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Por detrás das palavras

Opinião | "Voltar a encontrar-te" de Marc Levy (Série Et si c'était vrai #2)

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Marc Levy é um autor pouco falado e pouco popular junto da comunidade dos livros. Reconheço que os seus livros não são para todos porém, merece ser lido. A escrita poética é o ponto forte deste escritor. Ele sabe encaixar as palavras de uma forma bastante harmoniosa, numa leitura que embala e conforta o leitor. 

"Voltar a encontrar-te" é a continuação do livro "E se fosse verdade", mas é possível perceber a história sem ter lido o primeiro livro. Aqui voltamos a encontrar Arthur e Lauren. Após se terem conhecido através de uma forma peculiar, acabam afastados, mas este afastamento é doloroso para Arthur que continua apaixonado por Lauren. 

Ao longo do livro vamos acompanhando o dia a dia de Lauren, as suas dúvidas e a confusão emocional que sente, sem uma explicação para isso. Na realidade, ela esteve em coma e não se lembra de nada do que se passou durante esse período. O facto de não saber o que se passou durante este período é motivo de alguma angústia para ela. Assim, vamos assistindo à sua inquietação e insatisfação com a vida. Desconfiança, insegurança e angústia são sentimentos muitos presentes na narrativa associada à Lauren. 

Depois temos Arthur que ama Lauren, mas tem de se manter afastado dela. Foi uma personagem muito interessante de acompanhar. A evolução da narrativa é marcada pelo desenvolvimento pessoal desta personagem, oferecendo reflexões importantes sobre as relações, o impacto das emoções no nosso quotidiano e a forma como passamos a encarar a vida depois de um acontecimento altamente impactante.

Levy gosta de dar um toque sobrenatural as suas histórias. "Voltar a encontrar-te" não fugiu à regra e, no final, o sobrenatural provoca uma reviravolta na narrativa que alimenta as esperanças de um final feliz. A forma como livro encerra a história de Lauren e Arthur é muito bonita e transmite uma grande sensibilidade. 

Não tenhas medo de apostar neste escritor francês. Recomendo os livros "O primeiro dia" e a "A primeira noite", uma duologia que me fez apaixonar por este escritor.

Que escritor(a) acham que deveria ser mais conhecido junto da comunidade literária? Qual aquele(a) escritor(a) que é pouco valorizado(a) e que merecia um maior reconhecimento?

Classificação

Opinião | "O ladrão de sombras" de Marc Levy

O Ladrão de Sombras

Classificação: 4 Estrelas

Fiquei fã de Marc Levy assim que li o livro O primeiro dia. Foi a minha estreia com o autor e nasceu aí a minha curiosidade para com as suas obras.
À medida que vou lendo os seus livros cada vez mais sinto que o autor tem uma forma muito característica de escrever e de nos dar a conhecer as suas histórias. Por essa mesma razão, penso que é um daqueles escritores que, dadas as suas particularidades, pode não agradar à grande maioria das pessoas. 

O ladrão de sombras é um livro narrado na primeira pessoa por um menino com um dom especial: roubar as sombras das pessoas que se cruzam no seu caminho. 
Na minha humilde interpretação penso que tudo aquilo que envolve esta personagem é simbólico. Este ladrão de sombras, do qual nunca chegamos a saber o nome, é uma representação daquilo que devia ser o ser humano: alguém sensível, empático, atento aos outros, bondoso e claro, com os defeitos que nos tornam humanos. Assim, tendo em conta a mensagem que este livro nos oferece, todos nós devíamos ser capazes de "roubar" as sombras dos outros de forma a entrar no mundo mais interior e, assim, ajudar a mitigar as suas tristezas. Eu sei, é algo difícil... Há sombras difíceis de "roubar", e o nosso ladrão também o reconhece.

É assim que o nosso ladrão se vai mostrando e crescendo. Com o avançar das páginas ficamos a conhecer um jovem adulto com responsabilidades e defeitos mas com uma sensibilidade e bondade fora de série. 

A forma como Levy encaixa as palavras é deliciosa. Com uma escrita simples e bastante cuidada, o escritor vai convidando o leitor a refletir sobre o natureza humana e sobre os acontecimentos que nos vão sendo apresentados ao longo do livro. Só não lhe dei 5 estrelas por dois motivos: 1) pelo final que, apesar de muito bonito, me deixou em eterno estado de frustração (porque é que acabaste esta história assim, Levy) - eu queria mais, muito mais; e, 2) é um spoiler e não quero revelar para não estragar a leitura a quem não o leu - foi uma pequena ponta solta que não foi agarrada pelo escritor e que fazia aqui alguma falta. 

É um livro onde a amizade, as perdas, as diferentes formas de amor, o respeito pelo outro e sensibilidade se entrelaçam de uma forma muito especial e que marcaram. Um livro para permanecer no coração e para ser relido em diferentes etapas da vida. 

Opinião | A estranha viagem do Senhor Daldry


A Estranha Viagem do Senhor Daldry

Autor: Marc Levy
Ano: 2012
Número de páginas: 240 páginas
Classificação: 4 Estrelas
Sinopse: Aqui

Opinião
A estranha viagem do Senhor Daldry foi o livro escolhido pela Denise para me enviar no âmbito do nosso projeto conjunto.
A Denise sabia que eu já tinha lido outras obras do autor e que tinha gostado, mas como ela partilho comigo que não tinha gostado muito deste foi com poucas expetativas que parti para a leitura.

Como já escrevi em opiniões anteriores, Marc Levy tem uma forma muito própria de escrever e nem sempre as pessoas se sentem cativadas para a leitura. Eu não estranhei nada e posso dizer que gostei deste início e facilmente me senti envolvida pelo espaço narrativo, pelas personagens e pelo mistério que logo desde início o autor foi introduzindo,

São várias as personagens que compõem este livro, mas aquelas que nos prendem mais a atenção são Alice, Daldry, Can e, em certa medida, a vidente que é responsável por lançar todo o mistério. Eu gostei muito de todas as personagens, porque todas elas contribuíram positivamente para o desenvolvimento da ação. Alice, Daldry e Can chegam mesmo a proporcionar-nos momentos verdadeiramente divertidos e que facilmente nos fazem nascer sorrisos no rosto.

Um outro ponto bastante positivo neste livro é a forma como o autor nos descreve os lugares da Turquia e de Inglaterra. Parece que as suas palavras conseguem captar a essência do lugar e que facilmente chegam ao leitor para que ele se aperceba do espaço que rodeia as personagens. Aliada às descrições físicas surgem as descrições olfativas. Sendo Alice uma criadora de perfumes não podia faltar a este livro um toque aromático capaz de proporcionar verdadeiras sensações olfativas.

Aquilo que não gostei tanto foi a forma como o autor concluiu a história. Porém gostei da forma como todos os mistérios se foram desenvolvendo para que todas as pontas soltas fizessem sentido. Apesar de eu ter adivinhado parte do mistério (mais ou menos a meio do livro eu deduzi o que é que aconteceu à Alice no passado) consegui manter-me presa e interessada na história. Porém, o espaço final que o autor concedeu às personagens para que elas se alinhassem soube-me a pouco. Precisa de uma conclusão mais pormenorizada e concreta. Precisava de saber como ficaram os amigos de Alice e aquilo que ela decidiu em relação ao seu futuro. 

Opinião | "E se fosse verdade..." de Marc Levy

E se Fosse Verdade...
 
Mais uma vez, Marc Levy ofereceu-me bons momentos de leitura. Houve acção, romantismo e comédia, aspectos que tornaram o livro muito dinâmico e cativante.
 
Lauren, uma jovem média, sofre um acidente e fica "presa" num coma profundo. Mas o seu espírito consegue uma liberdade e sai para o mundo. Acaba por regressar ao seu antigo apartamento que já está ocupado por Arthur. Este torna-se a única pessoa que a consegue ver e com quem ela consegue comunicar... Durante o período em que Arthur tenta convencer-se a si próprio que não está louco e que não está a sonhar com nada o leitor é brindado com momentos que nos fazem sorrir.
 
É fácil entrar na narrativa e manter-mo-nos presos às personagens. Ao longo da leitura, apenas senti que a história de vida de Lauren e de Arthur poderia ser mais aprofundada. Quando o autor nos conta como foi a vida de Arthur até ao momento actual, senti que faltou qualquer coisa... 
 
É muito comovedor todas as coisas que Arthur fez por Lauren e forma como eles se vão apaixonando ao longo do tempo.
 
Em comparação com os outros dois livros que li do autor, este não consegue alcançar a intensidade narrativa que os outros apresentam. Os primeiros livros têm uma base narrativa mais sólida, com possibilidade de maiores desenvolvimentos, oferece-nos mais acção e mais dinâmica. Por outro lado, o livro E se fosse verdade não  possui uma componente narrativa que originasse maiores desenvolvimentos (tendo em consideração a linha de pensamento que o autor decidiu seguir). Eu teria dado outros contornos a história, nomeadamente: teria aprofundado as histórias de vida de Lauren e Arthur (com o objectivo de dar a entender ao leitor que eles são almas gémeas) e teria desenvolvido mais a narrativa no momento em que Arthur e Lauren enquanto espírito se iam conhecendo.
 
Um aspecto que destaco é uma das mensagens que está presente no livro e que no fundo condiciona os acontecimentos e movimentações das personagens. Será que devemos permitir que desliguem as máquinas a alguém que está em coma? Será que essa pessoa nunca voltará a acordar? Será que as coisas são sempre irreversíveis? No que diz respeito ao funcionamento cerebral do ser humano ainda muitas coisas estão por descobrir, por isso faz com que seja normal as pessoas questionarem-se acerca desta decisão (que deve ser horrível de tomar para a família do paciente).
 
Por fim, resta dizer-me que o final deixou-me curiosa para a continuação da história de Lauren e Arthur.
 
Para quem estiver interessado, este livro deu origem a um filme, também ele muito engraçado, mas que apresenta algumas diferenças em relação ao livro. 
 

Opinião | "A primeira noite" de Marc Levy (Le Premier Jour #2)

 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A primeira noite é a continuação da aventura narrada no livro O primeiro dia. E, se pensava que não iria ficar surprendia, estava perfeitamente enganada... Este livro superou a primeira parte, em todos os aspectos.
Fiquei supreendida com os acontecimentos, com o rumo da narrativa, com o desevolvimento das personagens e claro com o final. À medida que ia lendo não era este o final que esperava, ainda conseguiu ser melhor, um pouco apressado, mas melhor do que aquilo que imaginva. Marc Levy deveria ter demorado mais um bocadinho no final e não nos oferecer todas aquelas novidades em tão poucas páginas.
 
As descrições que vão acompanhando a narrativa são deliciosas... Elas fazem com que nos sinta-mos na estória, permite-nos criar uma imagem mental clara dos locais e dos acontecimentos.
Depois de um ínicio um pouco confuso, Adrian e Keira têm o tão desejado reencontro e este momento é de extrema beleza e intensidade... Nunca, em nenhum livro, senti tanta intensidade nas palavras que acompanhavam a descrição deste momento. Foi muito emocionante. Aliás todo o livro está envolto em suspense, amor, aventura, sobrevivência, morte, perigo, risco... É uma leitura alucinante com um ritmo frenético. Posso dizer que, neste livro, não há momentos mortos.
 
Adrian e Keira são as minhas personagens preferidas... Gosto da personalidade do Adrian, um pouco na lua, mas estramente sensível, cuidadoso e amoroso para com a Keira... É daquelas persongens que gostaríamos de conhecer pessoalmente. É uma pessoa, genuína, boa, inteligente, que nos desafia intelectualmente, curioso com aquilo que o rodeia. Keira é mais insensível, mas o fascínio dela pelo seu trabalho e pelas descobertas cativa-me muito.
 
Apesar deste livro ser fascinante, não teria tido o mesmo impacto se não tivesse lido a primeira parte. Porquê? Porque na primeira parte criamos uma ligação com as personagens e sentimos-nos ligados ao mistério que os une. O final da primeira parte deixa-nos curiosos e ansiosos por saber o que irá acontecer. Este ponto permite-nos partir para a leitura desta segunda parte com a ânsia enorme por saber mais, por saber o que vai acontecer.
 
É um livro lindíssimo. E com uma mensagem muito forte... Até onde é que a nossa curiosidade pela ciência e pela origem da vida nos pode levar? O que é que a sociedade está disposta a aceitar sobre a origem da vida?
 
Boas leituras!
 

Opinião | "O primeiro dia" de Marc Levy (Le Premier Jour #1)

O Primeiro Dia
Este livro é simplesmente divinal... Marc Levy brinda-nos com um escrita apaixonante. Todas as suas palavras nos prendem às folhas, levam o nosso pensamento aos mais diversos pontos do planeta, liga-nos intensamente às maravilhosas personagens a quem ele dá vida.

Keira e Adrian formam um casal maravilhoso e apaixonante... Não menos apaixonantes são as aventuras que os dois partilham em busca das respostas para a sua grande curiosidade científica. Ambos adoram aquilo que fazem e juntos fazem um dupla de sucesso...

As magníficas descrições que acompanham as aventuras de Keira e Adrian são perfeitas e conseguem transportar-nos para o local... Fazem-nos querer amarrar numa mochila e voar para junto deles.

A narrativa é muito bem construída e dinâmica, não nos deixando tempo para aborrecimentos! As palavras são muito bem escolhidas pelo autor unindo-se, num conjugação perfeita, para proporcionar ao leitor as mais diversas sensações e emoções.

O final do livro é surpreendente e deixa o leitor em pulgas para ler os acontecimentos seguintes! Eu já comecei :)! Arrisquem-se também por estas páginas e não se arrependerão!

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