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Por detrás das palavras

Opinião | "Intervenção psicológica em ludoterapia" de Raíssa Santos

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Depois de mais um conjunto de dias em silêncio, estou novamente de volta com as opiniões. O meu objetivo é não deixar opiniões de livros lidos em 2022 para 2022. Tenho muitas opiniões para publicar e partilhar, por isso, este mês, vou tentar publicar mais para conseguir cumprir o meu objetivo.

Hoje trago uma partilha de um livro técnico. Acredito que este livro só terá interesse para psicólogos(as) que fazem intervenção psicológica com crianças. Se for esse o teu caso, recomendo muito esta leitura. Aqui vais encontrar informação que te permitirá conduzir sessões de ludoterapia e explorar as interpretações desta forma de intervenção. 

Apesar de estar afastada formalmente da prática clínica, gostei muito de ler este livro e descobrir mais sobre uma técnica que usava com alguma frequência com crianças. Foi uma forma de renovar conhecimento e aproximar-me um pouco da prática clínica. É um livro onde um conjunto de informações teóricas estão bem sintetizadas e são complementadas com aspetos práticos que são essenciais para quem pretende utilizar esta técnica. 

É um livro de fácil compreensão que poderá ser uma mais-valia para os(as) profissionais.

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Opinião | "Pessoas altamente sensíveis" de Elaine N. Aron

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Os livros de não ficção têm feito parte deste meu ano literário. Tem sido muito bom fomentar o meu gosto por livros mais técnicos e que acabam por me trazer mais conhecimento dentro de áreas que são do meu interesse.

"Pessoas altamente sensíveis" é um livro escrito pela psicóloga Elaine N. Aron e resulta da sua pesquisa de muitos anos sobre um tipo de personalidade que é pouco compreendido pela sociedade atual. Neste livro, Elaine aborda as características das pessoas altamente sensíveis (PAS), refletindo sobre a forma como estas pessoas interagem com o mundo que as rodeia, nomeadamente, no domínio pessoal, profissional e relacional. Com uma escrita muito acessível e com exemplos concretos, o livro oferece conhecimento científico acessível a qualquer pessoa que experimente ler o livro. 

Nestas páginas, Elaine reúne os resultados da investigação que foi desenvolvendo ao longo dos anos. O seu objetivo sempre passou por dar significado a um tipo de personalidade pouco estudado e pouco valorizado. Aliás, posso dizer que acho mesmo que é ignorado por população em geral e pelo profissionais da psicologia. Partindo do seu interesse pessoal, procurou reunir informação científica válida capaz que lhe permitisse traçar um perfil das PAS. Na identificação deste perfil, Elaine apresenta as características de personalidade mais comuns. Além deste trabalho, o conhecimento profundo que foi desenvolvendo, permitiu-lhe identificar as dificuldades que as PAS sentem no seu quotidiano e apontar aspetos para que as pessoas possam ultrapassar situações que fragilizaram e fragilizam a sua saúde mental, nomeadamente, a psicoterapia. Neste ponto o livro é muito claro, nem sempre conseguimos ultrapassar situações complexas da nossa vida e, por isso, a psicoterapia torna-se essencial. E eu reforço, o livro e a leitura do mesmo não permite que as pessoas ultrapassem traumas complexos e ultrapassem o sofrimento psicológico intenso (sofrimento que interfere negativamente na nossa qualidade de vida).  

Eu identifiquei-me muito com o que estava descrito neste livro. Revi-me em muitas das características apontadas por Elaine. Tudo fez sentido para mim.
É muito complicado ser-se introvertida, introspetiva e PAS numa cultura altamente extrovertida e virada para o exterior. Quando tenho de explicar como sou a alguém, costumo dar o exemplo de uma bateria de telemóvel. Eu sou uma bateria que vai perdendo energia com cada interação social que tem. Quando a minha "bateria" se esgota, tenho uma enorme necessidade de estar sozinha, em silêncio e com o mínimo de estimulação possível.

É extremamente complicado explicar isto às pessoas extrovertidas. Como é que explicamos a alguém completamente virado para o exterior e cheio de energia eletrizante, que tenho necessidade de estar comigo própria, que gosto de me perder nas minhas introspeções e dilemas, que preciso de silêncio? Não é um capricho, não é egoísmo; é pura necessidade emocional e pessoal. É a única forma de recarregar a minha "bateria" para mais um dia, muitas vezes em constante interação com os outros.

Este livro explica muito bem as necessidades das pessoas que detêm estes traços. Neste sentido, considero que é um livro que deve ser livro por pessoas PAS, pois permite dar significado às vivências e às características que são incompreendidas pelos demais; e por pessoas não PAS, para que consigam compreender e aceitar as necessidades das PAS.

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Dia Mundial do Sono | Os meus livros de não ficção sobre o tema

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Hoje é dia mundial do sono, tema que tem despertado o meu interesse. Este interesse é resultado de um contágio por parte de uma amiga minha.

A J. é uma amiga especial. Esta fisicamente longe, mas emocionalmente muito perto. Então, é frequente entrarmos em discussões filosóficas ou científicas. Duas psicólogas a discutir casos, áreas de intervenção, modelos... São discussões riquíssimas porque, muitas vezes, temos visões opostas sobre o mundo, a forma de intervir e a forma de chegar às pessoas. Eu sinto que aprendo imenso com ela e com o seu método de trabalho e, por isso, gosto de falar com ela e refletir sobre o mundo.

Então, foi ela que me foi alimentando esta curiosidade em relação ao sono e a tua que ele envolve. Estes livros foram-me oferecidos por ela. São dois livros de não ficção que me aproximam dela e que dão mais conhecimento sobre este universo que é o sono. 

É caso para dizer que os livros e discussão intelectual nos aproximam de uma forma muito especial.

Ainda não os consegui ler, mas tenho tido vontade de pegar em livros de não ficção e explorar temas de interesse. Estes, devido a desafios profissionais, terão de ser lidos ainda este ano.

Que livros de não ficção gostas de ler? Tens algum em especial que me recomendes? 

Opinião | "O ano do pensamento mágico" de Joan Didion

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Este livro está na minha estante desde outubro de 2019. Sabia que era um livro de não ficção e que abordava aspetos ligados ao luto. Por isso, esperava o momento mais certo para o ler. Acho que é preciso um certo estado de espírito e de uma determinada disponibilidade mental para embarcar numa leitura destas.

Com uma escrita muito realista, Joan Didion dá-nos a conhecer a sua forma de lidar com as dificuldades de um ano atípico da sua vida. Ela vive diferentes perdas e o choque que elas estabelecem entre si fazem com que Joan as processe de forma muito particular. 
É um diário muito lúcido das suas fragilidades e dos desafios de vida a que Joan ficou exposta. E nessa lucidez, ela procura desconstruir aquilo que sente e as implicações que todos os acontecimentos trágicos têm na sua forma de estar na vida.

Não foi um leitura complicada, nem alterou o meu equilíbrio emocional. Li de forma mais lenta porque precisava de tempo para poder absorver o conteúdo e pensar um pouco sobre as estratégias cognitivas e emocionais que Joan usou para ultrapassar os seus problemas.

Para quem gosta de livros de não ficção, este parece-me uma boa escolha quer pela pertinência da temática, quer pela forma como ela é abordada. A conjugação destes dois elementos oferecem entusiasmo à leitura e convidam a continuar a avançar pelos pensamentos da Joan.

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