A leitura deste livro marcou a minha estreia com a as obras de Megan Maxwell. De uma forma geral, este livro reúne romance, diversão e paixão. Estes ingredientes surgem bem misturadas por um discurso ligeiro que se assume como uma narrativa rápida e cativante.
Ana é uma fotografa inglesa a viver e trabalhar em Madrid. Esta mudança representa uma fuga de uma realidade que a asfixiava. Esta jovem adulta é descontraída e autoconfiante. Tem uma personalidade vincada, é assertiva nas escolhas que faz, mas tem um lado mais inseguro. Estas inseguranças são o resultado das vivências que motivaram a sua fuga. Um dia ela cruza-se com Rodrigo, um bombeiro espanhol que a deixa a suspirar.
Inevitavelmente surge uma ligação entre eles que origina cenas muito divertidas. Há encontros e desencontros emocionais, há conflitos caricatos que surgem de mal entendidos que se vão complexificando ao longo do livro. Tudo isto confere um tom muito divertido à história e eu dei por mim a descontrair do stress do quotidiano.
O assunto que motivou a fuga da Ana é muito importante. Tive pena da forma superficial com que ele foi abordado. Sei que este não era o foco do livro, mas como ele foi introduzido merecia um pouco mais de destaque.
O livro serviu o seu propósito de entreter e divertir. Permitiu-me desligar da realidade e experienciar emoções positivas e cheias de amor. Não é uma obra memorável, mas ofereceu-me bem-estar e deixou-me com vontade de recorrer a mais obras da escritora quando precisar de reduzir o stress do dia a dia.
Este livro encheu-me o olho na prateleira da biblioteca. A sinopse convenceu-me a trazê-lo. Estava com muita curiosidade para ler este livro e viver uma aventura no contexto da Segunda Guerra Mundial, sem campos de concentração envolvidos.
Mira, a nossa personagem principal, tem 16 anos, vive no gueto de Varsóvia e permite a sua sobrevivência e a da sua família dedicando-se ao contrabando de produtos. A sinopse promete uma aventura mais arriscada, com a participação de Mira num grupo da resistência.
A atividade do contrabando é muito arriscada, e o autor deixou isso bem claro na forma como ia apresentando os factos. Contudo, ao longo da leitura fui-me questionando que parecia ser sorte a mais. Tudo corria demasiado bem. Havia ali um fator sorte demasiado intenso para que tudo fosse real. E isto foi alimentando páginas e páginas deste livro. É claro que existiam outros acontecimentos, mas eu começava a ficar ansiosa. Afinal, quando é que as coisas iam de facto animar-se? Quando é que a resistência iria ganhar destaque? Demorou muito para que isto acontecesse. Senti-me arrastada e embrulham em acontecimentos que pouco contribuíam para o entusiasmo da narrativa. Houve momentos muito aborrecidos.
A resistência chega e ganha protagonismo. Infelizmente, eu já estava demasiado contaminada por emoções negativas e insatisfação com o livro que esta parte foi sendo lida com alguma indiferença. Não me consegui emocionar, nem entusiasmar.
É um facto, o livro desiludiu-me e a leitura acabou por se arrastar durante demasiado tempo. O livro está bem escrito e não encontrei nenhum problema na construção da narrativa. Porém, não consegui criar uma ligação significativa com a história e senti que há partes que poderiam ser encurtadas. Foi uma experiência de leitura mediana, onde não há espaço para grandes destaques.
Andava muito curiosa para ler este livro. As opiniões positivas multiplicavam-se pelos canais de comunicação dedicados aos livros, a capa criou em mim um chamamento ao qual não estou habituada e a sinopse deixava no ar a perspetiva de um thriller onde o jogo psicológico entre leitor e narrativa se adensava a cada página.
Eddie é o porta-voz de todos os acontecimentos. É um narrador um pouco irritante. No fundo, ele sabe tudo mas mede muito bem aquilo que escolhe oferecer ao leitor. Prefere ir "cozinhando" a curiosidade alheia aos poucos. Nem sempre me irritou esta atitude ponderada do Eddie. Porém, houve alguns momentos em que me senti que a atitude mais descontraída do Eddie e a sua forma de contar a história me estava a tomar como uma leitora ignorante e com pouca capacidade intelectual.
Relativamente ao conteúdo em si, posso dizer-vos que me agradou a complexidade que foi sendo criada em volta do grupo de amigos adolescentes e dos adultos que povoavam as suas vidas. O simbolismo fez parte de muitos momentos desta história. Os desenhos em giz têm um papel interessantes no desenrolar de alguns acontecimentos. Contudo, estava à espera de algo mais intenso e com maior impacto na narrativa.
Não foi uma leitura extremamente viciante, mas foi capaz de captar a minha atenção e curiosidade. Foi algo que aconteceu de forma mais suave. Nem sempre senti aquela adrenalina intensa que me obriga a devorar páginas em busca das respostas às minhas teorias.
O livro aborda alguns assuntos importantes e deixa espaço à reflexão pessoal. Obullying protagoniza um dos acontecimentos que mais me marcou em toda a leitura. Neste acontecimento foi possível constatar que os miúdos conseguem ser muito cruéis. Têm uma capacidade infinita de destruir emocionalmente os outros. Houve espaço para pensar e refletir sobre este tipo de acontecimentos, assim como do seu impacto no desenvolvimento pessoal. Outro espaço de reflexão surge com as escolhas. Qual o impacto que as escolhas que fazemos em momentos cruciais da nossa existência têm naqueles com quem nos relacionamos?Pensei muito sobre isto, porque o livro é preciso na condução do nosso pensamento em direção aos "E ses?" que povoam a nossa existência. Muitas vezes, uma única escolha nossa condiciona a vida de outras pessoas. E condiciona de uma forma que exige uma antecipação das consequências de quem toma por opção fazer algo.
De uma forma geral considero que foi uma boa leitura dentro do género. Fiquei com vontade de conhecer outros trabalhos desta escritora.