços com situações semelhantes.
Se os ingredientes que fazem este livro forem do vosso agrado, acho que devem tentar ler algo desta escritora. Ela merece mais atenção por parte dos leitores.
Acho que as histórias de espiões não são para mim, ou eu nunca me cruzo com este tipo de livros na altura certa para os ler. Não sei se o facto de não ter lido o primeiro volume desta série, e que antecede este livro que partilho hoje contigo, me dificultou esta leitura. Consegui perceber, em traços gerais, o que norteava a história de "Eva", contudo, foi doloroso avançar na leitura.
Senti falta de ação, de dinamismo, de personagens carismáticas capazes de me tirar o fôlego. Tudo se arrasta, como se o calor de Tânger se infiltrasse nas personagens e as limitasse na gestão os seus comportamentos. Foi como se o calor as adormecesse e fizesse levitar em torno dos locais e das situações.
A Eva apareceu demasiado tarde no livro. Ela tinha uma dinâmica interessante com Falcó, mas surge na última parte do livro e deu pouco de si àquelas páginas. Falcó parece um burguês que se perde nos bares e entre os lençóis de mulheres atraentes. As suas competências enquanto espião ficam um pouco apagadas por entre a "mastigação" de situações que vão desfilando ao longo do livro. Tem ali algumas questões se saúde que se traduzem em comportamentos caricatos, mas em nada acrescentam à história e à forma como tudo se desenvolve.
Há umas lutas e umas conspirações que, na minha opinião, não têm o protagonismo necessário. A riqueza do contexto histórico também não é aproveitado pelo escritor. Acho que poderiam ter sido introduzidos mais elementos sobre a Guerra Civil Espanhola e sobre o clima que pairava antes da Segunda Guerra Mundial ter explodido na Europa.
Não fiquei com vontade de ler mais livros desta série. Acho que até foi uma experiência de leitura um pouco traumatizante. Lia sempre na esperança de que algo interessante me apanhasse e me envolvesse na história. Infelizmente, esse momento nunca chegou e só o terminei porque quando a vontade de desistir começou a soar na minha cabeça já ia com a leitura bem avançada. Este meu arrastar pelas páginas, a dificuldade em avançar na leitura e a desconexão que eu sentia com tudo aquilo que lia, estavam a deixar-me desconfortável.
Gostava de conhecer as impressões de quem leu o livro e gostou de forma a tentar perceber se conseguiram detetar coisas que me poderiam ter escapado. Quem leu o primeiro volume, ficou com vontade de ler os seguintes? O que é que te apaixonou no livro?
No início do mês, a escritora Rute Simões Ribeiro ofereceu aos leitores o download gratuito dos seus livros. Eu desconhecia esta escritora e o seu trabalho. Só cheguei até ela através da Tita e da Daniela. Como confio nas recomendações delas decidi arriscar.
No início estranhei a escrita e o modo muito próprio para contar a história. A Rita tem uma escrita muito bonita, com uma tonalidade algo lírica que me encantou. A narrativa e a forma como é contada é um pouco diferente daquilo que eu costumo ler e foi isso que me dificultou um pouco a leitura.
"A breve história da menina eterna" conta-nos a história de M. e da sua relação com a finitude da vida. É um livro que tem um forte potencial interpretativo e, por essa razão, é um excelente candidato a leituras conjuntas com possibilidade de discussão em grupo. Há muito para ler e assimilar nas entrelinhas desta história aparentemente simples. São poucas páginas, mas estão carregadas de uma forte simbologia.
A forma como vivemos a morte e como encaramos o fim de vida são fortemente influenciados pelos padrões culturais. A morte acaba por ser um não assuntos, na minha realidade as pessoas têm dificuldade em falar da morte e da preparação para mesma. Vive-se a ilusão da eternidade, ofuscando o fim inevitável da nossa vida. Também é positivo que assim seja, caso contrário poderíamos ser dominados por um medo intenso que nos impedia de vivermos as coisas. M. foi vítima dessa necessidade cultural de pouparmos as crianças a assuntos complexos. Foi-lhe oferecida da visão da eternidade, mas essa oferenda permitiu-lhe a liberdade de viver de forma descomprometida. Contudo, não se prepara para a morte. Fala-se muito em oferecer condições para uma boa vida, ou para um bom fim de vida. São geralmente essas as expressões culturalmente aceites. Nunca ouvi expressões como: oferecer condições para uma boa morte; ou preparar a pessoa e a família para a morte.
A morte e o luto são assuntos dolorosos, complexos e que têm um impacto diferente nas pessoas. Não há formas melhores ou piores de reagir. Há, simplesmente, diferentes maneiras de lidar com a perda e com o sofrimento que a mesma provoca. A nossa personagem foi "poupada" no que à questão da morte diz respeito e foi vivendo confiante na sua dimensão eterna. Já sabemos a falácia que reside nesta ideia e o livro permite-nos descobrir os sentimentos, as reações e as emoções que surgem quando a inocência se quebra.
Este livro ganhou o meu coração pela escrita e pela reflexão que me ofereceu. Não adorei, mas ficou a vontade de conhecer mais livros da escritora. Esta opinião é um reflexo da minha interpretação do texto e da história que li. Se optares por ler esta obra, poderás ter uma visão diferente e está tudo bem.
Se já leste, o que é que achaste? Que reflexões retiraste desta leitura?
Se ainda não leste, ficaste com curiosidade? Porquê?